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Filme do Dia: Procura-se Um Cavalo (1956), Bill Justice

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P rocura-se Um Cavalo ( A Cowboy Needs a Horse,  EUA, 1956). Direção: Bill Justice. Rot. Original: Dick Kinney & Roy Williams. Música: George Bruns. Nesse curta, a Disney revisita o universo do Velho Oeste, como seu curta The Brave Engineer – co-roteirizado pelo mesmo Kinney - já o fizera seis anos antes. Porém, dois ponto distintos chamam a atenção com relação à produção mais antiga. Primeiro, a presença da borracha e lápis do animador, que cumpre a função literal, e evidentemente equivalente, de munir o jovem cowboy dos elementos indispensáveis para seu sonho. A auto-referência ao universo do animador possui longa tradição na animação, remontando ao universo de pioneiros como J. Stuart Blackton, mas aqui foi provavelmente influenciado por sua versão recente mais bem sucedida, dos estúdios Warner, evidentemente despidos da ironia atrelada ao uso de tal efeito por aquele. Depois, a evidente influência de traços modernos, instilada no universo da animação pela UPA. Então, ao

Filme do Dia: The Magic Cloak of Oz (1914), J.Farrell MacDonald

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T he Magic Cloak of Oz (EUA, 1914). Direção: J. Farrell MacDonald. Rot. Adaptado: L. Frank Baum, baseado no romance Queen Zixi, of Ix; or the Story of the Magic Cloak . Fotografia: James A. Crosby. Com: Milred Harris, Violet MacMillan, Fred Woodward, Vivian Reed, Juanita Hansen, Bernardine Zuber, Andy Anderson, Leontine Dranet, Mai Wells. As fadas de Oz concedem a um mensageiro o uso de um manto mágico, que pode proporcionar um desejo. Chorando com a morte do pai, Margaret recebe das mãos do mensageiro o manto mágico. Rivette (Wells), a tia dela e de seu irmão Timothy (MacMillan) e Margaret (Harris) decide que eles irão morar no reino de Noland. Ao chegarem a Noland, Timothy é tornado rei do local. Porém, o maior amigo dos irmãos, o burro Nickodemus (Woodward) não se adapta a Noland, e foge com os mantimentos, entre eles o manto mágico, sendo roubado por um grupo de assaltantes de estrada. O grupo mantém uma criança com eles. Nickodemus foge e consegue reunir todos os animais da

Filme do Dia: Hula Hula Land (1949), Mannie Davis

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H ula-Hula Land (EUA, 1949). Direção: Mannie Davis. Rot. Original: Tom Morrison. Faísca & Fumaça abrem uma venda de cachorro-quente numa praia havaiana e seus clientes, ou melhor, vítimas, tornam-se o cão Dimwit e o policial-Buldogue nesse que é o vigésimo primeiro dos 52 curtas produzidos para o cinema da série. Dentro das perseguições rotineiras e trivialidades que remetem grandemente ao universo do burlesco mudo (será coincidência existir um curta produzido por Mack Sennet, em 1917, de mesmo título?), o destaque vai para a explosão final, sob forma de cogumelo atômico, evocando as experiências contemporâneas com a bomba de hidrogênio nos atóis próximos do Havaí e para um final que evoca os dois corvos cantando no céu, numa menção não demasiado explícita de que foram vítimas da explosão – a imagem deles surge como sempre, não enquanto os habituais espectros do universo da animação. Terrytoons para 20th Century-Fox. 6 minutos e 33 segundos.

Filme do Dia: David, o Caçula (1921), Henry King

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D avid, o Caçula ( Tol´able David , EUA, 1921). Direção: Henry King. Rot. Adaptado: Henry King & Edmund Goulding, baseado no romance de Joseph Hergesheimer. Fotografia: Henry Cronjager. Montagem: W. Duncan Mansfield. Com: Richard Barthelmess, Gladys Hulette, Walter P. Lewis, Ernerst Torrence, Ralph Yersley, Forrest Robinson, Warner P. Richmond, Marion Abbott, Edmund Gurney.              A vida tranqüila da família Kinemon no pacato vilarejo é transformada com o atentado sofrido pelo irmão mais velho, Allen (Richmond) por parte de um membro de marginais da família Hatburn, cuja jovem Esther (Hulette), é objeto da paixão de David, o caçula da família Kinemon, há muito tempo. A decisão de David de revidar o que ocorreu com o irmão provoca a morte do pai Hunter (Gurney), em um ataque cardíaco fulminante. Sem qualquer fonte de renda, a família muda-se para um bairro mais pobre, e David renega a amizade de Esther. Consegue, no entanto, trabalhar em um armarinho local e por força

Filme do Dia: O Filho Adotivo (1998), Aktan Abdykalykov

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O  Filho Adotivo ( Beshkempir , França/Curguistão, 1998). Direção: Aktan Abdykalykov. Rot. Original: Aktan Abdykalykov, Aytandil Adikulov & Marat Sarulu. Fotografia: Khasan Kydyraliyev. Música: Nurlan Nishanov. Montagem: Tilek Mambetova. Dir. de arte: Emil Tilelov. Com: Mirlan Abdykalykov, Adir Abilkassimov, Mirlan Cinkozoev, Bakit Dzhylkychiev, Albina Imasheva, Talai Mederov.                  Beshkempir (Abdykalykov) é praticamente filho de uma das tradições do Curguistão: as famílias numerosas deixam um filho para aquelas que não conseguem ter filhos. Inicialmente evitado pelo grupo de crianças de sua idade, devido a sua origem, Beshkempir acaba, aos poucos, integrando-se. A relação, principalmente com um garoto vizinho, no entanto, é repleta de conflitos, que apenas se acirram quando Beshkempir aproxima-se da jovem que é desejada pelo grupo. Após espancar seu melhor amigo na casa dele, Beshkempir é chamado de bastardo pelo próprio pai adotivo e foge de casa. Retorna quando

Filme do Dia: Scanners - Sua Mente Pode Destruir (1981), David Cronenberg

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S canners – Sua Mente Pode Destruir ( Scanners , Canadá, 1981). Direção e Rot. Original: David Cronenberg.  Fotografia: Mark Irwin. Música: Howard Shore. Montagem: Ronald Sanders. Dir. de arte: Carol Spier. Figurinos: Delphine White. Com: Stephen Lack, Jennifer O’Neill, Patrick McGoohan, Lawrence Dane, Michael Ironside, Robert A. Silverman, Lee Broker, Mavor Moore. O renomado cientista Paul Ruth (McGoohan) descobre um dos “scanners”, homens que possuem capacidades telepáticas extraordinárias,   Cameron Vale (Lack), que decide participar de uma busca a outros scanners, contando com a ajuda de uma aliada, Kim Obrist (O’Neill). O mais poderoso de todos é Darryl Revok (Ironside), que comanda uma gangue de scanners que planejam dominar o mundo. Esse filme da fase inicial da carreira de Cronenberg , mesmo iniciando com certa aura promissora, e até de que seja melhor que o seu posterior – e já contando com capital norte-americano – A Mosca  (1986), demonstra ser ainda pior, além de

Filme do Dia: M, O Vampiro de Dusseldorf (1931), Fritz Lang

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M , O Vampiro de Dusseldorf ( M , Alemanha, 1931). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Fritz Lang & Thea Von Harbou, baseado no artigo de Egon Jakobson. Fotografia: Fritz Arno Wagner. Montagem: Paul Falkenberg. Dir. de arte: Emil Hasler & Karl Vollbrecht. Cenografia: Edgar G. Ulmer. Com: Peter Lorre, Ellen Widmann, Inge Landgut, Otto Wernicke, Theodor Loos, Gustaf Gründgens, Friedrich Gnass, Fritz Odemar, Georg John.        A cidade de Dusseldorf se encontra apavorada com um criminoso que assassina crianças. Quando a jovem Elsie Beckmann (Landgut) se torna a oitava vítima do criminoso, Franz Becker (Lorre), não apenas a polícia procura criar estratégias de capturar o criminoso, mas o próprio crime organizado, que sente a interferência em seus negócios, pela presença maciça de policiais nas ruas, comandada pela política de tolerância zero do Inspetor Lohmann (Wernicke). Assim, uma rede de informantes é criada entre os pequenos vendedores e vagabundos de rua e um vendedor de

Filme do Dia: Mad Hatter (1940), Sid Marcus

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T he Mad Hatter (EUA, 1940). Direção: Sid Marcus. Música: Joe DeNat. Montagem: George Winkler. O atropelo para chegar ao trabalho e a calmaria nesse, onde apenas consome doces, é apenas um prelúdio para o melhor momento do dia para Maisie, o que irá experimental e eventualmente comprar chapéus. E, quanto mais originais e excêntricos melhor. Seguindo o padrão cada vez mais disseminado de um estilo jornalístico-documental, acompanhar o cotidiano da protagonista serve como uma luva para o festival de comentários misóginos que se segue, que vão da maquiagem pela manhã à futilidade do trabalho como secretária passando pela paixão pela moda associada aqui ao fanatismo por chapéus. Não se deixa de se observar os bastidores dos criadores de tais “maravilhas” tão excêntricos (e em alguns casos, gays) quanto os próprios chapéus, literalmente enjaulados e somente libertos para elaborarem suas produções personalizadas – e o chapéu que Maisie se afeiçoa se aproxima do estilo tropical que co

Filme do Dia: Harakiri (1919), Fritz Lang

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H arakiri (Alemanha, 1919). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Max Jungk, a partir da peça Madame Butterfly , de David Belasco & John Luther Long. Fotografia: Max Fassbender & Carl Hoffmann. Dir. de arte: Heinrich Umlauff. Com: Lil Dagover, Niels Prien, Georg John, Rudolf Lettinger,   Paul Biensfeldt,   Meinhert Maur, Loni Nest, Herta Heden. Um perverso monge budista, Karan (Lettinger) quer forçosamente levar a filha de Daimyo (Biensfeldt), O-Take-San (Dagover) para se tornar sacerdotisa de seu templo. Ele força o pai a cometer o suicídio e a filha ingressa no templo para sua formação como religiosa. Um marinheiro nórdico, Olaf (Prien), pula o muro do templo, proibido para os europeus e se sente imediatamente atraído por O-Take-San. Essa consegue fugir e passa a trabalhar como gueixa. Quando Olaf, deprimido por não mais encontrar O-Take-San, é convidado por dois de seus amigos da Marinha a irem a um local de diversão, O-Take-San lhes é oferecida como gueixa. O-Take-San

Filme do Dia: 21-87 (1964), Arthur Lipsett

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2 1-87 (Canadá, 1964). Direção: Arthur Lipsett. Lipsett parece ter contado com uma produção maior do que para o seu quase amador – mas bastante sofisticado esteticamente – Very Nice, Very Nice , de três anos antes e o resultado, mesmo que bem interessante e seguindo os mesmos moldes, da colagem de imagens em um curta experimental, soa mais pop, porém menos efetiva. Como naquele, a banda sonora também é extremamente burilada. Porém, ao contrário daquele, aqui visivelmente imagens produzidas pelo próprio Lipsett se mesclam as encontradas entre sobras de arquivos do NFB. É a própria mudança de tonalidade dos registros que traz a potência para esse curta. NFB. 9 minutos e 35 segundos.

Filme do Dia: Sangue Sobre a Índia (1959), J.L. Thompson

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S angue Sobre a Índia ( North West Frontier ,Reino Unido, 1959). Direção: J.Lee Thompson. Rot. Adaptado: Frank S. Nugent & Robin Estridge, a partir do conto de Patrick Ford & Will Price. Fotografia: Geoffrey Unsworth. Música: Mischa Spoliansky. Montagem: Frederick Wilson. Dir. de arte: Francisco Prósper. Figurinos: Yvonne Caffin. Com: Kenneth More, Lauren Bacall, Herbert Lom , Wilfrid Hyde-White, I.S. Johar, Ursula Jeans, Eugene Deckers, Ian Hunter, Govinda Raja Ross. Na Índia britânica do início do século, garoto e príncipe de uma das etnias em conflito provoca a ira da rival, que pretende eliminá-lo a todo custo. A americana Catherine Wyatt (Bacall), com ajuda de um grupo de britânicos, liderados pelo destemido Capitão Scott (More), decidem enfrentar a aventura de fugir em uma velha locomotiva guiada pelo hindu Gupta (Jahar). Porém, além das ameaças externas, eles também devem se precaver contra o suspeito jornalista Van Leyden (Lom). Extravagante produção em cores

Filme do Dia: European Rest Cure (1904), Edwin S. Porter

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E uropean Rest Cure (EUA, 1904). Direção e Fotografia: Edwin S. Porter. Com: Joseph Hart. Tentativa de comicidade de um atrapalhado americano em férias pela Europa (que inclui, numa licença poética o Egito, como se o batalhão de turistas europeus também o transformasse por osmose em parte do continente). Talvez o que mais chame atenção ao olhar de 110 anos após sua realização seja a mescla entre o que mais parecem ser “vistas documentais”, como a partida do navio, observada por completo como era hábito então, com um conteúdo ficcional efetivado em completa oposição, através de arranjos cenográficos estilizados, como era padrão então. Oferece-se cenas com alguns elementos que se acreditariam representativos de vários países – na França, por exemplo, o personagem é observado num café se entusiasmando com duas mulheres (prostitutas?) que com ele dançam o can-can , para escândalo de alguns dos passageiros; na Alemanha levando, sem querer, um banho de lama; no Egito sofrendo uma queda

Filme do Dia: Capote (2005), Bennett Miller

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C apote (EUA/Canadá, 2005). Direção: Bennett Miller. Rot. Adaptado: Don Futterman, baseado no livro de Gerald Clarke. Fotografia: Adam Kimmel. Música: Mychael Danna. Montagem: Christopher Tellefsen. Dir. de arte: Jess Gonchor. Cenografia: Maryam Decter & Scott Rossell. Figurinos: Kasia Walicka-Maimone. Com: Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Clifton Collins Jr., Chris Cooper, Bruce Greenwood, Bob Balaban, Amy Ryan, Mark Pellegrino. Após ver manchete sobre massacre contra uma família de Kansas City, o jornalista Truman Capote (Hoffman) se interessa pela trajetória do criminoso, Perry Smith (Collins Jr.). A proximidade com Smith leva a que Capote se sinta fortemente envolvido emocionalmente com ele, enxergando muitas similaridades na história de vida de Smith com a dele próprio. Ao mesmo tempo, não deixa de lado a frieza e o cálculo jornalístico, escrevendo À Sangue Frio ao longo de quatro anos. Após muitas apelações que salvaram a vida de Smith de última hora, Capote

Filme do Dia: A Longa Caminhada de Billy Lynn (2016), Ang Lee

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A   Longa Caminhada de Billy Lynn ( Billy Lynn’s Long Halftime Walk , EUA/Reino Unido/China, 2016). Direção: Ang Lee. Rot. Adaptado: Jean-Christophe Castelli, a partir do romance de Ben Fountain. Fotografia: John Toll. Música: Jeff Danna & Mychael Danna. Montagem: Tim Squyres. Dir. de arte: Mark Friedberg, Kim Jennings & Thomas Minton. Cenografia: Elizabeth Keenan. Figurinos: Joseph G. Aulisi. Com: Joe Alwyn, Garrett Hedlund, Arturo Castro, Mason Lee, Astro, Beau Knapp, Ismael Cruz Cordova, Barney Harris, Vin Diesel, Steve Martin, Chris Tucker, Kristen Stewart, Makenzie Leigh, Elizabeth Chestang. Billy Lynn (Alwyn) e sua patrulha, os Bravos, retornam ao Texas de uma missão de guerra no Iraque, em que Billy foi particularmente corajoso ao enfrentar o inimigo em uma luta corporal de vida ou morte, mas sem conseguir salvar o Sargento Shroom (Diesel), um dos traumas da guerra que terá que levar consigo. Os soldados se tornam de interesse midiático, participando de um grande

Filme do Dia: A Trip to Mars (1918), Holger-Madsen

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A   Trip to Mars ( Himmelskibet , Dinamarca, 1918). Direção: Holger-Madsen. Rot. Adaptado: Ole Olsen & Sophus Michaëlis, a partir do romance da segunda. Fotografia: Frederik Fuglsang & Louis Larsen. Dir.de arte: Carlo Jacobsen & Axel Bruun. Com: Gunnar Toln æ s, Zanny Petersen, Nicolai Neiiendam, Alf Blütecher, Svend Kornbeck, Phillip Bech, Lilly Jacobsen, Frederik Jacobsen. Avanti (Toln æs), filho do renomado astrônomo Planetaros (Neiiendam), decide levar a sério a construção de um foguete que o levará à Marte, provocando a pilhéria do despeitado prof. Dubius (Jacobsen). Ele consegue, no entanto, e arregimenta uma tripulação que inclui seu melhor amigo, Dr. Kraftt (Blütecher), amado de sua irmã, Corona (Petersen). A tripulação tenta se amotinar em meio a longa viagem. Eles chegam enfim ao planeta vermelho e, para seu espanto, descobrem um mundo em que a paz reina imperiosa e não se come carne. Avanti atira contra um animal e seu tiro provoca polvorosa entre os marc

Filme do Dia: Através de um Espelho (1962), Ingmar Bergman

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A través de um Espelho ( Sasom i en Spegel , Suécia, 1962). Direção e Rot. Original: Ingmar Bergman. Fotografia: Sven Nykvist. Música: Erik Nordgren. Montagem: Ulla Ryghe.  Cenografia: P.A.Lundgren. com: Harriet Andersson, Max von Sydow , Gunnar Björnstrand, Lars Passgard.            Karin (Andersson), mulher de Martin (Von Sydow), sofre de constantes surtos esquizofrênicos. Vivendo isolada em uma ilha e com a presença de um pai David (Björnstrand), escritor viúvo, que sempre fora ausente na infância dela e do irmão Minus (Passgard), a relação onipresente com a família apenas agrava seu estado de saúde. Aparentemente melhor, Karin apresenta com o irmão e o marido uma peça amadora, escrita pelo primeiro, que retrata impiedosamente o próprio egocentrismo do pai. Logo Karen volta a se perturbar ao descobrir sobre a incurabilidade de sua doença, lendo no diário de seu pai. Ela acredita que Deus aparecerá de um armário de uma casa abandonada e mantém relações sexuais   com o irmão Min

Filme do Dia: Coney Island (1917), Roscoe "Fatty" Arbuckle

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C oney Island (EUA, 1917). Direção e Rot. Original: Roscoe “Fatty” Arbuckle. Fotografia: George Peters. Montagem: Herbert Warren. Com: Roscoe “Fatty” Arbuckle, Buster Keaton, Alice Mann, Agnes Neilson, Al St. John, Joe Bordeaux. Tentando enganar a esposa (Neilson), Roscoe (Arbuckle) a abandona na praia e foge para o parque em Coney Island. Ele se torna próximo de uma bela garota (Mann), que abandona seu par (Keaton), para ficar com ele. A confusão se estabelece. Típica comédia pastelão em que o ritmo feérico de sua montagem associada as duplas de casais deixa muitos elementos longe de completamente compreensíveis. Talvez o que menos importa nessa comédia, onde a habilidade física muitas vezes suplanta qualquer engenhosidade cômica mais depurada, tais como as que Keaton (aqui surpreendentemente sem a impassível máscara que é sua marca registrada) empreenderá em sua carreira solo. De todo modo rende algumas cenas genuinamente cômicas, associadas sobretudo a confusão sobre o sexo

Filme do Dia: Hitler - Um Filme da Alemanha (1977), Hans-Jürgen Syberberg

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H itler -- Um Filme da Alemanha ( Hitler – Ein Film das Deutschland , Al. Ocidental/França/Reino Unido, 1977). Direção e Rot. Original: Hans-Jürgen Syberberg. Fotografia: Dietrich Lohmann. Montagem: Jutta Brandtsaedter. Dir. de arte: Hans Gailling. Figurinos: Barbara Gailling. Com: Harry Bauer, Heinz Schubert, Peter Kern, Hellmut Lange, Rainer von Artefals, Martin Sperr, Peter Moland, Johannes Bozalski. Esse monumental ensaio sobre Hitler e sua influência sobre a cultura, inclusive cinematográfica, mundial e, particularmente alemã, mesmo numa versão menor que a original, torna-se um divisor de águas na carreira do realizador, em termos de sua monumentalidade, tornando-se seu filme mais artisticamente reconhecido e o final do tríptico sobre a Alemanha, juntamente com Ludwig, Réquiem para um Rei Virgem (1972) e Karl May (1974). Como desde o primeiro filme da trilogia, Syberberg prima por um estilo bastante iconoclástico com relação ao sistema de representação tradicional do cinem

The Film Handbook#176: William Dieterle

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William Dieterle Nascimento: 15/07/1893, Ludwigshafen, Alemanha Morte : 09/12/1972, Ottobrunn, Alemanha Ocidental Carreira (como diretor): 1923-1960 Embora não exista consistência temática ou estilística nos filmes de Wilhelm (sic) Dieterle que sugiram algo mais que um eficiente artesão, a ambição, variedade e inteligência de sua melhor obra estimula qualquer reavaliação de sua negligenciada carreira. Enquanto ator do teatro e cinema alemães, Dieterle trabalhou para Max Reinhardt, Murnau ,   Paul Leni e E.A. Dupont antes de dirigir ele próprio seus filmes, frequentemente escolhendo enredos bastante inusitados. Sex in Chains / Geschlecht in Fesseln ofendeu a censura com seu olhar para o amor na prisão. Em 1930 foi convidado pela Warner Brothers para Hollywood: após interpretar Ahab na versão alemã de Moby Dick , dirigiria O Último Vôo / The Last Flight > 1 , um impressionante e frágil drama cômico sobre os nervos e corpos de quatro ex-pilotos aniquilados pela Grande Guerra.