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Filme do Dia: Pedro, O Negro (1964), Milos Forman

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P edro, O Negro ( Cerný Petr , Tchecoslováquia, 1964). Direção: Milos Forman. Rot. Original: Milos Forman & Jaroslav Papousek. Fotografia: Jan Nemecek. Música: Jirí Slitr. Montagem: Miroslav Hájek. Dir. de arte: Karel Cerný. Cenografia: Vladimir Macha. Figurinos: Barbora Adolfova. Com: Ladislav Jakim, Pavla Martinikova, Jan Vostrcil, Vladimir Pucholt, Pavel Sedlacek, Zdenek Kulhanek, Frantisek Kosina, Josef Koza. Petr (Jakim) é um adolescente que não descobre nenhum talento ou habilidade especial em si próprio e cede às pressões da família para trabalhar num comércio como segurança. Apaixonado por Asa (Martinikova), sua timidez o impede de avançar na intimidade. Eles vão juntos ao baile, mas são incomodados a determinado momento pela dupla de adolescentes Cenda (Pucholt) e Lada (Sedlacek). Petr se sente completamente inábil para lidar com as situações que envolvem sua participação ativa no trabalho, seja seguindo um suspeito sem nunca abordá-lo ou flagrando o roubo de a

Filme do Dia: Os Taqwacores (2010), Eyad Zahra

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O s Taqwacores ( The Taqwacores , EUA, 2010). Direção: Eyad Zahra. Rot. Original: Michael Muhammad Knight & Eyad Zahra, sob argument de Muhammad Knight. Fotografia: JP Perry. Música: Omar Fadel. Montagem: Joshua Rosenfield. Dir. de arte: Nathan Kemmerer. Com: Bobby Naderi, Noureen DeWoulf, Dominic Rains, Nav Mann, Volkan Eryaman, Denise George, Rasika Mathur, Anne Leighton, John Charles Meyer. Yousef (Naderi), recém-saído da vida em um campus universitário, passa a morar junto a um alojamento de muçulmano-americanos. A convivência se torna complexa pois o radicalismo religioso de Umar (Mann) se choca com o estilo de vida liberal e punk, mas nem por isso afastado da religião, de outros jovens, gerando a expulsão de Ayyub (Eryaman) da casa. Yousef, por sua vez, afasta-se crescentemente da órbita da influência de Umar e se torna simpático as idéias do conciliador Hamza (Meyer), que planeja um festival com apresentações de bandas taqwacores, de rock muçulmano, onde todos f

Filme do Dia: American Falls from Above, American Side (1896), James H. White

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A merican Falls from Above, American Side (EUA, 1896). Direção: James H. White. Essa vista de uma caudalosa queda d’água observada a partir de um mirante trai o interesses, desde o início de carreira, de White por situações captadas ao ar livre, que o diferenciam de boa parte dos “produtos visuais” então manufaturados pela compa nhia, aproximando-o, por sua vez, da estética dos cinegrafistas a serviço dos Lumière (não à toa o próprio White irá captar imagens na França, já com movimentação de câmera , em Panorama of Eiffel Tower ) ou atrações que atravessam o quadro longitudinalmente, sejam veículos dos bombeiros ( A Morning Alarm ) ou um trem ( Philadelphia Express, Jersey Central Railway ). Embora boa parte da precária qualidade da imagem se deva ao fator tempo, parece ficar patente aqui à distância que separa o equipamento utilizado pelos franceses, capaz de registrar imagens muito mais nítidas do que o aqui utilizado, que deixa a imagem quase toda ao fundo e central da cena

The Film Handbook#145: Maurice Pialat

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Maurice Pialat Nascimento : 21/08/1925/Puy-de-Dôme, França Morte : 11/01/2003, Paris, França Carreira (como realizador): 1958-1995 Apesar de ter se tornado realizador relativamente tarde, nos últimos anos Maurice Pialat tem se estabelecido como um dos diretores mais importantes da França. De forma intrigante, seus filmes tem se tornado crescentemente sombrios enquanto ele próprio  tem de forma consistente passado da relativa obscuridade ao reconhecimento internacional. Anteriormente pintor e, ocasionalmente, ator (algumas vezes ele aparece em seus próprios filmes), Pialat se tornou inicialmente interessado por cinema no final dos anos 50, quando realizou uma série de curtas (incluindo o premiado L'Amour Existe ). Seu primeiro longa, no entanto, não seria realizado antes de 1968, após longo trabalho na televisão: já tendo estabelecido um estilo basicamente realista (através do uso de atores não professionais, uma observação penetrante das banalidades cotidianas, e discret

Filme do Dia: Arraial do Cabo (1959), Paulo César Saraceni & Mário Carneiro

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A rraial do Cabo (Brasil, 1959). Direção: Paulo César Saraceni & Mário Carneiro. Rot. Original: Cláudio Mello e Souza. Fotografia: Mário Carneiro. A vila de pescadores de Arraial do Cabo é o tema desse curta que, como outros de sua época (como é o caso de   Aruanda , de Linduarte Noronha, assim como o longa Barravento , de Gláuber Rocha ) e se detém no universo dos pescadores. A voz over que empresta a dimensão sociológica que era característica em tal produção aqui não se faz tão persistente quanto no curta de Noronha e talvez o que resista de mais interessante seja o flagrante de diversas cenas do cotidiano da comunidade, observadas por uma veia poética, possibilitada apenas pela relação entre imagem, música de acordes básicos ao violão e montagem, aproximando-se por esse viés, do mais interessante curta contemporâneo Um Dia na Rampa (1960), de Luiz Paulino dos Santos, a respeito do mercado soteropolitano. Assim, observa-se crianças em seus jumentos e suas sombras escorre

Filme do Dia: Boudu Salvo das Águas (1932), Jean Renoir

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B oudu Salvo das Águas ( Boudu sauvé des eaux , França, 1932). Direção: Jean Renoir. Roteiro Adaptado: Jean Renoir& Albert Valentin, baseado na peça de   René Fauchois. Fotografia: Marcel Lucien. Música: Léo Daniderff&Raphael. Montagem: Marguerite Renoir & Suzanne de Troeye. Com:   Michel Simon, Charles Granval,   Marcelle Hainia,   Severine Lerczinska,   Jean Gehret,   Max Dalban,   Jean Dasté,   Jacques Becker.          Monsieur Lestingois (Granval) é o típico bom burguês. Dono de uma loja de livros usados, seu espiríto cristão se contrapõe à mentalidade racional-capitalista da mulher. E quando ela se afasta, deixando estarrecido o estudante que pretende comprar um livro de Balzac, ele lhe dá este e outro livro às escondidas, tendo como argumento, que ama a juventude. O que Madame Lestingois (Hainia) não sabe, é que além de pio, seu marido a trai quase que diariamente com a   jovem empregada Anne-Marie (Lerczinska), que se orgulha de não ser como suas amigas, que

Filme do Dia: Our New Errand Boy (1905), James Williamson

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O ur New Errand Boy (Reino Unido, 1905). Direção: James Williamson. Com: Tom Williamson, James Williamson. Jovem (Tom Williamson)  que trabalha em uma loja de doces e que comete toda sorte de peraltices reencontra ao voltar a loja, para seu desgosto, com todos os que cometeu suas traquinagens, e que buscam algum tipo de punição. Ele foge e todas suas “vítimas”, assim como um policial,  correm atrás. Porém, mais uma vez, ele os consegue passar a perna, deixando-os presos em uma estrutura de vidro, fazendo troça a vontade de todos. Esse filme pode ser considerado notável em relação aos seus congêneres franceses e americanos enquanto “filme de perseguição” ao menos por dois motivos. O tratamento mais diferenciado e atípico dos enquadramentos, mesmo que não apresentando uma codificação do espaço tão didática quanto seus contrapartes, demonstra ser muito mais dinâmico. É assim, por exemplo, ao não fazer uso do habitual plano que observa perseguidores e perseguidos cruzarem o quadro