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Filme do Dia: Rápido no Gatilho (1945), Friz Freleng

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  Rápido no Gatilho ( Hare Trigger , EUA, 1945). Direção Friz Freleng. Rot. Original Michael Maltese. Música Carl W. Stalling. Montagem Treg Brown. No Velho Oeste, Pernalonga enfrentará o perigoso assaltante de trens Eufrasino. Eufrasino é um procurado assaltante de trens que tem o azar de assaltar um onde se encontra Pernalonga. Brinca-se com os motes do western, como é o caso do inevitável duelo e, numa cena que Pernalonga abre um vagão de luxo, depara-se com as imagens de uma agitada festa em um saloon de Uma Cidade que Surge , filme que Curtiz havia dirigido para o estúdio seis anos antes. Filme que terá trechos de briga reproduzidos mais adiante, e que Pernalonga encaminha Eufrasino a entrar no vagão nesse momento. E brinca satiricamente com os protocolos da situação iminente de morte, com cartelas indagando se será o fim do “nosso herói”. Situação complicada em que ele amarrado por uma corda, com uma bigorna a acentuar o peso que o levará ao abismo que o trem começa a atra

Filme do Dia: A Suffragette in Spite of Himself (1912), Ashley Miller

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  A   Suffragette in Spite of Himself (EUA, 1912). Direção: Ashley Miller.  Rot. Original: Brannister Merwin. Com: Marc McDermott, Mirian Nesbitt, Ethel Browning. Anti-sufragista ferrenho, senhor (McDermott) vai a uma reunião de outros homens que pensam como ele e é escorraçado por esses por conta de ter sido pregado às suas costas, sem o saber, uma reivindicação de voto feminino, por dois garotos. Para complicar sua situação, quebra acidentalmente os vidros de uma banca, atividade associada comumente com as sufragistas. Quando é capturado pela polícia, um grupo de sufragistas vem em seu socorro e o liberta das mãos dos policiais. Aventurando-se em temas políticos (e polêmicos) de sua época, de modo pouco usual, sobretudo para o cinema norte-americano (na França Alice Guy o fazia com maior frequência), este filme, mesmo com a superficialidade afeita ao gênero cômico, também demonstra as diferenças serem fruto de diferenças de classe – a empregada da casa é pela causa sufragista, en

O Dicionário Biográfico de Cinema#123: James Garner

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  James Garner (James Scott Baumgarner) n. Norman, Oklahoma, 1928* E ste livro tem sempre acreditado que seu alvo são carreiras realizadas no cinema - os filmes. No entanto, mesmo em meados dos anos 70, ficou evidente que muitas das estrelas do cinema haviam se movido para a tela menor para se manter nos negócios. Ainda há um esnobismo ativo em voga que acredita que os filmes são mais prestigiosos que a televisão. Até hoje, são poucas as estrelas que não façam televisão. Mas existem carreiras como a de Lucille Balll que, digamos, acordaram com a TV. Por muitas décadas hoje, mais pessoas tem assistido TV que ido ao cinema. Nos últimos vinte anos, tem existido indubitavelmente carreiras realizadas na tela pequena (e não incluídas neste livro): por exemplo, Mary Tyler Moore, Ed Asner, Carol O'Connor, Henry Winkler, Larry Hagman, Joan Collins...Shelley Long, Ted Danson e Roseanne Arnold.  C om desculpas a todas estas pessoas, e com um profundo senso que a televisão tem sido negligencia

Filme do Dia: Infâmia (1961), William Wyler

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  I nfâmia ( The Children´s Hour , EUA, 1961).  Direção: William Wyler. Rot. Adaptado: John Michael Hayes, baseado na peça de Lillian Hellman. Fotografia: John Michael Hayes, baseado na peça de Lilian Hellman. Fotografia: Franz Planer. Música: Alex North. Montagem: Robert Swink. Dir. de arte: Fernando Carrere.  Cenografia: Edward G. Boyle. Figurinos: Dorothy Jenkins. Com: Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, James Garner , Mirian Hopkins, Fay Bainter, Karen Balkin, Veronica Carthwright, Mimi Gibson. A escola particular recém-criada pelas amigas desde o colegial Karen (Hepburn) e Martha (MacLaine) se vê praticamente fechada, assim como a própria vida pessoal delas arruinada, quando a garota Mary Tilfford (Balkin) conta a sua avó Amelia (Bainter), sobre a suposta relação lésbica entre as duas professoras. O fato abala igualmente a relação entre Karen e seu noivo Joe (Garner). Quando fica comprovada a mentira de Mary, a própria Karen se sente balançada e se afasta do noivo, convidando Martha

Guia Crítico de Diretores Japoneses#5: Kenji Mizoguchi

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  MIZOGUCHI, Kenji (16 de maio de 1898 - 23 de agosto de 1956) 溝口健二 Um dos maiores realizadores japoneses, Mizoguchi conquistou reconhecimento internacional somente nos últimos anos de sua vida, quando os festivais europeus começaram a exibir seus filmes de época melancólicos, belos e serenamente comoventes. Estas últimas obras permanecem suas mais conhecidas, mas formam somente parte de uma obra de insuperável variedade, graça, e complexidade, que remonta à era muda. A obra de Mizoguchi nos anos vinte é quase totalmente perdida, mas algumas resenhas e sinopses sobreviventes sugerem um ecletismo considerável e abertura a influência do Ocidente: nesse sentido, Kiri no Minato  ( Foggy Harbour , 1923) foi uma versão de Anna Christie ; enquanto Chî to Reî ( Blood and Soul , 1923), imitava as técnicas do Expressionismo Alemão. Dentro de poucos anos, no entanto, Mizoguchi havia se voltado rumo a temas nativos japoneses: Nihonbashi (1929), Taki no Shiraito  ( Feiticeira das Águas , 1933), e

Filme do Dia: Lisbela e o Prisioneiro (2003), Guel Arraes

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  L isbela e o Prisioneiro (Brasil, 2003). Direção: Guel Arraes. Rot. Adaptado: Guel Arraes, Pedro Cardoso & Jorge Furtado, baseado na peça de Osmar Lins. Fotografia: Ulrich Burtin. Música: João Falcão & André Morais. Montagem: Paulo Henrique Farias. Dir. de arte: Cláudio Amaral Peixoto. Figurinos: Emilia Duncan. Com: Selton Mello, Débora Falabella, Virginia Cavendish, Marco Nanini, Bruno Garcia, Tadeu Mello, André Matos, Lívia Falcão. O artista mambembe Léleu (Mello), conquistador incorrigível, acaba apaixonando-se perdidamente por Lisbela (Falabella), que conhece no interior de Sergipe, filha do conservador e viúvo Tenente Guedes (Mattos). Lisbela é prometida de Douglas (Garcia), um jovem pretensioso que conheceu o Rio de Janeiro e voltou esnobando a província. E é fã inverterada de cinema e nas telas projeta identifica seus sonhos e martírios. Léleu vem sendo perseguido há tempos pelo matador Frederico Evandro (Nanini), por ter mantido relações com sua esposa, a fogosa Ina

Filme do Dia: Melody (1953), Ward Kimball & Charles A. Nichols

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  M elody (EUA, 1953). Direção: Ward Kimball & Charles A. Nichols. Através da aula de um professor Coruja, um grupo de pássaros aprende algo sobre melodia, neste que era para ser o primeiro de uma série que se chamaria “Aventuras na Música”, e da qual vingou apenas outra animação. A habitual colagem que obedece antes aos preceitos ritmados da música do que propriamente a uma lógica narrativa coesa aqui impera com traços já bastante básicos e modernos, manifestamente geométricos em sua origem. Tido como a primeira animação em 3D. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 10 minutos e 9 segundos.