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Cesaria Evora - Sodade

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Meu Caro Diário

23/05/2004 – O sol apareceu novamente. Estou melhor da gripe. Ana ligou. O trabalho do Henri está fluindo. Estou apaixonado. Enfim, algumas vibrações positivas enchem o ar e quero respirar cada segundo delas.

Filme do Dia: Alfa Tau! (1942), Francesco De Robertis

Alfa Tau! (Itália, 1942). Direção e Rot. Original: Francesco De Robertis, a partir de seu argumento. Fotografia: Giuseppe Caracciolo. Música: Edgardo Carducci. Montagem: Francesco De Robertis. Com: Giuseppe Addobbati, Marina Chierici, Liana Persi, Lilla Pilucolio. Membros da marinha italiana são liberados para um final de semana de descanso até a próxima missão no submarino que trabalham. O comandante do submarino acaba se envolvendo com uma mulher, Lidia, a quem se despede na estação ferroviária para voltar a assumir suas obrigações. É evidente a influência do cinema de montagem soviético no ritmo alucinante dos planos ainda que, quando comparado com La Nave Bianca , de Rossellini e do próprio De Robertis, tal influência pareça ainda mais convencional e menos expressiva. Também atuando com atores amadores e locações reais (De Robertis, mais maduro, é considerado como mentor de Rossellini ), assim como uma narrativa que não privilegia exatamente um personagem principal, mas antes

Personagem

Teu nome é quase indiferente  e nem teu rosto mais me inquieta.  A arte de amar é exactamente  a de se ser poeta . Para pensar em ti, me basta  o próprio amor que por ti sinto: és a ideia, serena e casta,  nutrida do enigma do instinto.  O lugar da tua presença  é um deserto, entre variedades:  mas nesse deserto é que pensa  o olhar de todas as saudades.  Meus sonhos viajam rumos tristes e, no seu profundo universo, tu, sem forma e sem nome, existes, silêncio, obscuro, disperso.  Teu corpo, e teu rosto, e teu nome, teu coração,  tua existência, tudo - o espaço evita e consome:  e eu só conheço a tua ausência.  Eu só conheço o que não vejo. E, nesse abismo do meu sonho,  alheia a todo outro desejo,  me decomponho e recomponho.  (Cecília Meireles)
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A Thousand Days for Mokhtar

Mokhtar lived in a room not far from his shop, overlooking the sea. There was a tiny window in the wall above his sleeping-mattress through which, if he stood in a tiptoe, he could see the waves pounding against the rocks of the breakwater far below. The sound came up, too, especially on nights when the Casbah was wrapped in rain and its narrow streets served only for the passage of unexpected gusts of wind. On these nights the sound of the waves was all around, even though he kept the window shut. Throughout the year there were many such nights,and it was precisely at such times that he didn´t feel like going home to be alone in his little room. He had been by himself ten years now, ever since his wife had died; his solitude never weighed on him when the weather was clear and the stars shone in the sky. But a rainy night put him in mind of the happy hours of his life, when in just such nocturnal wind and storm he and his great-eyed bride would pull the heavy blinds shut and live quiet
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Uma grata surpresa no Rio: o encontro com Luiz Paulino dos Santos, o cineasta do admirável "Um Dia na Rampa"

Descobrindo o jazz britânico via "Momma don't Allow"

 http://www.youtube.com/watch?v=5ZLMQWgXosI "Momma Don't Allow" é um dos curtas que fez parte da primeira programação do movimento que se auto-denominou Free Cinema, no Reino Unido, em 1955. Seu caráter observacional antecipa estratégias que serão posteriormente desenvolvidas de forma mais auto-consciente pelo Cinema Direto norte-americano e canadense nos idos da década seguinte. Esse filme, particularmente, faz uma observação sobre um clube noturno de jazz célebre da época e me fez chamar  a atenção para os músicos (da Chris Barber Band, ainda na ativa mais de meio século após) e para a voz blueseira e possante de Ottilia Patterson, cantora irlandesa recentemente falecida (2011). Escutei várias canções que eles gravaram juntos, com destaque para a bela "Careless Love", standard gravado por vários artistas (Ray Charles, Bessie Smith, Janis Joplin, Lead Belly, Eric Clapton, Joan Baez, etc.)
o kitsch retrô também tem seu valor: http://www.youtube.com/watch?v=_u6escHBRxc&lc=l84NxNc2Ep7_yefDJFDeGJfo1iqTxYuQRvuRTHuyJLQ