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Filme do Dia: Kentervilskoe Prividenie (1970), Valentina Brumberg & Zinaida Brumberg

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K entervilskoe Prividenie (URSS, 1970). Direção: Valentina Brumberg & Zinaida Brumberg. Rot. Adaptado: George Munblit, a partir da obra de Oscar Wilde. Fotografia: Boris Kotov. Música: Aleksandr Valarmov. Montagem: Elena Tertychnaya. Dir. de arte: Lana Azarkh & Valentin Lalayants. O fantasma do centenário castelo de Cantervile se desespera ao não mais conseguir assustar um grupo de turistas americanos que visita o castelo e acaba sendo auxiliado pela filha do casal a se libertar de seu encargo. Talvez o intuito das realizadoras tenha sido uma crítica ao desencantamento do mundo que não por acaso se dá com a figura típica de um americano bonachão e incapaz de crer em qualquer coisa que não seja o universo prático e de negócios. Ainda que aparentemente vencido pela mediocridade dos novos o espectro consegue se transformar nas flores de uma árvore, provocando ao menos um último suspiro de admiração em seus incrédulos visitantes. Adaptação do romance de Wilde sem maiores qua

Filme do Dia: The Big Snit (1985), Richard Condie

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T he Big Snit (Canadá, 1985). Direção e Rot. Original: Richard Condie. Fotografia: Gordon Manson. Música: Patrick Godfrey. Nessa animação um casal possui uma discussão monumental enquanto o mundo literalmente acaba lá fora. Dotado de um forte senso de humor negro sem resvalar para o escatológico, como no detalhe da mulher sempre retirar seus olhos e os burilar quando se encontra impaciente e do homem sentir prazer em serrar móveis como manias da terceira idade. Encontra-se distante, no entanto, da prata da casa (Norman MacLaren, Ryan Larkin, Chris Landreth e outros.) em termos de inventividade.   National Film Board of Canadá. 10 minutos.

Filme do Dia:Todos os Dias Menos no Natal (1957), Lindsay Anderson

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T odos os Dias Menos no Natal ( Every Day except Christmas , Reino Unido, 1957). Direção e Rot. Original: Lindsay Anderson. Fotografia: Walter Lassally. Música: Daniele Paris. Montagem: John Fletcher. Poética crônica documental do mercado de Covent Garden, em Londres, procurando seguir um ritmo temporal do que seria um dia rotineiro que inicia bastante cedo, com os caminhoneiros trazendo as frutas e flores, o bar, a chegada dos comerciantes e compradores. Por mais arrastado que possa parecer ao olhar de meio século após, o filme se destaca diante da produção   rotineira contemporânea pelo ritmo cíclico com que revisita os personagens que havia apresentado anteriormente – com destaque para uma senhora que é a última mulher carregadora, função antes exclusivamente feminina. A voz over do narrador Alun Owen, futuro roteirista de Os Reis do Iê-Iê-Iê é que efetua a articulação entre os locais e os “personagens” apresentados, assim como especifica o tempo aproximado em que transcorre

Filme do Dia: Dick Croker Leaving Tammany Hall (1900), William "Daddy" Paley

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Dick Croker Leaving Tammany Hall (EUA, 1900). Fotografia William ‘Daddy’ Paley. Esse “flagrante” de um célebre político nova-iorquino da época em companhia de outras lideranças políticas não é auxiliado pelo catálogo na descrição de exatamente quem se trata a personalidade referida tal como em  Secretary Long and Captain Sigsbee . Pela insistência maior de sua presença no campo visual, apostar-se-ia se tratar de um dos dois homens que se posicionam praticamente diante da câmera nessa encenação do cotidiano ainda tão comum nos meios televisivos contemporâneos – que ganha um aliado a mais em termos de espontaneidade na figura da garotinha que se volta duas vezes para a câmera – um deles realizando uma rápida gesticulação para a câmera. Ou seria o homem que surge mais sóbrio e discreto e por bem menos tempo logo após e cumprimenta alguém que se encontra fora do quadro levantando o chapéu. O fato do reconhecimento público em meio ao breve percurso que o último efetiva diante da câme

Filme do Dia: Como Era Verde o Meu Vale (1941), John Ford

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C omo Era Verde o Meu Vale ( How Green Was My Valley , EUA, 1941). Direção: John Ford. Rot. Adaptado: Philip Dunne, baseado no romance de Richard Llewellyn. Fotografia: Arthur C. Miller. Música: Alfred Newman. Montagem: James B.Clark. Dir. de arte: Richard Day & Nathan Juran. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: Gwen Wakeling. Com: Walter Pidgeon, Maureen O´Hara, Anna Lee, Donald Crisp, Roddy McDowall, John Loder, Sara Allgood, Barry Fitzgerald, Patrick Knowles, Richard Fraser.           Numa aldeia mineira galesa, os infortúnios e alegrias da família Morgan. Gwilym (Crisp) e Beth (Allgood) são pais de uma extensa prole de quatro rapazes e uma moça. A família vive em paz até que os proprietários da mina de carvão decidem cortar o salário pela metade. Os filhos, especialmente Ianto (Loder), vão contra as regras da casa de não se pronunciar durante o almoço. Gwilym não quer que os filhos se envolvam com movimentos socialistas e Ianto, seguido por outros dois, respondem saind

Filme do Dia: Juventude Transviada (1955), Nicholas Ray

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J uventude Transviada ( Rebel Without a Cause , EUA,1955). Direção: Nicholas Ray . Rot.Original: Irving Shulman &  Stewart Stern, baseado no argumento de Ray. Ernest Haller. Música: Leonard Rosenman. Montagem: William H. Ziegler. Dir. de arte: Malcolm C. Bert. Cenografia: William Wallace. Figurinos: Moss Mabry. Com: James Dean, Natalie Wood, Sal Mineo, Jim Backus, Ann Doran, Corey Allen, Rochelle Hudson, William Hopper, Dennis Hopper, Edward Platt, Marietta Canty.           Jim Stark (Dean) é um adolescente problemático que vive com uma família que ainda lhe deixa mais confuso e inconformado, já que não suporta ver a fraqueza do pai (Backus) diante da mãe (Doran), que sempre usa como subterfúgio os problemas do filho para constantemente se mudar de cidade. Morando agora em Los Angeles, Jim se interessa pela vizinha Judy (Wood), que vira na delegacia, quando se encontrava embriagado. Porém Judy, que também estuda na mesma escola que ele, faz parte da gangue comandada por Buz

Filme do Dia: Quando Caem os Anjos (1959), Roman Polanski

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Q uando Caem os Anjos ( Gdy Spadaja Anioly , Polônia, 1959). Direção e Rot. Original: Roman Polanski. Fotografia: Henrik Kucharski. Com: Barbara Lass, Andrzej Kondratiuk, Henryk Kluba, Roman Polanski, Andrzej Kostenko, Ryszard Filispski, Jakub Goldberg. Uma velha senhora que trabalha em um mictório público passa o tempo todo se lembrando de seu passado, do amor por um soldado que não retornou da guerra, enquanto observa impassível a presença de inúmeros homens que fazem uso do banheiro, entre eles um bêbado, um guarda e dois homossexuais. Uma certa noite, no entanto, sua rotina é rompida com a queda de um anjo pelo teto. Nesse curta, não somente Polanski faz o uso invertido do que normalmente são as escolhas fotográficas para representar o presente e o passado (como o fez, com motivos muito semelhantes e pouco antes Otto Preminger com seu Bom Dia, Tristeza , que provavelmente influenciaria Godard a utilizar semelhante opção em Elogio do Amor ) quanto, pela primeira vez, efet

Filme do Dia: Técnica de um Delator (1963), Jean-Pierre Melville

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T écnica de um Delator ( Le Doulos , França/Itália, 1963). Direção: Jean-Pierre Melville. Rot. Adaptado: Jean-Pierre Melville, a partir do romance de Pierre Lesou. Fotografia: Nicolas Hayer. Música: Paul Misraki. Montagem: Monique Bonnot. Dir. de arte: Daniele Guéret. Cenografia: Pierre Charon. Com: Jean-Paul Belmondo, Serge Reggiani, Jean Desailly, Philippe March,  René Lefévre, Fabienne Dali, Monique Hennessy, Carl Studer, Daniel Crohem, Jacques De Leon. Após assassinar o joalheiro aparentemente parceiro, Gilbert (Lefévre), Maurice Faugel (Reggiani), recém-liberto de um período de seis anos na prisão,   enterra o produto de seu roubo e conta tudo para sua parceira, Thérèse (Hennessy) e ao melhor amigo, Silien (Belmondo). Silien retorna a casa de Faugel, amordaça e espanca Thérèse para que ela revele onde se encontra o companheiro. Faugel se encontra em meio a outra ação criminal numa mansão com o parceiro Rémy (Nahon) quando é surpreendido e ferido em um ombro pelo Inspetor S

Filme do Dia: A Lente e a Janela (2005), Marcius Barbieri

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A   Lente e a Janela (Brasil, 2005). Direção: Marcius Barbieri. Com: Adaílton Lima, Jessyca Ludimila, André Amaro, André Luís, Marta Carvalho, Nívea Helen, Wálber Vínicius Chagas, Waléria Christina Chagas. A jovem Verônica (Ludimila) ganha como presente de natal uma câmera e a partir daí passa a observar um grupo de crianças que mora em uma barraca improvisada do outro lado da avenida onde se encontra a janela de seu apartamento. Curta-metragem que explora razoavelmente bem o surgimento de uma atração pelo Outro, representado pela pobreza, de colorações etnográficas, mesclada a um comentário social não menos instigante. Nesse sentido, a atração de Verônica tem seus limites. Ou seja, ao tentar ultrapassar a barreira de mera observadora e se aproximar das crianças, Verônica é reconhecida pelos garotos e corre com medo de perder sua câmera, ao mesmo tempo em que as crianças desaparecem do local, provavelmente por conta de saberem que estão sendo filmadas. 12 minutos.

Filme do Dia: Contos de Lygia e Morte (1999), Del Rangel

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C ontos de Lygia e Morte (Brasil, 1999). Direção: Del Rangel.  Rot. Adaptado: Del Rangel, baseado em contos de Lygia Fagundes Telles. Fotografia: Marcelo Corpanni. Música: Rafael & Ricardo Righini. Montagem:  Guilherme Delcorso. Com: Gianfrancesco Guarnieri, Nathalia Timberg, Viviane Passmanter, Tarcísio Filho, Bruno Giordano, Celso Frateschi, Luiz Guilhrme, Sebastião Campos, Cléo Ventura, Andréa Pozzi. Venha Ver o Pôr do Sol . Vânia (Passmanter) é ameaçada de morte pelo policial com quem vive, Edgar, quando Ricardo (Filho), seu ex-namorado, liga para ela fazendo declarações de amor. Pressionada, concorda em encontrar-se uma última vez com Ricardo, desde que ele prometa nunca mais importuna-la. Ricardo marca o encontro em um cemitério. Edgar os observa, mas esquece o revólver no carro e quando retorna para pega-lo é morto por assaltantes. Ricardo leva Vânia para o túmulo que diz ser de sua família e a aprisiona lá. Ao abandonar o local é morto pelo mesmo assaltante que mata

Filme do Dia: O Dia em que a Terra Parou (1951), Robert Wise

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O   Dia em que a Terra Parou ( The Day the Earth Stood Still , EUA, 1951). Direção: Robert Wise. Rot. Adaptado: Edmund H. North, baseado no conto Farewell to the Master, de Harry Bates. Fotografia: Leo Tover. Música: Bernard Hermann. Montagem: William Reynolds. Dir. de arte: Addison Hehr & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Claude E. Carpenter & Thomas Little. Figurinos: Perkins Bailey & Travilla. Com: Michael Rennie, Patricia Neal, Hugh Marlowe, Sam Jaffe, Billy Gray, Frances Bavier, Lock Martin.          Objeto voador não identificado se aproxima da terra e causa ansiedade na população. Ele dirige-se à capital americana e aterrissa em um parque. Após algum tempo, sai da nave um homem com feições humanas, acompanhado de um robô, Gort (Martin). Ao retirar um objeto que presentearia o presidente americano leva um tiro. O robô reage desintegrando as armas dos militares próximos. Internado em um hospital, o ser, chamado Klaatu (Rennie), que é proveniente de uma civilização  

Filme do Dia: Carta para Jane (1972), Jean-Luc Godard & Jean-Pierre Gorin

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C arta para Jane ( Letter to Jane , França, 1972). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard & Jean-Pierre Gorin . Com a possível exceção de Vento do Leste , trata-se da produção mais interessante da   fase marxista do cineasta e certamente a   mais lúcida e penetrante análise sobre temas recorrentes ao período em questão. Partindo de uma relação problemática tida com a atriz Jane Fonda durante as filmagens de seu Tudo Vai Bem (1972), realizado pouco antes, Godard constrói com habilidade praticamente ímpar, a leitura de uma famosa foto publicada em L´Express de Jane Fonda em sua viagem de apoio ao povo vietnamita, no qual a análise estética se torna um canal para observações argutas sobre políticas de representação do outro numa sociedade espetacularizada e sua provável recepção nos EUA, Europa ou Vietnã. Não fazendo uso mais que predominantemente de fotos fixas, sobretudo da referida fotografia na qual se baseia o ensaio e da tela em negro na qual somente se sobressai

Filme do Dia: Desafio à Corrupção (1961), Robert Rossen

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D esafio à Corrupção ( The Hustler , EUA, 1961). Direção: Robert Rossen . Rot. Adaptado: Sidney Carroll & Robert Rossen, baseado no romance de Walter Tevis. Fotografia: Eugen Schüfftan. Música: Kenyon Hopkins. Montagem: Dede Allen. Dir. de arte: Harry Horner & Albert Brenner. Cenografia: Gene Callahan. Figurinos: Ruth Morley. Com: Paul Newman, Jackie Gleason, Piper Laurie, George C.Scott, Myron McCormick, Murray Hamilton, Michael Constantine, Stefan Gierasch, Vincent Gardenia, Jake LaMotta.            Eddie Felson (Newman), considerando-se um dos mais competentes jogadores de bilhar dos EUA, resolve sair de sua provinciana cidade no Oklahoma, juntamente com seu agente improvisado McCormick (Burns), para enfrentar o famoso Gordo Minessota (Gleason). Porém, deixando-se levar pela larga superioridade inicial, esgota-se física e psíquicamente após mais de 24 horas de partida e perde praticamente todo os mais de dez mil dólares que já havia conquistado. A vitória do Gordo se

Filme do Dia: Ojo de Pez (2008), Gabriel Enrique Vargas

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O jo de Pez (Colômbia, 2008). Direção: Gabriel Enrique Vargas. Curta experimental que investe com sucesso  numa criação atmosférica que compreende um ambiente florestal, uma casa e um casal, apenas entrevistos de forma recortada e emoldurados por uma banda sonora grandemente trabalhada, no qual se destaca o ruído quase onipresente das abelhas. Enquanto o homem extrai leite, a mulher cose. Quando os dois corpos se tocam, o peixe que se encontra para ser preparado agoniza. Tudo se torna algo inócuo, talvez, do excessivo rigor do enquadramento a beleza plástica da imagem e da banda sonora, por seu excessivo formalismo, com pretensões poéticas, sinalizando para algo estéril. 15 minutos e 16 segundos.

Filme do Dia: Woos Whoopee (1928), Otto Mesmer

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W oos Whoopee (EUA, 1928). Direção: Otto Mesmer. O Gato Félix bebe toda a noite, e se diverte dançando com uma gata, enquanto sua mulher o espera ansiosa em casa. Quando sai da casa noturna, passa a ter várias alucinações que o acompanham até em casa, quando é expulso pela mulher da cama, após guerrear com um travesseiro. Longe de se encontrar entre os exemplares mais interessantes da série, talvez seja interessante apenas enquanto continuador de uma tradição satírica de representação de alucinações alcóolicas que desde os primórdios do cinema, não tão distantes assim, geraram obras referenciais como Dream of a Rarebit Fiend (1906).Pat Sullivan Cartoons para Copley Pictures Corp.6 minutos e 41 segundos.

Filme do Dia: Concorrência Desleal (2001), Ettore Scola

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C oncorrência Desleal ( Concorrenza sleale , Itália/França, 2001). Direção: Ettore Scola. Rot. Original: Fulvio Scarpelli, Furio Scarpelli, Giacomo Scarpelli, Ettore & Silvia Scola. Fotografia: Franco Di Giacomo. Música: Armando Trovajoli. Montagem: Raimondo Crociani. Dir. de arte: Cinzia Lo Fazio & Luciano Ricceri. Cenografia: Ezio Di Monte. Figurinos: Odette Nicoletti. Com: Diego Abatantuono, Sergio Castellitto, Gérard Depardieu, Jean-Claude Brialy, Claude Rich, Claudio Bigagli, Anita Zagaria, Antonella Attili, Augusto Fornari. Nos anos 30, em plena ascensão do fascismo de Mussolini, o comerciante de tecidos Umberto (Abatantuono) sente-se invejoso do sucesso que seu vizinho judeu, Leone (Castellitto) passa a ter, roubando seus clientes. No ápice da disputa comercial com Leone, os dois envolvem-se em uma briga que chama a atenção das autoridades. O delegado insinua que Umberto deve fazer uma denúncia contra Leone mas esse de rival, passa a ser cúmplice e amigo do vizin

Filme do Dia: Cartas da Guerra (2016), Ivo Ferreira

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C artas da Guerra (Portugal, 2016). Direção: Ivo Ferreira. Rot. Adaptado: Ivo Ferreira & Edgar Medina, a partir do romance de António Lobo Antunes. Fotografia: João Ribeiro. Montagem: Sandro Aguilar. Dir. de arte & Cenografia: Nuno Mello. Figurinos: Lucha d’Orey. Com: Miguel Nunes, Margarida Vila-Nova, Ricardo Pereira, João Pedro Vaz, Isac Graça, Francisco Hestnes, João Pedro Mamede, Tiago Aldeia. António (Nunes) é um jovem médico e aspirante a escritor que permanece entre 1971 e 1973 em Angola, servindo na guerra de Portugal contra sua colônia africana, distante de sua amada esposa, Maria José (Vila-Nova), a quem manda cartas que expressam sua paixão, melancolia, tédio, observações triviais e um momento de pura emoção, quando fica sabendo do nascimento da filha. António tenta se afeiçoar a uma menina africana que teve os pais mortos no conflito, porém a relação, que se encaminha para algo como talvez a adoção dela, é bruscamente interrompida pela chegada de seu avô, qu

The Film Handbook#190: Allan Dwan

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Allan Dwan Nascimento: 03/04/1885, Toronto, Canadá Morte : 21/12/1981, Woodland Hills, Califórnia, EUA Carreira (como diretor): 1911-1961 Amplamente reconhecido como um dos pioneiros do cinema, Allan (nascido Joseph Aloysius) Dwan tem sido chamado "o último dos realizadores assalariados". O quão distante talvez isto seja de um veredito menos que entusiástico permanece incerto, já que dos 400 ou mais filmes que parece ter dirigido (para não mencionar outros 1 400 que afirma ter produzido, escrito ou montado), somente uma fração ainda existe. Admitidamente, a maior parte destes eram filmes mudos de um ou dois rolos, realizados na média de dois por semana mas, mesmo posteriormente, sua produção foi prolífica. Dwan entrou no mundo do cinema, em 1909, por conta de suas habilidades com iluminação. Rapidamente estaria escrevendo histórias que se tornariam filmes; em 1911 passou a dirigir. Inicialmente seu trabalho foi ligeiro, impetuoso e rotineiro, mas em pouco tempo se to

Filme do Dia: O Apóstolo (2012), Fernando Cortizo

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O   Apóstolo (Espanha, 2012). Direção e Rot. Original: Fernando Cortizo. Fotograria: Matthew Hazelrig. Música: Xavier Font, Philip Glass & Arturo Vaquero. Dir. de arte: Maria Hernanz. Montagem: Fernando Alfonsín. Fugitivo de um presídio, fingindo ser um peregrino rumo a Santiago de Compostela, vai até a vila que o companheiro de fuga afirma que deixou o produto de seu roubo, na casa de uma senhora chamada Luisa. Ao lá chegar chegar se vê enredado em uma teia conspiratória formada pelos seus velhos – mais velhos do que ele imagina – moradores e a qual também se enredarão o arcebispo de Santiago de Compostela. Infelizmente imagina-se que mais cedo ou mais tarde o filme perderá seu fôlego diante de sua hipnótica ambiguidade em relação ao que de fato se sucede. Quando isso, de fato, ocorre, por volta do primeiro terço (sem qualquer trocadilho) do mesmo, fica-se com a impressão que o abraço do gênero horror, incomum em uma produção de animação, sobretudo no formato longo, mesm

Filme do Dia: Corruption of the Damned (1965), George Kuchar

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Corruption of the Damned (EUA, 1965). Direção: George Kuchar. Rot. Original: Ruthy. Com: Floraine Connors, Mary Flanagan, Donna Kerness, Mike Kuchar, Frances Leibowitz, Larry Leibowitz, Steve Packard, Gina Zuckerman, Michael Zuckerman. John (Kuchar) procurando se vingar de sua namorada Cora, envolve-se numa série de situações que incluem a negação da mãe, que se suicida e um acidente de automóvel que destrói o carro que havia pegado da tia. Quando decide ligar para a mesma para contar o que houvera com o carro,  envolve-se com uma outra mulher (Connors) e se vê as voltas com um grupo de gângsters. Pouco importa o enredo rocambolesco nessa delirante e,  não poucas vezes, histriônica sátira underground  ao universo dos filmes de gênero dos grandes estúdios, seja ao filme de horror (numa breve seqüência que evoca uma sessão espírita), a comédia pastelão muda (todo o filme faz uso apenas de trilha sonora e os diálogos surgem em cartelas) ou mais fortemente o melodrama e o