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Filme do Dia: Menino do Rio (1982), Antônio Calmon

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Menino do Rio (Brasil, 1982). Direção: Antônio Calmon. Rot. Original: Bruno Barreto, Antônio Calmon, André De Biase & Tonico De Biase. Fotografia: Carlos Egberto Silveira. Música: Guto Graça Mello.  Montagem: Raimundo Higino. Dir. de arte: Oscar Ramos.  Com: André de Biase, Cláudia Magno, Ricardo Graça Mello, Evandro Mesquita, Sérgio Mallandro, Cissa Guimarães, Cláudia Ohana, Nina de Pádua, Ricardo Zambelli,  Adriano Reys, Márcia Ro drigues.         Valente (de Biasi) é um surfista carioca que, ao mesmo tempo que se apaixona por uma jovem da classe média alta, Patrícia (Magno) “adota” um adolescente, Pepeu (Mello), que se encontra sozinho no mundo. A jovem esnoba Valente, devido a disparidade social. Ela, na verdade, encontra-se noiva de alguém de seu meio social, Adolfinho (Zambelli). Valente, no entanto, vai a um desfile em que Patrícia se apresenta e ela o convida para seu aniversário. Na festa, a jovem fica sabendo que Valente é filho de um empresário bem sucedido

Caetano Veloso e Gal Costa - Candeias

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Filme do Dia: Partner (2007), David Dhawan

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Partner (Índia, 2007). Direção: David Dhawan. Rot. Original: David Dhawan & Yunus Sajawal. Fotografia: Johny Lal. Música: Wajid Ali. Montagem: Nitin Rokade.Salesh Mahadik & Sheetal. Figurinos: Theia Bomarbehran, Alvira Kahn & Pooja Sarin. Com: Salman Khan, Govinda, Lara Dutta, Katrina Kaif, Rajpal Yadav, Ali Hagi, Dalip Tahil, Aarti Chabbria. Bhaskar (Govinda) busca Love Guru (Khan), conhecido por realizar uniões amorosas. Porém Bhaskar se interessa pela milionária e bela Priya (Kaif). Enquanto isso, o próprio Baskhar se enamora da não menos bela fotógrafa Naina (Dutta), perseguida pelo mafioso Chota Don (Yadav). Típica produção comercial indiana inspirada não apenas nos filmes de ação americanos e indianos como peculiarmente fiel a certas convenções do cinema indiano – em determinados momentos todos começam a dançar e cantar e o filme se transforma em um verdadeiro videoclipe. O que convencionalmente pode ser visto como uma interrupção na narrativa não d
É o invólucro sensível e carnal da voz que falta ao cinema mudo. Jean-Louis Comolli, Ver e Poder , p. 116.

Filme do Dia: Civilização (1915), Reginald Barker, Thomas H. Ince & Raymond B. West

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Civilização ( Civilization ,      EUA, 1915). Direção: Reginald Barker, Thomas H. Ince & Raymond B. West. Rot. Original: C. Gardner Sullivan. Fotografia: Joseph H. August, Dal Clawson, Clyde De Vinna, Otis M. Gove, Deveraux Jennnings, Charles E. Kaufman, Robert Newhard & Irvin Willat. Mùsica: Victor Schertzinger. Montagem: Thomas H. Ince, Hal C. Kern, LeRoy Stone & Irvin Willat. Dir. de arte: Joseph H. August. Com: Howard C. Hickman, Enid Markey, Lola May, George Fischer, Kate Bruce, Charles K. French, Herschell Mayall, J. Barney Sherry, Jerome Storm. O rei (Mayall) de um determinado país inicia uma guerra, mesmo que boa parte da população, sobretudo no que diz respeito as mulheres, seja contra. Um conde pacifista, Ferdinand (Hickman), cientista que havia criado um submarino para destruir o inimigo, no último momento desobedece as ordens de seu superior para afundar um navio de passageiros, amotinando-se e provocando o afundamento do próprio submarino. Tal

Filme do Dia: Cortázar (1994), Tristán Bauer

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Cortázar ( Cortázar , Argentina, 1994). Direção: Tristán Bauer. Rot. Original: Tristán Bauer & Carolina Scaglione. Fotografia: Marcelo Camorino. Música: Rodolfo Mederos. Montagem: Tristán Bauer. Com: Alfredo Alcón (voz de Julio Cortázar), Hugo Carrizo, Aguston Goldschmidt.            Documentário retrata um pouco do universo do escritor argentino Julio Cortazar (1914-84): sua paixão pelo boxe na juventude; sua militância política (manifesta em seu interesse por Cuba e Nicarágua); seu amor pelos passeios pelas cidades de Bueños Aires e Paris; onde lhe interessavam sobretudo os cartazes que se sobrepõem aleatoriamente nos muros (importante signos) e as pessoas; a importância do primeiro esboço de uma literatura latino-americana (ele se refere a si próprio, Vargas Llosa e Garcia Márquez); seu sentimentalismo (muitas vezes saía do cinema com o rosto encoberto para esconder as lágrimas); sua relação afetiva com   sua companheira, carinhosamente apelidada de Ursinha (1946-82); o sen

Frank Zappa - Cheap Thrills

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Filme do Dia: Happy People: A Year in the Taiga (2010), Werner Herzog

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Happy People: A Year in the Taiga (Alemanha, 2010). Direção: Dimitri Vasyukov & Werner Herzog. Rot. Original: Rudolph Herzog & Werner Herzog. Fotografia: Alexei Matveev, Gleb Stepanov, Arthur Sibirski & Michael Tarkovsky. Música: Christopher Carmichael. Montagem: Joe Bini. No vilarejo siberiano de Bakhtia, o filme acompanha a trajetória solitária de algumas pessoas nos limites do esforço humano para sobreviver em temperaturas que chegam a 50 graus negativos no inverno e sem comunicação, água corrente ou eletricidade e tendo como principal suporte os cães na ajuda à caça. Como boa parte dos personagens da trajetória de Herzog , parece-se aqui se fazer mais uma apologia daqueles que conseguem viver à margem da modernidade, ou pelo menos da maior parte de seus usufrutos – o personagem principal acompanhado pelo filme possui um esqui motorizado. Porém, o resultado final se aproxima menos das obras do realizador, do que de uma tradição que remonta ao Nanook (19

The Film Handbook#41: Alfred Hitchcock

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No set de Psicose Hitchcock prepara Janet Leigh para o que seria a mais famosa cena de chuveiro de todos os tempos; com duração de 45 segundos foi reunida a partir de 70 planos separados Alfred Hitchcock Nascimento : 13/08/1899, Leytonstone, Londres, Inglaterra Morte : 29/04/1980, Los Angeles, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1926-76 O auto-intitulado "mestre do suspense" Alfred Joseph Hitchcock tem sido descrito como teólogo católico, como um formalista importante por seu uso manipulativo da narrativa e como um  austero moralista. Porém tais denominações parecem em desacordo com a experiência de fato de se assistir sua obra: preocupado principalmente com a psicologia do medo, ele estava sempre buscando novas formas de assustar tanto seus personagens quanto o público. A consistência temática, à parte os diversos motivos em comum a maior parte dos filmes de suspense (culpa, inocentes perseguidos, femmes fatales  e morte) é conspícua por inexistir em sua obr
O mundo atual é, um mundo demasiadamente cruel,  e em vão. A crueldade é violar a personalidade de alguém, é colocar alguém em condição de chegar a uma confissão total e gratuita. Se fosse uma confissão em vista de uma meta determinada, eu a aceitaria, mas trata-se do exercício de um voyeur, é vicioso e, devemos dizê-lo, é cruel. Acredito firmemente que a crueldade é sempre uma demonstração de infantilismo. Toda a arte de hoje se torna cada dia mais infantil. Cada um de nós tem o desejo louco de ser o mais infantil possível...Hoje a arte é ou lamentação ou crueldade. Não há outra medida: ou nos lamentamos, ou fazemos um exercício absolutamente gratuito de crueldade. Tome, por exemplo, a especulação (é preciso chamá-la pelo nome) que se faz sobre a incomunicabilidade, sobre a alienação; não vejo nisso nenhuma ternura, mas uma enorme complacência...E isso, como lhe falei, me levou a determinação de não fazer mais cinema. Roberto Rossellini apud Jean-Louis Comolli, Ver e Poder , p. 61