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Filme do Dia: Border (2018), Ali Abbasi

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B order ( Gräns , Suécia/Dinamarca, 2018). Direção: Ali Abbasi. Rot. Adaptado: Ali Abbasi, Isabella Eklöf & John Ajvide Lindqvist, a partir do conto Gräns , de Lindqvist. Fotografia: Nadim Carlsen. Música: Cristoffer Berg & Martin Dirkov. Montagem: Olivia Neergaard-Holm & Anders Skov. Dir. de arte: Frida Hoas. Figurinos: Elsa Fischer. Com: Eva Melander, Eero Milonoff, Jörgen Thorsson, Ann Petrén, Sten Ljunggren, Kjell Wihelmssen, Rakel Wärmländer, Andreas Kundler, Matti Boustedt. Tina (Melander), trabalhadora   que presta serviços a alfândega portuária e que através de seu faro e sensibilidade incomuns, detecta sempre quando alguém traz algo indevido, vive com Roland (Thorsson), uma vida de moradia em comum, porém sem a prática do sexo, visitando com frequência o pai (Ljunggren) que mora numa instituição asilar e cuja memória tem sido afetada de forma irregular. O cotidiano de Tina muda de configuração quando ela encontra um dia em seu trabalho com alguém bastante s

Filme do Dia: Coucher de la mariée (1896), Albert Kirchner

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C oucher de la Mariée (França, 1896). Direção: Albert Kirchner. Diversos elementos chamam a atenção nessa produção que é a única conhecida a ser dirigida pelo referido realizador. Primeiro, a sua muito longeva duração, tendo em mente que os filmes contemporâneos raramente alcançavam um minuto – o que demonstrava a possibilidade de um rolo de filme durar mais que o habitual, sem que aparentemente o caso aqui tenha sido de uma trucagem reunindo planos distintos em um mesmo quadro e procurando obscurecer o corte. Depois, a sua aparente pretensão erótica, mesmo negada por alguns comentadores, com o homem inclusive se escondendo por trás de um biombo, numa situação que provocaria um paralelo com o próprio espectador masculino e antecipando um mote que seria explorado eficazmente pela pornografia explícita, ao menos desde os anos 1920. Assim como por alguns gestos da mulher massageando levemente seu próprio corpo, pela situação simulada (a de um casal em seu primeiro contato íntimo pós

O Dicionário Biográfico de Cinema#13: Spencer Tracy

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Spencer Tracy (1900-1967) n. Miwalkee, Wisconsin Educado  no Ripon College da Academia Militar do Nordeste, Tracy realizou sua estreia teatral em Nova York em 1922, como um robô, na peça R.U.R. , de Karel Capek. Trabalhou no teatro ao longo dos anos 20, frequentemente para George M. Cohan, e foi sua performance como assassino em uma cadeia, em The Last Mile , em 1930, que lhe tornou conhecido, proporcionando vários testes para o cinema. Realizou dois curtas para a Vitaphone, antes de John Ford escalá-lo em Up the River  (30), quando a Fox o contratou. Não foi feliz, porém, nos papéis que a Fox lhe proporcionou: Quick Millions (31, Rowland Brown); She Wanted a Millionaire  [ Ela Queria um Milionário ] (32, John Blystone); Young America [ No Portal da Vida ] (32, Frank Borzage ); e Me and My Gal [ Eu e Minha Pequena ] (32, Raoul Walsh ). Em qualquer situação, Tracy apresentava a si próprio no papel de um americano robusto e decente; um homem despretensioso e rude, dotado de um tem

Filme do Dia: O Testamento do Sr. Napumoceno (1997), Francisco Manso

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O Testamento do Sr. Napumoceno (O Testamento do Sr. Napumoceno, Brasil/Portugal/Cabo Verde/França/Bélgica, 1997). Direção: Francisco Manso. Rot. Adaptado: Germano de Almeida & Mário Prata baseado no romance de. Fotografia: Edgar Moura. Música: Tito Paris&Toy Vieira. Montagem: Luís Sobral. Com: Nelson Xavier,  Maria Ceiça,  Chico Díaz,  Zezé Motta ,  Vya Negromonte, Milton Gonçalves,  Francisco de Assis,  Karla Leal, Cesária Évora, Tiago Gonçalves,   Tiago Mayer.      O Sr. Napumoceno (Xavier), um dos homens mais influentes de Cabo Verde, morre e gera expectativas positivas em seu sobrinho e parente mais próximo Carlos (Diaz) e negativas em Graça (Ceiça) e sua mãe. Porém, apesar de Carlos já se encontrar plenamente integrado nos negócios do tio, quem acaba recebendo a herança integralmente é Graça, que passa a morar no palacete que era de Napumoceno. Junto com a herança, ela também ganhou uma coleção de cassetes com depoimentos de Napumoceno desde o final dos anos 50, perío

Filme do Dia: Lonesome Lenny (1946), Tex Avery

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  L onesome Lenny (EUA, 1946). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Heck Allen. Música: Scott Bradley. Nesse curta em que uma madame presenteia seu cachorro com um esquilo de estimação, o que menos importa é o enredo em si, mas sim a completa anarquia irreverente e gozadora com o próprio universo da animação que parece chegar a patamares muito além do habitual, até mesmo em se tratando de Avery. Diversos são os momentos antológicos, desde a presença do Lobo janota que praticamente foi o destaque na carreira inicial do realizador, aqui numa ponta e vestido a caráter como sempre, como um dos animais de estimação da loja até a ensandecida perseguição do cachorro ao esquilo que acaba somando diversos outros elementos estranhos a ação como um elefante e um casal humano, sendo que o próprio esquilo comenta com o espectador, a   determinado momento, o quanto tudo aquilo é maluco, antecipando em décadas o humor de Apertem os Cintos...O Piloto Sumiu . Noutro momento, cachorro e esquilo

Filme do Dia: Garotas Modernas (1928), Harry Beaumont

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G arotas Modernas ( Our Dancing Daughters , EUA, 1928). Direção: Harry Beaumont. Rot. Original: Josephine Lovett. Fotografia: George Barnes. Montagem: William Hamilton & Margaret Booth. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Figurinos: David Cox. Com: Joan Crawford, Johnny Mack Brown, Anita Page, Dorothy Sebastian, Nils Ashter, Edward J.Nugent, Kathlyn Williams, Dorothy Cumming, Huntley Gordon. Diana Medford (Crawford), leva uma vida hedonista e despreocupada, como a de seus amigos, até conhecer numa festa Ben Blaine (Brown), por quem se apaixona perdidamente. Ben é também motivo de disputa de Ann (Page), pois sua mãe lhe alertou sobre a fortuna do mesmo. Diana tem como sua melhor amiga, Beatrice (Sebastian), que casa com Norman (Ashter), mesmo esse sabendo que ela não é mais virgem. Ben,  apaixonado por Diana, casa-se com Ann, que mantém um relacionamento amoroso com Freddie (Nugent). Inconformado com a postura recorrente da esposa, Ben vai a festa de despedida de Diana, que se aus

Filme do Dia: Boo Hoo Baby (1951), Seymour Kneitel

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B oo Hoo Baby (EUA, 1951). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Larz Bourne. Gasparzinho decide abandonar a casa dos pais pois não se sente orientado para uma vida de assustar as pessoas. Ele encontra um bebê abandonado diante da porta e se torna a maior atração de um orfanato. Quando uma enfermeira descobre que algo está ocorrendo lá, fogem desesperadas do fantasma. Porém, um policial e uma enfermeira percebem o quanto as crianças gostam dele e o chamam de volta. Boa parte das tiradas cômicas se encontram associadas com a reação desesperada das pessoas ao encontrar com Gasparzinho, como é o caso do policial que se refugia nos braços da enfermeira. Aqui, de forma menos habitual que nas insípidas produções da série, ainda se pode vislumbrar algo de um pouco diferente, que é uma brincadeira com o “longo braço da lei”, representado literalmente pelo braço do policial que chama o protagonista de volta para a instituição. Famous Studios para Paramount Pictures. 7 minutos e 14 se