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Filme do Dia: Gli Anni Ruggenti (1962), Luigi Zampa

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G li Anni Ruggenti (Itália, 1962). Direção: Luigi Zampa. Rot. Original: Luigi Zampa, a partir do argumento de Zampa, Vincenzo Talarico & Sergio Amidei. Fotografia: Carlo Carlini. Música: Piero Piccioni. Montagem: Eraldo Da Roma. Dir. de arte: Piero Poletto. Cenografia: Nedo Azzini. Figurinos: Lucia Mirisola. Com: Nino Manfredi, Gino Cervi, Michèle Mercier, Gastone Moschin, Salvo Randone, Angela Luce, Rosalia Maggio, Linda Sini. Nos anos 30, em pleno auge do fascismo na Itália, um vendedor de seguros, Omero Battifiori (Manfredi), recém-chegado de Roma, é confundido pela corrupta elite local com o inspetor fascista que irá supervisionar as ações das lideranças locais, provocando um enorme frenesi. Salvatore Acquamano (Cervi), o prefeito, trata de direcionar sua filha, Elvira (Mercier), para o rapaz. O médico local De Vicenzi (Randone) revela tudo a Omero, a essa altura já noivo de Elvira. Embriagado, Omero provoca escândalo em concorrida reunião social para celebrar publicament

Filme do Dia: Mãe Tem Que Ser Amada (1934), Yasujirô Ozu

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M ãe Tem Que Ser Amada ( Haha wo Kowazuya , Japão, 1934). Direção: Yasujirô Ozu. Rot. Adaptado: Kôgo Noda, Tadao Ikeda & Masao Arata, a partir do romance de Ozu. Fotografia: Isamu Aoki. Com: Mitsuko Yoshikawa, Den Obinata,Kôji Mitsui, Yûkichi Yuwata, Seiichi Katô, Shusei Nomura, Shin’yô Nara, Shinobu Aoki, Chishû Ryû, Chôko Iida. Sadao, desde criança (Katô) vive com o meio-irmão Kousaku (Namura). Com a morte do pai de ambos e a súbita descoberta de que não é filho natural de sua mãe (Yoshikawa), já crescido, Sadao (Obinata) se torna um problema para a família. Inicialmente por abertamente recusar sua condição. Depois, por se tornar sempre avesso aos conselhos da mãe e do irmão (Mitsui). Ele se envolve com garotas que vivem em um bordel, após uma discussão com a mãe, sobre quem acusa um tratamento diferenciado que sempre o privilegia. A mãe tenta buscá-lo, indo ao local e Sadao se nega terminantemente a retornar. Quando ela sai, escuta uma empregada do local, de que nunca dev

Filme do Dia: Subida ao Céu (1952), Luis Buñuel

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S ubida ao Céu ( Subida ao Cielo , México, 1952). Direção: Luis Buñuel. Rot. Original: Luis Buñuel, sob argumento de Manuel Altoaguirre. Fotografia: Alex Phillips. Música: Gustao Pittaluga. Montagem: Rafael Portillo. Com: Esteban Márquez, Lilia Prado, Luiz Aceves Castañeda, Carmelita González, Roberto Cobo, Victor Peres, Paz Villegas. O jovem casal Oliverio (Márquez) e sua esposa (González) se preparam para o ritual de lua-de-mel numa ilha deserta que é cumprido pelos que moram em um vilarejo da costa mexicana, quando são interrompidos com a chegada dos irmãos de Oliverio (Cobo e Peres) afirmando que a mãe (Paz Villegas) se encontra em vias de morrer. O jovem casal se desloca até a casa da mãe. Essa confessa a Oliverio, o único filho em que possui confiança, que quer deixar seus bens para o neto Chuchito, sobrinho de Oliverio, para que ele possa vir a estudar e ter uma vida melhor. Temendo a ambição dos irmãos, Oliverio parte imediatamente atrás de um advogado no ônibus cujo chof

Filme do Dia: O Sonho Azul (1993), Tian Zhuangzhuang

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O Sonho Azul ( Lan feng zheng , China, 1993). Direção: Tian Zhuangzhuang. Rot. Original: Mao Xiao. Fotografia: Yong Hou.  Música: Yoshihide Otomo.  Montagem: Lengleng Qian. Dir. de arte: Liansheng Wang & Xiande Zhang. Cenografia: Zhu Baosheng & Geng Li. Figurinos: Juying Dong. Com: Wenyao Zhang, Tian Yi, Xiaoman Chen, Liping Lu, Quanxin Pu, Xuejian Li, Baochang Guo, Yanjin Liu           A infância (Zhang, Yi) e a adolescência de Tiehou (Chen), desde seu nascimento em 1953, que foi adiado pela morte de Stálin, já que seus pais tiveram que adiar o casamento, passando pelo Grande Salto Para Frente, de 1958, e a Revolução Cultural de meados dos anos 60. Nesse ínterim Tietou presenciou o envio do pai Shaolong (Pu) para um campo de trabalhos forçados, onde morrerá, oficialmente vítima da queda de uma árvore. Sua mãe, Chen Shujuan (Lu)  voltará a se casar, porém o novo marido, que Tiehou tratará como tio, morrerá repentinamente, de causas naturais. O terceiro casamento de Shuju

Filme do Dia: La La Land (2016), Damien Chazelle

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L a La Land: Cantando Estações (La La Land, EUA, 2016). Direção e Rot.Original: Damien Chazelle. Fotografia: Linus Sandgren. Música: Justin Hurwitz. Montagem: Tom Cross. Dir.de arte: David Wasco & Austin Gorg. Cenografia: Sandy Reynolds-Wasco. Figurinos: Mary Zophres. Com: Ryan Gosling, Emma Stone, J.K.Simmons, John Legend, Celia Hernandez, Jessica Rothe, Claudine Claudio, Jason Fuchs, Finn Wittrock.     A aspirante a atriz Mia (Stone) se apaixona pelo apaixonado de jazz e músico da noite Sebastian (Gosling). Ela vive de audição em audição sem conseguir papel de destaque. Ele tocando um tipo de música que não lhe agrada. Mia é então namorada de Greg (Wittrock). Ele passa a fazer parte de um grupo que cai nas graças do público, mas continua descontente por não ser exatamente o tipo de música que gosta. Ela tem uma experiência frustrada no teatro. Certa noite, a situação fica incontornável, quando Sebastian surge de surpresa em casa. Mia afirma que o sucesso não significa ex

Filme do Dia: L'Italia con Togliatti (1964), Gianni Amico, Libero Bizzari, Giorgio Arlorio, Carlo Lizzani, Francesco Maselli, Lino Micchichè, Glauco Pellegrini, Elio Petri, Sergio Tau, Paolo Taviani, Vittorio Taviani, Marco Zavattini, Valerio Zurlini

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L ’Italia con Togliatti (Itália, 1964). Direção: Gianni Amico, Giorgio Arlorio, Libero Bizzarri, Carlo Lizzani, Francesco Maselli, Lino Micchichè, Glauco Pellegrini, Elio Petri, Sergio Tau, Paolo Taviani, Vittorio Taviani, Marco Zavattini, Valerio Zurlini. Comentário: Maurizio Ferrara. Fotografia:  Mario Bernardo, Vittorio Bernini, Mario Carbone, Tonino Delli Colli, , Carlo Di Palma, Umberto Galeassi, Americo Gengarelli, Aldo Giordani, Blasco Giurato, Giovanni Mercuri, Claudio Racca, Giovanni Raffaldi, Luiz Carlos Saldanha, Franco Vitrotti, Fausto Zuccoli. Montagem: Mario Serandrei. Música: Anton Giuglio Perugini Mesmo sendo um documentário grandemente anódino, em termos de projeção autoral, mais preocupado em registrar a chegada do corpo e  o velório e o enterro do líder comunista Palmiro Togliatti quando se aproxima de sua metade, a câmera desliza pelo gabinete do político observando seu mobiliário, uma foto de Lênin na parede, delocando-se posteriormente, de forma elegante, até a

Filme do Dia: Bem Perto de Buenos Aires (2014), Benjamin Naishtat

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B em Perto de Buenos Aires (Historia del Miedo, Argentina/França/Alemanha/Uruguai/Catar, 2014). Direção e Rot. Original: Benjamin Naishtat. Fotografia: Soledad Rodríguez.  Montagem: Fernando Epstein & Andrés Quaranta. Dir. de arte: Marina Raggio. Figurinos: Jam Monti. Com: Jonathan Da Rosa, Tatiana Giménez, Mirella Pascual, Claudia Cantero, Francisco Lumerman, César Bordón, Valeria Lois, Elsa Bois.       Num distrito privado próximo de Buenos Aires, um grupo de pessoas se sente incomodada pelo calor excessivo e as queimadas na região.     Se o título entrevisto ao início pode ser tomado inadvertidamente como um segmento dentre outros, como é comum em tal tipo de cinema fragmentado, o filme se arrasta aborrecidamente, aos poucos apresentando os vínculos entre os personagens e patinando numa estética que por vezes remete ao naturalismo de Altman , por vezes a uma tentativa – ainda mais forçosa – de se aproximar talvez de um senso de estranhamento tal como os filmes de Lucrec

Filme do Dia: Loading Sugar Cane (1901), Robert K. Bonine

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L oading Sugar Cane (EUA, 1901). Fotografia:  Robert K. Bonine. Apesar da descrição de aspectos do trabalho em uma amplitude de variações ser uma das obsessões dos cinegrafistas norte-americanos, aqui se encontrar uma rara descrição de um trabalho que não envolve uma disposição tecnológica atraente em sua modernidade como são em maior parte as retratadas na época, mesmo quando envolvem operários não especializados, como é o caso da indústria do gelo (Circular Panorama of Housing the Ice). Nesse, pelo contrário, retrata-se uma realidade de bóias-frias carregando manualmente cana, sem a presença de qualquer engenhoca mecânica que lhes facilite ao mínimo a vida. American Mutoscope & Biograph. 32 segundos.

Filme do Dia: Vôo 193 (2006), Paul Greengrass

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V ôo 193 ( United 193 , EUA/Reino Unido/França, 2006). Direção e Rot. Original: Paul Greengrass. Fotografia: Barry Ackroyd. Música: John Powell. Montagem: Clare Douglas, Richard Pearson & Christopher Rouse. Dir. de arte: Dominic Watkins, Romek Delmata & Joanna Foley. Figurinos: Dinah Collin. Com: Christian Clemenson, Trish Gates, Polly Adams, Cheyenne Jackson, David Alan Basche, Gary Commock, Kate Jennings Grant, Lewis Alsamari, Omar Berdouni, Jamie Harding.         Um vôo parte de Nova York com destino a San Francisco. Entre os passageiros se encontram um grupo de terroristas. Os controladores de vôo começam a perceber que ocorrem desaparecimentos seguidos de aviões. A situação fica mais aterrorizante quando se descobre que um dos aviões se chocou contra uma das torres do World Trade Center. Depois do choque do segundo avião contra a outra torre, e da queda de um avião sobre o Pentágono ocorre a tomada de poder do avião pelos terroristas. Quando os passageiros se tornam

Filme do Dia: Ugokie Kori no Tatehiki (1933), Ikuo Oishi

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U gokie Kori no Tatehiki (Japão, 1933). Direção: Ikuo Oishi. Animação japonesa visivelmente inspirada nas do Gato Félix apresenta uma raposa que se transforma em samurai enquanto pai e filho gatos travam uma disputa com a raposa/samurai. Toda a lógica da animação está centrada nas transformações que os personagens fazem de si próprios, apropriação de recurso bastante utilizado nos desenhos produzidos por Pat Sullivan. O diferencial aqui, além do contexto japonês tradicional e de música igualmente tradicional, é a morte ao final, recurso que quando utilizado na animação ocidental geralmente  possui uma conotação humorística correlata.  As exceções a confirmar a regra são as trágicas mortes de inspiração fabular tradicional dos longas da Disney posteriores. P.C.L Manga-bu. 11 minutos.

Filme do Dia: Febbre di Vivere (1953), Claudio Gora

Febbre di Vivere (Itália, 1953). Direção: Claudio Gora. Rot. Original: Susu Cecchi D’Amico, Luigi Filippo D’Amico, Claudio Gora, Lamberto Santilli & Leopoldo Trieste. Fotografia: Enzo Serafin & Oberdan Troiani. Música: Valentino Bucchi. Montagem: Mariano Arditi. Dir. de arte: Saverio D’Eugenio & Saverio D’Ameglio. Cenografia: Saverio D’Ameglio. Figurinos: Maria Di Bari. Com: Massimo Serato, Marina Berti, Anna-Maria Ferrero, Marcello Mastroianni , Sandro Milani, Nyta Dover, Rubi D’Alma, Vittorio Caprioli.             Massimo (Serato) é a figura central de um grupo de jovens ricos e amorais. Elena (Ferrero), sua garota, o ama apaixonadamente, mas ele não sente nenhum escrúpulo em traí-la. Daniele (Mastroianni), que foi preso após uma traição de Massimo, procura ajustar suas contas com ele, mas é manipulado por esse. Ele convence um jovem amigo, Sandro (Milani) a se fazer passar por amante de Elena. Massimo pretende que ela faça aborto. Quando todos sabem que foram engan

Filme do Dia: Ni Olvido, Ni Perdon: 1972, la Masacre de Trelew (1972), Raymundo Gleyzer

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N i Olvido Ni Perdón: 1972, la Masacre de Trelew (Argentina, 1972). Direção: Raymundo Gleyzer. Esse corajoso, senão mesmo suicida (o próprio realizador seria posteriormente morto pela ditadura, sendo sua história narrada no documentário longo Raymundo , de 2003) documentário, apresenta imagens de televisão da rendição de um grupo de 16 membros de organizações de esquerda, incluindo peronistas, das Farc e dos Motoneros. Após suas extensas declarações à imprensa e rendição incondicional, comenta-se sobre a covarde execução de todos. Dos planos televisivos e das imagens enviesadas das ondas magnéticas da televisão se passa então para uma montagem bem dinâmica, característica de outros curtas do mesmo realizador (desde o seu Nuestras Islas Malvinas ). Aqui, no entanto, faz-se intenso uso de recursos bastante simples, como fotos fixas e ruídos de fundo, para representar o processo de captura e execução do grupo. Gleyzer, a partir dos relatos dos poucos sobreviventes da chacina, ocorri

Filme do Dia: Gomorra (2008), Matteo Garrone

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G omorra (Itália, 2008). Direção: Matteo Garrone. Rot. adaptado: Maurizio Braucci, Ugo Chiti, Gianni Di Gregorio, Matteo Garrone, Massimo Gaudioso & Roberto Saviano, baseado em livro do último. Fotografia: Marco Onorato. Montagem: Marco Spoletini. Dir. de arte: Paolo Bonfini. Figurinos: Alessandra Cardini. Com: Salvatore Abruzzese, Simone Sacchettino, Salvatore Ruocco, Vincenzo Fabricino, Vincenzo Altamura, Italo Renda, Gianfelice Imparato, Maria Nazionale, Carmine Paternoster, Toni Servillo, Marco Macor, Ciro Petrone. Totó (Abruzzese) é um garoto que faz entregas e mora em um conjunto residencial gigantesco e pobre de Nápoles, no qual gangues rivais se digladiam entre si pelo comando do tráfico de drogas. Pasquale (Cantalupo), é um estilista que trabalha para uma firma que explora a mão de obra das trabalhadoras e cai em desgraça ao aceitar se tornar colaborador secreto de uma confecção chinesa. Roberto (Paternoster), recém-formado, é indicado pelo pai para trabalhar nos neg

Filme do Dia: Uma Primavera (2011), Gabriela Amaral

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U ma Primavera (Brasil, 2011). Direção e Rot. Original: Gabriela Amaral. Fotografia: Matheus Rocha. Música: Rafael Cavalcanti. Montagem: Marco Dutra. Dir. de arte e Figurinos: Luana Demange. Com: Lúcia Romano, Natália Paz Parnes, Eduardo Gomes, Mauro Schames,  Caio Barros, Lucca Almeida. No aniversário de 13 anos de Lara (Parnes) sua mãe a leva para um piquenique no parque. Porém, quando acorda de uma soneca, fica desesperada ao não mais encontrar a filha, apenas o seu celular. Após andar e indagar de outro frequentador do parque (Schames) e de um homem (Gomes) que lá trabalha alugando bicicletas se não a haviam visto ela entra em descontrole emocional, percebendo pouco após que a filha se encontra com um namorado em um local mais reservado. Segunda curta da realizadora que faz uso de um processo de gradual empatia com a personagem da mãe, transformando tudo que a cerca em certa ambiguidade, do qual potencialmente todos podem ser suspeitos, notadamente o homem que se encontra p

Filme do Dia: Carmen (1915), Cecil B. DeMille

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C armen (EUA, 1915). Direção: Cecil B. D eMille. Rot. Adaptado: William C. DeMille, baseado no romance de Prosper Mérimée. Fotografia: Alvin Wyckoff. Montagem: Anne Bauchens & Cecil B. DeMille. Dir. de arte: Wilfred Buckland. Com: Geraldine Farrar, Wallace Reid, Pedro de Córdoba, Horace B. Carpenter, William Elmer, Jeanie Macpherson, Anita King, Milton Brown. Carmen (Farrar) é uma cigana que decide se oferecer a causa dos ciganos, fingindo-se apaixonar pelo chefe da segurança, o oficial   Don José (Reid), enquanto é, na realidade, amante do toureiro Escamillo (Córdoba). Completamente apaixonado, Don José assassina seu braço direito, Morales (Elmer), que sempre apelava para razão e tem que fugir para o acampamento cigano. No acampamento ele reencontra Carmen, que não se junta a ele, nem mesmo com todas as suas ameaças. Carmen se torna companheira de Escamillo, agora um toureiro celebrado. No dia de mais uma de suas vitórias, José, agora vivendo como cigano, vai cobrar sua dí

Filme do Dia: Mother Goose Goes Hollywood (1938), Wilfred Jackson

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M other Goose Goes Hollywood (EUA, 1938). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Dick Rickard. Música: Edward H. Plumb. Se a auto-referencialidade dos estúdios ao star-system erigido por eles próprios vivia seus dias de glória, algo nada incomum igualmente ao universo da animação, o diferencial desse curta integrante da série Silly Symphony se dá por não fazer uso de nenhum personagem que se dirige a Hollywood como o título poderia pressupor. De fato, aqui se parte das páginas da Mamãe Ganso, com os astros compondo elementos ilustrados para suas rimas. Da referência inicial da Mamãe Ganso rugindo como o leão da Metro à imagem final de Katharine Hepburn, sempre grave em sua dramaticidade independente do ambiente ou situação (que pode ser inclusive de comédia pastelão, como quando a torta que é endereçada pelo Gordo ao Magro acaba por lhe atingir o rosto), ou de se encontrar dentro da garganta de um dos personagens ao final. Observa-se a presença de, dentre outros, os Irmãos M

Artur Brauner (1918-2019)

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Artur Brauner (na foto com Romy Schneider), judeu polonês que tentou emigrar, sem sucesso, para os Estados Unidos, à época da Segunda Guerra Mundial, a partir de 1946 se fixaria na Alemanha Ocidental, tornando-se um dos mais profícuos e bem sucedidos produtores do país, produzindo mais de 300 títulos para o cinema e TV. Dentre eles, a segunda versão de " Senhoritas de Uniforme ", com Schneider e  " Os Mil Olhos do Dr. Mabuse " (1960), de Fritz Lang . Dentre as recorrências em sua filmografia, há uma tentativa de ressuscitar o personagem de Mabuse que vai além do próprio filme assinado por Lang e continua por três outras produções dos anos 60, assim como uma versão cômica de "Os Mil Olhos" que seria sua última produção, em 2018 e produções vinculadas ao holocausto, algumas delas de grande reconhecimento internacional como O Jardim dos Finzi Contini (1970), de Vittorio De Sica e "Filhos da Guerra" (1990), de Agnieszka Holland . O seu longevo in

Filme do Dia: Man from the Restaurant (1927), Yakov Protazanov

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M an from the Restaurant ( Chelovek iz Restorana , URSS, 1927). Direção: Yakov Protazanov. Rot. Adaptado: Yakov Protazanov & Oleg Leonidov. Fotografia: Anatoli Golovnya & Konstantin Vents. Dir. de arte: Sergei Kozlovski. Com: Michael Chekhov, Vera Malinovskaya,  Mikahil Klimov, Mikahil Narokov, Stepan Kuznetsov, K. Alekseyeva,  Ivan Koval-Samborski. Primeira Guerra Mundial. Skorohodov (Chekhov), é o maître   de um restaurante de luxo, frequentado pela elite política e militar russa. Ele aguenta todas as pressões e eventuais humilhações que o subserviente emprego oferece em nome de sua família. Porém, seu filho é morto em combate. Sua mulher (Alekseyeva), deprimida ao extremo com o ocorrido, também falece não muito depois, sobrando-lhe a bela e talentosa violinista Natasha (Malinovskaya) que, quando passa a se apresentar com uma orquestra, provoca furor entre os homens que frequentam o ambiente e sobretudo ao dono do restaurante (Klimov), que tenta todas as possibilidades

The Film Handbook#209: Bill Douglas

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Bill Douglas nascimento: 17/04/1937, Edimburgo, Escócia morte: 18/06/1991, Barnstaple, Devon, Inglaterra carreira (como diretor) : 1972-1986 Embora, paradoxalmente, o realismo britânico que focava na classe trabalhadora tenha sido tradicionalmente reserva de liberais de classe média, de formação universitária, os filmes de Bill Douglas conquistaram raro poder e honestidade, formulando sobre suas próprias experiências de privação. Após estudar cinema, Douglas iniciou uma ambiciosa trilogia. baseada em situações e relacionamentos de sua vida pregressa: My Childhood , My Ain Folk e My Way Home > 1  não fazem nenhuma concessão ao melodrama ou sentimentalismo, ao seguir a árdua odisseia de um garoto de oito anos praticamente indesejado que vive com sua avó em uma pobre vila mineira escocesa, através de inesperados encontros, quando adolescente, com o seu até então desconhecido pai e o serviço nacional para o Exército no Oriente Médio. A pobreza que limita sua solitária vida é ec

Filme do Dia: Ali-Baba Bound (1940), Robert Clampett

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Ali-Baba Bound (EUA, 1940). Direção: Robert Clampett. Rot. Original: Melvin Millar. Música: Carl W. Stalling. Gaguinho foi o ultimo legionário remanescente em meio ao Saara e sofre o ataque de Ali-Baba e seus homens-bombas. Com a ajuda da mãe de seu camelo, ele consegue se livrar dos árabes. Mesmo que a troça tampouco deixe de atingir os próprios ocidentais – eles abandonaram o forte para uma convenção em Boston, por exemplo – naturalmente a caricatura mais grosseira sobra para os árabes, Ali-Babá latindo como um cão raivoso. Em apenas um momento essa animação consegue ir além do trivial, com uma piada digna dos melhores desenhos de Tex Avery – a mãe camelo antes de salvar o filho retorna e vai até um posto de gasolina onde é abastecida. O fato de isso acontecer em meio a um desenho sem maiores surpresas, ao menos dentro dos padrões  do gênero apenas salienta ainda mais o seu tom de absurdo, ao contrário de seu uso excessivo por Avery. Leon Schlesinger Studios para Warner B