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Filme do Dia: O Guardião da Floresta (1996), Volker Schlöndorff

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O Guardião da Floresta ( Der Unhold , Alemanha/França, 1996). Direção: Volker Schlöndorff. Rot. Adaptado: Jean-Claude Carrière & Volker Schölondorff, baseado no romance Le Roi des Aulnes, de Michel Tournier. Fotografia: Bruno de Keyzer. Música: Michael Nyman. Montagem: Nicolas Gaster & Peter Przygodda. Dir. de arte: Ezio Frigerio, Susanne Hein, Heinz Röske & Didier Naert. Cenografia: Bernhard Henrich &  Heinz Röske. Figurinos: Anna B. Sheppard. Com: John Malkovich, Gottfried John, Marianne Sägebrecht, Volker Spengler, Heino Ferch. Dieter Laser, Sasha Hanau, Ilja Smoljanski, Armin Mueller-Stahl, Caspar Salmon, Daniel Smith .         Abel (Salmon) desde criança é tido como diferente das outras. Considerado bobo, passa a ser protegido por um garoto (Smith) que possui certas liberdades na escola. Sempre bode expiatório de todas as indisciplinas escolares, acredita possuir poderes secretos quando se concretizara o que ansiara, um incêndio na escola. Passa a ser fotógraf

Filme do Dia: Orfeu (1950), Jean Cocteau

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Orfeu (Orphée , França, 1950). Direção e Rot. Original: Jean Cocteau. Fotografia: Nicolas Hayer. Música: Georges Auric. Montagem: Jacqueline Sadoul. Dir. de arte: Jean d' Eaubonne. Figurinos: Marcel Escoffier. Com: Jean Marais, François Périer, Maria Casarès, Marie Déa, Edouard Dermithe, Henri Crémieux, Juliette Gréco, Roger Blin.       Orfeu (Marais) é um poeta reverenciado que desperta paixões intensas, tanto de seus admiradores quanto de seus detratores. Em meio a uma briga generalizada que ocorre em um bar freqüentado por artistas de vanguarda, ele se sente atraído por uma senhora (Casàres) que leva um jovem poeta de 18 anos, Cegeste (Dermithe), atropelado, em seu carro, que o chama. Dentro do carro, ele não consegue que ela responda nada sobre o que acontece e constata que o jovem se encontra morto. O que ele não sabe é que tal mulher é, na verdade, a Morte, que conta com dois asseclas seus, Heurtebise (Périer) e o recém-falecido Cegeste. A Morte, apaixonada por Orfeu,

Filme do Dia: Cantando na Chuva (1952), Stanley Donen & Gene Kelly

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Cantando na Chuva ( Singin´in the Rain , EUA, 1952). Direção: Stanley Donen & Gene Kelly. Fotografia: Harold Rosson. Montagem: Adrianne Fazan. Dir. de arte: Randall Duell & Cedric Gibbons. Cenografia: Jacques Mapes & Edwin B. Willis. Figurinos: Walter Plunkett. Com: Gene Kelly, Donald O´Connor, Debbie Reynolds , Jean Hagen, Millard Mitchell, Cyd Charisse, Douglas Fowley, Rita Moreno. O impacto da mudança para o filme sonoro protagonizado pelo sucesso de O Cantor de Jazz e da nova técnica introduzida pela Warner faz com que a angústia e o nervosismo se abatam sobre elenco e técnicos da Monumental Pictures de R.F. Simpson (Mitchell), sobretudo a estrela Lina Lamont (Hagen), de dicção sofrível e par do galã Don Lockwood (Kelly). A idéia de realizar um musical, novo gênero emergente, encontra o obstáculo de Lamont. Outro astro da companhia, Cosmo Brown (O´Connor) tem a idéia de fazer uso da voz da jovem Kathy Selden (Reynolds), namorada de Don, para dublar Lina. A es
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Filme do Dia: Tepeyac (1917), Carlos E. González, José Manuel Ramos & Fernando Sáyago

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Tepeyac (México, 1917). Direção: Carlos E. González, José Manuel Ramos & Fernando Sáyago. Rot. Original: Carlos E. González & José Manuel Ramos. Fotografia: Ladislao Cortés. Com: Roberto Arroyo Carillo, Pilar Cota, Gabriel Montiel, Emilia Otaza, Beatriz de Córdova, José Manuel Ramos, Luis García Carrilo, Carlos E. González. Noiva de Carlos (Carillo), Lupita vê com bastante pesar sua partida. Pouco tempo depois, observa desesperada que o navio no qual se encontrava, de bandeira francesa, foi afundado por um submarino alemão. Aflita, deprimida e consolada por sua mãe (Otaza), Lupita tenta conciliar o sono lendo a história do índio Juan Diego (Montiel), a quem a Virgem de Guadalupe (de Córdova) aparecia com frequência. Preocupado com a saúde agravada do tio, Juan Diego busca se desvencilhar da aparição, temendo recriminações e vai por outro caminho, novamente a encontrando. Ela pede que ele colha flores em cima de um despenhadeiro e as leve ao bispo (Ramos). Quando esse as le

Filme do Dia: Cinco Centímetros por Segundo (2007), Makoto Shinkai

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Cinco Centímetros por Segundo ( Byôsoku 5 Senchimêtoru , Japão, 2007). Direção, Fotografia, Montagem e Dir. de arte: Makoto Shinkai. Rot. Original: Makoto Shinkai, a partir de seu próprio argumento. Música: Tenmon. O sensível adolescente Takaki se torna completamente cúmplice de sua colega de classe Akari. Os dois se aproximam e quando esboçam uma relação, Takaki recebe a notícia de que deverá mudar de cidade, por conta da mudança de empregos dos seus pais. A dolorosa separação provoca um impacto na vida de ambos. Eles ainda tentam manter a amizade, mas a própria vida se encarrega de separá-los. Uma nova colega de classe de Takaki, Kanae se apaixona por ele, mas Takaki ainda se encontra visivelmente vinculado ao passado e a Akari. Mais velho e já trabalhando Takaki se sente inadequado no universo profissional. Embora sua narrativa tenha aspectos interessantes, é sobretudo suas magníficas imagens que chamam a atenção, com seus halos de luz, objetos profusamente táteis e floco
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The Film Handbook#43: Busby Berkeley

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A coreografia caracteristicamente caleidoscópica de Busby Berkeley de um plano extraído da sequencia de By the Waterfall em Belezas em Revista / Footlight Parade B usby Berkeley Nascimento: 29/11/1895, Los Angeles, Califórnia, EUA Morte : 14/03/1976,  Palm Springs, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1930-62 Se William Berkeley Enos não foi o melhor diretor de musicais dos anos 30, foi certamente o mais original diretor de sequencias musicais. A maior parte de sua carreira, sua imaginação fantástica foi chamada simplesmente para inventar os mais espetaculares números de dança que iriam animar ou distrair dos enredos mornos e batidos. Nascido em uma família de teatro - sua mãe foi trabalhar na noite quando seu pai morreu, incutindo-o com a ideia que "o show deve continuar" - Berkeley passou boa parte da I Guerra Mundial coreografando desfiles e shows encenados para os acampamentos do exército. Os tempos de paz o encontraram-no produzindo musicais da Bro

Filme do Dia: A Vila Santo-Sospir (1952), Jean Cocteau

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A Vila Santo-Sospir ( La Villa Santo-Sospir , França, 1952). Direção: Jean Cocteau. Nessa rara experiência do cineasta com cores e em 16 mm, Cocteau descreve a vila que dá nome ao curta, propriedade da amiga Francine Weisweiler, em Saint-Jean-Cap-Ferrat, na paradisíaca Côte D´Azur. Engenhoso e cheio de espirituosidade, refletindo a própria personalidade do cineasta, o filma se centra, sobretudo, nas obras do Cocteau pintor e desenhista, explicadas por ele próprio, que tomam conta de todos os espaços da residência e acabam se expandido para os quadros que pinta em um ateliê improvisado. Porém, apresenta igualmente o talento manual de Cocteau na confecção de rosas (que como a proprietária e quase tudo do filme, seriam integradas ao universo de seu último filme, O Testamento de Orfeu , de oito anos após). Talvez seu único pecadilho, um mal menor diante de tantas imagens deslumbrantes, seja sua excessiva metragem. 36 minutos.

Filme do Dia: A Família do Barulho (1970), Júlio Bressane

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A Família do Barulho (Brasil, 1970). Direção e Rot. Original: Júlio Bressane. Fotografia: Lauro Escorel & Renato Laclete. Música: Guilherme Magalhães Vaz. Montagem: Mair Tavares & Amaury Alves. Dir. de arte: Guará Rodrigues. Com: Maria Gladys, Wilson Grey, Helena Ignez, Grande Othelo, Poty, Guará Rodrigues, Kleber Santos. Uma “família” no qual um malandro e um mais frágil se relacionam com uma mulher debochada (Ignez). Os dois homens buscam, através de um homossexual (Othelo) conseguirem uma odalisca (Gladys) que irá resolver a vida deles. Porém, a odalisca se entende com a mulher debochada e partem ambas, voltando a situação inicial. Sem maiores preocupações narrativas, Bressane apresenta uma série de situações, a maioria das quais se repete ao longo do filme, fazendo uso de recursos diversos como a luz estourada semelhante ao efeito em negativo (explorada por Gláuber em sequências de Terra em Transe ), tela escura, fotos fixas que não possuem qualquer relação direta

Filme do Dia: Os Deuses Vencidos (1958), Edward Dmytryk

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Os Deuses Vencidos ( The Young Lions , EUA, 1958). Direção: Edward Dmytryk. Rot. Adaptado: Edward Anhalt, baseado no romance de Irwin Shaw. Fotografia: Joseph MacDonald. Música: Hugo Friedhofer. Montagem: Dorothy Spencer. Dir. de arte: Addison Hehr & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Stuart A. Reiss & Walter M. Scott. Figurinos: Adele Balkan. Com: Marlon Brando, Montgomery Clift, Dean Martin, Hope Lange, Barbara Rush, May Britt, Maximilian Schell, Dora Doll, Lee Van Cleef, Liliane Montevecchi.        A explosão da II Guerra Mundial transforma relações como a do jovem Tenente Christian Diestl, rejeitado pela sua namorada americana por seu entusiasmo pelos nazistas, ao mesmo tempo que aproxima o astro de musicais e mulherengo Michael Whiteacre (Martin) de sua namorada Margaret (Rush) e faz com que o tímido Noah se case com a provinciana Hope (Lange). Em conflito permanente consigo próprio, por não ter coragem para ir ao campo de batalha, ao contrário de Noah, que considera um her

Blur (The Best Of) - She's So High

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It is the essence of poetry that liberates us from the reality of the accepted and firmly established world, in which we believe we are living, to open up to us the multiform relations of other worlds which are possible, however evanescent. Leo Spitzer, 1963.

Filme do Dia: O Amigo Americano (1977), Wim Wenders

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O Amigo Americano ( Der Amerikanische Freund , Al. Ocidental/França, 1977). Direção: Wim Wenders. Rot. Adaptado: Wim Wenders, a partir do romance Ripley’s Game , de Patricia Highsmith. Fotografia: Robby Müller. Música: Jürgen Knieper. Montagem: Peter Pryzgodda. Dir. de arte: Heidi Lüdi & Toni Lüdi. Figurinos: Isolde Nist. Com: Bruno Ganz, Dennis Hopper, Lisa Kreuzer, Gerard Blain, Nicholas Ray , Samuel Fuller, Peter Lilienthal, Daniel Schmid, Jean Eustache, Lou Castel, Andreas Dedecke.           O pacato Jonathan Zimmerman (Ganz), que trabalha realizando molduras se envolve com os crimes encomendados pelo mafioso Minot (Blain), por indicação de Tom Ripley (Hopper), que acredita que ninguém jamais desconfiará de uma pessoa como ele. Tendo sabido que se encontra em estado terminal, consideração comprovada pelos exames médicos que efetua em Paris às custas de Minot, e desejando deixar algo para a mulher Marianne (Kreuzer) e o filho Daniel, Zimmerman comete o primeiro crime com

Filme do Dia: Eu Fui a Secretária de Hitler (2002), André Heller & Othmar Schmiderer

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Eu Fui a Secretária de Hitler ( Im Toten Winkel – Hitlers Sekretärin , Áustria, 2002). Direção e Rot. Original: André Heller & Othmar Schmiderer. Fotografia: Othmar Schmiderer. Montagem: Daniel Poehacker. Documentário que procura apagar quase que totalmente qualquer outro vestígio que não seja relacionado aos depoimentos de Traudl Junge, secretária pessoal de Hitler entre 1942 e 1945. Cientes da oportunidade que tinham em mãos, os cineastas abdicam de qualquer outro recurso formal mais elaborado, a não ser uma modesta utilização da exibição das imagens de depoimentos anteriores da protagonista para ela própria, que corrige, complementa e faz uma auto-crítica de algumas de suas falas. Ao contrário de uma produção que também revisita à época através do olhar de uma participante, Leni Riefensthal: A Deusa Imperfeita (1993), não existe, com exceção de raros momentos, seja a explicitação das perguntas feitas ou qualquer confrontação mais direta com a depoente. Praticamente toda

Glenn Gould 1/4 Goldberg Variations (HQ audio - 1981)

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Filme do Dia: Deixe a Luz Acesa (2012), Ira Sachs

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Deixe a Luz Acesa ( Keep the Lights On , EUA, 2012). Direção: Ira Sachs. Rot. Original: Ira Sachs & Mauricio Zacharias. Fotografia: Thimios Bakatakis. Música: Arthur Russell. Montagem: Affonso Gonçalves. Dir. de arte: Amy Williams & Laura Miller. Cenografia: Amilia Tybinka. Figurinos: Liz Vastola. Com: Thure Lindhardt, Zachary Booth, Marilyn Neimark, Paprika Steen, Sebastian La Cause, Julianne Nicholson, Sarah Hess, Roberta Kirschbaum. Já na faixa dos 40 anos, o documentarista Erik Rothman (Lindhardt) envolve-se com o gay não assumido Paul (Booth), que possui então uma namorada. Os dois  vivenciam uma relação intensa e vão morar juntos. No entanto, Paul passa a se tornar cada vez mais ausente. Erik descobre que ele se encontra viciado em crack. Erik tenta acompanha-lo mas Paul afunda cada vez mais nas drogas. Anos depois, eles tentam retomar a relação, mas Paul deixa claro que não quer mais fazer sexo com Erik. Erik aceita inicialmente, mas aos poucos sua ansiedade e frust

Filme do Dia: Alô, Alô Carnaval (1936), Adhemar Gonzaga

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Alô, Alô Carnaval (Brasil, 1936). Direção: Adhemar Gonzaga. Rot. Original: Ruy Costa & Adhemar Gonzaga, a partir do argumento de Alberto Ribeiro & João de Barro. Fotografia: Edgar Brasil, Victor Ciacchi & Antonio Medeiros. Montagem: A.P. Castro, Ruy Costa, Moacyr Fenelon & Adhemar Gonzaga. Dir. de arte: J. Carlos, Emílio Cazalegno & Ruy Costa. Com: Jaime Costa, Barbosa Júnior, Pinto Filho, Oscarito , Lelita Rosa, Almirante, Francisco Alves, Lamartine Babo, Carmen Miranda , Aurora Miranda, Dircinha Batista, Alzirinha Camargo, Mário Reis, Rosina Pagã, Elvira Pagã Dois autores (Barbosa Jr. e Pinto Filho) de uma revista musical não conseguem apoio financeiro para montar o espetáculo. O empresário (Costa) de um cassino que os havia esnobado anteriormente, os chama a contragosto para suprir uma eventual lacuna em sua programação. Constrangedoramente amador seja em termos de elaboração dos planos – sem a menor noção de continuidade e de corte – ou na disposição dos

The Film Handbook#42: Georges Franju

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Georges Franju Nascimento: 12/04/1912, Fougères, França Morte : 05/11/1987, Paris, França Carreira  (como diretor): 1934-74 Georges Franju combinou realismo com fantasia, poesia e polêmica, selvageria e ternura com efeito único.Impregnando seus filmes de uma antipatia surrealista às noções estabelecidas de normalidade, ele foi um dos mais ferozes visionários independentes do cinema. Antes de se tornar diretor em tempo integral, Franju escreveu críticas, trabalhou em documentários científicos e foi co-fundador (com Henri Langlois, seu parceiro no curta amador de 1934 em 16 mm   Le Métro ) da Cinemateca Francesa. Em 1949, o curta documental O Sangue das Bestas/Le Sang des Bêtes > 1 , um olhar arrojado e inflexível sobre o trabalho brutal em um açougue parisiense, estabeleceu-o como um moralista de integridade rara; suas imagens pungentes e anti-sentimentais, mas admiravelmente compostas são menos de propaganda vegetariana que uma intimação para que lembremos das vítimas de n

Filme do Dia: Maus Hábitos (1983), Pedro Almodóvar

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Maus Hábitos ( Entre tinieblas , Espanha, 1983). Direção:  Pedro Almodóvar. Rot. Original: Pedro Almodóvar,  baseado em seu próprio argumento. Fotografia: Ángel Luis Fernández. Música: Cam España. Montagem: José Salcedo. Dir. de arte: Román Arango &   Pin Morales. Figurinos: Francis Montesinos, Teresa Nieto & Peris. Com: Cristina Sánchez Pascual, Julieta Serrano, Marisa Paredes, Mary Carrillo, Lina Canalejas, Manuel Zarzo, Carmen Maura, Chus Lampreave, Laura Cepeda, Cecília Roth.          Yolanda Bel (Pascual), cantora que teme ser envolvida na morte de um amante viciado, refugia-se no convento da ordem das Redentoras Redimidas, duas das quais assistiram sua apresentação e pediram autográfo no final. No convento, ela aos poucos descobre os comportamentos mais heterodoxos possíveis, justificados pela premissa de que Jesus ama os pecadores e os que vivem na miséria espiritual. Desde o jejum violento de Julia e sua paixão homossexual por Yolanda até as denominações das freira