Filme do Dia: Aruanda (1960), Linduarte Noronha
Aruanda (Brasil, 1960). Direção e Rot. Original: Linduarte Noronha. Fotografia e Montagem: Rucker Vieira. Esse curta, considerado como outros, enquanto precursor do Cinema Novo, apresenta a realidade do quilombo Olho d’Água, na Paraíba, onde remanescentes de escravos vivem, segundo sua narração, praticamente isolados e distantes de qualquer dimensão institucional do Estado brasileiro. Quando comparado a produções contemporâneas, tais como Um Dia na Rampa , de Luiz Paulino dos Santos, o filme parece soar bem mais datado, na sua leitura explicitamente sociologizante, representada sobretudo pela gravidade e autoridade que remetem sua voz “over”, assim como sua música (em boa parte de sua metragem se escuta músicas folclóricas, tais como a célebre Oh Mana Deixa eu Ir ) parecendo cumprir mais como um elemento de reforço dramático da realidade social abordada que propriamente como um elemento expressivo fundamental, tal como no curta de Luiz Paulino. Aqui, parte-se de uma situação de