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Obituário: Léa Garcia (1933-2023)

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Adeus a grande Léa Garcia, para mim marcante sobretudo em dois papéis, em Orfeu do Carnaval   e quase duas décadas após, na telenovela  Escrava Isaura , tornando-se uma das primeiras atrizes negras brasileiras a ser nacionalmente reconhecida, inclusive também por mim.   

Filme do Dia: O Jardim dos Prazeres (1925), Alfred Hitchcock

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  O   Jardim dos Prazeres ( The Pleasure Garden , Reino Unido/Alemanha, 1925). Direção: Alfred Hitchcock. Rot. Adaptado: Eliot Stannard, a partir do romance de Oliver Sandys. Fotografia: Gaetano di Ventimiglia. Música: Lee Erwin. Dir. de arte: Ludwig Reiber. Com: Virginia Valli, Carmelita Geragthy, Miles Mander, John Stuart, Ferdinand Martini, Florence Helminger, George H. Schnell, Karl Falkenberg, Elizabeth Pappritz. Jill Cheyne (Geragthy) tem uma ascensão meteórica em sua carreira de corista, não mais escutando os conselhos de sua antiga companheira de quarto, Patsy (Valli), que a introduziu ao mundo da noite. Enquanto se torna uma peça da admiração do Príncipe Ivan (Falkenberg), Cheyne se envolve com Levet (Mander), que irá morar dois anos em uma administração colonial no estrangeiro, afastando-se por um bom tempo, como o noivo de Jill, o sinceramente apaixonado Hugh (Stuart). Levet vai para o mesmo local onde se encontra Hugh, e quase instantaneamente já passa a ter uma relação d

Filme do Dia: O Lixo e a Fúria (2000), Julien Temple

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  O   Lixo e a Fúria ( The Filth and the Fury , Reino Unido/EUA, 2000). Direção: Julien Temple. Música: John Lydon (Johnny Rotten). Montagem: Niven Howie. Documentário que narra a passagem meteórica dos Sex Pistols pelo cenário pop. Auxiliado pelo material típico dos documentários como entrevistas com membros da banda e pessoas próximas, assim como material de arquivo e outros nem tanto como a utilização de desenhos animados criados pela própria produção e intervenções irônicas de Ricardo III (1954) de Laurence Olivier, interpretado pelo próprio, o filme apresenta momentos da   trajetória do grupo: seu surgimento, em meio a uma Inglaterra economicamente caótica de meados dos anos 70, sob a tutela do empresário Malcolm Mclaren; a baixa classe social dos membros da banda; a influência músical de Bowie, Roxy Music e Alice Cooper; o sucesso e a ojeriza de certos setores sociais; o jeito agressivo de lidar com a imprensa; a difusão da moda punk; o escandâlo nacional que proporcionou a gr

Filme do Dia: O Inventor da Mocidade (1952), Howard Hawks

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  O   Inventor da Mocidade ( Monkey Business , EUA, 1952). Direção Howard Hawks. Rot. Original Ben Hecth, Charles Lederer & I.A.L. Diamond, a partir de um argumento de Harry Segall. Fotografia Harry Krasner. Música Leigh Harline. Montagem William B. Murphy. Dir. de arte George Patrick & Lyle R. Wheeler. Cenografia Thomas Little & Walter M. Scott. Figurinos Travilla. Com Cary Grant , Ginger Rogers , Charles Coburn, Marilyn Monroe, Hugh Marlowe, Henri Letondal, Robert Cornthwaite, Larry Keating, Douglas Spencer. O cientista Barnaby Fulton (Grant) avança em pesquisas laboratoriais. Sem que ele tenha conhecimento, um chimpanzé que se encontra no laboratório vagou pelo mesmo sem acompanhamento e fez algumas travessuras com os tubos de ensaio, depositando parte da fórmula em desenvolvimento por Barnaby com outras no garrafão de água. O próprio Barnaby é o primeiro afetado, não necessitando mais fazer uso dos óculos de grossas lentes,   passando a agir de forma oposta ao

O Dicionário Biográfico de Cinema#196: James Stephenson

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  James Stephenson (1889-1941), n. Selby, Yorkshire, Inglaterra B ette Davis nunca mencionou James Stephenson em seu livro The Lonely Life , que é singular. Afinal, Bette Davis era uma atriz com bastante percepção, bastante consciente que The Letter [ A Carta ] (40, William Wyler) se encontrava entre as melhores e menos embaraçosas coisas que faria. Ela havia se apaixonado por Wyler durante a realização do filme e  certamente viu e sentiu o quão longe Stephenson foi utilizado neste filme como um homem dividido entre o amor e a aversão por Leslie Crosbie...ou Bette Davis.  S tepheson não possui um corpo de trabalho que insiste em ser abordado aqui. No entanto, eu lhe dou as boas vindas neste livro, porque seu Howard Joyce em A Carta  é uma das grandes performances na história do cinema. E isto foi notado à época: após uma fileira de papéis menores, Stephenson foi indicado como ator coadjuvante no filme (perdeu para Walter Brennan em The Westerner [ O Galante Aventureiro ] - uma reversão

Filme do Dia: Le Noël de Monsieur Le Curé (1906), Alice Guy

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  L e Noël de  Monsieur Le Curé (França, 1906). Direção: Alice Guy. Padre descobre se encontrar sem dinheiro para comprar uma pequena imagem de Jesus para a missa de natal.    Oportunisticamente, visita paroquianos mais pobres, sendo muito bem recebido pelo casal. Quando percebe que não conseguirá nenhum dinheiro com eles, resolve partir. Vai então visitar um escultor de posses.    Esse tenta vender uma escultura para o padre, que não possuindo dinheiro suficiente, chama a mulher da casa anterior, que traz uma galinha e ovos, que não são aceitos pelo escultor. Bastante tenso, começa a ministrar a missa de natal, mesmo sem a representação do Jesus bebê. Quando ele e os fiéis começam a orar, no entanto, uma aparição de anjos lhe traz uma pequena imagem, algo que é louvado posteriormente por eles em uma prece de agradecimento. Embora o filme já almeje apresentar o conteúdo que o cura lê ao início – relativo ao natal que faz menção o título – seu plano de detalhe soa um tanto solto diante

Filme do Dia: A Honra Perdida de Katharina Blum (1975), Volker Schlondörff & Margareth Von Trotta

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  A  Honra Perdida de Katharina Blum ( Die Verlorene ehre der Katharina Blum ,Al. Ocidental, 1975). Direção: Volker Schlondörff & Margarethe Von Trotta. Rot. Adaptado: Volker Schlondörff & Margareth Von Trotta, a partir do livro homônimo de Heinrich Böll. Fotografia: Jost Vacano. Música: Hans Werner Henze. Montagem: Peter Pryzgodda. Dir. de arte: Ute Burgmann & Günther Naumann. Figurinos: Reinhild Paul & Annette Schaad. Com: Angela Winkler, Mario Adorf, Dieter Laser, Jürgen Prochnow, Heinz Bennent, Hannelore Hoger, Rolf Becker. 1971. Katharina Blum (Winkler) passa a ter sua intimidade devassada pela polícia e imprensa, após ter se envolvido com Ludwig Götten (Prochnow), a quem dormira uma única vez após uma festa. Ao acordar, seu apartamento é invadido pela polícia, que procura por Ludwig, acusado de terrorismo. Katharina sofre tortura psicológica, o jornalista Tötges (Laser) não se escusa de invadir o quarto de hospital onde sua mãe se encontra internada em estado gr