Postagens

MILTON NASCIMENTO - CLUBE DA ESQUINA

Imagem

Filme do Dia: Pernalonga Ataca de Novo (1948), Friz Freleng

Imagem
Pernalonga Ataca de Novo ( Bugs Bunny Rides Again , EUA, 1948). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce & Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Numa vila do Velho Oeste, todos fogem apavorados com a chegada de Eufrasino ao saloon. O único que fica é Pernalonga que trava um combate com ele em várias modalidades que vão do tradicional duelo a pistola, passando pela divisão do espaço e chegando ao carteado. O espírito anárquico de um Tex Avery anima os momentos iniciais dessa animação, na cena do corredor de balas, sendo os traços do desenho superiores a boa parte do que era produzido então. A sátira, evidentemente, é ao gênero western, inclusive no título original que faz menção ao de um western que deve ter feito bastante sucesso à época – Romeu a Cavalo / Buck Benny Rides Again (1940), de Mark Sandrich . A melhor tirada aqui é da intervenção nonsense de Pernalonga que começa a dançar em meio ao tiroteiro desferido por Eufrasino contra el

The Film Handbook#36: Robert Aldrich

Imagem
Robert Aldrich Nascimento: 09/08/1918, Cranston, Rhode Island, EUA Morte: 05/12/1983, Los Angeles, Califórnia, EUA Carreira (como realizador): 1953-81 Embora seja comumente considerado que Robert Aldrich foi primordialmente um diretor de filmes de ação, um comerciante cínico da violência masculina cujos filmes diminuíram de valor com seu envelhecimento, sua carreira, como seus filmes, é marcada por contradições; de fato, a impressão duradoura ganha com uma visão panorâmica de sua obra é a de inconsistência. Após uma série de funções na RKO, Aldrich foi assistente de Renoir , Ophüls , Chaplin , Losey , Polonsky  e Lewis Milestone. Em 1953 ele estreou como diretor com The Big Leaguer , porém foi somente com seu terceiro filme, O Último Bravo / Apache > 1 , que seu assegurado domínio dos gêneros e sensibilidades liberais vieram à tona num retrato simpático, mas nunca sentimental da alienação de um índio tanto da América branca quanto de seu próprio gênero. Porém foi   A Mort

Filme do Dia: Arsena Jorjiashvili (1921), Ivane Perestiani

Imagem
Arsena Jorjiashvili (União Soviética, 1921). Direção: Ivane Perestiani. Rot. Original: Shalva Dadiani & Ivane Perestiani. Fotografia: Aleqsandre Digmelovi. Dir. de arte: Fiodor Push. Com: Mikheil Chiaureli, Ivane Perestiani, Alisa Quiquodze, Nino Dolidze, Elizabed Cherqezishvili, N. Yachmenev, Ya. Kruchinin, N. Okudjava. Grupo de operários, do qual faz parte Arsena (Chiaruli), trabalhador da ferrovia, passa a se reunir planejando uma ação ofensiva contra as forças do Tzar. O grupo é descoberto pelas forças da polícia por conta de um delator e sofre intensa repressão. Arsena consegue fugir e pouco depois provoca um atentado no qual morre o General Griaznov (Yachmenev). Capturado, é condenado a morte e executado. Mesmo que beneficiado ocasionalmente pelo talento de seu realizador para composições que ressaltam poéticas imagens em profundidade, essa produção pioneira do cinema realizado na Geórgia se ressente grandemente de seu caráter de propaganda.  Nesse sentido, é como

19 Nada Será Como Antes

Imagem
um amigo britânico descobrindo deslumbrado Milton por essas semanas... e como não ficar deslumbrado com canções com tanta paixão e utopia em versos como ele cita: 'tell me when will i hear from my people'  nothing will be as it was

Filme do Dia: Tire Dié (1960), Fernando Birri

Imagem
Tire Dié (Argentina, 1960). Direção: Fernando Birri. Rot. Original: Fernando Birri, Juan Carlos Cabello, María Domínguez, Manuel Horácio Giménez, Hugo Gola, Neri Milesi, Rubén Rodríguez, Enrique Urteaga. Documentário que apresenta uma comunidade miserável que dá título ao filme, focando sobretudo as crianças que possuem como maior fonte de renda correrem atrás dos trens, onde alguns passageiros jogam moedas. Provavelmente devido à ausência de som direto no momento de sua produção, o recurso utilizado foi de se ter dois narradores que dublam o discurso dos moradores, embora não seja de todo descartada a possibilidade de serem uma livre construção em cima das entrevistas com os moradores. O que se sobressai, antes de tudo, é a forte expressividade visual do filme e uma certa melancolia em registrar sua realidade agridoce, ao mesmo tempo repleta do que há de lúdico na infância e também do processo de exclusão social que se prolonga para as novas gerações, já que a maioria das crianç

Meu Caro Diário, 12/08/05

Exatos dez anos atrás... Sexta. Momentos de euforia em Sampa. Ontem, acordei e fui todo cagado mesmo (não havia água para lavar a louça ou o cu e o resto do corpo idem)até à Cinemateca Brasileira, onde finalmente peguei a cópia de Aves sem Ninho . Depois fiquei fazendo hora na biblioteca do CCSP, onde tentei encarar uma tese de mestrado tornado livro sobre Joaquim Canuto Mendes de Almeida, o pensador que influenciou a proposta de um cinema educativo no Brasil, mas achei sacau demais e provavelmente sem grande interesse para minha tese. Acabei foi saciando minha curiosidade mórbida numa biografia sensacionalista que uma pessoa que foi relativamente próxima de Yukio Mishima escreveu sobre ele. (...) Devorei o almoço antes disso feito um animal. Foi quase meio quilo de comida. Lá mesmo no CCSP. Porém, o objetivo, que era fazer hora para assistir a versão de Dom Quixote de Welles, que só foi concluída após sua morte, acabou não se concretizando. A sala já estava lotada pelos maloqueiros