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Filme do Dia: Elogio do Amor (2001), Jean-Luc Godard

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  E logio do Amor ( Éloge de l´Amour , França/Suíça, 2001). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Julien Hirsch & Christophe Pollock. Montagem: Raphaëlle Urtin. Figurinos: Marina Thibaut. Com: Bruno Putzulu, Cecile Camp, Jean Davy, Françoise Verny, Audrey Klebaner, Jérémie Lippman, Claude Baignières, Remo Forlani. Um projeto sobre o amor em três gerações está para ser levado a cabo pelo diretor de cinema Edgar (Putzulu), que tem como uma das protagonistas a garota Elle (Camp). Ele conhecera a garota, na verdade, dois anos atrás, quando visitara a casa de um casal sobrevivente ao Nazismo, em que ela tentava articular uma maneira dos avós (Davy e Verny) ganharem dinheiro a partir de seus próprios sofrimentos passados. Godard , através de métodos bastante recorrentes em sua produção do período, procura traçar um painel ao mesmo tempo irônico e lírico sobre, entre outros muitos temas,   a memória da Segunda Guerra e sua apropriação pela indústria de consumo de

Filme do Dia: Going Through the Tunnel (1898), James H. White

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G oing Through the Tunnel (EUA, 1898). Direção: James H. White. Talvez o que mais chame a atenção nesse filme seja menos o que o título indica, ação efetivada em um período de tempo relativamente breve e ainda próximo do início que seus majestosos travellings ferroviários presentes em dois de seus três planos – um deles é o da composição filmada com uma câmera fixa fora do trem – que estariam posteriormente presentes também em diversas produções célebres do cinema ( Berlim, Sinfonia de uma Metrópole e, sobretudo, A Besta Humana ). E também a curiosidade de um sujeito, provavelmente “plantado” para provocar um efeito sensacional, que se surpreende com o comboio ferroviário logo após a saída do túnel e corre se afastando dos trilhos. Edison Manufacturing Co. 52 segundos.

The Film Handbook#208: Victor Sjöström

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Victor Sjöström Nascimento: 20/09/1879, Silbodal, Suécia Morte : 0 3/01/1960, Estocolmo, Suécia Carreira  (como diretor): 1 912-1937 Amplamente considerado como pai fundador do cinema sueco, Victor David Sjöström foi também um dos maiores realizadores do cinema mudo. Apesar de muito de sua obra ser hoje perdida, o que permanece revela um talento impressionante, com beleza visual, sutileza psicológica e interpretações contidas proporcionando aos filmes um poder atemporal.  Permanecendo seus primeiros anos em Nova York com um tirano pai puritano, o jovem Sjöström retornou à Suécia, onde posteriormente se tornaria um bem sucedido ator e diretor teatral. Em 1912, apareceu em seu primeiro filme, The Black Masks / De Svarta Maskerna  do seu contemporâneo Mauritz Stiller; no mesmo ano, realizaria sua estreia como diretor, O Jardineiro Cruel / Trädgardsmästaren . De sua obra sobrevivente, Ingeborg Holm  (sobre uma mulher que sofre um colapso mental quando a pobreza a obriga a vender s

Filme do Dia: Sympathy for the Devil (1968), Jean-Luc Godard

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Sympathy for the Devil (Reino Unido, 1968).  Direção: Jean-Luc Godard. Fotografia: Colin Corby & Anthony B. Richmond. Montagem: Agnés  Guillemot & Kenneth F. Rowles. Com: The Rolling Stones, Anne Wiazemski, Marianne Faithfull, Anita Pallenberg, Iain Quarrin, Clifton Jones, Danny Daniels, Frankie Dymon. No auge de sua fase “desconstrucionista” e politizada do final da década de 60 e início da seguinte, Godard  realizou esse pseudo-documentário com os Rolling Stones. Longe de qualquer outra referência cinematográfica usual a uma banda de rock, nem se acompanha uma turnê (como o pioneiro  Don´t Look Now , de  Pennebaker)  nem propriamente aos bastidores da gravação de um álbum, tal como  Let it Be (1970), dos Beatles (que, aliás, foram contactados por  Godard  e rejeitaram o projeto). Trata-se antes de um ensaio reflexivo sobre o momento político contemporâneo em que flagrantes da gravação e criação de uma única canção dos Stones – a canção-título – são entremeados seja c

Filme do Dia: Entre Deus e o Pecado (1960), Richard Brooks

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E ntre Deus e o Pecado ( Elmer Gantry , EUA, 1960). Direção: Richard Brooks. Rot. Adaptado: Richard Brooks, a partir do romance de Sinclair Lewis. Fotografia: John Alton . Música: André Previn. Montagem: Marjorie Fowler. Dir. de arte: Edward Carrere. Cenografia: William F. Calvert & Frank Tuttle. Figurinos: Dorothy Jeakins. Com: Burt Lancaster, Jean Simmons, Arthur Kennedy, Dean Jagger, Shirley Jones, Patti Page, Edward Andrews, John McIntire, Hugh Marlowe. Anos 1920. Elmer Gantry (Lancaster) é um andarilho disposto a se fazer como pastor, apesar de sua queda pela bebida e pelas mulheres. Suas atenções se voltam para a Irmã Sharon Falconer (Simmons), que consegue impressionar pequenas multidões em igrejas de cidades acanhadas. Gantry convence Sharon a adentrar numa igreja de maior apelo em cidades grandes. Tudo é acompanhado pelo jornalista e vencedor do Pulitzer Jim Lafferts (Kennedy). Os representantes da igreja mais tradicional ficam divididos, mas Sharon é aceita. Apesar

Filme do Dia: Os Olhos Sem Rosto (1960), Georges Franju

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O s Olhos Sem Rosto ( Le Yeux sans Visage , França/Itália, 1960). Direção: Georges Franju. Rot. Adaptado: Pierre Boileau, Pierre Gascar, Thomas Narcejac, Claude Sautet & Jean Redon, baseado em romance do último. Fotografia: Eugen Schüfftan. Música: Maurice Jarre. Montagem: Gilbert Natot. Dir. de arte: Auguste Capelier. Figurinos: Marie Martine. Com: Pierre Brasseur, Alida Valli, Juliette Mayniel, Edith Scob, François Guérin, Alexandre Rignault, Béatrice Altariba, Charles Blavette, Claude Brasseur. Renomado cirurgião, Génessier (Pierre Brasseur), com ajuda de sua assistente, Louise (Valli), retira a pele do rosto de mulheres jovens e belas que se assemelham ao perfil de sua filha, Christiane (Scob), que possui o rosto desfigurado desde um acidente de carro em que o pai dirigia. Dada como morta pelo próprio pai, Christiane é mantida escondida de tudo e de todos até que as inúmeras tentativas movidas pelo pai sejam bem sucedidas. A certo momento, tudo parece funcionar, com o r

Filme do Dia: Redenção (1959), Roberto Pires

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R edenção (Brasil, 1959). Direção: Roberto Pires. Rot. Original: Roberto Pires & Oscar Santana, a partir do argumento de Roberto Pires. Fotografia: Hélio Silva. Música: Alexandre Gnatalli. Montgem: Mario Del Rio. Dir. de arte: Orlando Rego. Com: Geraldo Del Rey, Braga Netto, Maria Caldas, Fred Júnior, Milton Gaúcho, Eloísa Cardoso, Alberto Barreto, Raimundo Andrade, Normand F. Moura, Jackson O. Lemos, José de Matos.   Em uma fazenda de coqueiros no litoral baiano, Raul (Netto), ainda em liberdade condicional, hospeda, com o parceiro Newton (Del Rey), homem misterioso (Júnior) que chega após ter tido problema com seu táxi. Financeiramente endividados, a dupla vai jogar em um local próximo. Magnolia (Caldas), a namorada de Newton, surge na casa com a notícia que conseguira um empréstimo com seu pai e é tratada com violência pelo estranho que lá se encontra, que tenta mata-la, sendo morto por Raul, que retornava com Newton para a casa naquele momento. Os dois deixam o cadáver

Filme do Dia: Casei-me com uma Feiticeira (1942), René Clair

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C asei-me com uma Feiticeira ( I Married a Witch , EUA,1942). Direção: René Clair. Rot. Adaptado: Robert Pirosh & Marc Connelly a partir do conto de Thorne Smith. Fotografia: Ted Tetzlaff. Música: Roy Webb. Montagem: Eda Warren. Dir. de arte: Hans Dreier & Ernst Fegté. Cenografia: George Sawley. Figurinos: Edith Head. Com: Fredric March, Veronica Lake, Robert Benchley, Susan Hayward, Cecil Kellaway, Elizabeth Patterson, Robert Warwick. Em 1672, dois bruxos, Daniel (Kellaway) e sua filha Jennifer (Lake) são condenados pelo puritano Jonathan Wooley (March). Nos anos 1940, o espírito dos bruxos retoma a forma humana, com o propósito de atormentar a vida do descendente de Jonathan, Wallace (March), que no momento se encontra em vias de se sagrar como governador e se casar com Estelle Masterson (Hayward), de rica família. Tentando enfeitiçar Wallace, Jennifer enfeitiça ela própria e se apaixona de fato por ele. Após ter conseguido interromper o casamento e praticamente arruina

Filme do Dia: Bugs Bunny Nips the Nips (1944), Friz Freleng

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B ugs Bunny Nips the Nips (EUA, 1944). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. M ontagem: Tregg Brown.       Pernalonga navegando solitário em uma caixa pelo oceano acaba aportando numa ilha do Pacífico Sul, onde terá que lidar com o exército japonês, matando quase todos ao se disfarçar de sorveteiro, sendo os sorvetes disfarces para bombas.      Mesmo com toda sua crueldade, que aliás era extensiva ao universo da série de personagens animados como um todo do estúdio, e sua alusão a uma certa idiotia por parte senão dos japoneses como um todo, de um deles que se torna mais particularizado - ele pede um novo picolé, pois o seu foi premiado - encontra-se a uma distância abismal de um curta de propaganda anti-nipônico dirigido por alguém do próprio exército como é o caso de Tokio Jokio , tanto na sua concepção de narrativa, quanto na qualidade do desenho e até mesmo ao apresentar traços de humanidade ao inimigo que inexistem no outro. Faz parte d

Filme do Dia: O Velho Moinho (1937), Wilfred Jackson

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O   Velho Moinho ( The Old Mill , EUA, 1937). Direção: Wilfred Jackson. Rot. Original: Dick Rickard. Música: Leigh Harline. Num velho moinho, pássaros diversos, ratos e morcegos convivem em harmonia. Uma ventania forte põe em suspensão a mesma e todos se vêem aflitos com a possibilidade de seu ninho desabar. A calmaria do dia seguinte, no entanto, saúda novamente com paz e tranquilidade o local. Ainda que a sucessão harmonia/conflito/harmonia possa sugerir algo de dramático, é sobretudo através da conjunção lírica entre a perfeição dos traços do desenho e   o canto vocal que compõe a parte musical (bem mais sofisticada do que a da série equivalente da Paramount, sempre centrada somente em canções) que antecipam, ainda que de forma mais modesta, o lirismo de Fantasia . No mais, não existe propriamente humor, sendo esse sufocado por uma visão romântica de uma natureza onde não existem predadores e suas vítimas – somente as minhocas, por  serem menos passíveis de identificação, é q

Filme do Dia: Uma Canção para Carla (1996), Ken Loach

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Uma Canção para Carla ( Carla’s Song , Reino Unido/Espanha/Alemanha,1996) Direção: Ken Loach . Rot. Original: Paul Laverty. Fotografia: Barry Ackroyd. Música: George Fenton. Montagem: Jonathan Morris. Com: Robert Carlyle, Oyanka Cabezas, Scott Glenn, Salvador Espinoza, Louise Goodall, Richard Loza, Gary Lewis, Subash Singh Pall, Margaret McAdam, Pamela Turner.      Motorista de ônibus de Glasgow, George (Carlyle), interessa-se pela mulher que viajava sem passagem, levando-o a uma suspensão e ela tendo que sair correndo. A mulher lhe procura e leva-o um presente. Ele a reencontra dançando na rua, porém ela tenta defender-se de sua atitude protetora. Acabam sendo expulsos do cortiço onde ela mora e indo para o apartamento que George divide com seu amigo Sammy (Lewis). Aos poucos George vai sabendo mais a respeito da mulher, trata-se de Carla (Cabezas), refugiada nicaraguense, que deixou todos os laços afetivos - sua família e o parceiro no grupo musical Antonio (Loza) no país que

Filme do Dia: Roger e Eu (1989), Michael Moore

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R oger e Eu ( Roger and Me , EUA, 1989). Direção e Rot. Original: Michael Moore. Fotografia: Chris Beaver, John Prusak, Kevin Rafferty & Bruce Schermer. Montagem: Jeniffer Beman & Wendey Stanzler. Moore retorna a sua cidade natal, Flint, para se deter sobre o processo de decadência que a acompanha, após o fechamento das fábricas da General Motors. Seu principal alvo vem a ser Roger Smith, o novo presidente da companhia, que inicia uma nova política de austeridade. Moore, em seu primeiro longa-metragem, mesmo imbuído de fazer de si próprio uma espécie de porta-voz ou paladino de uma justiça para com os desempregados de Flint, que se tornará sua marca registrada nos anos subsequentes, não chega a abusar de tais estratégias como depois. Faz-se uso da ironia, como quando sobrepõe a eletrizante alegria da canção Wouldn´t it be Nice dos Beach Boys com a realidade de terra arrasada que seguiu a onda de desemprego maciça na cidade, que tornou-se vítima de uma forte onda de crimi

Filme do Dia: The Weakly Reporter (1944), Chuck Jones

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T he Weakly Reporter (Estados Unidos, 1944). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown . Três fortes características chamam a atenção nesse produto de exceção da   habitual parceria Maltese-Jones. Primeiro (e daí vem a exceção) se trata de um filme de propaganda, sendo que seu humor consegue ser mais bem sucedido do que alguns exemplares semelhantes dirigidos por Avery. Depois, apresenta visualmente elementos de traços modernos de animação no estilo UPA pouco habituais para a produção do período. Por fim, concentra a maior (e talvez melhor) parte do seu humor em piadas infames em sua misoginia como na sua ironia ao apresentar as mulheres ocupando postos de trabalho na guerra antes reservados somente aos homens, na figura de uma hiper-masculinizada motorista de táxi, guardando os traços habituais da figura masculina   de extrato popular que é marca registrada do animador. Ou ainda quando as soldadas são dispensadas e correm

Filme do Dia: Um Estranho no Ninho (1975), Milos Forman

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U m Estranho no Ninho ( One Flews over the Cuckoo´s Nest , EUA, 1975). Direção: Milos Forman. Rot. Adaptado: Lawrence Hauben & Bo Goldman baseado no romance de Ken Kensey e na peça de Dale Wasserman. Fotografia: Haskell Wexler. Música: Jack Nitzsche. Montagem: Sheldon Kahn & Lynzee Klingman. Dir. de arte: Paul Sylbert & Edwin O´Donovan.   Figurines: Aggie Guerard Rodgers. Com: Jack Nicholson , Louise Fletcher, William Redfield, Sydney Lassick, Brad Dourif, Christopher Lloyd, Will Sampson, Danny DeVito, Mews Small. R.P. McMurphy (Nicholson) é enviado de uma penitênciaria para um sanatório de doentes mentais. Seu espírito rebelde faz com que entre em conflito com a rígida enfermeira Ratched (Fletcher). Sua atitude informal e seu comportamento crítico motiva outros pacientes a saírem da  afasia na qual se encontravam, como no caso do gigante índio Bromden (Sampson). Após ter dirigido o ônibus da instituição para uma improvisada pescaria e provocado outras traquinagens no

Filme do Dia: War Dogs (1943), William Hanna & Joseph Barbera

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W ar Dogs (EUA, 1943). Direção: Joseph Barbera & William Hanna. Música: Scott Bradley. Dentro do panorama da animação à serviço da guerra até que essa animação sobre um cão preguiçoso e atrapalhado, a serviço, como muitos outros cães, do exército norte-americano não chega ser abaixo da média, em grande parte ao carisma com que é construído o personagem.   O curta chega a ter até mesmo alguns momentos inspirados, como o do reconhecimento de figuras pelo cão, que imita o som de um avião, teima em continuar observando a mulher sensual com maiô patriótico e simplesmente destrói o suporte dos painéis quando surge a imagem de Hitler. A algo do humor sardônico de Tex Avery nele e não é, de fato, impossível que o tenha dirigido, embora nem mesmo surja entre os animadores listados. MGM. 6 minutos e 48 segundos.

Filme do Dia: A Chinesa (1967), Jean-Luc Godard

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A  Chinesa ( La Chinoise , França, 1967). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Raoul Coutard. Montagem: Delphine Desfons & Agnès Guillemot. Com: Anne Wiazemski, Jean-Pierre Léaud , Juliet Berto, Michel Semeniako, Lex de Brujin, Omar Diop, Francis Jeanson, Blandine Jeanson. Esse filme não apenas une o aspecto de colagem de intuitos mais estéticos do que políticos de filmes anteriores (e superiores, diga-se de passagem) de Godard tal como O Demônio das Onze Horas com o cansativo e confuso arsenal de clichês e ironias políticas que constituirá sua fase mais engajada, com o Grupo Dziga Vertov. Sem dúvida alguma antecipa muito da insatisfação da juventude francesa com relação ao governo e suas políticas culturais e estudantis, assim como sua aberta simpatia pelo maoísmo que marcará o Maio de 1968. E vai além, já apresentando inclusive muitas de suas fragilidades, como a inconsistência de seus ideiais quando confrontados com um intelectual – Francis Jeanson vivendo

Filme do Dia: Diários de Motocicleta (2004), Walter Salles

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D iários de Motocicleta (Argentina/EUA/Alemanha/Reino Unido, 2004). Direção: Walter Salles . Rot. Adaptado: José Rivera, baseado nos livros Notas de Viaje , de Che Guevara e Con el Che por America Latina , de Alberto Granado. Fotografia: Eric Gautier. Montagem: Daniel Rezende. Dir. de arte: Carlos Conti. Cenografia: Laurent Ott. Figurinos: Beatriz de Benedetto & Marisa Urruti. Com: Gael Garcia Bernal, Rodrigo De la Serna, Susana Lanteri, Mía Maestro, Mercedes Morán, Jean-Pierre Noher, Gustavo Pastorini, Ulises Dumont. O jovem estudante de medicina Ernesto Guevara (Bernal) junto ao amigo bioquímico Alberto Granado (Serna), se despede de sua família e parte para uma longa viagem pela América Latina - inicialmente a bordo da motocicleta do segundo. A primeira parada de longa duração é na residência de Chichina (Maestro), namorada de Guevara, ainda que sob a oposição dos pais da garota. Adentram no Chile em pleno rigor do inverno e também visitam uma mina no deserto do Atacama, o

The Film Handbook#207: John Landis

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John Landis Nascimento: 30/08/1950, Chicago, Illinois, EUA Carreira (como diretor): 1971- Um dos mais bem sucedidos diretores de comédias dos anos recentes, John Landis tem suscitado diversos imitadores, oferecendo uma perigosa mescla de paródia e pastelão direcionada predominantemente a um público jovem. O seu é um talento errático, mais recompensado nas raras ocasiões quando é aplicado a um roteiro trabalhado e elenco disciplinado. Landis dirigiu seu primeiro filme tão cedo quanto 1971: Schlock , no qual ele próprio vivia o personagem-título, sendo uma barata, demasiado óbvia e somente espasmodicamente divertida paródia de filme de monstros sobre um "elo perdido" no burburinho da Califórnia contemporânea. No entanto, não seria antes de seis anos que conquistaria o seu primeiro sucesso, com Kentucky Fried Movie , uma grosseira e caótica mas vívida paródia de diversos filmes e programas de televisão (mais notavelmente do thriller  de Kong-Fu Operação Dragão / Enter th

Filme do Dia: Uma Asa e uma Prece (1944), Henry Hathaway

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Uma Asa e uma Prece (A Wing and a Prayer, EUA, 1944). Direção: Henry Hathaway. Rot. Original: Jerome Cady & Mortimer Braus. Fotografia: Glen MacWilliams. Músico: Hugo Friedhofer. Montagem: J.Watson Webb jr. Dir. de arte: Lyle R. Wheeler. Cenografia: Thomas Little & Fred J. Rode. Com: Dana Andrews, Don Ameche, William Eythe, Charles Bickford, Cedrick Hardwick, Kevin O´Shea, Richard Jaeckel, Harry Morgan.       Três meses depois dos ataques a Pearl Harbour, um almirante (Hardwick) comenta com seus superiores a estratégia para confundir os japoneses. Todos os pilotos americanos de um primeiro porta-aviões que irá ser mandado para a região, devem fugir do confronto direto com os japoneses, dando-lhes uma idéia equivocada da fragilidade da marinha americana. O tenente-comandante Edward Moulton (Andrews) é o chefe da esquadra aérea que ficará sob a supervisão do rigoroso comandante Bingo Harper (Ameche). Nos treinos das primeiras semanas, o ator de cinema invejado por todos por

Filme do Dia: Já Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo (2017), Macon Blair

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J á Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo ( I Don’t Feel at Home in This World Anymore , EUA, 2017). Direção e Rot. Original: Macon Blair. Fotografia: Larkin Seiple. Música: Brooke Blair & Will Blair. Montagem: Tomas Vengris. Dir. de arte: Tyler B. Robinson. Cenografia: Jenelle Giordano. Figurinos: Julie Carnahan. Com: Melanie Lynskey, Elijah Wood, David Yow, Jane Levy,  Jana Lee Hamblin, Christine Woods,  Devon Graye, Derek Mears, Cristy Miles, Gary Anthony Williams. Ruth (Lynskey) é uma mulher desesperançada com a vida, observando o que imagina ser uma degradação dos valores na sociedade americana regida pelo verbo f.... . Sua casa é invadida e um objeto que pertencera a sua avó, mais do que o próprio laptop, é o que mais a preocupa. Após tentativas mal sucedidas de fazer com que a polícia se interessasse por seu caso, Ruth resolve ela própria agir.   Através do celular consegue identificar onde o computador se encontra, com a ajuda de um novo amigo e vizinho, Tony (Wood). Log