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Filme do Dia: Flying Padre (1951) Stanley Kubrick

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F lying Padre (EUA, 1951). Direção e Fotografia: Stanley Kubrick . Música: Nathaniel Shilkret. Montagem: Isaac Kleinerman. Dificilmente alguém poderia apontar qualquer dimensão autoral nesse curta de estréia dirigido pelo que viria a ser um dos mais renomados realizadores norte-americanos de todos os tempos. O tema excêntrico, o de um padre que faz uso de avião para atender aos necessitados de sua paróquia, como no caso do filme um funeral ou uma mulher que precisa levar com urgência o filho ao hospital. Trata-se de um documentário com todos os elementos característicos de certo modelo então, ou seja, uma narração over do início ao final e um evidente caráter de encenção – nos dois casos nos quais o padre intervém há igualmente uma câmera acompanhando a operação da perspectiva dos paroquianos. Destaque para os rostos de moradores locais, de feições tipicamente indígenas mexicanas em primeiro plano no momento do funeral. RKO-Pathé Pictures. 9 minutos.

Filme do Dia: Canções de Amor (2007), Christophe Honoré

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C anções de Amor ( Les Chansons d´Amour , França, 2007). Direção e Rot. Original: Christophe Honoré. Fotografia: Rémy Chevrin. Música: Alex Beuapain. Montagem: Chantal Hymans. Dir. de arte: Samuel Deshors. Figurinos: Pierre Canitrot. Com: Louis Garrel, Ludivine Sagnier, Chiara Mastroianni, Clotilde Hesme, Grégoire Leprince-Ringuet, Brigitte Röuan, Alice Butaud, Jean-Marie Winling, Yannick Renier. Ismaël vive uma relação a três com sua namorada Julie (Sagnier) e Alice (Resme). Certa noite os três vão a um bar e Julie passa mal e falece subitamente. Ismaël, confuso e deprimido, vai morar no apartamento do então namorado de Gwendal (Renier), onde o irmão do namorado dela, Erwann (Leprince-Ringuet) apaixona-se por ele. Ao mesmo tempo, a irmã mais velha de Julie, Jeanne (Mastroianni), sente-se na obrigação de ter uma atenção maior com Ismaël, o que por vezes o irrita.  Afastando-se de Gwendal, Ismaël resiste por um bom tempo aos assédios de Erwann, mas decide dormir com ele.  O envo

Filme do Dia: O Ano Passado em Marienbad (1961), Alain Resnais

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O  Ano Passado em Marienbad ( L´Année Dernière à Marienbad , França/Itália, 1961). Direção: Alain Resnais. Rot. Adaptado: Alain Robbe-Grillet, baseado no romance A Invenção de Morel , de Bioy Casares. Fotografia: Sacha Vierny. Música: Francis Seyrig. Montagem: Jasmine Chasney & Henri Colpi. Dir. de arte: Jacques Saulnier. Cenografia: Jean-Jacques Fabre, Georges Glon & André Piltant. Com: Delphine Seyrig , Giorgio Albertazzi, Sacha Pitoëff, Françoise Bertin, Luce Garcia-Ville, Héléna Kornel, François Spira. O que menos importa no filme é o enredo. Antes a forma como se configuram diversos tempos narrativos, flashbacks e flashbacks dentro de flashbacks que compõem a talvez mais intrigante tessitura já realizada com a montagem cinematográfica. As situações levam ao (re) encontro entre uma mulher (Seyrig) e um homem (Albertazzi), que alega ter desfrutado de sua companhia em outro local e a presença do provável marido da mulher (Pitoëff) nas imediações. Utilizando interpre

Filme do Dia: A Coroa de Ferro (1941), Alessandro Blasetti

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A  Coroa de Ferro ( La Corona di Ferro , Itália, 1941). Direção: Alessandro Blasetti. Rot. Original: Corrado Pavolini, Gugliemo Zorzi, Guisseppe Zucca, Alessandro Blasetti & Renato Castellani, a partir de argumento de Blasetti & Castellani. Fotografia: Mario Craveri & Václav Vich. Música: Alessandro Cicognini. Montagem: Mario Serandrei. Dir. de arte: Virgilio Marchi. Figurinos: Gino Sensani. Com: Massimo Girotti, Elisa Cegani, Luisa Ferida, Gino Cervi,  Rina Morelli, Osvaldo Valenti, Paolo Stoppa, Primo Carnera.  Sedemond (Cervi) se impõe no campo de batalha após assassinar o irmão e se auto-proclamar o novo rei de Kindaor. A continuidade de seu governo depende do nascimento de um filho homem, mas Arminio, ele descobrirá, é filho da irmã de sua esposa e não seu, tendo nascido uma menina, Elsa. Sedemond ordena que a criança seja levada ao desolado Vale dos Leões, para lá perecer. Para sua surpresa Arminio (Girotti) reaparece já homem feito numa série de duelos para a

Filme do Dia: Amy (2015), Asif Kapadia

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A my (Reino Unido/EUA, 2015). Direção: Asif Kapadia. Fotografia: Ernesto Hermann. Música: Antonio Pinto. Montagem: Chris King. Certamente buscando se beneficiar da mesma estrutura “dramática” que compõe o seu Senna , tendo a seu favor o fato de se tratar de um ídolo que vivencia um momento em que as gravações domésticas se tornaram rotineiras, logo se fica com a impressão que o resultado não demonstra ser tão eficiente quanto a seu filme anterior. Talvez por conta da ausência do tom quase épico com que o cineasta vai elaborando o drama trágico no qual se envolve seu biografado anterior, substuído pelo excesso de imagens banais e narcísicas, uma expressão comum de uma jovem e também artista. Ao final da carreira e da vida, tal relação evidentemente se inverte. E da busca incessante do sucesso se observa o declínio associado ao preço da fama, algo que a própria Amy, ainda ao início (da carreira e do filme) já havia alertado ao se referir que provavelmente ficaria louca se atingi

The Film Handbook#155: Jean-Pierre Melville

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Jean-Pierre Melville Nascimento : 02/10/1917, Paris, França Morte : 02/08/1973, Paris, França Carreira (como diretor) : 1946-1972 A pesar da carreira de Jean-Pierre Grumbach - um americanófilo obsessivo que se renomeou a partir de seu romancista favorito - ter sido dominada por seu interesse em filmes de suspense-gangsteres (amplamente considerados um gênero americano e grandemente comercial) ele, de fato, foi um artista profundamente pessoal e essencialmente europeu. Orgulhosamente independente, fez uso de situações ritualísticas e da iconografia tradicional do gênero para criar um universo estilizado, próximo de mítico, através do qual endereçava questões sobre honra, lealdade, companheirismo e fé. Após lutar pela causa da França Livre na Segunda Guerra, Melville montou sua própria companhia produtora para realizar seu curta hoje perdido*  24 Horas na Vida de um Palhaço/24 Heures de la Vie d'un Clown . Seu primeiro longa, O Silêncio do Mar / Le Silence de la Mer , sugere

Filme do Dia: O Mágico (1926), Rex Ingram

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O   Mágico ( The Magician , EUA, 1926). Direção: Rex Ingram. Rot. Adaptado: Rex Ingram, a partir do romance de W.Somerset Maugham. Fotografia: John F.Seitz.  Montagem: Grant Whytock. Dir. de arte: Henri Menessier. Com: Alice Terry, Paul Wegener, Firmin Gémier, Iván Petrovich, Gladys Hamer, Henry Wilson, Hubert I.Stowitts. Margaret Dauncey (Terry) tem sua coluna comprometida quando realizava uma escultura de dimensões maiores que as humanas e uma parte da escultura cai sobre si. Operada por um dos maiores especialistas do assunto, o norte-americano Arthur Burdon (Petrovich) ela é assistida por muitos interessados no tema, incluindo o hipnotista Oliver Haddo (Wegener). Após a cirurgia, plenamente recuperada, Margaret passa a namorar com Arthur, que já havia alertado a seu tio que nunca operara uma paciente tão bela. Haddo, no entanto, segue-a obsessivamente e certo dia consegue adentrar em sua residência, hipnotizando-a. Um dia antes de seu casamento com Burdon, Margaret deixa um