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Filme do Dia: Ânsia de Amar (1971), Mike Nichols

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A nsia de Amar (Carnal Knowldege, EUA, 1971). Direção: Mike Nichols. Rot. Original: Jules Feiffer. Fotografia: Giuseppe Rotunno. Montagem: Sam O’Steen. Dir. de arte: Richard Sylbert & Robert Luthardt. Cenografia: George R. Nelson. Figurinos: Anthea Sylbert. Com: Jack Nicholson , Art Garfunkel, Candice Bergen, Ann-Margret, Rita Moreno, Cynthia O’Neal, Carol Kane. Final dos anos 40. Jonathan (Nicholson) e Sandy (Garfunkel) são os melhores amigos de faculdade e discutem detalhes de suas intimidades com as mulheres. Sandy, mais sensível, apaixona-se por Susan (Bergen), que Jonathan sai várias vezes até conseguir manter um contato sexual. Tempos depois, Sandy se encontra casado com Susan e Jonathan vive uma relação conturbada com a emocionalmente instável  Bobbie (Margret). Sandy revela o tédio que acompanha seu casamento e Jonathan o incentiva a ter casos ocasionais com garotas como Cindy (O’Neal). Posteriormente, Sandy se encontra envolvido com uma garota que tem idade de ser s

Italian Tango: Daniele Serra - Scrivimi, 1936

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Filme do Dia: Liberdade e Pátria (2002), Jean-Luc Godard & Anne-Marie Miéville

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L iberdade e Pátria ( Liberté et Patrie , Suiça, 2002). Direção, Rot.Original, Fotografia e Montagem: Jean-Luc Godard & Anne-Marie Miéville. Tendo como pretexto a vida e obra do pintor Aimé Pache, na verdade, uma escrita semi-autobiográfica do escritor Charles Ferdinand Ramuz (1918-1947) a dupla de realizadores traz imagens da mesma região de onde são igualmente originários. O fluxo de referências é incessante e colossal e traz, com moderação é verdade, efeitos óticos similares aos utilizados pela não muito distante série História(s) do Cinema e um uso nada moderado de uma avalanche de referências iconográficas, fílmicas ( Ladrões de Bicicleta e Quatorze Juillet , de René Clair dentre tantos outros) - seja através de imagens fixas ou em movimento -  com uma banda sonora em que a voz de um homem e uma mulher se alternam e muitas referências literário-filosóficas surgem (de Wittgenstein, Aristóteles e outros menos conhecidos, incluindo o próprio Ramuz), música de Beethove

Filme do Dia: Direito de Amar (2009), Tom Ford

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D irei to de Amar ( A Single Man , EUA, 2009). Direção: Tom Ford. Rot.Adaptado: Tom Ford & David Scearce, a partir do romance de Christopher Isherwood. Fotografia: Eduard Grau. Música: Abel Korzeniowski. Montagem: Joan Sobel. Dir. de arte: Dan Bishop & Ian Phillips. Cenografia: Amy Wells. Figurinos: Arianne Phillips. Com: Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode, Jon Kortajarena, Paulette Lamori, Ryan Simpkins, Teddy Sears. Idos da década de 60. George (Firth), professor de inglês, um ano após a morte de seu companheiro, Jim (Goode), em um acidente de carro, ainda não consegue lidar com a sua ausência. Próximo a ele vive uma amiga, Charley (Moore), solitária desde a separação do marido, que o convida para um jantar que quase termina com uma sedução. Assoberbado pelo fantasma das lembranças, sua atuação em sala de aula também fica notoriamente diferente do habitual, chamando a atenção da classe e sobretudo de um aluno sensível, Kenny (Hoult), que

Filme do Dia: O Primeiro Cigarro de um Colegial (1906), Louis J. Gasnier

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O  Primeiro Cigarro de um Colegial ( Le  Premier Cig are d’une Collégien , França, 1906). Direção: Louis J. Gasnier. Com: Max Linder . Max experimenta pela primeira vez o que seriam os prazeres do fumo e da bebida e chega completamente alterado no prédio onde mora, entrando no apartamento vizinho e de lá sendo expulso pelo seu inicialmente assustado proprietário. É então socorrido pela mãe. As inserções de planos mais próximos para descrever um evento em andamento ocorrem aqui de forma menos abrupta e mais encadeada do que nos primeiros anos do século e certamente mais abrupta do que no cinema de continuidade que se institui após. Vale lembrar que no mesmo ano, Porter havia realizado outro retrato de um bêbado, esse veterano, em Dream of a Rarebit Fiend , que não possui uma narrativa tão clara quanto aqui, mas certamente é bem mais inventivo, ao reproduzir os efeitos da própria mente do bêbado ou de sua percepção visual em trucagens visuais. Curiosamente, Linder aqui pe

Filme do Dia: A Culpa (1971), Domingos de Oliveira

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A  Culpa (Brasil, 1971). Direção: Domingos de Oliveira. Com: Paulo José, Dinah Sfat, Nélsom Xavier, Sérgio Britto. Dupla de irmãos (José e Xavier) assassina o pai, empreiteiro milionário (Britto), com ajuda da noiva de um dos irmãos, Matilde (Sfat). O sentimento de culpa posterior ao crime acabará por dilacerar suas vidas. Um dos irmãos suicida-se, enquanto Heitor (José) é assassinado pela noiva, que enlouquece. Nesse belo e atmosférico filme de Oliveira o que menos interessa é o enredo em si – já inicia com o crime cometido e a ocultação do cadáver pelo trio. Utilizando-se de uma estética comum as produções do Cinema Novo, o filme traça um sombrio retrato do estado psicológico dos assassinos após o crime. Ao contrário de Pocilga , de Pasolini , os personagens não conseguem se eximir da profunda culpa cristã pelo parricídio. Embora recebam dois milhões de dólares de herança, a vida já não possui sentido e a paranoia torna-se crescente. Recursos como a câmara na mão em planos l

Filme do Dia: Persepolis (2007), Vincent Parronaud & Marjane Satrapi

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P ersepolis (França/EUA, 2007). Direção: Vincent Parronaud & Marjane Satrapi. Rot. Adaptado: Vincent Parronaud baseado nos quadrinhos e no romance de Marjane Satrapi. Música: Olivier Bernet. Montagem: Stéphane Roche. Dir. de arte: Marina Musy. Marjane Satrapi é uma garota que na sua infância é surpreendida pelos eventos políticos que provocam uma reviravolta no seu país: a Revolução Iraniana. Tendo um tio sido preso e morto e com a crescente repressão no país, os pais, ocidentalizados, a enviam para uma temporada na Áustria, onde Marjane (voz de Chiara Mastroianni) passa por dificuldades com relação à moradia e namoro (um dos rapazes pelos quais se apaixona se descobre homossexual, o outro é flagrado a traindo). Sem rumo, Marjane passa a morar nas ruas e pega uma bronquite. Retorna ao Irã e aos pais, assim como aos conselhos da avó (voz de Danielle Darieux) em estado depressivo. Envolvida com um homem que acha atraente, ela acaba se casa com ele para driblar a excessiva

Filme do Dia: Uma Abelha na Chuva (1972), Fernando Lopes

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U ma Abelha na Chuva (Portugal, 1972). Direção: Fernando Lopes. Rot. Adaptado: Fernando Lopes, baseado no romance de Carlos D´Oliveira. Fotografia: Manuel Costa e Silva. Música: Manuel Jorge Veloso. Montagem: Teresa Olga. Com: Laura Soveral, João Guedes, Zita Duarte, Ruy Furtado, Carlos Ferreiro, Fernando de Oliveira, Adriano Reys. Álvaro Silvestre (Guedes) é um rude camponês que se casou com uma aristocrata decadente, Maria dos Prazeres (Soveral), que sente desprezo por ele, refugiando-se no teatro e nos romances que reconta para as amigas.  Certo dia, Álvaro escuta na cozinha comentários maliciosos sobre o olhar que sua esposa lança a Jacinto (Reys) pelo próprio cocheiro a sua amada, Clara (Duarte), empregada filha do Mestre Antônio (Furtado), com quem pretende se unir. Mestre Antônio, no entanto, tem outros planos para a filha, pretendendo um casamento que o possibilitará salvar da ruína econômica, com um agricultor de posses. Sua decisão toma prumo quando Álvaro, enciumado e i

Filme do Dia: Blitz Wolf (1942), Tex Avery

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B litz Wolf (EUA, 1942). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Rich Hogan. Música: Scott Bradley. Avery, no auge de sua inventividade anárquica, põe todo o seu talento nesse curta indicado ao Oscar da categoria. Aqui, a paródia de um dos clássicos do curta de animação dos estúdios Disney, Os Três Porquinhos (1933), serve como pretexto para o Lobo da série de animações altamente sexualizadas dirigidas por Avery parodiando personagens como Chapeuzinho Vermelho, encarnar ninguém menos que Hitler. Astuto e com um bigodinho que mesmo fazendo referência não chega a ser exatamente uma cópia do líder alemão, a animação faz referências mais pesadas ao Japão, simplesmente explodido com uma bomba, do que com a própria encarnação de Hitler, a determinado momento observado, numa cena típica do humor averyano, pedindo para que todos os ruidosos efeitos sonoros da guerra parem para que ele possa falar ao telefone com sua amada, sendo imediatamente atendido. Outra cena antológica é a que o Lobo e

The Film Handbook#147: Bernardo Bertolucci

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Bernardo Bertolucci Nascimento: 16/03/1941, Parma, Emilia-Romagna, Itália Carreira : 1962- Os filmes de Bernardo Bertolucci parecem simultaneamente pessoais e estranhamente sujeitos a cairam nas graças da moda cinematográfica, apesar de não se poder condenar a consistência temática de sua obra nem, vinculado a isso, certos elementos quase autobiográficos em boa parte dessa. Filho de um bem sucedido poeta, Bertolucci escreveu ele próprio poesia quando jovem. Após realizar filmes amadores em 16 mm em sua adolescência, trabalhou como assistente para Pasolini em Accattone ; como retribuição, foi-lhe permitido dirigir A Morte / La Commare Secca > 1 , a partir de um roteiro de Pasolini . Ambientado, como Accattone , nas classes trabalhadoras suburbanas de Roma, e traçando uma investigação policial envolvendo o assassinato de uma prostituta, o filme mescla a fotografa do cinema noir , personagens realistas e um estilo narrativo a la Rashomon   (as horas finais da vítima são descrit

Filme do Dia: Fahrenheit 11 de Setembro (2004), Michael Moore

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F ahrenheit 11 de Setembro ( Fahrenheit 9/11 , EUA, 2004). Direção e Rot. Original: Michael Moore. Fotografia: Mike Desjarlais, Kirsten Johnson & William Rexer. Música: Jeff Gibbs & Bob Golden. Montagem: Kurt Engfehr, Todd Woody Richman & Chris Seward. Dir. de arte: Dina Varano. Seu estilo grandemente pop e seu tom marcadamente panfletário e efetivado no calor do momento trai suas intenções tanto ideológicas quando mercadológicas. Nesse sentido, Moore apenas repete a fórmula já presente nos seus documentários realizados para a  televisão e em Tiros em Columbine . Longe dos distúrbios no Iraque, o retrato que o cineasta traça da guerra está distante da crueza densa das imagens de Corações e Mentes (1974), de Peter Davis, célebre documentário sobre o Vietnã. Aqui, pelo contrário, trabalha-se sob a chave de um engenhoso orquestrador de imagens –algumas delas retiradas de filmes ficcionais como Nosferatu (1922), de Murnau – que tem o intuito explícito de servir como c

Filme do Dia: Peeping Penguins (1937), Dave Fleischer

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P eeping Penguins (EUA, 1937). Direção: Dave Fleischer. Música: Sammy Timberg. Um grupo de jovens pinguins se sente curioso a respeito de um casa fechada que se encontra para alugar e, mesmo contra a advertência de uma pinguim mais velha, invade-a e a explora até serem deslocados para longe por um dos fogos de artifício que explodiram acidentalmente. Um dos 36 curtas produzidos para a série Color Classics (1934-1941), no qual uma canção e uma prédica moral, aqui reunidos praticamente numa figura só – e, embora não deixe de explorar uma fórmula de moralismo bem rasteira, como habitual, aqui sobra farpas igualmente para a agente desse moralismo, que apesar de cantar contra a curiosidade dos pinguins jovens, fica ela própria tentada a explorar o que seria uma chaminé, ficando com a cabeça presa na mesma. Fleischer Studios para Paramount Pictures. 7 minutos.

Filme do Dia: Janaína, a Virgem Proibida (1972), Olivier Perroy

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J anaína, a Virgem Proibida (Brasil, 1972). Direção, Rot. Original e Fotografia: Olivier Perroy. Música: Egberto Gismonti. Montagem: Olivier Perroy & Silvio Renoldi. Com: Ronnie Von, Marlene França, Raul Cortez, Cyl Farney, Olívia Salles, Cynira Arruda, Luiz Lopes Correa, Mara Duval. Ricky Ricardo (Von), no auge de seu sucesso como cantor pop, decide abandonar o estrelato, as pressões dos fãs e do empresário Tony Morely (Farney) e a família, composta por uma mãe dominadora (França) e um irmão cruel, Raul (Cortez), que acredita ter assassinado, para morar na Bahia, onde acolhido por prostitutas, apaixonar-se-á pela enigmática Janaína (França). Janaína, no entanto, desaparecerá misteriosamente nas águas do mar. Tony o reencontra e tenta faze-lo voltar à carreira, levando Raul consigo. Ricky, no entanto, prefere buscar por Janaína e também desaparece. Mesmo integrado a uma filmografia que ficou conhecida popularmente como pornochanchada, dirigindo ainda nessa linha A Infidel

Filme do Dia: Violette (2013), Martin Provost

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V iolette (França/Bélgica, 2013). Direção: Martin Provost. Rot. Original: Martin Provost, Marc Abdelnour & René de Ceccatty. Fotografia: Yves Cape. Música: Hugues Tabar-Nouval. Montagem: Ludo Troch. Dir. de arte: Thierry François. Cenografia: Catherine Jarrieur-Prieur. Figurinos: Madeline Fontaine. Com: Emmanuelle Devos, Sandrine Kiberlain, Olivier Gourmet, Catherine Hiegel,  Jacques Bonnaffé, Olivier Py, Nathalie Richard, Stanley Weber. Anos 1940. De origem humilde, Violette Leduc (Devos) é uma insegura escritora não publicada que, incentivada pela estrela literária em ascensão Simone de Beauvoir (Kiberlain) tem seu primeiro livro publicado pela editora Gallimard. Apaixonada obcecadamente por Beauvoir, que se intimida com sua obsessão mas respeita seu talento literário e sua gana em expressar a sexualidade feminina de forma pouco habitual, Violette sofre com a solidão e constante instabilidade emocional que a vincula sobretudo a mãe Berthe (Hiegel). Ela vivencia ao longo do

Filme do Dia: Let It Be (1970), Micheal Lindsay-Hogg

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L et it Be ( Let it Be , Reino Unido, 1970). Direção: Michael Lindsay-Hogg. Com: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr, Billy Preston,   Mal Evans,   Michael Lindsay-Hogg,   George Martin, Heather McCartney, Linda McCartney, Yoko Ono, Derek Taylor. Música: The Beatles.         Os próprios Beatles foram produtores-executivos desse documentário originalmente filmado em 16 mm. As pretensões iniciais eram as de flagrar um novo momento da banda, de retorno às raízes do rock que produziram no início de carreira. O resultado tornou-se o registro dos próprios momentos finais, onde apenas há muito custo a apatia e os desentendimentos (um deles flagrado pelas câmeras, envolvendo McCartney e Harrisson) são superados e a pulsante energia da música ganha vida própria. De longe o melhor projeto cinematográfico com a participação da banda (embora, na época de seu lançamento, Os Reis do Iê-Iê-Iê de Lester tenha sido mais ousado formalmente) e o único que flagra “ao viv

Filme do Dia: Sublime Dedicação (1954), Keisuke Kinoshita

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S ublime Dedicação ( Nijushi no Hitomi , Japão, 1954). Direção: Keisuke Kinoshita. Rot.Adaptado: Keisuke Kinoshita, baseado no romance de Sakae Tsuboi. Fotografia: Hiroyuki Kusuda. Música: Chuji Kinoshita. Dir. de arte: Kimihiko Nakamura. Com: Hideko Takamini, Hideki Goko, Yukio Watanabe, Makoto Miyagawa , Takaro Terashita, Kaoko Kase, Yumiko Tanabe, Ikuko Kambara. Anos 1920. Hisako Oichi (Takamini) é a nova professora que desperta comentários de um provinciano vilarejo de pescadores por seus hábitos considerados modernos como andar de bicicleta e trajar roupas no estilo ocidental. Após se ferir em uma brincadeira provocada por seus alunos ela ganha a simpatia dos pais das crianças e se afasta da escola, sendo remanejada para outra instituição mais próxima de sua casa. Cinco anos depois ela volta a ensinar as mesmas crianças. Porém o acirramento do conflito na Manchúria faz com que, não concordando com a nova política de incentivo ao ingresso no exército, ela abandone a esc

Filme do Dia: Sylvia - Paixão Além das Palavras (2003), Christine Jeffs

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S ylvia – Paixão Além das Palavras ( Sylvia , Reino Unido, 2003). Direção: Christine Jeffs. Rot. Original: John Brownlow. Fotografia: John Toon. Música: Gabriel Yared. Montagem: Tariq Anwar. Dir. de arte: Maria Djurkovic, Jane Cecchi, Joanna Foley & John Hill. Cenografia: Phillippa Hart. Figurinos: Sandy Powell . Com: Gwyneth Paltrow, Daniel Craig, Jared Harris, Blythe Danner, Michael Gambon, Amira Casar, Andrew Havill, Lucy Davenport. Inglattera, final dos anos 50. Sylvia Plath (Paltrow) é uma frágil aspirante americana a poeta e já tentou várias vezes o suicídio. Após ler alguns poemas de Ted Hughes (Craig), ela se apaixona por ele a primeira vez que o encontra. Os dois se casam, e criam dois filhos porém logo a instabilidade emocional e a insegurança de Sylvia se fazem presentes no obsessivo controle com o marido. Hughes e Sylvia ficam amigos do casal Assia (Casar) e David Wevill (Havill), porém Sylvia sente a intimidade excessiva entre Hughes e Assia e os manda irem em

Filme do Dia: The Magic Fluke (1949), John Hubley

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T he Magic Fluke (EUA, 1949). Direção: John Hubley. Rot. Original: Sol Barzman. Música: Del Castillo. A Raposa e O Corvo formam um entrosado duo que apresenta suas músicas em um clube noturno lotado de frequentadores. Certa noite, no entanto, em meio à apresentação, chega um telegrama em que a Raposa é convocada a trabalhar para a prefeitura pela bagatela de 50 mil dólares. Não apenas a Raposa aceita o convite como sai de imediato do local e esnoba o corvo quando esse surge. Agora uma celebridade da Música, a Raposa enche um monumental teatro, porém o Corvo lhe passa uma varinha mágica que faz com que a cada ato da regência surja algo. E a plateia finde por se postar contra o regente, surgindo o Corvo como homem-banda. Nessa segunda animação da séirie Jolly Frolics , Hubley volta a fazer dos personagens principais de seu curta anterior, a Raposa e o Corvo, os protagonistas. E há uma evidente paródia do sucesso como transformação do caráter ao qual sujeita sem pestanejar

Filme do Dia: Garrincha, Alegria do Povo (1962), Joaquim Pedro de Andrade

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G arrincha, Alegria do Povo (Brasil, 1962). Direção: Joaquim Pedro de Andrade . Rot. Original: Joaquim Pedro de Andrade, Luiz Carlos Barreto, Mário Carneiro, David Neves & Armando Nogueira. Fotografia: Mário Carneiro. Música: Carlos Lyra & Severino Silva. Montagem: Joaquim Pedro de Andrade & Nello Melli. Esse longa-metragem de estréia de Andrade , produzido no auge do encantamento com o povo brasileiro, mesmo observando o futebol como válvula de escape para o trabalhador agüentar o rojão da semana, algo enfatizado em suas imagens finais que apresentam o fim do encantamento e a volta a dura realidade já a partir dos serviços de transporte urbanos lotados, não apela, no entanto, para o julgamento moral depreciativo e simplista de defini-lo como mera alienação das massas. Aliás, mesmo que suas imagens sejam predominantemente dessas, a determinada ocasião não deixa de enfatizar uma elite, em seu nicho específico, observando e aplaudindo de modo mais contido o espetáculo

Filme do Dia: Suteneko Tora-Chan (1947), Kenzô Masaoka

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S uteneko Tora-chan (Japão, 1947). Direção: Kenzo Masaoka. Rot. Original: Tomio Sasaki. Um gatinho faminto e desamparado é acolhido por uma família que consiste numa gata e três gatinhas. A chegada do novo “irmão” acaba provocando os ciúmes de uma das gatas, que resolve abandonar a casa na surdina. Sentindo-se culpado pelo evento, o jovem gato irá arriscar sua vida para trazê-la de volta, enfrentando desde um cachorro até as correntezas, sendo finalmente aceito sem restrições pela família. A primeira vista parecendo decepcionantemente mais convencional que seu clássico Kumo to Chûri (1943), tanto nos traços como no enredo, nem por isso essa animação deixa de trazer alguns dos elementos mais interessantes daquele.  As canções parecem fluir dos personagens com uma naturalidade impressionante, os movimentos dos personagens são um espetáculo à parte, assim como a presença da natureza que, mesmo deslocada aqui para o âmbito do local de fuga da civilização, tampouco deixa de possuir