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Filme do Dia: Crede-Mi (1996), Bia Lessa & Dany Roland

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C rede-Mi (Brasil, 1996) Direção: Bia Lessa e Dany Roland.              A trágica história do papa que acaba unindo-se a própria mãe e que é abandonado pela mesma em uma canoa a deriva e adotado por outra família Embora a narrativa seja de difícil apreensão devido a motivos diversos - da precariedade técnica com um som que permanece 50% do filme inaudível e uma constante recusa da linearidade, utilizando-se inclusive de atores diferentes para mesmos papéis - trata-se de uma produção singular no cenário cinematográfico brasileiro atual. Realizado em precárias condições em vídeo high 8 como workshop e posteriormente transposto para 35 mm, o filme possui várias qualidades como a boa utilização dos rostos nordestinos, a espontaneidade dos atores e, principalmente, o casamento entre a música clássica e imagens do cotidiano como um jogo de futebol na praia, que passa a ganhar dimensões épicas. Entre seus pontos negativos deve-se contar a duração uns dez minutos além do necessári

Filme do Dia: O Homem Elefante (1980), David Lynch

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O  Homem Elefante ( The Elephant Man , EUA/Reino Unido, 1980). Direção: David Lynch. Rot. Adaptado: Eric Bergren, Christopher De Vore & David Lynch, baseado nos livros The Elephant Man: A Study in Human Dignity de Ashley Montagu e The Elephant Man and Other Reminisces de Frederick Treves. Fotografia: Freddie Francis. Música: John Morris. Montagem: Anne V. Coates. Dir. de arte: Stuart Craig & Robert Carthwright. Cenografia: Hugh Scaife. Figurinos: Patricia Norris. Com: Anthony Hopkins, John Hurt, Anne Bancroft, John Guielgud, Wendy Hiller, Freddie Jones, Michael Elphick Hannah Gordon, Helen Ryan, John Standing, Dexter Fletcher.                Na Inglaterra vitoriana, John Merrick (Hurt),   com o tronco e rosto completamente deformados, devido a um possível acidente que ocorreu com sua mãe – aparentemente pisoteada por um elefante - quando gestante, é conhecido como Homem-Elefante, sendo explorado por Bytes (Jones), um bêbado que o exibe em espetáculos sensacionalistas e o

Filme do Dia: Passagem Azul (2002), Yee Chin-yen

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P assagem Azul ( Lan se da Men , Taiwan/França, 2002). Direção e Rot. Original: Yee Chih-yen. Fotografia: Chienn Hsiang. Música: Hou Chris. Montagem: Liao Ching-Song. Dir. de arte: Hsia Shao-yu. Com: Chen Bo-lin, Liang Shu-hui, Guey lun-mei, Chou Joanna. Em uma escola secundária a jovem e romântica Lin Yuezhen (Shu-hui) se apaixona pelo garoto Zhang Shihao (Bo-lin) que, no entanto, apaixona-se pela melhor amiga de Lin, Meng Kerou (Lun-mei) que, por sua vez, revela que se encontra apaixonada por Lin. Essa ciranda do amor imperfeito é traçada com delicadeza e sem sentimentalismo com exceção, talvez, de seu final, construindo um retrato dos conflitos emocionais vividos na adolescência de uma forma terna e intensamente contida. Mesmo absorvendo muitas das técnicas narrativas do cinema moderno no que diz respeito à economia dos diálogos e da trilha sonora, como um certo distanciamento dos personagens que mais os dignifica que os torna vítimas de um certo voyeurismo melodramático,

Filme do Dia: Marcha Nupcial (1928), Erich von Stroheim

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M archa Nupcial ( The Wedding March , EUA, 1928). Direção: Erich von Stroheim. Rot. Original: Erich Von Stroheim & Harry Carr. Fotografia: Hal Mohr, Ben   F. Reynolds & B. Sorenson. Música: J. S. Zamecnik. Montagem:   Erich von Stroheim & Josef von Sternberg. Dir. de arte: Richard Day & Erich von Stroheim. Figurinos: Richard Day, Max Rée & Erich von Stroheim. Com: Erich von Stroheim , Fay Wray, George Fawcett, Maude George, George Nichols, Zasu Pitts, Hughie Mack, Matthew Betz, Cesare Gravina.         Filho do Príncipe Ottokar (Fawcett) e da Princesa Maria (George) von Wildeliebe-Rauffenburg, o Príncipe Nicki (von Stroheim) leva uma vida dissipada, como a dos pais, envolvendo-se com inúmeras amantes, até o dia que conhece, na parada militar de Corpus Christhi, a jovem e pobre Mitzi (Wray). O envolvimento afetivo de ambos contraria tanto o atual pretendente da moça, o rude açougueiro Schani (Betz) quanto os pais que, em dificuldades finançeiras, preferem ver

Filme do Dia: Eu Não Sou Seu Negro (2016), Raoul Peck

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E u Não Sou Seu Negro ( I Am Not Your Negro , EUA, 2016). Direção: Raoul Peck. Rot. Adaptado: Raoul Peck, a partir dos escritos de James Baldwin. Fotografia: Harry Adebonojo, Bill Ross IV & Turner Ross. Música: Alexei Aigui. Montagem: Alexandra Strauss. Esse documentário extrai sua maior força da indignação moral de James Baldwin, autor das tocantes, firmes e anti-sentimentais considerações que escutamos, seja por sua própria voz (em imagens de arquivo, como aliás a maciça metragem do mesmo), seja através de voz over em primeira pessoa (a cargo de Samuel L. Jackson). É eminentemente sobre a experiência de ser negro nos Estados Unidos e mistura o pessoal e (sobretudo) o coletivo, assim como três mortes e as trajetórias dos três, todos assassinados,   que parecem ter forjado ainda mais a visão do autor: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr. O filme, por sua vez, pretende dar forma a um projeto que provavelmente nunca seria finalizado pelo próprio Baldwin (ele o

The Film Handbook#166: Francis Ford Coppola

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Francis Ford Coppola Nascimento: 07/04/1939, Detroit, Michigan, EUA Carreira (como diretor) : 1961- O primeiro, e inicialmente mais bem sucedido, dos "fedelhos do cinema"  a chegar a proeminência nos anos 70, Francis Ford Coppola agora parece um talento problemático e errante. movendo-se incessantemente entre pequenos e grandes orçamentos, projetos populares e pessoais. Graduado na escola de cinema da UCLA, Coppola realizou diversos curtas nudies antes de se tornar o braço direito de Roger Corman , para quem trabalhou em diversas funções. Com carta branca para dirigir Demência 13 / Dementia 13 , um thriller gótico atmosférico ambientado na Irlanda, ele abandonaria então Corman por um contrato como roteirista para a Seven Arts (os roteiros incluíram Essa Mulher é Proibida / This Property is Condemned , Patton e O Pecado de Todos Nós / Reflection in a Golden Eye ). Após dirigir uma peculiar comédia juvenil ( Agora Você é um Homem / You're a Big Boy Now ), ele foi co

Filme do Dia: Clandestinas (2012), Andrea Aguilar & Ezequiel Altamirano

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  C landestinas (Argentina, 2012). Direção: Andrea Aguilar & Ezequiel Altamirano. Curta documental realizado de maneira completamente independente quanto a apoio privado ou público, como não deixa de ressaltar em seus créditos finais. Faz militância pela aprovação do aborto, fazendo uso, sobretudo, do depoimentos de mulheres de diversas faixas etárias que fizeram aborto, a maior parte delas com experiências de sofrimento e dor física e psíquica pelas condições em que tais intervenções foram efetuadas.   Banal, na melhor acepção do termo, tanto em termos da informação que traz quanto da forma como a mesma é elaborada, fechada e sem qualquer vislumbre de complexificação sobre, reforçando o seu caráter de panfleto militante com o discurso de profissionais de apoio na área e imagens finais de uma manifestação pró-aborto pelas ruas de Buenos Aires ou de um grupo de mulheres, algumas delas depoentes do mesmo , demonstrando sua postura de compromisso político com a causa através

Filme do Dia: Bonequinha de Luxo (1961), Blake Edwards

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B onequinha de Luxo ( Breakfast at Tiffany’s , EUA, 1961). Direção: Blake Edwards. Rot. Adaptado: George Axelrod, a partir do romance de Truman Capote. Fotografia: Franz Planer & Philip H. Lathrop. Música: Henry Mancini. Montagem: Howard A. Smith. Dir. de arte: Roland Anderson & Hal Pereira. Cenografia: Sam Comer & Ray Moyer. Figurinos: Edith Head. Com: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Martin Balsam, Buddy Ebsen, José Luiz de Villalonga, Mickey Rooney, John McGiver, Alan Reed. Passando a morar no mesmo apartamento de Holly (Hepburn), o escritor Paul Varjak (Peppard) logo se apaixona por sua beleza e sua excentricidade. Ela vive só com seu gato e ganha uns trocados fazendo companhia a velhos ricos. Ele se encontra enrolado com a decoradora Emily (Neal). Mesmo flertando com Varjak, Holly, no entanto, encontra-se disposta a desposar um rico brasileiro, José (Villalonga). Ela recebe uma visita de seu ex-marido, Doc Golightly (Ebsen), que sonha em leva-la c

Filme do Dia: L'Argent (1983), Robert Bresson

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L ’Argent ( L’Argent , França, 1983). Direção: Robert Bresson. Rot. Adaptado:  Robert Bresson, baseado no conto de  Leo Tolstoy. Fotografia: Pasqualino De Santis & Emmanuel Machuel. Montagem: Jean-François Naudon. Dir. de arte: Pierre Guffroy. Figurinos: Monique Dury. Com: Christian Patey, Caroline Lang, Sylvie Van den Elsen., Vincent Risterucci,   Didier Baussy, Andre Cler,    Marc-Ernest Fourneau,   Bruno Lapeyre.      Os jovens Norbert (Fourneau) e Lucien (Risterucci), que trabalham em uma loja de fotografia,   passam notas falsificadas para Yvon Targe (Patey), que quando procura comprar algo com elas é   preso pela polícia. Ele busca culpar Lucien, mas este finge não o reconhecer. Targe recebe o perdão do juiz (Lapeyre), porém sua situação se torna problemática após perder o emprego e ser pressionado pela mulher Elise (Lang), a tomar uma posição, já que também possuem uma filha de quatro anos. Lucien é flagrado pelo dono da loja (Baussy) adulterando o preço das máquinas

Nelson Pereira dos Santos (1928-2018)

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Estou devendo um post-tributo a esse que foi um dos maiores cineastas do cinema brasileiro, o recentemente falecido Nelson Pereira dos Santos, morto no último dia 21, aos 89 anos. como não assisto mais TV e a informação via internet tende a ser bastante difusa ou regrada, a depender do dia e dos  interesses, só vim saber de sua morte cerca de uma semana após. soube através de amigos quando estava viajando nesse feriado. Cineasta irregular de longa carreira e algumas obra-primas indiscutíveis do cinema brasileiro, para não dizer internacional, NPS sobreviveu aos mais talentos realizadores do Cinema Novo, mesmo sendo mais velho que eles. Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente quando do lançamento da  do livro de Darlene Sadlier dedicado a sua obra e traduzido por mim e editado pela Papirus alguns anos atrás, no Rio de Janeiro. Que pena que tenha morrido em um momento tão triste da nossa história. Salve Nelson!

Paul: O Alien Fugitivo (2011), Greg Mottola

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P aul: O Alien Fugitivo ( Paul ,   EUA/Reino Unido, 2011). Direção: Greg Mottola. Rot. Original: Nick Frost & Simon Pegg. Fotografia: Lawrence Sher. Música: David Arnold. Montagem: Chris Dickens. Dir. de arte: Jefferson Saje & Richard Fojo. Cenografia: Carla Curry. Figurinos: Nancy Steiner. Com: Nick Frost, Simon Pegg, Kristen Wiig,   Jane Lynch, Jason Bateman, Sigourney Weaver, John Carroll Lynch, Joe Lo Truglio, Mia Tallard. A dupla de ufólogos Graeme (Pegg) e Clive (Frost) viaja para os EUA com o objetivo principal de chegarem a Zona 51, região de interesse dos apreciadores do tema. Lá eles encontram Paul, um alienígena que há mais de meio século havia assombrado a garotinha Tara (Tallard) e se encontra próximo de ser capturado. Paul se refugia no trailer de Graeme e Clive. Mas a dupla acampa em um local no qual a filha de um fanático religioso, Ruth (Wiig) descobre a existência do alienígena e, após o choque inicial, une-se ao grupo, que agora passa a ser perseguido,

Filme do Dia: No Porão (2014), Ulrich Seidl

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N o Porão ( Im Keller , Áustria, 2014). Direção: Ulrich Seidl. Rot. Original: Veronika Franz & Ulrich Seidl.   Fotografia: Martin Gschlacht. Montagem: Christoph Brunner. Documentário que se detém em personagens que realizam atividades “excêntricas” em seus porões: há o grupo de homens de idade avançada que se reúne como banda em um ambiente completamente decorado/devotado ao nazismo; há aquele grupo de senhores que se reúne para praticar tiro e, nas horas vagas, comenta entre uma cerveja e outra sobre a inferioridade racial dos emigrados, como turcos, mesmo já nascendo no país; há aquela que desce para encontrar os seus “bebê”, bonecos de aparência hiper-realista que ela mima e “põe para dormir’; há a mulher que se prostitui sentindo prazer em ser humilhada; há aquela que após vivenciar relações turbulentas com homens, e trabalha no Caritas justamente com mulheres que sofreram ou sofrem agressões, e agora prefere sofrer sessões “controladas” de masoquismo; há o homem que é es

Filme do Dia: Alexandria...New York (2004), Youssef Chahine

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A lexandria...New York ( Alexandrie...New York , 2004, Egito/França). Direção: Youssef Chahine. Rot. Original: Youssef Chahine & Khaled Youssef. Fotografia: Ramses Marzouk. Música: Yehia El Mougi. Montagem: Rashida Abdel Salam. Dir. de arte: Hamed Hemdan. Figurinos: Monia Fath Elbab. Com: Mahmoud Hemida, Ahmed Yehia, Youssra, Youssra El Lozy, Lebleba, Hala Sedki, Magda Al Khattib, Nelly Karim. Alexander (Yehia), filho de Ginger (Youssra), tona-se consciente que seu verdadeiro pai é um célebre cineasta egípcio, Yehia (Hemida), que está sendo homenageado com uma retrospectiva de sua obra em Nova York. Primeiro bailarino do New York Ballet, Alexander não pretende se tornar amigo do pai. Ginger procura conciliar os interesses contando ao filho toda a história de sua paixão por Yehia. Quando estudantes em Nova York na década de 1940, seu namoro e sua carreira promissora como ator foram abruptamente interrompidos pelas dificuldades financeiras da família de Yehia, que necessitava

Filme do Dia: A Teia de Renda Negra (1960), David Miller

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A  Teia de Renda Negra ( Midnight Lace , 1960, EUA). Direção: David Miller. Rot. Adaptado: Ivan Goff & Ben Roberts, baseado na peça de Janet Green, Matilda Shouted Fire . Fotografia: Russell Metty. Música: Frank Skinner. Montagem: Leon Barsha & Russell F. Schoengarth. Dir. de arte: Robert Clatworthy &Alexander Golitzen. Cenografia: Oliver Emert. Figurinos: Irene. Com: Doris Day, Rex Harrison, John Gavin, Mirna Loy, Roddy MacDowall, Herbert Marshall , Natasha Parry, John Williams, Richard Ney.              Kit Preston (Day), recém-casada com Anthony (Harrison), é uma rica americana em apuros em Londres, sofrendo constante ameaça de morte. Os possíveis suspeitos são praticamente todas as pessoas próximas como sua tia Bea (Loy), o admirador Brian (Gavin), o filho de sua empregada Malcolm (MacDowall), sua amiga Peggy Thompson (Parry) e o funcionário da firma dos Preston, Daniel (Ney). Suspeita de estar sofrendo um colapso nervoso, Kit passa a ser vista com desconfianç

Filme do Dia: Moana (1926), Robert Flaherty

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M oana (EUA, 1926). Direção: Robert J. Flaherty. Rot. Original: Robert J. Flaherty (também entretítulos) & Julian Jonhson (entretítulos). Fotografia e Montagem: Robert J. Flaherty. Esse filme, tido por alguns como pela primeira vez referenciado pelo termo documentário, segue todas as estratégias do filme de estréia de Flaherty que fora retumbante sucesso, Nanook, o Esquimó   (1922): um cenário exótico (lá as intempéries do Ártico, aqui os mares do sul da Polinésia); a personificação de um herói (o personagem-título de ambos os filmes); a romantização de culturas que possuem como aliados ou opositores somente elementos da própria natureza, se possível tornadas ainda mais   exóticas através da utilização de costumes já findos (lá a pesca sem arpão, aqui o ritual de tatuagem para ingresso no universo masculino), etc. Procura reconstituir, com material filmado em mais de um ano, um dos dias mais importantes para um jovem homem polinésio, o de sua iniciação no universo dos adul

Filme do Dia: Cheer Up (1924), Stephen Roberts

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C heer Up (EUA, 1924). Direção: Stephen Roberts. Fotografia: J.S. Brown. Com: Cliff Bowes, Virginia Vance, Eddie Boland, Frank Alexander, Tommy Hicks, Sidney Smith. Jane Ellen (Vance), possui três horas para decidir com quem se casará ou perderá seus interesses numa fábrica. Ela possui, no entanto, dois   pretendentes a noivo dispostos a casar. Uma série de confusões decorrentes dessa rivalidade findam com Jane Ellen escolhendo Little Bem (Bowes). Casamento concretizado, o casal foge da festa e vai direto a sua nova casa. O rival, no entanto, mau perdedor, levará literalmente a casa ao chão. Um dos poucos sobreviventes dos cerca de 80 filmes curtos que Bowes atuou para o estúdio, morrendo ele demasiado precoce (24 anos), e também jovens morreram sua parceira regular, Vance e o realizador (ambos 40 anos), consegue ser em alguns momentos espontaneamente hilário, como quando o jovem pretendente a Jane Ellen rouba algumas flores que pertencem, na verdade, ao chapéu de uma senhora que

Título do Filme: Enforcamento (1968), Nagisa Oshima

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E nforcamento ( Koshikei , Japão, 1968). Direção: Nagisa Oshima. Rot. Original: Michinori Fukao, Nagisa Oshima, Mamoru Sasaki & Tsutomu Tamura. Fotografia: Yasuhiro Yashioka. Música: Hikaru Hayashi. Montagem: Keiichi Uraoka. Dir. de arte: Jusho Toda. Com: Do Yun-yu, Kei Sato, Fumio Watanabe, Toshirô Ishido, Masao Adashi, Rokko Toura, Hosei Komatsu, Masao Matsuda, Akiko Koyama. Condenado à morte, um jovem coreano (Yun-yu) de 22 anos, sobrevive à execução. O que será feito de seu destino é o que ficam se perguntando as mais diversas autoridades jurídicas, eclesiásticas e prisionais. Esse filme-ensaio, produzido no auge da verve liberal-progressista e formalmente não naturalista de Oshima , apesar de mais que ocasionalmente arrastado e aborrecido, consegue colher muitos dos louros que planta ao final. O que há de pior nele, que já inicia com cartelas que questionam sobre a pena de morte, é o tom meio colegial com o qual pretende analisar, de modo pretensioso, diversas face