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Filme do Dia: Blow-Up-Depois Daquele Beijo (1966), Michelangelo Antonioni

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Blow-Up- Depois Daquele Beijo ( Blowup , Reino Unido/Itália/EUA, 1966). Direção: Michelangelo Antonioni. Rot. Adaptado: Michelangelo Antonioni & Tonino Guerra, baseado em conto de Julio Cortázar. Fotografia: Carlo di Palma. Música: Herbie Hancock. Montagem: Frank Clarke. Dir. de arte: Assheton Gordon. Figurinos: Jocelyn Rickards. Com: David Hemmings, Vanessa Redgrave, Sarah Miles, John Castle, Jane Birkin, Gillian Hills, Peter Bowles, Veruschka von Lehndorff. Thomas (Hemmings) é um jovem e bajulado fotógrafo de modelos que tem encontro inesperado com Jane (Redgrave), de quem tirara fotos no parque, ao lado de um aparente amante. Jane vai atrás de Thomas em seu apartamento, mas ele finge lhe entregar o negativo. Quando revela as fotos fica obcecado por um detalhe que revela ser o de um cadáver no parque, assim como alguém mirando uma arma no meio das folhagens. A noite ele vai até o parque e encontra o corpo de um homem. Thomas tem seu estúdio vasculhado e o negativo desapa

Filme do Dia: Parágrafo 175 (1999), Rob Epstein & Jeffrey Friedman

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Parágrafo 175 ( Paragraph 175 , EUA/Reino Unido/Alemanha, 1999). Direção: Rob Epstein & Jeffrey Friedman. Fotografia: Bernd Meiners. Música: Tibor Szenzö. Montagem: Dawn Logsdon. Documentário que narra a perseguição aos homossexuais masculinos na Alemanha Nazista. De paraíso homossexual nos anos 20, Berlim passa por uma repressão, intensificada após a denúncia de que um membro do alto comando nazista. Ernst Röhm, era homossexual. Embora inicialmente apoiado por Hitler, Röhm logo será assassinado, a mando do líder nazista, sob a acusação de homossexualismo. Com algumas parcas imagens de arquivo – numa delas aparece o célebre médico Magnus Hirschfeld retratado no ficcional O Einstein do Sexo – o filme apóia-se, sobretudo, nos relatos dos poucos sobreviventes (sete homens, uma mulher, dois resolveram não conceder entrevistas) da lista oficial de homossexuais perseguidos pelo regime nazista, assim como nas fotos que os retratam em sua juventude. Um dos depoimentos mais contun

Filme do Dia: Janela da Alma (2001), Walter Carvalho & João Jardim

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J anela da Alma (Brasil, 2001). Direção e Rot. Original: Walter Carvalho & João Jardim. Fotografia: Walter Carvalho. Música: José Miguel Wisnik. Montagem: Karen Harley & João Jardim. Documentário que procura registrar algumas interpretações sobre o olhar a partir de referenciais diversos (artistas ou  pessoas com  algum grau de dificuldade de visão ou as duas atribuições simultaneamente). O resultado final, embora com eventuais momentos de boas leituras sobre o olhar, seja no caso de percebe-lo como intrinsecamente ligado às emoções (Oliver Sacks), como um testemunho pessoal sobre o que Sacks refere-se (caso de Varda, relembrando a filmagem do ente querido que perdeu, o cineasta Jacques Demy ) ou como uma leitura social de fundo pessimista sobre o excesso das imagens no mundo dito pós-moderno (Saramago, Wenders ), soa um tanto quanto vago e pouco estimulante. Entre os momentos do mais fino humor, encontra-se Saramago fazendo referência ao fato de se possuímos uma acuidad

Filme do Dia: Mousquetaire au Restaurant (1920), ?

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Mousquetaire au Restaurant (França, 1920). Com: Mme. Jesuce, Mme. Enculée, Mr. Biteraide. Fotografia: La Pine. Esse filme silencioso pornográfico com rara apresentação de créditos para o elenco e fotografia, mesmo que jocosos, apresenta um mosqueteiro que vai se banquetear em um restaurante, porém com sexo. Como em praticamente toda a produção pornográfica do período cenas de sexo envolvem tanto relações heteresexuais quanto lesbianismo, aqui simultaneamente. Compartilha igualmente com a produção do período da apresentação de cenas curtas apresentando posições diversas que são ilustradas por entretítulos “artísticos” que fazem as vezes do menu de um restaurante, com desenhos eróticos e de apelo cômico – a segunda garota é literalmente trazida como um prato. É evidente nesse filme a tentativa de maximizar em cima das fantasias de momentos históricos passados – no caso aqui, de linhagem romanesca, os romances de mosqueteiros – que espelham, de certo modo, a mesma curiosidade que

Filme do Dia: Um Rosto na Multidão (1957), Elia Kazan

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Um Rosto na Multidão ( A Face in the Crowd , 1957, EUA). Direção: Elia Kazan. Rot. Adaptado: Budd Schulberg, baseado no próprio conto The Arkansas Traveler. Fotografia: Harry Stradling Sr. Música: Tom Glazer. Montagem: Gene Milford. Dir. de arte: Paul & Richard Sylbert. Figurinos: Anna Hill Johnstone. Com: Andy Griffith, Patricia Neal, Anthony Franciosa, Walter Matthau, Lee Remick , Percy Waram, Paul McGrath, Marshall Neilan, Rip Thorn.         Marcia Jeffries (Neal) visita uma cadeia de uma cidadela do Arkansas, em busca de talentos para apresentar em seu programa de rádio. Conhece Rhodes, a quem ela batiza de Lenosome Rhodes (Griffith), tornando-se rapidamente famoso não só em sua cidade, como em Memphis. De Memphis, após se dar mal ao ironizar com o próprio patrocinador de seu programa,  sua fama estende-se para o país como um todo, passando a ser contratado por uma rede nacional de televisão em Nova York, agenciado por Joey Kiely (Franciosa), sendo garoto-propaganda de

Filme do Dia: Filhas, Esposas e uma Mãe (1960), Mikio Naruse

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Filhas, Esposas e uma Mãe ( Musume Tsuma Ha Ha , Japão, 1960). Direção: Mikio Naruse. Rot. Original: Toshirô Ide & Zenzo Matsuyama. Fotografia: Jun Yasumoto. Música: Ishirô Saitô. Dir. de arte: Satoshi Chuko. Com: Setsuko Hara, Heideko Takamine, Akira Takarada, Hiroshi Koizumi, Tatsuya Nakada, Reiko Dan, Mitsuko Kusabue, Keiko Awaji. Sanae (Hara) é a filha de uma extensa família cuja matriarca a recebe em casa pois se encontra temporariamente brigada com o marido. Esse morre em um acidente na estrada e agora Sanae mesmo com a pequena fortuna de sua herança  volta a morar com sua mãe. Sua pequena fortuna desperta a cobiça de vários familiares com aspirações diversas. Um homem mais jovem e atraente, Kuroki (Nakada), passa a se interessar por ela. Nessa filme colorido e e em tela larga, Naruse parece se centrar menos na afetividade de suas habituais protagonistas femininas do que, de modo mais incisivo, nas relações econômicas que se destacam cada vez mais no ambiente outror
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MANIFESTO “Em defesa de direitos conquistados” Não pensamos, no entanto, a democracia apenas como um regime de apuração da vontade da maioria ou como o regime da lei e da ordem para a garantia dos direitos individuais e das condições de seu exercício por Coletivo em Defesa de Direitos Conquistados Em um país de formação social oligárquica, autoritária e violenta – moldado por desigualdades e discriminações produzidas por sua dominação colonial absolutista, a escravidão e ditaduras perversas em períodos mais recentes --, é preciso defender firmemente as conquistas republicanas e democráticas, os significativos, ainda que limitados, avanços dos direitos civis, políticos e sociais. No Brasil, sabemos bem do valor do estado de direito, das garantias constitucionais e de um efetivo ‘governo das leis’, que dissolve os vínculos de dependência pessoal, protege os mais fracos e vulneráveis e constitui nossa liberdade e dignidade de cidadãos. Não pensamos, no entanto, a democracia