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Devilish Audacity - Philip Ziegler’s ‘Olivier’

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Not so long ago, giants bestrode the British boards. In that theatrically golden 20th century, the stage could boast those wonderful knights, Sirs John Gielgud, Laurence Olivier, Michael Redgrave and Ralph Richardson. Close on their heels were Alec Guinness, John Mills, Paul Scofield, Trevor Howard and Peter O’Toole, among others. And all along there was that chameleon of genius, Noël Coward. Still, the star that probably shone brightest in that constellation, the only one who was raised to baron, was Laurence Olivier (1907-89): matinee idol, movie star, gifted director and producer, in the end even a hologram, easily attaining posthumous immortality. Since boyhood he had wanted to be “the greatest actor in the world ,” and damned if he did not achieve it, with some help from Shakespeare and the movies. Not only was he the most dashing of actors, he was also the most seductive of human beings, tantrums notwithstanding. That fine actress Rosemary Harris remarked: “I

Cristiano Burlan, um relato de vida – 2

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JC – Volte ao Capão, essa história da escola, como foi? CB – Primeiro que as escolas na periferia têm sempre muitas grades e portões, quando você entra, as portas vão se fechando atrás de você. Quando pela primeira vez eu fui visitar meu irmão numa cadeia em São Paulo, eu tive a mesma sensação que tinha quando entrava na escola. Uma escola na periferia é sempre cinza, concreto, não tem cor nenhuma e parece que você está entrando numa cadeia. Não tem biblioteca nas escolas públicas, sempre tem alguns livros ali, restos que chegam, pelo menos na minha época, hoje não sei. Os professores iam ensinar meio forçados e não tinham interesse pelos alunos. Os alunos também não tinham interesse pelos professores. Assim pouca gente consegue se interessar pelos estudos. Muito cedo comecei a me interessar por literatura, música, teatro, cinema, por cinema principalmente, aí comecei a atravessar o rio para ir a Santo Amaro. JC – Isso revela que você tem energia, isso não vem do seu

Filme do Dia: Sede de Viver (1956), Vincente Minnelli

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Sede de Viver (Lust for Life, EUA, 1956). Direção: Vincente Minnelli. Rot. Adaptado: Norman Corwin, baseado no romance de Irving Stone. Fotografia: Russell Harlan & Freddie Young. Música: Miklós Rózsa. Montagem: Adrienne Fazan. Dir. de Arte: F. Keogh Gleason & Edwin B. Willis. Com: Kirk Douglas , Anthony Quinn, James Donald, Pamela Brown, Everett Sloane, Niall MacGinnis, Henry Daniell, Madge Kennedy, Lionel Jeffries, Jeanette Sterke, Toni Gerry. .      Vivendo em uma sociedade puritana e muito atenta às aparências, Van Gogh (Douglas), passa a ser alvo dos comentários da vizinhança por sua reclusão, anti-sociabilidade e modo de vestir rude. Ele, porém, não se importa, e passa o dia pintando os trabalhadores das redondezas, um motivo que afirma ninguém antes se interessara. Embora acredite em Deus, suas convicções são antes íntimas que clericais, para desgosto de seu pai, o pastor Theodorus (Daniell). Apaixona-se pela prima Kay (Sterke), viúva e com filho pequeno

Ah, um Soneto

Meu coração é um almirante louco que abandonou a profissão do mar e que a vai relembrando pouco a pouco em casa a passear, a passear ... No movimento (eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar) o mar abandonado fica em foco nos músculos cansados de parar. Há saudades nas pernas e nos braços. Há saudades no cérebro por fora. Há grandes raivas feitas de cansaços. Mas — esta é boa! — era do coração que eu falava... e onde diabo estou eu agora com almirante em vez de sensação? ... (como Álvaro de Campos)

A Hard Rains Gonna Fall {Live at Town Hall 1963} - Elston Gunn

Cristiano Burlan, um relato de vida – 1

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Entrevista realizada dia 30/01/14 na minha casa. Moro no Copan. Uma primeira tentativa feita na véspera não tinha funcionado por motivos ténicos. JC – Continuemos, a pergunta inicial é essa , você nasceu, onde, em que família? CB - Nasci em Porto Alegre em 1975, dia 21 de agosto, numa família de proletários da zona norte num bairro chamado Sarandi. Sou primogênito de uma família de 5 filhos, meu pai se chamava Vânio e minha mãe Isabel. Meu pai já faleceu e minha mãe também e um dos meus irmãos, Rafael, também morreu. Agora de uma família de sete somos em 4. JC – Como era a vida em Porto Alegre? CB - Sempre foi dura. Minha mãe era empregada doméstica e meu pai pedreiro, fazia serviços gerais. Muito cedo foi vitimado pelo alcoolismo e isso o tornou uma pessoa violenta e dura. JC – Ele batia na sua mãe? CB - É, um pouco sim, bastante na verdade. Mas ela reagia, porque ele era menor que ela, ele era baixinho e ela, uma mulher alta, então a porrada comia solta, de
Como no romance, a história seleciona, simplifica, organiza, faz com que um século caiba em uma página. Paul Veyne

Filme do Dia: Febbre di Vivere (1953), Claudio Gora

Febbre di Vivere (Itália, 1953). Direção: Claudio Gora. Rot. Original: Susu Cecchi D’Amico, Luigi Filippo D’Amico, Claudio Gora, Lamberto Santilli & Leopoldo Trieste. Fotografia: Enzo Serafin & Oberdan Troiani. Música: Valentino Bucchi. Montagem: Mariano Arditi. Dir. de arte: Saverio D’Eugenio & Saverio D’Ameglio. Cenografia: Saverio D’Ameglio. Figurinos: Maria Di Bari. Com: Massimo Serato, Marina Berti, Anna-Maria Ferrero, Marcello Mastroianni , Sandro Milani, Nyta Dover, Rubi D’Alma, Vittorio Caprioli.       Massimo (Serato) é a figura central de um grupo de jovens ricos e amorais. Elena (Ferrero), sua garota, o ama apaixonadamente, mas ele não sente nenhum escrúpulo em traí-la. Daniele (Mastroianni), que foi preso após uma traição de Massimo, procura ajustar suas contas com ele, mas é manipulado por esse. Ele convence um jovem amigo, Sandro (Milani) a se fazer passar por amante de Elena. Massimo pretende que ela faça aborto. Quando todos sabem que foram enganados por
Dear Mother: I have written this to tell you my worrying secret. Now don't cry when you read it because it is neither yours nor my fault. I suppose I will have to tell it now without any nonsense. To begin with I was not meant to be an athlet [ sic ]. I was meant to be a composer, and will be I'm sure. I'll ask you one more thing.—Don't ask me to try to forget this unpleasant thing and go play football.— Please —Sometimes I've been worrying about this so much that it makes me mad. Samuel Barber

Long Distance Runaround by Yes in 1080p HD

Johannes Brahms - Symphony No. 4 in E minor, Op. 98

Cristiano Burlan, os dois olhares – 2

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Esta segunda entrevista com Cristiano Burlan foi feita em 9.5.2014. O ator Henrique Zanoni estava presente. A primeira entrevista foi postada nesse blog em 20.2.2014. JC – Vamos retomar os dois olhares de que você falou na entrevista anterior? CB – Os dois olhares? Não me lembro. JC – Estranho você não se lembrar, eu achei marcante. É o seguinte: um olhar do lado de cá e um olhar do lado de lá do rio. CB – Lembro. JC – O que são esses dois olhares? CB – Mesmo tendo consciência de ter passado por esses dois olhares, o meu olhar agora é sempre o olhar de fora. JC – Ah bom! CB – Por mais que eu tenha nascido no Capão Redondo e tenha consciência, hoje a perspectiva é diferente. Eu não consigo me colocar na perspectiva do outro. JC – Quem é o outro agora? CB – O que mora do outro lado do rio. JC – No Capão Redondo? CB – Aquele que é explorado pela minha câmera e de outras pessoas, aquele que é objeto de estudo. Por mais que eu tente, nunca vou conseguir

James Franco, Poet

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If you were alive in 1985 and happened to buy Eddie Murphy’s album “How Could It Be” (featuring the hit single “Party All the Time”), then you may have asked yourself — in addition to wondering what shape of Band-Aid is best suited to the human ear — why it is that artists who are vastly successful in one genre feel the need to dabble in another. Because they do, a lot. Sometimes it’s just the case that they happen to be very good at more than one thing (by all accounts, Steve Martin is a genuinely excellent banjo player). But often there seems to be something else going on. Nor is this a recent phenomenon. In his 1855 poem “One Word More,” Robert Browning suggested that creative sensibilities are drawn to “art alien to the artist’s” because branching out lets a person “be the man and leave the artist, / Gain the man’s joy, miss the artist’s sorrow.” He meant that the more we master the techniques of our native art, the more our art becomes an expression of those tec

Filme do Dia: Uma Asa e uma Prece (1944), Henry Hathaway

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Uma Asa e uma Prece (A Wing and a Prayer, EUA, 1944). Direção: Henry Hathaway. Rot. Original: Jerome Cady & Mortimer Braus. Fotografia: Glen MacWilliams. Músico: Hugo Friedhofer. Montagem: J.Watson Webb jr. Dir. de arte: Lyle R. Wheeler. Cenografia: Thomas Little & Fred J. Rode. Com: Dana Andrews, Don Ameche, William Eythe, Charles Bickford, Cedrick Hardwick, Kevin O´Shea, Richard Jaeckel, Harry Morgan.       Três meses depois dos ataques a Pearl Harbour, um almirante (Hardwick) comenta com seus superiores a estratégia para confundir os japoneses. Todos os pilotos americanos de um primeiro porta-aviões que irá ser mandado para a região, devem fugir do confronto direto com os japoneses, dando-lhes uma idéia equivocada da fragilidade da marinha americana. O tenente-comandante Edward Moulton (Andrews) é o chefe da esquadra aérea que ficará sob a supervisão do rigoroso comandante Bingo Harper (Ameche). Nos treinos das primeiras semanas, o ator de cinema invejado por todos po

Bette Davis Interview by Barbara Walters Pt1