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Filme do Dia: E as Chuvas Chegaram (1939), Clarence Brown

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E  as Chuvas Chegaram ( The Rains Came , EUA, 1939). Direção: Clarence Brown. Rot. Adaptado: Philip Dunne & Julien Josephson, baseado no romance The Rains Came , de Louis Bromfield. Fotografia: Arthur C. Miller. Música: Alfred Newman. Montagem: Barbara McLean. Dir. de arte: William S. Darling & George Dudley. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: Gwen Wakeling. Com: Myrna Loy, Tyrone Power, George Brent, Brenda Joyce, Nigel Bruce, Maria Ouspenskaya, Joseph Schildkraut, Mary Nash, Jane Darwell. Lady Edwina Esket (Loy), conhecida por sua fama de namoradeira, apaixona-se pelo filho de sua anfitriã, Dr. Safti (Power). Sua mãe, Maharani (Ouspenskaya), a mulher mais poderosa de Ranchipur, pretende que o filho permaneça devotado somente ao poder que irá herdar com sua morte. O amor de Edwina surge quando ela trabalha no hospital, ajudando os milhares de feridos do terremoto que provocou uma grande enchente e calamidade pública. O beberrão milionário Thomas Ransome (Brent), po

The Film Handbook#157: Derek Jarman

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Derek Jarman Nascimento : 31/01/1942, Northwood, Middlesex, Inglaterra, Reino Unido Morte : 19/02/1994, Londres, Inglaterra, Reino Unido Carreira  (como diretor): 1971-1993 Às turras com o cinema comercial britânico (não apenas por conta de sua permanente aversão ao realismo mas também por sua visão profundamente pessoal fincada em sua aberta e inconsciente homossexualidade) Derek Jarman, paradoxalmente permanece um Romântico Inglês. Vanguardista no método mas grandemente nostálgico no temperamento, seus filmes de reduzido orçamento entrelaçam política, sexo e arte de forma altamente poética. Com uma formação em artes plásticas, Jarman iniciou realizando curtas em Super-8 enquanto trabalhava como diretor de arte em Os Demônios / The Devils e O Messias Selvagem / Savage Messiah de Russell : não narrativos, foram evocações misteriosas de rituais ancestrais, tão apaixonados e privados quanto um diário. Seu longa de estreia, Sebastiane > 1 , foi igualmente pessoal, o martírio

Filme do Dia: Pan-American Exposition by Night (1901), Edwin S. Porter

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P an American Exposition By Night (EUA, 1901). Fotografia: Edwin S. Porter & A. White. As grandes feiras internacionais, dado serem algumas dentre as representações máximas da modernidade e da tecnologia dos países industrializados, eram motivo de constante registro por parte do cinema, que desenvolveu todo um gênero nessa direção. A maior parte não passa de lentas panorâmicas descritivas do local de realização das mesmas. Outros, como Inauguration de l´Exposition Universelle , do ano anterior, demonstram uma perspicácia na sua ilusão relacionada ao movimento que permanecem grandemente interessantes aos olhos de hoje. Esse filme em questão pode se situar entre esses dois extremos. Aparentemente contradizendo seu título, pois boa parte da panorâmica é filmada à luz do dia, o filme continua o movimento a partir das feéricas luzes que tomam espaço da feira à noite. É justamente nessa aparente continuidade do movimento sem maiores sobressaltos que o filme pretende demonstrar sua

Movie of the Week#4: Vicky Cristina Barcelona (2008), Woody Allen

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Vicky Cristina Barcelona (Spain/USA, 2008). Directed and wrote by Woody Allen. Cinematography by Javier Aguirresarobe. Film editing: Alisa Lepselter. Production Design by Alain Brainée & Iñigo Navarro. Costume Design by Sonia Grande. Cast: Scarlett Johansson, Rebecca Hall, Javier Bardem, Penélope Cruz, Patricia Clarkson, Chris Messina, Kevin Dunn, Pablo Schreiber.          Vicky (Hall) and Cristina (Johansson) are two Americans who decide to spend a summer in Barcelona at the home of a friend of their family, Judy Nash (Clarkson).   Vicky is engaged to Doug (Messina), while Cristina shows more interest in living a loving relationship.   The possibility arises when she flirts with the artist Juan Antonio (Bardem), who boldly invites the two to a visit to Oviedo in his private jet.   Vicky is reluctant, but Cristina agrees.   He invites them both to sleep with him, but only Cristina gets excited.   She is not well, and it is Vicky who gives in to the charms of Juan Antonio.   Vi

Filme do Dia: El Despojo (1960), Antonio Reynoso

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E l Despojo (México, 1960). Direção: Antonio Reynoso. Rot. Original: Juan Rulfo. Fotografia: Rafael Corkidi. Montagem: Xavier Rojas. Camponês oprimido, assassina o patrão e abandona o local em que morava-trabalhava com a mulher e um filho enfermo. Atravessam áreas desérticas e pequenos povoados, onde não recebem solidariedade de outros populares. Findam por enterrar o filho que não resiste. Curta seminal para o estabelecimento do cinema moderno e de preocupações sociais na cinematografia mexicana. Como outra produção-chave da produção moderna mexicana ( La Formula Secreta ) também é vinculada ao escritor Juan Rulfo e dialogando também  com a modernidade cinematográfica europeia em termos de elaboração estilística e resistência a uma entrega fácil dos elementos de sua fábula, assim como evidente ambiguidade em relação aos mesmos – a exploração sexual da esposa pelo patrão, o retorno ao momento em que o camponês é atingido por uma bala já próximo do final do curta. Chega a ser t

Filme do Dia: The Hart of London (1970), Jack Chambers

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T he Hart of London (Canadá, 1970). Direção, Fotografia e Montagem: Jack Chambers. Chambers através de seu título parece ironizar com as ”sinfonias urbanas” produzidas nos anos 1920, que, na verdade, refere-se a pequena cidade homônima da célebre capital britânica, situada na província de Ontario, Canadá. Faz uso de efeitos comuns à vanguarda contemporânea norte-americana, mas de forma original. Sobretudo da sobreposição de imagens diversas, imagens em negativo e por vezes aceleração de imagens, assim como uma banda sonora de ruídos, que auxilia minimamente a propor algumas associações – assim o motivo recorrente de ruído de um trem sobre trilhos pode ser associado com imagens vislumbradas da janela, o mesmo se dando com uma seqüência em que predomina o ruído de água escorrendo sobre imagens majoritariamente de neve ou água. Tal como numa sinfonia, existem momentos em que a imagem é quase abstrata dada a rapidez com que as imagens se fundem ou que os enquadramentos se detém s

Filme do Dia: Kolya (1996), Jan Sverak

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K olya ( Kolya , República Tcheca, 1996) Direção: Jan Sverak. Rot.Original: Zdenek Sverak. Foto: Vladimir Smutny. Música: Odrej Soukup. Montagem: Alois Fisahek. Com: Zdenek Sverak, Andrej Chalimon, Libuse Safrankova, Ondrel Vetchy, Stella Zazvorkova, Ladislav Smolijak.          Homem de meia-idade (Sverak) vive como músico na Tchecoslováquia comunista de 1988 às vesperas da implosão do socialismo do Leste Europeu. Conformado com a vida dividida entre a música e as mulheres, deseja comprar um carro e como não têm dinheiro suficiente, aceita a arriscada proposta de um amigo para casar-se com uma russa por dinheiro. A mãe do garoto, no entanto, emigrará para a Alemanha Ocidental em busca do amante, deixando seu filho, Kolya (Chalimon) com Louka, nosso herói. Sua rotina se transformará, após assumir a identidade de pai do garoto, descobrindo um instinto que parecia ir contra seus princípios até então, além dos inevitáveis problemas com o regime comunista Filme superestimado, trata-

Filme do Dia: Menino de Engenho (1965), Walter Lima Jr.

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M enino de Engenho (Brasil, 1965). Direção: Walter Lima Jr . Rot. Adaptado: Walter Lima Jr., baseado no romance de José Lins do Rego. Fotografia: Reynaldo Paes de Barros. Música: Walter Lima Jr. & Pedro Santos. Montagem: João Ramiro Mello. Cenografia e figurinos: Álvaro Guimarães. Com: Geraldo Del Rey, Sávio Rolim, Rodolfo Arena, Anecy Rocha, Margarida Cardoso, Maria Lúcia Dahl, Antônio Pitanga, Maria de Fátima. Em 1910, o garoto Carlinhos (Rolim) muda-se para o Engenho Santa Rosa, de propriedade de seu avô materno, o Coronel José Paulino (Arena), após o assassinato da mãe pelo próprio pai. Aos poucos ele passa a familiarizar-se com o engenho e suas figuras. É adotado por Tia Maria (Rocha), figura querida de todos no engenho e antípoda da velha tia solteirona Sinhazinha (Cardoso), ranzinha com tudo e todos. É testemunha de uma enchente, assim como da visita do cangaceiro Antônio Silvino. Assiste triste a morte de uma prima de sua idade. Presencia a tortura ao negro Zé Guedes

Filme do Dia: Antes do Anoitecer (2000), Julian Schnabel

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A ntes do Anoitecer ( Before Night Falls , EUA, 2000). Direção: Julian Schnabel. Rot. Adaptado: Cunningham O’Keefe, Lázaro Gómez Carriles & Julian Schnabel, baseado nas memórias de Reynaldo Arenas. Fotografia: Xavier Pérez Grobet & Guillermo Rosas. Montagem: Michael Berenbaum. Dir. de arte: Salvador Parra & Antonio Muñu-Hierro. Figurinos: Maria Estela Fernández. Com: Javier Bardem, Olivier Martinez, Andrea Di Stefano, Johnny Depp, Sean Penn, Michael Winncott, Olatz Lopez Garmendia, Pedro Armendáriz Jr., Vito Maria Schnabel, Maurice Compte.             Já adolescente, Reynaldo Arenas (Schnabel) descobre-se dono de um talento para escrever e do desejo homossexual que marcarão profundamente sua identidade. Abandona sua família e segue os guerrilheiros revolucionários que depõem o governo de Batista. Após ganhar uma menção honrosa em um concurso literário, torna-se próximo de figuras de destaque no cenário cultural cubano, como o escritor Lezama Lima (Compte). Fazendo pa

Filme do Dia: Com os Minutos Contados (1969), Robert Alan Aurthur

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C om os Minutos Contados ( The Lost Man , EUA, 1969). Direção: Robert Alan Aurthur. Rot. Adaptado: Robert Alan Aurthur, a partir do romance  de Frederick Laurence Green. Fotografia: Gerald Perry Finnerman. Música: Quincy Jones. Montagem: Edwad Mann. Dir. de arte: Alexander Golitzen & George C. Webb. Cenografia: John P. Austin & John McCarthy Jr. figurinos: Edith Head. Com: Sidney Poitier, Joanna Shimkus, Al Freeman Jr., Michael Tolan, Leon Bibb, Richard Dysart, David Steinberg, Beverly Todd. Jason Higgs (Poitier), militante negro, planeja o assalto que tem como fim pagar a fiança de 75 companheiros que se encontram presos. Ferido, ele se esconde da polícia com o auxílio da assistente social Cathy (Shimkus), por quem se apaixona e ajuda do fiel amigo Dennis Lawrence (Freeman Jr.). No entanto, o Inspetor Hamilton (Tolan) se encontra em seu encalço. Como as primeiras imagens do filme demonstram, inclusive as primeiras em que surgem Poitier, o que o filme infelizmente dei

The Film Handbook#156: Tod Browning

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Tod Browning Nascimento : 12/07/1882, Louisville, Kentucky, EUA Morte : 06/10/1962, Santa Monica, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1913-1939 M ais conhecido por Drácula / Dracula , Charles Albert Browning, para ficar com seu nome completo, é frequentemente considerado primordialmente como um diretor de horror; porém seria mais apropriado como um excêntrico grandemente imaginativo, cuja melhor obra é tipificada por seu fascínio constante com o grotesco e com o macabro. Tendo abandonado sua casa ao final da adolescência para se unir a um espetáculo mambembe (onde aparecia como o Cadáver Hipnotizado Vivo) em 1913 Browning foi aos Estúdios Biograph enquanto ator e encontrou D.W. Griffith , que além de eventualmente tê-lo tornado assistente de Intolerância / Intolerance , encorajaou-o a escrever e dirigir. Inicialmente ele somente dirigiria seriados de aventura e melodramas rotineiros mas, em 1919, ele dirigiu Lon Chaney em The Wicked Darling , iniciando então uma associaç

Filme do Dia: Uma Viagem com Martin Scorsese pelo Cinema Americano - Parte 3 (1995), Martin Scorsese & Michael Henry Wilson

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U ma Viagem com Martin Scorsese pelo Cinema Americano com Martin Scorsese – Parte 3 (A Personal Journey with Martin Scorsese Through American Movies, EUA/Reino Unido, França, 1995). Direção e Rot. Original: Martin Scorsese & Michael Henry Wilson. Fotografia: Jean-Yves Escoffier, Frances Reid & Nancy Schreiber. Música: Elmer Bernstein. Montagem: Kenneth Levis & David Lindblom. Esse terceiro e último episódio está dividido entre os que Scorsese chama de “contrabandistas” e os  “iconoclastas”. Inicia com o impressionante estilo visual do faroeste Homens Indomáveis (1954), de Allan Dwan , de quem observamos generoso trecho, enquanto Scorsese comenta sobre a não tão subliminar crítica a hipocrisia social americana que leva o protagonista quase à morte. Depois ele passa para tal dimensão no plano do melodrama com Tudo Que o Céu Permite (1955), de Sirk , incluindo a magistral cena-chave em que os filhos presenteiam a mãe com uma TV, símbolo de um conformismo no qual ela

Movie of the Week#3: My Night at Maud's (1969), Eric Rohmer

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My Night at Maud's (Ma Nuit Chez Maud, France, 1969). Directed and Writed by Eric Rohmer. cinematography by Nestor Almendros. Edited by CÉCILE DECUGIS. Production design by Nichole Rachline.. Cast: Jean-Louis Trintgnant, François Fabian, Marie-Christine Barrault, Antoine Vitez, Léonide Kogan, Guy Léger, Anne Dubot, Marie Becker.        Jean-Louis (Trintignant) is a Catholic who moves to the province and is touched by a young woman who perceives in the church, Françoise (Barrault), with whom believes he should marry.   One day he meets a friend he had not seen for 14 years, Vidal (Vitez), who presents him to Maud (Fabian), a charming divorced woman.   Divided between reason, which makes him believe in the fidelity of love and the belief that Françoise, even as a Catholic, is the woman to marry and the desire for Maud, he initially does not make a decision.   H owever, when he meets Françoise occasionally, he makes an appointment with her, who, although very fond of him, still

Filme do Dia: Um Lance no Escuro (1975), Arthur Penn

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U m Lance no Escuro ( Night Moves , EUA, 1975). Direção: Arthur Penn. Rot. Original: Alan Sharf. Fotografia: Bruce Surtees. Música: Michael Small. Montagem: Dede Allen. Dir. de arte: George Jenkins. Cenografia: Ned Parsons.  Figurinos: Rita Riggs. Com: Gene Hackman, Jennifer Warren, Edward Binns, Harris Yulin, Kenneth Mars, Janet Ward, James Woods, Anthony Costello, John Crawford, Melanie Griffith , Susan Clark. O detetive particular Harry Moseby (Hackman) é contratado pela ex-atriz decadente Arlene Iverson (Ward) para procurar sua filha desaparecida de 16 anos, Delly (Griffiths). Ele vai ao encontro de alguns jovens com que Delly se relacionou e fica sabendo que ela se encontra com o padrasto Tom (Crawford) e sua atual companheira, Paula (Warren). No início da investigação Moseby flagra sua esposa Ellen (Clark) saindo de carro com um amante. Delly, como a mãe, tem a fama de ser fogosa. Quando mergulha à noite fica traumatizada com o cadáver que vê no fundo do mar e decide parti

Filme do Dia: Flying Padre (1951) Stanley Kubrick

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F lying Padre (EUA, 1951). Direção e Fotografia: Stanley Kubrick . Música: Nathaniel Shilkret. Montagem: Isaac Kleinerman. Dificilmente alguém poderia apontar qualquer dimensão autoral nesse curta de estréia dirigido pelo que viria a ser um dos mais renomados realizadores norte-americanos de todos os tempos. O tema excêntrico, o de um padre que faz uso de avião para atender aos necessitados de sua paróquia, como no caso do filme um funeral ou uma mulher que precisa levar com urgência o filho ao hospital. Trata-se de um documentário com todos os elementos característicos de certo modelo então, ou seja, uma narração over do início ao final e um evidente caráter de encenção – nos dois casos nos quais o padre intervém há igualmente uma câmera acompanhando a operação da perspectiva dos paroquianos. Destaque para os rostos de moradores locais, de feições tipicamente indígenas mexicanas em primeiro plano no momento do funeral. RKO-Pathé Pictures. 9 minutos.

Filme do Dia: Canções de Amor (2007), Christophe Honoré

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C anções de Amor ( Les Chansons d´Amour , França, 2007). Direção e Rot. Original: Christophe Honoré. Fotografia: Rémy Chevrin. Música: Alex Beuapain. Montagem: Chantal Hymans. Dir. de arte: Samuel Deshors. Figurinos: Pierre Canitrot. Com: Louis Garrel, Ludivine Sagnier, Chiara Mastroianni, Clotilde Hesme, Grégoire Leprince-Ringuet, Brigitte Röuan, Alice Butaud, Jean-Marie Winling, Yannick Renier. Ismaël vive uma relação a três com sua namorada Julie (Sagnier) e Alice (Resme). Certa noite os três vão a um bar e Julie passa mal e falece subitamente. Ismaël, confuso e deprimido, vai morar no apartamento do então namorado de Gwendal (Renier), onde o irmão do namorado dela, Erwann (Leprince-Ringuet) apaixona-se por ele. Ao mesmo tempo, a irmã mais velha de Julie, Jeanne (Mastroianni), sente-se na obrigação de ter uma atenção maior com Ismaël, o que por vezes o irrita.  Afastando-se de Gwendal, Ismaël resiste por um bom tempo aos assédios de Erwann, mas decide dormir com ele.  O envo

Filme do Dia: O Ano Passado em Marienbad (1961), Alain Resnais

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O  Ano Passado em Marienbad ( L´Année Dernière à Marienbad , França/Itália, 1961). Direção: Alain Resnais. Rot. Adaptado: Alain Robbe-Grillet, baseado no romance A Invenção de Morel , de Bioy Casares. Fotografia: Sacha Vierny. Música: Francis Seyrig. Montagem: Jasmine Chasney & Henri Colpi. Dir. de arte: Jacques Saulnier. Cenografia: Jean-Jacques Fabre, Georges Glon & André Piltant. Com: Delphine Seyrig , Giorgio Albertazzi, Sacha Pitoëff, Françoise Bertin, Luce Garcia-Ville, Héléna Kornel, François Spira. O que menos importa no filme é o enredo. Antes a forma como se configuram diversos tempos narrativos, flashbacks e flashbacks dentro de flashbacks que compõem a talvez mais intrigante tessitura já realizada com a montagem cinematográfica. As situações levam ao (re) encontro entre uma mulher (Seyrig) e um homem (Albertazzi), que alega ter desfrutado de sua companhia em outro local e a presença do provável marido da mulher (Pitoëff) nas imediações. Utilizando interpre

Filme do Dia: A Coroa de Ferro (1941), Alessandro Blasetti

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A  Coroa de Ferro ( La Corona di Ferro , Itália, 1941). Direção: Alessandro Blasetti. Rot. Original: Corrado Pavolini, Gugliemo Zorzi, Guisseppe Zucca, Alessandro Blasetti & Renato Castellani, a partir de argumento de Blasetti & Castellani. Fotografia: Mario Craveri & Václav Vich. Música: Alessandro Cicognini. Montagem: Mario Serandrei. Dir. de arte: Virgilio Marchi. Figurinos: Gino Sensani. Com: Massimo Girotti, Elisa Cegani, Luisa Ferida, Gino Cervi,  Rina Morelli, Osvaldo Valenti, Paolo Stoppa, Primo Carnera.  Sedemond (Cervi) se impõe no campo de batalha após assassinar o irmão e se auto-proclamar o novo rei de Kindaor. A continuidade de seu governo depende do nascimento de um filho homem, mas Arminio, ele descobrirá, é filho da irmã de sua esposa e não seu, tendo nascido uma menina, Elsa. Sedemond ordena que a criança seja levada ao desolado Vale dos Leões, para lá perecer. Para sua surpresa Arminio (Girotti) reaparece já homem feito numa série de duelos para a

Filme do Dia: Amy (2015), Asif Kapadia

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A my (Reino Unido/EUA, 2015). Direção: Asif Kapadia. Fotografia: Ernesto Hermann. Música: Antonio Pinto. Montagem: Chris King. Certamente buscando se beneficiar da mesma estrutura “dramática” que compõe o seu Senna , tendo a seu favor o fato de se tratar de um ídolo que vivencia um momento em que as gravações domésticas se tornaram rotineiras, logo se fica com a impressão que o resultado não demonstra ser tão eficiente quanto a seu filme anterior. Talvez por conta da ausência do tom quase épico com que o cineasta vai elaborando o drama trágico no qual se envolve seu biografado anterior, substuído pelo excesso de imagens banais e narcísicas, uma expressão comum de uma jovem e também artista. Ao final da carreira e da vida, tal relação evidentemente se inverte. E da busca incessante do sucesso se observa o declínio associado ao preço da fama, algo que a própria Amy, ainda ao início (da carreira e do filme) já havia alertado ao se referir que provavelmente ficaria louca se atingi