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LUIGI TENCO - QUALCUNO MI AMA - MMVideo - HD

Filme do Dia: A Bronx Morning (1931), Jay Leyda

A Bronx Morning (EUA, 1931). Direção: Jay Leyda. Leyda realizou sua própria “sinfonia urbana”. Mesmo tendo sido realizada há já certo tempo que o cinema sonoro dominava, é silenciosa. E, ao contrário da maior parte das sinfonias urbanas do período, seu recorte é por uma parte mais modesta e provinciana de Nova York. Portanto, sua sinfonia não destaca o lado mais pujante e monumental do progresso econômico de filmes como Berlim, Sinfonia de uma Metropóle (1927), The Twenty-Four-Dollar Island) (1927) ou Manhatta (1921). Seu foco é centrado em atividades comezinhas do cotidiano que são trabalhados menos pela veia mais poética de um cinegrafista como Bonney Powell ( Manhattan Medley ) do que como material para estratégias formais, como o ritmo da montagem que acompanha o movimento da mães que embalam seus bebês. As ações aqui parecem ganhar preponderância sobre os rostos humanos e suas expressões faciais – seja ao jogar um dado, fazer uso de um taco de beisebol ou embalar uma crian

Manfred Mann - Just Like a Woman (1966)

Filme do Dia: Festa de Família (1998), Thomas Vinterberg

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Festa de Família ( Festen , Dinamarca/Suécia,1998). Direção: Thomas Vinterberg. Rot. Original: Mogens Rukov&Thomas Vinterberg. Fotografia: Anthony Dod Mantle. Montagem: Valdis Oskarsdóttir. Com:  Ulrich Thomsen, Henning Moritzen, Thomas Bo Larsen,  Paprika Steen,   Birthe Neumann,  Trine Dyrholm,   Helle Dolleris, Therese Glahn,  Klaus Bondam, Bjarne Henriksen,  Gbatokai Dakinah,  John Boas, Lars Brygmann.          Convenção de uma família endinheirada reúne toda a família e alguns convidados para comemorar o 60º aniversário de Helge (Moritzen), pai de Christian (Thomsen), Michael (Larsen) e Helene (Steen). De temperamento imprevisível e dado a surtos após beber, Christian é advertido a se comportar na festa, inclusive para tratar a esposa Mette (Dolleris), com maior consideração do que geralmente demonstra. Porém quem acaba comprometendo uma festa mais tradicional é o filho primogênito Michael, designado pelo pai para fazer o discurso, e que o acaba acusando de ter molest

Roberto carlos eu voltei 1974

Por la época en que el Globe Theatre representaba las obras de Shakespeare en la orilla sur del Támesis, la mitad de la población  de Londres fumaba tabaco de Virginia en sus pipas de arcilla. ( Nueva York , Edward Rutherfurd, p.25)

Cumbia Sobre el Mar - La Delio Valdez

Goodbye Peru!!!

Filme do Dia: Melancolia (2011), Lars Von Trier

Melancolia ( Melancholia , Dinamarca/França/Suécia/Alemanha, 2011). Direção e Rot. Original: Lars von Trier. Fotografia: Manuel Alberto Claro. Montagem: Morton Hobjerg & Molly Marlene Stensgaard. Dir. de arte: Jette Lehman & Simone Grau. Figurinos: Manon Rasmussen. Com: Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourgh, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling , John Hurt, Stellan Skarsgard, Alexander Skarsgard, Brady Corbet, Udo Kier, Cameron Spurr. Justine . Justine (Dunst) comemora a festa de seu casamento com Michael (Alexander Skarsgard), mas em meio as comemorações ela, vivenciando uma grande instabilidade emocional, simplesmente desaparece. Ela começa a observar uma estrela diferenciada no céu, que seu marido afirma ser Antares. O que parecia ser uma noite tranquila e de festa, começa a ficar tensa com o discurso da mãe de Justine, Gaby (Rampling), contraria a tudo aquilo.  Quando fica finalmente a sós com Michael, Justine pede um tempo e se afasta, fazendo sexo com um rapaz, Tim (
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it looks a bit like  herb he said...

Jabberwock, Lewis Carroll

JABBERWOCKY Lewis Carroll (from  Through the Looking-Glass and What Alice Found There , 1872) `Twas brillig, and the slithy toves   Did gyre and gimble in the wabe: All mimsy were the borogoves,   And the mome raths outgrabe. "Beware the Jabberwock, my son!   The jaws that bite, the claws that catch! Beware the Jubjub bird, and shun   The frumious Bandersnatch!" He took his vorpal sword in hand:   Long time the manxome foe he sought -- So rested he by the Tumtum tree,   And stood awhile in thought. And, as in uffish thought he stood,   The Jabberwock, with eyes of flame, Came whiffling through the tulgey wood,   And burbled as it came! One, two! One, two! And through and through   The vorpal blade went snicker-snack! He left it dead, and with its head   He went galumphing back. "And, has thou slain the Jabberwock?   Come to my arms, my beamish boy! O frabjous day! Callooh! Callay!'   He chortled in his joy. `Twas brillig, and the slithy toves   Did g
Consideramos a vida um poço inesgotável, porque não sabemos quando vamos morrer.  No entanto, tudo acontece apenas um certo número de vezes. Um pequeno número. Quantas vezes mais você se lembrará de uma certa tarde de sua infância? Uma tarde que está tão profundamente enraizada em seu ser? Talvez umas quatro ou cinco vezes. Talvez nem isso. Quantas vezes vai ainda olhar a lua cheia nascendo? Talvez vinte. E, no entanto, tudo parece infinito. ( The Sheltering Sky , Paul Bowles)
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Eric Clapton- Wonderful Tonight

Posso eu? resolvendo coisas super chatas e mandando para as cucuias a minha operadora de internet e contratando outra em uma lan house e toca essa música...chega me arrepiei!

Morte de um Miliciano Legalista, 1936

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Pontos Focais: 1) Mão e Rifle : O rifle cai da mão do homem enquanto seu corpo desaba no chão. A imagem de Capa mostra o momento da morte e surpreende os observadores com sua proximidade assustadora. A ausência de sangue torna a imagem mais chocante, por ilustrar poderosamente quão súbita a morte pode ser. 2) Montanhas : Peritos examinaram as montanhas para esclarecer o local exato. O debate reflete nosso interesse nas fotografias como registros históricos visuais, bem como as dúvidas em torno de sua autenticidade. As fotos de guerra podem servir de propaganda e como documentos históricos. 3)  Indistinção do Movimento : As câmeras não eram automáticas na época, e o fotografado está ligeiramente fora de foco. A ligeira indistinção aumenta a tensão e o impacto da imagem. A foto marca o momento em que o fotojornalista Capa se torna um fotógrafo de combate: ele opta por tirar a foto apesar das circunstâncias trágicas. 4) Sombra : A longa sombra atrás do soldado legalista

Filme do Dia: A Sala de Música (1958), Satyajit Ray

A Sala de Música ( Jalsaghar , Índia, 1958). Direção: Satyajit Ray . Rot. Adaptado: Satyajit Ray, baseado no romance de Tarashankar Bannerjee. Fotografia: Subrata Mitra. Música: Ustad Vilayat Khan, Asis Kumar, Robin Majumder & Dakhin Mohan Takhur. Montagem: Dulal Dutta. Dir. de arte: Bansi Chandragupta. Com: Chhabi Biswas, Padma Devi, Pinaki Sem Gupta, Gangapada Basu, Tulsi Lahiri, Kali Sarkar, Roshan Kumari, Sardar Akhtar. Nas primeiras décadas do século XX, Huzur Biswambhar (Biswas) é um membro da realeza indiana em franco declínio. Velho e decadente,  ao escutar o som de uma música e saber que se trata da inauguração da sala de música de um novo rico da região, Mahin Ganguly (Basu), passa a recordar os últimos dias de sua riqueza. Sem o menor tino para os negócios e preocupado apenas com a música e com os cavalos, Huzur organiza uma festa, enquanto sua esposa Mahamaya (Devi), preocupada com as extravagâncias do marido, prefere visitar o pai adoecido, levando consigo o filho a

nota de rodapé de um texto porreta

Iniciando a revisão da tradução de uma indiana porreta, Ira Bashkar, que faz a crítica mais sistemática que até hoje meus olhos pousaram, sobre a "poética histórica" e o "neo-formalismo" defendidos por David Bordwell, autor que finalmente começa a ser traduzido no Brasil. Havia registrado que iniciara a tradução do mesmo num artigo que foi publicado no mínimo dois anos atrás...o que era meia-verdade, pois mal havia iniciado...era mais uma carta de intenções. Bashkar não escreve um inglês fácil e fluido como seu criticado e peca pela redundância, mas os argumentos são muito bem defendidos e não destituídos de uma verve apaixonada em sua crítica. Fica aqui a nota de rodapé, última que traduzi, embora seja uma das primeiras  (e, por sinal, ainda não revisei, rs) do texto: É intrigante que Bordwell não se refira a Bakhtin em nenhum dos dois textos nos quais define e discute a “poética histórica”, particularmente quando se leva em conta que uma de suas críticas mai

George Washington, Retrato de Vaughan, 1795

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Gilbert Stuart foi exclusivamente um retratista; em sua carreira de cinco décadas, produziu mais de mil e cem quadros, menos de dez dos quais não foram assemelhados . Dos retratados, um décimo de seus quadros foi de George Washington, a quem foi introduzido pelo amigo em comum, o Chefe do Departamento de Justiça, John Jay. Os similares 104 quadros conhecidos do primeiro presidente se encontram divididos em categorias elaboradas após a compra dos originais de Stuart, das quais ele fez suas próprias réplicas: o George Washington [retrato de Vaughan] foi adquirido por Samuel Vaughan, um comerciante de Londres que era amigo do presidente. Um conservador charmoso, Stuart podia conversar enquanto pintava, assim entretendo seus retratados para manter o frescor de suas expressões durante as longas horas em  que posavam. Para o sério e taciturno Washington, entretanto, a sagacidade loquaz era entediante. "Uma apatia parecia aprisiona-lo, e uma vacuidade parecia se disseminar sobre se

The Beatles - I Will (2009 Stereo Remaster)

Meu Caro Diário, 06/05/2004

Vi um cartaz no posto próximo do metrô onde estava escrito “encontrei cão preto com coleira marrom” e o número do celular. Fiquei imaginando como o bichano estaria sendo tratado. Com o mesmo desprendimento que são os reféns ricos em casas de pobres? Ou com o mesmo apreço que o cartaz de letras vermelhas sobre fundo amarelo havia sido confeccionado? Qual o interesse de quem pôs o anúncio? Receber uma régia – e o termo me faz lembrar Ismail ontem, afirmando que fora muito bem pago pela Globo para oferecer palestras no Projac, mas não “regiamente”, como reproduzira um aluno – recompensa ou apenas ou apenas fazer o bem ser ver a quem? O bichano teria pose de aristocrata? Agora escuto Chet Baker no CCSP em uma canção que não reconheço. Esta manhã saí de minha letargia afásica quando percebi a complicação no qual me vi envolvido com a babaquice de um termo de contrato da CAPES que não pode reconhecer firma aqui e tive que importunar o povo lá de casa. Tentei Van Carder e Cris, mas eles ficar
Al verla, él se deteve y sonrió. (Nueva York, Edward Rutherfurd, p. 20)

Take Five - The Dave Brubeck Quartet (1959)

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Filme do Dia: Um Caso de Amor ou O Drama de uma Empergada da Compania Telefônica (1967), Dusan Makavejev

Um Caso de Amor ou O Drama de uma Empregada da Companhia Telefônica ( Ljubvani Slucaj ili Tragedija Sluzbenice P.T.T. , Iuguslávia, 1967). Direção: Dusan Makavejev. Rot. Original: Dusan Makavejev & Branko Vucicevic. Fotografia: Aleksandar Petkovic. Montagem: Katarina Stojanovic. Dir. de arte: Vladislav Lasic. Figurinos: Jelisaveta Gobecki. Com: Eva Ras, Slobodan Aligrudic, Ruzika Sokic, Miodrag Andric, Aleksander Kostic, Zivojin Aleksic, Dragan Obradovic, Rade  Ljubivasavljevic. Izabela (Ras) é uma telefonista que após várias relações inconseqüentes decide se unir ao inspetor sanitário Ahmed (Aligrudic). A união, que parecia tranqüila, começa a se deteriorar com os períodos de permanência fora de Ahmed, em que Izabela acaba mantendo um contato fortuito com um carteiro (Andrig) em seu trabalho. Grávida, ela busca apoio em Ahmed que a evita e prefere buscar refúgio no álcool. Sua insistência provoca uma reação violenta de Ahmed, que ao empurrá-la faz com que caia em um poço profun

Annie Lennox - No More I Love You's Video

Dan me lembrou a pouco dessa canção, que certamente não lembraria de cabeça, pois não é uma das minhas favoritas de Lennox,
Si tuviera que salvar del fogo una sola de las novelas que he escrito, salvaría ésta [ Conversación en la Catedral ] (Mario Vargas Llosa)

Neil Sedaka...la terza luna

Filme do Dia: A Década que Mudou o Cinema (2003), Ted Demme & Richard LaGravanese

A Década que Mudou o Cinema ( A Decade Under the Influence , EUA, 2003). Direção: Ted Demme & Richard LaGravanese. Fotografia: Tony C. Jannelli & Clyde W. Smith. Montage: Meg Reticker. Documentário que revisita o final dos anos 1960 e, principalmente, a década seguinte, enquanto sinônimo de mudança radical no panorama cinematográfico americano. Apresenta mais do que o desejável em termos de convencionalismo formal, sobretudo se pretende destacar justamente um cinema original – mesmo que essa distinção aqui se faça pelo viés mais popular, onde é a dimensão temática que ganha quase completamente a atenção do mesmo. De todo modo, consegue demonstrar sua afeição pelo tema no modo quase exaustivo com que devassa a produção do período, pagando o preço da evidente falta de profundidade, que, de todo modo, não é exatamente o requisito exigido para uma proposta tão panorâmica. Nem muito menos perceber o quanto há de diferente não apenas entre Spielberg , Lucas e os outros, mas entre

Coleman Hawkins, Django Reinhardt - STARDUST

José Acusado pela Esposa de Potifar

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A aspiração primordial de Rembrandt enquanto artista foi se tornar um grande pintor histórico. No século XVII, a pintura histórica, que significava a descrição de cenas bíblicas, mitológicas e alegóricas, encontrava-se no mais alto escalão da arte. Os teóricos a priorizavam antes de outros temas como paisagens, retratos ou naturezas-mortas por conta do papel da imaginação do artista ser tão crucial para uma interpretação bem sucedida da história e sua moral. Rembrandt extraiu as interpretações de seus temas de três fontes básicas: textos escritos, imagens pictóricas anteriores das cenas e uma análise cuidadosa das emoções humanas tal como ele as observava na vida cotidiana. Ele emprestou então as suas cenas um sentido peculiar através de um sugestivo uso de acentuações de luz e sombras, riqueza de cores e aplicações ousadas de tinta. Rembrandt era particularmente orgulhoso da história de José. Esta cena, extraída do livro do Gênesis, capítulo 39, descreve o momento em que a espo

Filme do Dia: The Mystery of the Third Planet (1981), Roman Kachanov

The Mystery of the Third Planet ( Tayna Tretey Planety , URSS, 1981). Direção: Roman Kachanov. Rot. Adaptado: Kir Bulychyov, baseado em seu próprio livro. Fotografia: Teodor Bunimovich & S vetlanda Kashcheeva. Dir. de arte: Natalya Orlova. Nessa média-metragem de animação, a garota Alisa, seu pai cientista e o piloto da aeronave partem numa missão espacial para buscar animais raros para o zoológico de Moscou e acabam se enolvendo numa conspiração liderada pelo dr. Verhotsev. Talvez o que exista de mais curioso nela, à parte inevitáveis referências ao universo simbólico concreto do momento no qual foi produzido – Alisa admira estátuas gigantes que possuem menos feições futuristas do que a mesma estética dos monumentos inspirados pelo Realismo Socialista – é o involuntário senso de estranhamento provocado pela mescla entre suas imagens e a trilha musical. Se a narrativa em si própria se torna um tanto labiríntica para ser acompanhada sem atenção redobrada seus traços não soam muit
“O estilo [...] é a forma do artista dar a sua expressão do material[ ...].  Através do estilo, ele leva os outros a ver o material através de seus olhos” (Carl Th. Dreyer)

Fun.: We Are Young ft. Janelle Monáe (ACOUSTIC)

Filme "Noé" é Censurado em Três Países Islâmicos

Por Noah Browning CAIRO (Reuters) - Três países árabes proibiram a exibição do filme de Hollywood "Noé" devido a questões religiosas, mesmo antes da estreia mundial, e vários outras nações devem fazer o mesmo, afirmou à Reuters neste sábado um representante da Paramount Pictures. O Islã não simpatiza com a representação de pessoas sagradas na arte, e retratos do profeta Maomé na imprensa da Europa e da América do Norte causaram violentos protestos em países islâmicos nos últimos dez anos, alimentando as tensões culturais com o Ocidente. "Censores do Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos oficialmente confirmaram nesta semana que o filme não será exibido nesses países", afirmou um representante da Paramount Pictures, que fez a produção ao custo de 125 milhões de dólares e contratou os atores vencedores do Oscar Russell Crowe e Anthony Hopkins. "A explicação oficial que eles deram ao confirmar o veto é que 'o filme contradiz os ensinamentos do Islã&

Filme do Dia: Performance (1970), Nicolas Roeg & Donald Cammell

Performance (Reino Unido, 1970). Direção: Nicolas Roeg & Donald  Cammell. Rot. Original: Donald Commel. Fotografia: Nicolas Roeg. Música: Jack  Nitzsche. Montagem: Antony Gibbs & Brian Smedley-Aston. Dir. de arte: John  Clark. Cenografia: Peter Young. Figurinos: Emma Porteus. Com: James Fox, Mick  Jagger, Anita Pallenberg, Michèle Breton, Ann Sidney, John Bindon, Stanley  Meadows, Allan Cuthbertson.         Gangster que se compraz em espancar suas vítimas, Chas (Fox) decide  fugir do universo violento em que vive, ameaçado que se encontra por seu  próprio grupo, para se refugiar no improvável inferninho que é a morada do  misterioso Turner (Jagger), um astro de rock em franca decadência e paraíso das  drogas e do amor livre, compartilhado por Pherber (Pallenberg) e Lucy (Breton).  Lá vivencia experiências de drogas que transformam sua percepção. A farra, no  entanto, não dura muito tempo. A gangue identifica o local onde se encontra,  numa de suas ligações.            O f

The Beta Band - Dry the rain

Das Utopias, Mário Quintana

Se as coisas são inatingíveis...ora! Não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos, se não fora A presença distante das estrelas!
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Imparerai a tue spese che nel lungo tragitto della vita incontrerai tante maschere e pochi volti
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Filme do Dia: Arctic Antics (1930), Ub Iwerks

Arctic Antics (EUA, 1930). Direção: Ub Iwerks. Dizem que Iwerks implementou o padrão que seria seguido pelas animações da Disney e essa animação parece ser a comprovação disso. Mesmo ainda destituída de cores, importa menos qualquer pretensão narrativa mais fechada, do que apresentar uma série de animais polares – incluindo um Mickey albino! – em coreografias, nas quais o movimento dos mesmos parece ser ditado antes pelo ritmo de sua trilha musical. Quando se fala em séries não se deve secundarizar o efeito, tal como nos musicais de Busby Berkeley , em que coreografias de pingüins, morsas ou o que seja, evoluem, e o  efeito “abstrato” que tal dimensão pode sugerir, menos pela representação gráfica do que resulta da coreografia coletiva, como em Berkerley, que pela recusa de personagens principais ou de uma trama narrativa mais conseqüente. Tampouco é incomum que tais grupos deixem de possuir elementos “anômalos” ao padrão homogeneizador – no caso dos pingüins, dois deles, um mais vel
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La vita va avanti.E come una macchina che percorre una strada sempre nella stessa direzione.

Stardust - Hoagy Carmichael - Original Version

Bessie Smith (Nobody Knows You When You're Down And Out, 1929) Jazz Legend

Não há necessidade de discorrer longamente a respeito de Bessie Smith, a artista mais magnífica que já surgiu em qualquer área do jazz, pois suas numerosas gravações formam uma espécie de auto-retrato. Se dermos o devido desconto pelas deficiências técnicas (elas foram colhidas, em sua maior parte, entre 1923 e 1927) veremos que esses registros nos mostram Bessie Smith em sua inteireza, com exceção da densa radiação de poder e feminilidade com que ela hipnotizava o público ao vivo. Ela "dominava o palco" diz um antigo guitarrista. "Você nem mexia a cabeça enquanto ela estivesse se apresentando. Ficava só olhando para Bessie. Não se lia jornais em nightclubs onde ela se apresentasse. Ela só deixava você triste." Ela era uma mulher grande, bela, rouca, bêbada e infinitamente triste: "Ela gostava de cantar blues devagar; não queria coisas rápidas." Ela era aquela coisa rara no jazz, ou em qualquer outra parte, uma grande artista trágica, mesmo em seus moment

Filme do Dia: Estamira (2004), Marcos Prado

Estamira (Brasil, 2004). Direção, Rot. Original e Fotografia: Marcos Prado. Música: Décio Rocha. Montagem: Tuco. Documentário que acompanha a trajetória de Estamira, catadora de lixo acometida por perturbações mentais. Apagando todos os vestígios da interferência da equipe de filmagem, o filme procura se aproximar o máximo possível do próprio imaginário de sua rica personagem. Ainda que outras vozes se somem para melhor configurar a trajetória da protagonista e também existam algumas breves interações de Estamira com familiares, assim como fotos que descrevem indícios de sua vida pregressa, o mais forte do filme se centra na junção de uma banda sonora com o discurso de Estamira e o cenário que a cerca, sobretudo o aterro sanitário em que ganha a vida. Nesse sentido, é exemplar ouvir o comentário dela sobre o quanto tudo é abstrato, enquanto as imagens a apresentam completamente cercada por detritos de todos lados. Não menos tocantes são suas relações de companheirismo com outros cat

Rachmaninov - piano concerto No.2 (Adagio sostenuto)

James Blunt - Same Mistake (video)

Alice Liddell como a "Pequena Mendiga", c. 1859

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Pontos focais: 1) Rosto de Alice : Seu corte de cabelo masculino, corriqueiro hoje em dia, era incomum na época. Esta não é a dócil mendiga do poema de Tennyson, mas uma criança impetuosa que olha diretamente para a lente da câmera. Os leitores dos livros de Carroll notarão que a menina que inspirou a série Alice  não se parecia nenhum pouco com a ilustração de John Tenniel para o personagem. 2) Cenário : Alice está diante de um muro de pedra velho e coberto de musgo. a aspereza desse fundo realça a suavidade de sua pele. O cenário é o muro externo da residência da família de Alice, no Christ Church College - o que sugere que representações desse tipo eram autorizadas por seus pais. Dodgson deu à Alice uma impressão colorida à mão dessa fotografia, porém os dois já não eram tão amigos quando Alice no País das Maravilhas  foi publicado, em 1865. 3) Pés e Flores : Para o público vitoriano, pés descalços podiam significar tanto pobreza quanto disponibilidade sexual. Dodgso

Filme do Dia: Iremos a Beirute (1998), Marcos Moura

Iremos a Beirute (Brasil, 1998). Direção: Marcos Moura. Rot. Original: Marcos Moura, Marcos Sá & Orlando Senna . Fotografia: Mário Carneiro. Música: Manassés de Souza. Montagem: Marília Alvin. Dir. de arte: André Scarlazzari. Figurinos: Jackson Araujo & Hipólito Marinho. Com: Giovanna Gold, Ilya São Paulo, Guilherme Karan, Mayra Fernanda Mota, Conceição Senna, Cláudio Jaborandy, João Andrade Joca, Pedro Domingues, Daniele Ellery.               Salma (Gold), após concluir sua tese e com a chegada do irmão que mora no Líbano, Aziz (São Paulo), pretende fazer um retorno no tempo e espaço, organizando uma retomada da partida entre o Cruzeiro e o Ajax, que seu irmão jogara quando criança e que acabou provocando a morte do  pai deles, Gibran (Karan). Após tantos anos, o reencontro acaba igualmente provocando uma tensão nos relacionamentos dos então dois pretendentes de Salma, Ademir (Jaborandy), hoje investigador policial e Beto (Joca), atualmente assaltante e suas respectivas com
How sad it is to find oneself alone at fourteen with  a terrible vengeance to pursue!

Meu Caro Diário, 06/06/2005

– acordei, como todos os últimos tempos, sem a menor das motivações. Pelo menos acordei um pouco mais cedo, uma hora mais que a média dos últimos dias, por volta de 9 e meia. Fiz minha flexões de sempre para tentar acordar e me motivar. Liguei o computador e fui na Internet ver o site climatempo para ver se haveriam mudanças drásticas no clima para os próximos dias mas felizmente não. Fiz meu lanche e o comi antes disso. Depois da ginástica tomei banho e saí serelepe pela Heitor Penteado até o BB da Cerro Corá, mas apesar de ter sacado os 550 paus para pagar a kit, como sempre, tinha que ter um imprevisto: esqueci a agenda com o número da conta dos senhorios. Peguei um ônibus para voltar e acabei resolvendo tudo numa agencia do itaú aqui pertinho. Bem, pelo menos, caminhei e de qualquer maneira teria que voltar pois tinha que pegar o vila mada para usp. Na USP almocei por volta das 13 h. depois fui ler um texto de Maria Helena Rolim Capelato sobre varguismo e peronismo. Desse último pu

cathedral by crosby, stills & nash

Eu estava em pé na tumba do soldado que morreu em meu aniversário, 2 de fevereiro, mas em 1799. Não sei se foi real - estava viajando no ácido, o que poderia saber da realidade? Mas foi o que eu pensei  que vi, e se tornou parte da minha canção "Cathedral". Posteriormente, descobri que, de fato, não estava alucinando. Alguém me mandou uma foto da tumba. Vai entender. Escrevi a canção durante a experiência. Depois, percebi que se tinha que criticar a religião, deveria ter cada palavra fodida em seu lugar. É uma canção séria e eu desejava estar certo do que afirmava, daí porque me levou seis anos de trabalho intermitente. Obviamente, escrevia outras canções enquanto isso. (...) Todas as imagens vieram flutuando de volta: flying in winchester cathedral/sunlight pouring through the break of day . Como, andando pelo corredor, expressões na face do Salvador me fizeram dizer, "Não fico". E sentia que desejava que alguém open up the gates of the church and let me out of

A Adoração dos Magos, c. 1508-1519

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Ainda que a referência original aos homens sábios, ou magos, no Evangelho de Mateus seja mínima, os homens da igreja eventualmente os elevaram ao status de reis, dando-lhes nomes - Baltazar, Gaspar e Melchior, investindo seus presentes de ouro, incenso e mirra, de sentidos específicos. O status real e as origens estrangeiras dos três viajantes inspirou medievais e renascentistas, que deram livre vazão às suas imaginações ao tratar tema tão pitoresco. Juan de Flandres tomou a oportunidade para pintar uma cena caprichosa, repleta de vestuário elegante, ouro reluzente e jóias, assim como tipos raciais variados.  Todos trajam exóticos chapéus e carregam recipientes ricamente adornados contendo suas oferendas. Visíveis a distância, a cavalo, encontram-se diversas figuras menores, membros dos séquitos reais. Mesmo existindo inúmeras referências a esse presumível pintor do nordeste nos registros de seus mecenas espanhóis, nada é conhecido de seus primeiros anos. Sua reputação enquanto a

Meu Caro Diário, 04/04/04

 agora é um final de tarde meio cinza, mas não muito frio. Estou no CCBB para asssitir a  Mostra Jean Rouch. Quando cheguei – uma hora antes – já haviam algumas pessoas – J.C. Bernardet, indefectivelmente entre eles. Tive que me forçar a vir, pois havia chovido um pouco e o fato de ser domingo sempre me arrasta a um estado de inércia que depois se transforma numa espécie de melancolia. Depois que saio, como sempre, há uma espécie de alívio instantâneo. Hoje acordei já quase 11 horas, tomei café e corri para o computador, para começar a formatação do texto que vou enviar ao SOCINE. Depois de muito burilar, colar e recortar, gostei do resultado final. Joceny enviou um mail com n categorias para quem trabalha com cinema (cursos, congressos, festivais, etc.). Quando Josué saiu pela manhã, fiquei saudoso e telefonei para Fortaleza, falando com Vanda e Flávia (esta última, por motivos bem práticos, que é o envio de algumas fitas de vídeo para que eu possa dedicar mais tempo ao trabalho de

Loveless Love

Filme do Dia: À Espera de Turistas (2007), Robert Thalheim

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À Espera de Turistas ( Am Ende Kommen Touristen , Alemanha, 2007). Direção: Robert Thalheim. Rot. Original: Robert Thalheim, Hans-Christian Schmid & Bernd Lange. Fotografia: Yoliswa Gärtig. Música: Uwe Bossenz. Montagem: Stefan Kobe. Dir. de arte: Michael Galinski & Rita Hallenkamp. Figurinos: Ewa Krauze. Com: Alexander Fehling, Ryszard Ronczewski, Barbara Wysocka, Piotr Rogucki, Rainer Sellien, Lena Stolze, Lutz Blochberger, Willy Rachow. Sven (Fehling) é um jovem alemão que opta pelo serviço civil ao invés do militar e parte para Auschwitz, onde sua principal função é se tornar assistente do idoso Stanislaw (Ronczewski), que tendo sido prisioneiro do campo de concentração, nunca havia abandonado o local, trabalhando com palestras para visitantes jovens e reparando malas que haviam sido de prisioneiros para o museu que funciona no local atualmente. Sven ao mesmo tempo passa a se relacionar afetivamente com a polonesa Ania (Wysocka). O rabugento Stanislaw observa, com o