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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Norte-Americano

Filme do Dia: Joe Cocker e o Grupo da Pesada (1971), Pierre Adidge

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  J oe Cocker e o Grupo da Pesada ( Mad Dogs & the Englishmen , EUA, 1971). Direção:  Pierre Adidge. Fotografia: Dave Meyers. Montagem: Sidney Levin. Compilado de cerca de 80 horas de filmagem que acompanha Joe Cocker em uma turnê americana costa-a-costa,   na companhia do grupo Mad Dog, cuja figura de destaque é o tecladista Leon Russell, sendo que uma das vocalistas – Rita Coolidge – também faria carreira solo. Cocker, revelação para os EUA a partir do festival de Woodstock, encontra-se no auge da fama – o grupo viaja em uma avião batizado de Cocker Power. Talvez a maior falha do filme seja se deter excessivamente em cenas dos bastidores da turnê onde, embora exista o enfoque em caracterizar a entourage como uma espécie de membros unidos de uma pequena comunidade efêmera, nunca se vê os dois maiores nomes, Cocker e Russell, dialogando. Ao enfatizar os bastidores, o filme raramente apresenta números inteiros e, quando o faz, na seqüência final dá-se também o clímax, com a apres

Filme do Dia: Moonbird (1959), John Hubley

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  M oonbird (EUA, 1959). Direção: John Hubley. Rot.Original Faith Hubley & John Hubley. Dois garotos decidem sair em meio a escuridão da noite para caçar um pássaro e trazê-lo para casa. Bastante ousado, em termos de experimentação, caso tenhamos como medida a animação comercial norte-americana de sua época (que apenas flertará com algumas das opções aqui escolhidas por volta de uma década após, quando da explosão da contracultura) e não o cinema experimental contemporâneo. Utiliza o universo infantil como régua para suas liberdades, e particularmente dentro desse, de vozes infantis (de seus filhos) que possuem extremo protagonismo, pelo próprio Hubley ( Windy Day , Cockaboody ). Ao final, eles chegam em casa com um pássaro bem diverso (e maior) do que havia sido sugerido em sua busca inicial (gaiola). Venceu o Oscar da categoria, sendo a primeira produção independente a fazê-lo e demonstrando uma mudança de paradigma por volta desses anos que também afeta a animação. Storyboar

Filme do Dia: A Parentela da Esposa (1922), Edward F. Cline & Buster Keaton

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  A Parentela da Esposa ( My Wife’s Relations , EUA, 1922). Direção e Rot. Original Edward F. Cline & Buster Keaton. Fotografia Elgin Lessley. Com Buster Keaton, Wallace Beery, Monte Collins, Kate Price, Joe Roberts, Tom Wilson. Casado por equívoco com uma mulher, Kat (Price) que ia atrás de um juiz para reclamar dos danos provocados por ele (Keaton), passa a morar com ela e uma família de irmãos e pai (Collins), intratáveis e broncos. A situação muda de configuração quando um dos irmãos descobre que o recém-cunhado herdou uma fortuna. E passam a alugar uma mansão, sendo servidos por empregados, até descobrirem que era um vizinho que havia herdado o dinheiro. Um dos motivos do humor, já se aproximando do final do curta, é o bastante utilizado pelo gênero cômico ao longo de décadas, das pessoas pobres fazendo uso de moradia, serviçais e utensílios de ricos, como é o caso de Kat sendo servida de uma café e derramando o líquido no pires e o sorvendo quase a escorrer pelo canto da

Filme do Dia: Mank (2020), David Fincher

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  M ank (EUA, 2020). Direção David Fincher. Rot. Original Jack Fincher. Fotografia: Erik Messerschmdit. Música Trent Reznor & Atticus Ross. Montagem Kirk Baxter. Dir. de arte Donald Graham Burt & Dan Webster. Cenografia Jan Pascale. Figurinos Trish Summerville. Com Gary Oldman, Amanda Seyfried, Lily Collins, Tom Pelphrey, Arliss Howard, Tuppence Middleton, Monika Gossman, Joseph Cross, Sam Troughton, Ferdinand Kingsley, Jamie McShane, Charles Dance. Anos 1930. Enquanto escreve o roteiro de Cidadão Kane , Herman J. Mankiewicz (Oldman) se torna persona non grata do chefe do estúdio para o qual então trabalha, Louis B. Mayer (Howard), para o qual o irmão mais jovem, Joe (Pelphrey) se encontra em franca ascensão. Seu roteiro, que vaza para a comunidade hollywoodiana, enquanto Mankiewicz é observado com sua afiada língua ocasionalmente por Hollywood, chega ao conhecimento da comunidade e não apenas seu irmão, mas também Marion Davies (Seyfried), por quem nutre algum grau de simpa

Filme do Dia: No Calor da Noite (1967), Norman Jewinson

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  N o Calor da Noite ( In the Heat of the Night , EUA, 1967). Direção: Norman Jewinson. Rot. Adaptado: Stirling Silliphant, a partir do livro de John Ball. Fotografia: Haskell Wexler. Música: Quincy Jones. Montagem: Hal Ashby. Dir. de arte: Paul Groesse. Cenografia: Robert Priestley. Figurinos: Alan Levine. Com: Sidney Poitier, Rod Steiger, Warren Oates, Lee Grant, Larry Gates, James Patterson, William Schallert, Beah Richards, Peter Withney, Scott Wilson. Virgil Tibbs (Poitier) é um policial confundido com assassino de uma importante figura, o industrial Phillip Colbert, para os negócios de uma diminuta cidade do sul dos Estados Unidos. Ele acaba contando com a ajuda do policial Gillespie (Steiger), que inicialmente o hostilizara, para desvendar o crime, contando com uma perícia técnica ao tratar dos assassinatos que ninguém da cidade possui. A polícia encontra um fácil suspeito para incriminar, Harvey (Wilson) que havia assaltado o cadáver. Tibbs desconstrói rapidamente as acusaçõe

Filme do Dia: De Olhos Bem Fechados (1999), Stanley Kubrick

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  D e Olhos Bem Fechados ( Eyes Wide Shut , EUA,1999). Direção: Stanley Kubrick . Rot. Adaptado: Stanley Kubrick & Frederic Raphael, baseado no romance Traumnovelle, de Arthur Schnitzler. Fotografia: Larry Smith. Música: Jocelyn Pook. Montagem: Nigel Galt. Dir. de arte: Leslie Tomkins, Roy Walker, John Fenner &   Kevin Phipps. Cenografia: Lisa Leone & Terry Wells. Figurinos: Marit Allen. Com: Tom Cruise, Nicole Kidman, Madison Eginton, Jackie Sawris, Marie Richardson, Sydney Pollack, Rade Serbedzija, Leslie Lowe, Vinessa Shaw, Todd Field, Sky Dumont. Dr. Bill Harford (Cruise) vai com a esposa, Alice (Kidman) a uma festa de natal na casa de seu amigo, Victor Ziegler (Pollack). Lá ele se engraça com duas jovens, enquanto a mulher cai nos braços do conquistador barato Sandor Szavost (Dumont). Porém o entusiasmo de Harford é interrompido por um chamado urgente de Ziegler, que fica assustado com um repentino princípio de overdose de uma de suas parceiras. Quando comentam sobr

Filme do Dia: Faces de Novembro (1964), Robert Drew

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  F aces de Novembro ( Faces of November , EUA, 1964). Direção: Robert Drew. Esse sensível curta-metragem de Drew procura menos ser fiel ao estilo de um tema, sobre o qual se tem acesso privilegiado aos bastidores do evento, como Primárias e Crise: Por Trásde um Compromisso Presidencial que observar, com um toque de poesia a reação aos funerais de Kennedy. A inclusão de certos planos como os de gotas de chuva no asfalto remetem ao precursor desse estilo, Joris Ivens com seu A Chuva , ainda que no caso em questão tal descrição de elementos poéticos do cotidiano se dá em conjunção com um dos momentos mais tensos da história americana, provocando um efeito intrigante. Em sua maior parte, está mais interessado em colher as impressões nos rostos anônimos que acompanham a cerimônia do que se deter sobre o staff presidencial, sendo tal efeito bastante evocativo dos curtas sobre partidas de futebol produzidos pelo Canal 100 no Brasil, no seu interesse tão ou maior (principalmente aqui) em

Filme do Dia: The Candlemaker (1957), Joy Batchelor & John Halas

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  T he Candlemaker (EUA, 1957). Direção: Joy Batchelor & John Halas. Rot. Original: Joy Batchelor & Philip Stapp. Música: Mathyas Seiber. Montagem: Jack King. Numa época em que não havia nem automóveis, nem   eletricidade e nem mesmo iluminação a gás, pai designa o filho, ajudante na feitura de velas, a entregar as velas para a missa. Distraído ao brincar com seu ratinho de estimação, a criança somente lembra de fazer as velas muito próximo do horário da entrega e uma delas não acende. Toda a família, cujo pai havia sido elogiado na missa anterior, sente-se envergonhada pelo fato. O filho, então, capricha na feitura das velas que iluminarão a missa de natal. Fábula  de matriz protestante de atmosfera algo melancólica (auxiliado por sua bela trilha) que não se escusa, ao contrário da maior parte das animações referentes ao natal, de apresentar em mais de um momento a imagem de Cristo. Seu maior encanto também pode ser sua desgraça, a depender os olhos de quem vê:  a singelez

Filme do Dia: Aventuras e Travessuras (1942), Joseph Barbera & William Hanna

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  A venturas e Travessuras ( The Bowling Alley Cat , EUA, 1942). Direção: Joseph Barbera & William Hanna. Música: Scott Bradley. No auge de sua técnica gráfica – destaque para a imbatível riqueza da “direção de arte” e do habitualmente lustroso cenário – essa animação de Tom & Jerry, observa o último maquinando suas habituais doses de sadismo contra Tom em um clube de boliche; a determinado momento, um de seus mais inspirados, Jerry transforma o pino do boliche em um taco de beisebol e rebate a bola como se também fosse uma bola de beisebol, com o previsível estrago sobre se sabe bem quem. Trechos de A Bela Adormecida de Tchaikovski na trilha sonora.  Sétimo episódio da primeira série. MGM. 7 minutos e 40 segundos.

Filme do Dia: Os Homens Que Encaravam Cabras (2009), Grant Heslov

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  O s Homens Que Encaravam Cabras ( The Men Who Stares at Goats , EUA/Reino Unido, 2009). Direção: Grant  Heslov. Rot. Adaptado: Peter Straughan, baseado no livro de Jon Ronson. Fotografia: Robert Elswith. Música: Rolfe Kent. Montagem: Tatiana S. Riegel. Dir. de arte: Sharon Seymour & Peter Borck. Figurinos: Louise Frogley. Com: George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges, Kevin Spacey, Stephen Lang, Robert Patrick, Waleed Zuaiter, Stephen Root. Bob Wilton (McGregor), frustrado com sua recente separação, empolga-se com a idéia de ir cobrir a Guerra do Iraque, após um informante lhe ter dados sobre um homem, Lyn Cassady (Clooney), que faz parte de um destacamento do exército destinado a agir de forma psíquica para acabar com os métodos convencionais de se guerrear. O guru de Lyn havia sido um veterano do Vietnã, Bill Django (Bridges), cujos métodos heterodoxos de treinar os soldados, incluindo o uso de LSD e de relaxamento, dentre muitos outros, haviam acabado levando a expulsão d

Filme do Dia: Gerry (2002), Gus Van Sant

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  G erry (EUA/Argentina/Jordânia, 2002). Direção: Gus Van Sant. Rot. Original: Gus Van Sant, Casey Affleck & Matt Damon. Fotografia: Harry Savides. Montagem: Casey Affleck, Matt Damon & Gus Van Sant. Com: Casey Affleck, Matt Damon. Dois amigos (Affleck e Damon) partem para o deserto. Lá acabam se perdendo   e vivendo a experiência da morte iminente, com a falta de água e alimentos para que possam se manter por mais tempo. Esse filme de Van Sant, sem dúvida o mais radical de sua carreira, uma criação conjunta com a dupla de atores que são praticamente os únicos personagens em cena durante todo o filme, consegue levar ao limite o ocultamento sobre qualquer fato que caracterize os personagens em questão, que havia sido uma das pedras de toque do cinema moderno. Nada se sabe sobre o passado deles, sobre a real intenção que os motivou a aventura no deserto, porém tampouco se cai na armadilha, quase sempre fatal, de uma universalização sobre elementos humanos que perca o solo e o

Filme do Dia: A Work in Progress (2002), Wes Ball

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  A   Work in Progress (EUA, 2002). Direção, Rot.Original e Montagem: Wes Ball. Fotografia: Dan DeJesus. Com: Melissa White, Faithe Galloway, Carolyn Crabtree. Garota de fértil imaginação se isola para criar sua história sobre a solidão de um urso que não consegue fazer amigos, que é observado em suas ações através de animação 3D nesse curta-metragem, que possui como virtude a projeção na figura do protagonista da animação da própria garota que narra a história, mesmo que manchado ao final por se tornar demasiado evidente – a garota acaba formando um grande grupo para escutar sua história e o urso consegue fazer finalmente um círculo de amigos. Também influi negativamente a melosa trilha sonora que trai gastos recursos melodramáticos de representação da sensibilidade infantil por demais rósea em sua pureza. Florida State University School of Motion Picture, Television and Record Arts. 7 minutos e 46 segundos.

Filme do Dia: Até o Último Alento (1958), Irving Rapper

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  A té o Último Alento ( Marjorie Morningstar , EUA, 1958). Direção: Irving Rapper. Rot. Original: Everett Freeman, baseado no romance Marjorie Morningstar , de Herman Wouk. Fotografia: Harry Stradling Sr. Música: Max Steiner. Montagem: Folmar Blangsted. Dir.de arte: Malcolm C. Bert. Cenografia: Ralph S. Hurst. Com: Natalie Wood, Gene Kelly, Claire Trevor, Everett Sloane, Martin Milner, Carolyn Jones, George Tobias, Martin Balsam. A jovem Marjorie Morgenstern (Wood) decide esnobar o bom partido que sua   família pretende para si, indo com a amiga Marsha (Jones) para uma colônia de férias onde acaba se apaixonando pelo produtor de eventos artísticos, Noel Airman (Kelly). Sua mãe (Trevor), no entanto, acredita que ela mereça alguém de melhor posição social. O assistente de Airman, Wally Wronkin (Milner), apaixona-se por Marjorie, que só possui olhos, no entanto, para Noel. A pressão familiar e a súbita morte do tio, no entanto, acabam fazendo com que Marjorie retorne para Nova York. Qu

Filme do Dia: An American March (1941), Oskar Fischinger

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  A n American March (EUA, 1941). Direção Oskar Fischinger. As formas abstratas de Fischinger aqui se rendem ao patriotismo ufanista dos tempos de guerra, não apenas em termos de motivos visuais, como a presença da bandeira americana, seja de forma unificada ou fragmentada, mas também na escolha da banda sonora do tema Stars and Stripes Forever , de 1896, da autoria de John Philip Sousa. |3 minutos.

Filme do Dia: Operação: Coelho (1952), Chuck Jones

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  O peração: Coelho ( Operation: Rabbit , EUA, 1952). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Curta de estréia com o personagem do Coiote, que ainda não havia ganho o seu parceiro, com o qual virá a ser sempre identificado, o Papaléguas. Aqui ele divide o protagonismo com Pernalonga, porém em tudo a animação é mais interessante do que as habitualmente identificadas com o personagem: estilo do desenho, com traços mais sofisticados, e gags. De fato, existe bastante diálogos na animação, algo que será praticamente abolido na continuidade da “carreira” de Coiote, sobretudo no hilário primeiro contato inicial entre os dois personagens, em que Coiote arma uma porta para poder ter um primeiro contato formal, afirmando ser um ser mais veloz e dinâmico que o colheo e, enfim, ser um gênio. Warner Bros. Pictures. 7 minutos e 18 segundos.

Filme do Dia: Winchester'73 (1950), Anthony Mann

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  W inchester’73 (EUA, 1950). Direção: Anthony Mann.  Rot. Adaptado: Robert L. Richards & Borden Chase, a partir do argumento de Stuart N. Lake. Fotografia: William H. Daniels. Música: Walter Scharf. Montagem: Edward Curtiss. Dir. de arte: Bernard Herzbrun & Nathan Juran. Cenografia: A. Roland Fields &   Russell A. Gausman. Figurinos: Yvonne Wood. Com: James Stewart, Shelley Winters, Dan Duryea, Stephen MacNally, Millard Mitchell, Charles Drake, John McIntire, Will Geer, Rock Hudson, Tony Curtis, Jay C. Flippen. Lin McAdam (Stewart) ganha um raro rifle Winchester em um concurso organizado em Dodge City pelo célebre xerife Wyatt Earp (Geer). Seu adversário, Dutch Henry (MacNally),a quem já perseguia por ter matado seu pai,   inconformado com a derrota, ataca de surpresa McAdam e rouba seu rifle.   Dutch Henry e seus comparsas vão a um bar, onde Henry perde o rifle pelo negociante Joe Lamont (McIntire) no jogo. Esse, quando vai negociar com os índios, tem a arma apreendida

Filme do Dia: The Sultan's Wife (1917), Clarence G. Badger

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  T he Sultan’s Wife (EUA, 1917). Direção: Clarence G. Badger. Com: Bobby Vernon, Gloria Swanson, Joseph Callahan, Frank Bond, Blanche Payson, Teddy, o cachorro. Numa viagem para a Índia, Gloria (Swanson), amor de Bobby (Vernon) é sequestrada pelos homens de um Rajá (Callahan), que a quer como uma de suas centenas de mulheres em um harém. Descontado o caráter etnocêntrico com que a Índia é retratada desde o início, já surgindo uma cartela que faz referência às poucas roupas que os indianos utilizam – característica relativamente pouco explorada ou dubiamente explorada com um Raja, de pernas completamente desnudas, mas cobertas por uma meia que pretende mimetizar a pele de fato – trata-se de uma produção acima da média das estreladas pela dupla Vernon-Swanson e também pelo estúdio que a produziu. É evidente que sua marca etnocêntrica, que estará presente no cinema quase indelével até os dias de hoje, transforma os indianos em algo como crianças crescidas, a quem é demasiado fácil en

Filme do Dia: Madeline (1952), Robert Cannon

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  M adeline (EUA, 1952). Direção: Robert Cannon. Rot. Original: Ludwig Bemelmans. Música: David Raksin. Primeira incursão ao personagem, que renderia uma série de TV franco-canadense três décadas após. Com traços básicos, um relativo descaso com a perspectiva, uma presença forte de certa poética associada a se tratar explicitamente de uma narrativa – inclusive com bem orquestradas rimas como a que faz casar os intuitos de sua pequena protagonista em fazer travessuras para incomodar sua preceptora – assim como o tom levemente irônico que impregna as ações sociais do grupo, sendo a mesa do refeitório logo substituída por um conjunto de pias e a seguir camas. E tudo se casa à perfeição do ritmo com o qual é narrado. O fato de sua história ser ambientada em Paris, evocado já ao início da narrativa, surge talvez de forma menos incisiva e caricata que boa parte da produção de longa-metragem e ação ao vivo contemporânea, como é o caso de Sacre-Couer observada, a determinado momento, ao fund

Filme do Dia: Um Retrato de Mulher (1944), Fritz Lang

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  U m Retrato de Mulher ( The Woman in the Window , EUA, 1944). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Nunnally Johnson, a partir do romance de J.H. Wallis. Fotografia: Milton R. Krasner. Música: Arthur Lange. Montagem: Gene Fowler Jr. & Marjorie Fowler. Dir. de arte: Duncan Cramer. Cenografia: Julia Heron. Figurinos: Muriel King. Com: Edward G. Robinson, Joan Bennett , Raymond Massey, Edmund Breon, Dan Duryea, Thomas E. Jackson, Dorothy Peterson, Arthur Loft. Após conversar com dois amigos, o procurador de justiça Frank Lalor (Massey) e o médico Michael Barkstane (Breon), o professor criminalista Richard Wanley (Robinson) encontra a mulher que serviu como modelo para o quadro que admirava, assim como os amigos, antes de entrar no bistrô. Ela, Alice (Bennett) o convida para sua casa e enquanto tomam um drinque, um homem (Loft) que era seu amante ocasional adentra o apartamento e tenta assassinar Wanley, que o mata em auto-defesa. Os dois planejam se livrar do cadáver. Wanley o leva

Filme do Dia: Treze Minutos ou Perto Disso (2008), William Branden Blinn

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  T reze Minutos ou Perto Disso ( Thirteen or So Minutes , EUA, 2008). Direção e Rot. Original: William Branden Blinn. Fotografia: Jonathan Benjamin. Música: Nicola Quilter. Montagem: Austin Anderson. Com: Nick Soper e Carlos Salas. Dois homens, Lawrence (Soper) e Hugh (Salas) após o bar vão até a casa do primeiro e lá fazem sexo. Após o sexo, Lawrence se pergunta incrédulo sobre o que houve e Hugh afirma ter gostado. Ambos nunca tinham tido relação com o mesmo sexo. Nesse curta a precariedade técnica e de atuação chega a ser um mal menor quando se tem em conta que o que resulta do mesmo é um típico produto de uma ideia. A excessiva subjetivação dessa ideia no plano cênico-dramático inexiste. Ao final de contas, nem se acredita nos personagens ou na situação em si nem muito menos na sua conformação final, com a tensão sendo resolvida com um abraço. Para um projeto que se predispunha   a  focar no momento logo após o ocorrido – e o título acaba fazendo menção à própria duração do me