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Mostrando postagens com o rótulo Animação

Filme do Dia: Le Theatre du Hula Hula (1925)

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  L e Theatre du Hula Hula (Dinamarca, 1925). Essa particularmente curta animação evoca o espírito do vaudeville não apenas nos números apresentados em um palco ao fundo, com uma banda tocando em primeiro plano, como na insistência em que não modifica uma vez sequer a perspectiva que acompanha suas figuras observadas como silhuetas e a partir do palco, numa dimensão que voluntariamente ou não mimetiza igualmente as primeiras produções cinematográficas que descreviam números de vaudeville, como as de Edison. 3 minutos e 2 segundos.

Filme do Dia: Tokio Jokio (1943), Norm McCabe

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  T okio Jokio (EUA, 1943). Direção: Norm McCabe. Músca: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. O índice de virulência além do habitual, mesmo para os curtas de propaganda que foram lançados pelo selo do estúdio,certamente deve se encontrar vinculado ao fato de ter sido dirigidopor um oficial do exército. Qualquer vestígio de efetivo humor ou ironia característicos dos desenhistas dessa longeve série aninada que foi a Merry Melodies, acaba soçobrando diante da caricatura grotesca dos japoneses, não apenas em nível de suas forças armadas e lideranças, mas também na dimensão da vida civil, sem deixar de comentar indiretamente sobre eventos históricos associados à nação - a determinado momento um avião japonês baixa o trem de pouso sob a forma de um chinês em trajes tradicionais pedalando uma bicicleta, numa evidente alusão a Guerra da Mandchúria. Em outro momento, a caricatura se estende as forças aliadas, apresentando uma Roma como um catálogo de ruínas e a Alemanha na figura de um H

Filme do Dia: Cheburashka Goes to School (1983), Roman Kachanov

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  C heburashka Goes to School ( Chburashka Idiot   v Shkolu , União Soviética, 1983). Direção Roman Kachanov. Rot. Original Eduard Uspenskiy & Roman Kachanov. Fotografia Teodor Bunimovich & Vladimir Sidorov. Música : Vladimir Shainskiy. Montagem : Galina Filatova.  Dir. de arte : Olga Bogolyubova & Leonid Shvartsman. Gena é um jacaré que estranha Chburashka não o ter ido receber no aeroporto. Logo descobre que Chburashka não sabe ler, o que não é um problema, já que se encontram às vésperas de primeiro de setembro, início de um núcleo letivo. Não será tão fácil quanto ele imaginava ter Chburashka na escola. Animação em stop-motion, prática um tanto incomum à época da animação clássica soviética. Sua falta de proporção entre objetos como, por exemplo, a estatura do réptil diante dos prédios da rua ou ele e seu motorista em relação ao minúsculo taxi são um charme. O outro são os aspectos discretamente surreais da interação entre seus personagens, mais que a antropomorf

Filme do Dia: Felix Dines and Pines (1927), Otto Mesmer

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  F elix Dines and Pines  (EUA, 1927). Direção: Otto Mesmer. Um Felix esfomeado sonho com a refeição de seus sonhos criando um menu que por vezes ele consegue realizar, porém a maior parte das vezes não, sofrendo a reação dos animais que persegue. Desesperado acaba engolindo uma bota e uma lata velhas que encontra no lixo e tendo pesadelos. Esse curta animado, que faz evidente referência a um certo universo da pobreza americana, possui ao menos duas seqüências antológicas. Na primeira atraído pelo ruído que um velho barbudo faz ao degustar sua sopa, tornando-se literalmente música aos ouvidos do esfomeado herói, Felix invade sua residência, extrai sua barba e a torce para sorver toda a sopa nela acumulada. A segunda é a seqüência dos pesadelos, alucinógena ao representar todos os motivos de desejo ou ameaça vivenciados pelo herói ao longo do seu atribulado dia, com destaque para um Papai Noel que acaba se transformando em um horrendo monstro, notável metáfora para os excluídos dess

Filme do Dia: Spatne Namalavaná Slepice (1963), Jirí Brdecka

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  S patne Namalavaná Slepice (Tchecoslováquia, 1963). Direção: Jirí Brdecka. Rot. Original: Jirí Brdecka, a partir do argumento de Milos Macourek. Fotografia: Ivan Masník. Montagem: Marta Latálová. Em uma aula de desenho na escola garoto é repreendido pela professora por apresentar um desenho demasiado original de uma galinha, enquanto a reprodução perfeita por outro aluno, tido como exemplar, é louvada. Escola fechada, o desenho feito em pedaços ganha vida e se torna uma atração da mídia com seu dono, que a descobre próxima de casa. Quando se encontram no museu, a professora ainda assim não reconhece que surgiu dos traços do garoto que desconsidera, e que parte pelos céus, com a amiga que é a única a perceber seu talento, não sem antes deixar uma lembrança sobre a cabeça do aluno preferido. Pode ser interpretado, de forma veladamente consciente, enquanto comentário sobre toda arte inovadora, que tem que se contrapor ao academicismo imperante de sua época e, particularmente, ao que

Filme do Dia: Acordar para a Vida (2001), Richard Linklater

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  A cordar para a Vida ( Waking Life , EUA, 2001). Direção e Rot. Original: Richard Linklater. Fotografia: Richard Linklater & Tommy Pallotta. Música: Glover Gill. Montagem: Sandra Adair. Dir. de arte: Bob Sabiston. Com: Wiley Wiggins, Glover Gill, Robert C. Solomon,   Richard Linklater, Ethan Hawke, Julie Delpy, J.C. Shakespeare, Bill Wise. O que mais chama a atenção nesse filme de Linklater, certamente pouco convencional e por vezes cansativo em sua proposta original, é o modo radical que sua animação em rotoscópio a partir de material integralmente e previamente filmado em ação ao vivo não apenas borra os limites entre essa e a animação que posteriormente foi produzida a partir daquela e consegue ser uma boa representação para o estado de “consciência onírica” vivenciado por seu protagonista, uma espécie de Pequeno Príncipe pós-moderno. Abdicando de uma estrutura dramática como também muito lhe convém, o filme parece propositalmente também burlar o que seria sonho e o que seri

Filme do Dia: Vaudeville (1924), Dave Fleischer

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  V audeville (EUA, 1924). Direção Dave Fleischer. Com Max Fleischer. Koko se torna mestre de cerimônias e faz-tudo (bilheteiro, músico) de um cinema que apresenta igualmente números de vaudeville. Guindado a tal função por seu desenhista, Max Feischer (Fleischer). O jogo de espelhamentos dos frames iniciais deste curta já apontam para o quão antenados eram os Fleischer, alguns anos antes de, em um contexto empresarial outro, produzirem as soporíferas animações coloridas da década seguinte. Aqui o próprio tema de Max Fleischer em sua mesa de trabalho, em plena interação com os seres animados que cria, surge primeiramente como desenho, antes de observarmos seu equivalente em ação ao vivo. Este jogo persiste mais adiante, como Koko se tornando bilheteiro de um cinema, onde imita o ídolo do western de então Will Rogers , em um espetáculo que remete ao título do curta. Os números que são exibidos nos filmetes exibidos no cinema sob mediação de Ko-Ko, são versões animadas nada distan

Filme do Dia: Link (2018), Robert Löbel

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  L ink (Alemanha, 2018). Direção Robert Löbel. Dois irmãos, unidos pelo cabelo, estão destinados a exerceram alguma influência um sobre o outro, já que por mais que o cabelo estique, quanto mais distante, maior a influência sobre o outro do lado oposto da massa capilar. E, para piorar, possuem desejos opostos. Enquanto um vai atrás dos pássaros que se refugiam nas montanhas, o outro está mais interessado na terra e numa fruta que cresce rapidamente, transformando-se em árvore gigantesca. A animação de Löbel não se interessa por diálogos, aposta em traços relativamente simples e cores fortes e imagina mundos de seres algo exóticos. Não se busque negociações com o realismo, já que não existe nenhuma preocupação em apresentar como sobrevivem, de onde vieram e para onde irão os personagens.  Há uma evidente alusão a questões que apontam, em um caso, para maior desejo de liberdade dessa situação, que involuntariamente é conseguida ao final. Significará igualmente uma ruptura? Ou simpl

Filme do Dia: A Vida Atrás das Grades (1939), Cal Dalton & Ben Hardaway

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  A   V ida Atrás das Grades ( B ars and Stripes Forever (EUA, 1939). Direção: Cal Dalton & Ben Hardaway. Rot. Original: Jack Milller. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. É marcante a diferença tanto em termos de animação quanto de conteúdo dos desenhos do estúdio nos anos 30, para a virada surpreendente que se dá sobretudo na década seguinte, constituindo-os o núcleo duro dos personagens até hoje associados com o estúdio. Aqui se tem um pouco da “rotina extraordinária” de detentos em Alcatraz. Apesar da temática de referêcias “sociais” se aproximar da veia mais lembrada da Warner na produção de longas de ação ao vivo, o filme é muito mais regra do que exceção dentro do panorama moderado da década, após todo o sopro de vitalidade da década anterior e antes da nova reviravolta, trazida por nomes como Friz Freleng e Tex Avery, que iria novamente sacudir o universo demasiado bem comportado e pouco criativo do período.  Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 7 minuto

Filme do Dia: O Naufrágio do Lusitânia (1918), Winsor McCay

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  O   Naufrágio do Lusitânia ( The Sinking of the Lusitania , EUA, 1918). Direção e Rot. Original: Winsor McCay. Mesmo que os traços da animação de McCay não possuam o mesmo poder de persuasão e encantamento que acompanham outros animadores pioneiros, como os Irmãos Fleischer, certamente trazem questões mais instigantes. Por exemplo, aqui se observa a utilização da animação mesclada a ação ao vivo e fotografias para fazer uma referência documental do afundamento do enorme cruzeiro Lusitânia, um dos episódios mais referidos da I Guerra Mundial. Para além da utilização da animação para fins documentais – as cartelas a todo momento trazem informações adicionais sobre o evento histórico – o filme ainda de quebra expõe momentos de seu próprio processo de criação, apresentando o autor diante de esboços no estúdio. Se a mescla entre ação ao vivo e animação no universo dos Fleischer aponta para um destaque para o elemento lúdico na reflexão metanarrativa entre criador e criaturas animadas, a

Filme do Dia: Mariutch (1930), Dave Fleischer

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M ariutch (EUA, 1930). Direção: Dave Fleischer. Imigrante italiano se despede choroso de sua Mariutch apenas para descobrir que a mesma se apresenta em um espetáculo de vaudeville. Como é habitual na série, ocorre uma interrupção da ação, mais ou menos em sua metade, para que se acompanhe a letra e a canção, aqui prenunciada pela voz de um narrador. O número que Mariutch se encontra em vias de se apresentar sugere ser nada menos que de strip-tease , o que juntamente com os prolongados beijos molhados do casal quando de sua despedida demonstra o quão mais ousados tais desenhos eram do que se tornariam ao longo da década com a imposição do padrão Disney de animação e a vigência do Código Hays . Fleischer Studios para Paramount Pictures. 6 minutos e 50 segundos.    

Filme do Dia: Pinóquio (1940), Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen

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  P inóquio ( Pinocchio , EUA, 1940). Direção: Norman Ferguson, T.Hee, Wilfred Jackson, Jack Kinney, Hamilton Luske & Ben Sharpsteen. Rot. Adaptado: Ted Sears, Otto Englander, Webb Smith, William Cottrell, Joseph Sabo, Erdman Penner & Aurelius Battaglia. Títere de madeira, batizado por um velho artesão, Gepeto, como Pinóquio, ganha vida, através da magia da Fada Azul, concretizando o grande sonho de Gepeto. Se o títere for obediente se transformará em garoto de verdade. Logo ao início de sua vida, no entanto, ele discorda de sua consciência, e segue a má influência de João Honesto, passando a fazer parte de uma trupe teatral, onde é aprisionado por seu ganancioso dono. Esse segundo longa de animação do estúdio é que abre uma linha de produção de longas em sequência como nunca se havia visto no universo da animação e que persiste, com poucos hiatos, quase 8 décadas após seu início. Mesmo com eventuais piscadelas ao público adulto  em alguns ocasionais diálogos engenhosos a m

Filme do Dia: Vincent (1982), Tim Burton

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  V incent (EUA, 1982). Direção e Rot. Original: Tim Burton . Fotografia: Victor Abdalov. Música: Ken Hilton. Dir. de arte: Tim Burton. Esse admirável curta de animação, uma das primeiras realizações de Burton , já apresenta muito do universo que ficará identificado com o realizador. Em forma  menos de prosa que de poesia Vincent Price narra a história de Vincent Malloy, uma criança que em seus sonhos macabros desejava ser Vincent Price, fantasiando um mundo de horror sombrio e funesto que sua mãe alertava somente existir em sua cabeça. Presença não menos extraordinária de uma deliciosamente melancólica trilha sonora, longe de eufemística. Pagando um tributo a um de seus ícones de infância (Prince, que apareceria de carne e osso em Edward Mãos de Tesoura ), Burton voltaria a utilizar vários dos personagens aqui descritos em produções posteriores. |Walt Disney Prod. para Buena Vista Dist.Co. 6 minutos.

Filme do Dia: The Debutante (2022), Elizabeth Hobbs

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  T he Debutante (Reino Unido, 2022). Direção Elizabeth Hobbs. Rot. Adaptado Elizabeth Hobbs, a partir de conto de Leonora Carrington. Música Hutch Demouilpied. Montagem Mark Jenkins. Moça que não se sente inclinada a se tornar próxima de colegas de estudo e vai com frequência visitar o zoo, cria uma relação de intimidade com uma hiena. Esta, travestida com o rosto da criada morta, vai ao baile de debutantes ao lado da moça e lá, para o terror de todos, revela sua própria face. Sofisticado ensaio, sob forma igualmente elegante de animação, com pinceladas ou rabiscos e colagens em meio a um quadro branco, de nossos instintos mais primais tomando a forma fantasiosa de um animal, a lembrar sob este aspecto, obras como Sangue de Pantera . Música e voz over possuem seu quinhão assegurado no efeito final. |Animate Projects Limited para BFI. 8 minutos.

Filme do Dia: El Peso que Falta (2021), Olivia Marie Valdez, Einar Solar Fernan & Sandra Afonso Rodríguez

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  E l Peso Que Falta (Espanha, 2021). Direção Olivia Marie Valdez, Einar Solar Fernandez & Sandra Afonso Rodriguez. Mulher da terceira idade, após uma mastectomia, verte lágrimas ao observar no espelho seu seio amputado. A exposição da nudez de corpos (tanto femininos quanto masculinos, já que seu companheiro surge a determinado momento), habitualmente interditos nos espaços da publicidade, pornografia ou do cinema e outras formas audiovisuais, provoca uma fricção junto ao público. As lágrimas da mulher gradualmente cedem pela aceitação da prótese implantada, a fazer contraste com o outro seio já caído, auxiliado pela aceitação do marido. Tema complexo para ser trabalhado de forma tão breve como momento de superação, neste curta de animação em stop motion.   |3 minutos.

Filme do Dia: All's Fair at the Fair (1938), Dave Fleischer

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  A ll's Fair at the Fair (EUA, 1938). Direção: Dave Fleischer. Música: Edward Heyman & Sammy Timberg. Nessa animação acompanhada por nostálgica canção, estrutura recorrente da série Color Classics , da qual faz parte, um casal caipira se encanta com a Exposição Universal, onde tudo é mecanizado, da barbearia e do salão de beleza até a produção do suco ou o companheiro de dança. O universo caipira, fonte de inspiração de comédia desde a tenra idade do cinema aqui não chega a ser escamoteado como pode ser pensado ao início do curta. Longe daqui se faz, por exemplo, a caricatura grotesca de Rube and Mandy at Coney Island (1903), de Porter. Aqui não há o choque ou o conflito com o novo, que poderia gerar a situação cômica, mas o deslumbramento e a rápida assimilação desse moderno como prática a ser seguida, algo que fica explicitado em seu final, quando o casal, que havia chegado em uma lenta carroça em meio a multidão frenética de carros, sai com seu próprio carro, levando o ca

Filme do Dia: The Fox Chase (1928), Walt Disney

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  T he Fox Chase (EUA, 1928). Direção: Walt Disney . Engajado, como seus amigos, numa caça à raposa, o Coelho Osvaldo acaba se deparando com um cavalo pouco solidário e uma raposa bastante ardilosa, que consegue não apenas realizar pequenas trapaças, como enganar a todos ao final, ao se travestir de gambá. A série do coelho Osvaldo, um dos raros personagens a ter sido desenhado pessoalmente por Disney , apresenta situações que se aproximam de seu então colega de gênero mais célebre, Félix, o gato, assim como de outras animações contemporâneas, porém sem a mesma criatividade habitual presente na produção vinculada ao felino. Talvez uma das exceções seja a marota raposa, quase uma antecipação, sem a mesma ênfase infelizmente, da ironia presente nas animações da Warner, antecipando personagens como Pernalonga. Robert Winkler Prod. para Universal Pictures. 5 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: Felix Gets the Can (1924), Otto Mesmer

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  F e lix Gets the Can (EUA, 1924). Direção Otto Mesmer. Felix se impacienta com a ausência de fisgadas e resolve mergulhar nas águas em que pesca, enquanto um peixe sai da água e passa a liberar as minhocas guardadas para seus companheiros, abocanhando o restante. Quando volta à terra, descobre, para seu desespero, encontrar-se sem iscas. Desiludido,   vai à cidade, e lá observa dois peixes sobre um balcão de um restaurante, e quando vai filar um deles, o dono do negócio chega e o expulsa com uma lata de...salmão. Com um trenó improvisado e levado por salsichas, Felix parte ao Polo Norte, onde o homem do rótulo da lata de salmão afirma existir espécimes enormes. Após uma acidentada passagem por um clube noturno, Felix parece ter encontrado o caminho das pedras: a rota para a pesca de salmões. Ele tenta subir as corredeiras como os salmões, mas percebe que não é fácil. E observa a pesca industrial à distância puxar redes repletas de salmões. Enquanto pensa sobre o que fará, tem um co

Filme do Dia: Bugsy and Mugsy (1957), Friz Freleng

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  B ugsy and Mugsy (EUA, 1957). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Warren Foster. Música: Milt Franklyn & Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Sátira ao filme de gangster e, particularemente, a figura de Bugs “Bugsy” Moran, morto justamente no ano do lançamento dessa animação. Pernalonga enfrenta uma dupla de gangsters, fazendo com que Bugsy acabe atacando seu parceiro Mugsy, pois acredita ser ele quem o ataca enquanto tira uma soneca. O estilo da animação parece ser um meio-termo entre os dos idos da década anterior e a produção posterior de animação para a TV. Warner Bros. Pictures. 7 minutos e 9 segundos.

Filme do Dia: Room and Bored (1943), Bob Wickersham

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  R oom and Bored (EUA, 1943). Direção Bob Wickersham. Rot. Original John McLeish. Música Eddie Kilfeather. Neste curta, quando se observa mais explicitamente os papéis sociais virtualmente opostos, em termos de hierarquia, que representam a Raposa e o Corvo, ao trazer uma mais ampla antropomorfização que em curtas anteriores, como o primeiro dirigido por Frank Tashlin ( The Fox and the Grapes ), também se destaca um agregado de racismo imperceptível ou menos saliente antes. De fato , a raposa continua a ser uma figura amaneirada a desfrutar da comodidade burguesa (como também persente em The Dream Kids ) até a chegada do Corvo, aqui representado como um inquilino que é, ao mesmo tempo,  um motorista de caminhão de entregas e também boêmio e ruidoso músico de jazz, selando sua identidade com a comunidade negra norte-americana. Seus hábitos nada refinados também se expressam em alguém com quase nenhuma cultura letrada, como demonstra o cartaz “não perturbe”, em que perturbe é esc