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The Film Handbook#131: Abraham Polonsky

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Abraham Polonsky Nascimento : 05/12/1910, Nova York, Nova York, EUA Morte : 26/10/1999, Beverly Hills, Los Angeles, EUA Carreira (como diretor): 1948-71 A braham Lincoln Polonsky merece atenção como provavelmente o exemplo mais extremado de um realizador talentoso cuja carreira foi arruinada pela perniciosa lista negra macarthista que seguiu a caça às bruxas anticomunista dos idos dos anos 50. De fato, ele passou a maior parte de sua vida ativa em forçada obscuridade, escrevendo anonimamente roteiros para o cinema e para a TV. Após uma diversidade de empregos, Polonsky - que já havia escrito para o rádio, para não mencionar diversos romances - foi contratado pela Paramount como roteirista. Seu trabalho para Cigana Feiticeira / Golden Earrings , de Leisen , foi reescrito ao ponto de se tornar irreconhecível, mas Corpo e Alma , dirigido por Robert Rossen , foi uma incomumente cínica saga de boxe, na qual os sonhos de sucesso do herói do cortiço levam-no não somente a rejeitar

Filme do Dia: The Lesser Evil (1912), D.W. Griffith

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L esser Evil (EUA, 1912). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: George Hennessy. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Blanche Sweet, Edwin August, Mae Marsh, Alfred Paget, Charles Hill Mailes, Charles West, Robert Harron, Harry Hide. Jovem garota (Sweet), apaixonada por um pescador (August) simples e de bom coração é raptada por um grupo de contrabandistas quando involuntariamente flagra suas atividades e carregada junto para o barco pesqueiro. O pescador percebe o rapto e imediatamente vai em busca de socorro da guarda costeira. Enquanto isso, no barco, o capitão (Paget), sob o risco de sua própria vida, protege a jovem de uma turba incontrolada que a quer em suas mãos, chegando inclusive a assassinar um dos homens. Quando a situação se encontra em vias de ser dominada pelo grupo de contrabandistas, a guarda costeira faz a abordagem e a jovem permite que o capitão consiga fugir pulando no mar. Esse filme, que segue tipicamente as estratégias do realizador com relação a apresentaçã

Filme do Dia: Jogo das Decapitações (2013), Sérgio Bianchi

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J ogo das Decapitações (Brasil, 2013). Direção: Sérgio Bianchi. Rot. Original: Sabina Anzuategui, Eduardo Benaim, Sérgio Bianchi, Aimar Labaki & Francis Vogner. Fotografia: Rodolfo Sánchez. Música: Manuel Lima. Montagem: André Finotti. Dir. de arte: Ana Rita Bueno. Figurinos: André Simonetti. Com: Fernando Alves Pinto, Clarissa Kiste, Sílvio Guindane,   Sérgio Mamberti, Paulo César Pereio, Maria Manoella, Germano Haiout, Antônio Petrin, João Velho, Renato Borghi. Leandro (Pinto) é um estudante de mestrado de 30 anos, sem emprego fixo e sustentado pela mãe, Verônica (Kiste), ex-prisioneira política que aguarda sua indenização do Estado. Leandro é próximo do sarcástico Rafael (Guindane) e, numa salada perturbadora, observa tanto as cruéis mortes por decapitação de detentos nos presídios, um atropelamento filmado por sua irmã, Vera (Manoella) e a morte do pai, Jairo (Pereio). O próprio Leandro, no entanto, vem a se envolver com um episódio que o faz sair de si. Bianchi com

Filme do Dia: The Little Match Seller (1902), James Williamson

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T he Little Match Seller (Reino Unido, 1902). Direção: James Williamson. Talvez a primeira das diversas adaptações para o cinema tanto de ação ao vivo quanto de animação de um dos mais célebres contos de Andersen. Dirigido por Williamson, mais lembrado merecidamente por excentricidades do que ficou conhecido como Escola de Brighton, tais como as que põe em questão o próprio dispositivo de filmagem ( The Big Swallow , How It Feels to Be Run Over ). Quando envereda pelo plano da adaptação, que parece ter como premissa uma maior habilidade com questões no que concerne à narrativa, seu filme nem de longe consegue se aproximar de empreitadas como a do francês Zecca (com seu contemporâneo História de um Crime ) ou mesmo de alguns conterrâneos contemporâneos (como é o caso de Scrooge; or Marley’s Ghost , de Booth). Aqui, não se envereda pelo terreno das cenas, ficando praticamente com uma única, a dos últimos minutos da protagonista. Se a modéstia torna a história mais compreensível q

Filme do Dia: Science Friction (1959), Stan Vanderbeek

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S cience Friction (EUA, 1959). Direção: Stan Vanderbeek. Anárquica colagem que se por um lado se atém de forma obsessiva aos temas que povoavam o imaginário da época como poucos (hecatombe nuclear, conquista espacial, lideranças universais), por outro se apresenta como vanguardista em relação a seu uso bem humorado da movimentação de fotos fixas que transformam, em alguns momentos, quase todos os motivos (do Empire State a Torre de Pisa) em bólides voadores (naves espaciais ou mais propriamente mísseis?), numa antecipação ao uso da colagem, que se tornaria comum, ainda que de uma maneira geral menos inventiva do que a aqui apresentada, em produções alternativas da década seguinte. Ao início se apela para clichês do universo da ficção científica, como a pretensa situação de suspense sobre se tocar o botão que provocará a destruição atômica, que justificam o título paródico, ainda que esse já se encontrasse justificado pelo próprio aspecto áspero, de fricção, mais do que simplesm

Cartas Elizabeth Bishop#6

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Ouvimos muitos os discos lá na serra. A Joan Sutherland é boa demais, não é? Estou também com um disco maravilhoso de blues - Robert Johnson. Recomendo com entusiasmo - ele foi assassinado aos vinte anos de idade por uma das namoradas dele. Se você gosta de blues , vai adorar, é realmente autêntico. (Carta a Robert Lowell, 11 de outubro de 1963)

Filme do Dia: A Child Went Forth (1942), Joseph Losey

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A Child Went Forth (EUA, 1942). Direção: Joseph Losey. Rot. Original: Joseph Losey & Munro Leaf. Música: Hans Eisler. Uma das primeiras realizações dirigidas por Losey (que assina apenas como produtor), este curta documental apresenta um grupo de crianças urbanas vivenciando uma experiência de um dia na fazenda. Talvez o que exista digno de nota é que, mesmo lidando com uma dimensão da infância por demais convencional, algo acentuado pela trilha musical assinada por ninguém menos que Hans Eisler, o filme apresenta uma construção visual relativamente arrojada para sua época.   Dentre os segmentos apresentados, que inclui óbvios encontros com animais e brincadeiras habituais, um momento que hoje soaria “politicamente incorreto”, no qual as crianças fazem uso de serras, machados e carregam pedras. Narrado em quase toda a sua extensão pelo ator Lloyd Gough, com exceção de um raro momento onde se escuta a voz de uma mulher que narra uma história para as crianças. National Ass