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Filme do Dia: Beija-me, Idiota (1964), Billy Wilder

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  B eija-me, Idiota ( Kiss Me, Stupid , EUA, 1964). Direção: Billy Wilder. Rot. Adaptado: Billy Wilder & L.A. Diamond, a partir da peça de Anna Bonacci. Fotografia: Joseph LaShelle. Música: André Previn. Montagem: Daniel Mandell. Dir. de arte: Alexandre Trauner & Robert Luthardt. Cenografia: Edward G. Boyle. Figurinos: Irene Caine. Com: Ray Walston, Dean Martin , Kim Novak,  Felicia Farr, Cliff Osmond, Barbara Pepper, Skip Ward, Doro Merande. A inusitada dupla de compositores formada pelo frentista Barney (Osmond) e o professor de piano completamente enciumado da esposa Orville (Walston), acreditam que a sorte sorriu para eles quando ninguém menos que o astro do entretenimento Dino (Martin), necessita passar a noite na pacata cidade de Climax, Nevada, por conta de um problema no carro, providencialmente feito por Barney. Barney convence Orville de brigar com a esposa, Zelda (Farr), para   o irrequieto Dino continuar   a permanecer na residência de Orville e...

Filme do Dia: Exploding a Whitehead Torpedo (1900), James H. White

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  E xploding a Whitehead Torpedo (EUA, 1900). Fotografia: James H. White Sem dúvida a grande atração do filme é o efeito majestoso provocado nas águas da explosão de um torpedo. A presença da figura humana em cena - três homens observam a operação de uma canoa situada relativamente perto do evento – acaba servindo tanto para proporcionar uma dimensão da escala de monumentalidade da altura que a água salta quanto como para reforçar o papel de observação de um evento por parte do espectador. Edison Manufacturing Co. 29 segundos.

Filme do Dia: A Audácia é Minha Lei (1955), Allan Dwan

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  A  Audácia é Minha Lei ( Tennessee’s Partner , EUA, 1955). Direção: Allan Dwan. Rot. Adaptado: Milton Krims, D.D. Beauchamp, C. Graham Baker & Teddi Sherman, a partir do conto de Bret Harte. Fotografia: John Alton . Música: Louis Forbes. Montagem: James Leicester. Cenografia: Alfred E. Spencer. Com: John Payne, Ronald Reagan , Rhonda Fleming, Coleen Gray, Anthony Caruso, Morris Ankrum, Leo Gordon, Chubby Johnson. Quando o incorrigível jogador Tennessee (Payne) é pegue desprevenido, um forasteiro, Cowpoke (Reagan) salva sua vida, transformando-se subitamente em seu único amigo em uma cidade hostil a ele e também a sua companheira, a Duquesa (Fleming), conhecida pelo prostíbulo-cassino mais sofisticado da região, disfarçado como casa de casadouras. Cowpoke afirma que espera pelo grande amor de sua vida, Goldie (Gray), que já passou pelos braços de Cowpoke e foi um de seus “descartes”, como a própria Duquesa afirma, de quem sabe não valer um centavo, quanto mais os 5 mil dó...

O Dicionário Biográfico de Cinema#264: Ronald Reagan

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  Ronald Reagan  (1911-2004), n. Tampico, Illinois F oi  a jogada de  carreira mais significativa na história do entretenimento - simples, audaciosa, revolucionária. Desgastado como ator de cinema, esgotado ao longo dos anos na televisão, ele havia assegurado um programa de entrevistas na Costa Oeste chamado Ask the Governor , de 1966 a 1974. Mas foi então vigoroso e amável ainda por cima, e os patrocinadores puderam imaginar uma audiência mais ampla. Ele pode aprender falas durante à noite. Ainda que as esqueça,  fala naturalmente em cinemês. Apenas ocasionalmente se confundia com a direção da câmera, direita ou esquerda, e sua recuperação ao fazer uma segunda tomada era sempre um deleite infalível. Sua caminhada pelo gramado da Casa Branca, seu ato de cobrir a orelha para escutar as perguntas, seu humilde "bem...". Até os bebês o imitavam. Então fez uma série de alcance nacional, na qual, por oito anos, interpretava Mr. President? That's Me , reunindo mais tem...

Filme do Dia: Invocation of My Demon Brother (1969), Kenneth Anger

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  I nvocation of My Demon Brother (EUA, 1969). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Kenneth Anger. Música: Mick Jagger. Com: Kenneth Anger, Bobby Beausoleil, Bill Beutell, Harvey Bialy, Timotha Bialy, Speed Hacker, Lenore Kandel, Anton LaVey. Esse curta psicodélico de Anger, evocativo de uma alucinação por drogas, ainda que menos interessante e mais datado que Scorpio Rising (1965), é uma interessante colagem onde se mescla música pop, homo-erotismo (numa das seqüências mais belas do gênero, assiste-se a casais fazendo sexo, porém o sentido exato  se perde em meio as sobreimpressões utilizadas), satanismo e perfomance. Existem igualmente alusões a Guerra do Vietnã e não se sabe até que ponto Anger foi influenciado pela cultura pop do momento e até que ponto também a influenciou – muito do visual do filme, como os efeitos de multiplicação da mesma imagem, tornaram-se banais nos videoclipes da década seguinte, assim como no desenho de produção de discos, cartazes de...

Filme do Dia: One is Not Enough (1997), Abdollah Alimorad

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  O ne is Not Enough ( Yeki Kam Ast , Irã, 1997). Direção Abdollah Alimorad. Rot. Adaptado Abdollah Alimorad, a partir do conto de Zohreh Parirokh. Fotografia Mohammad Rahim Bakhtiari.  Montagem Changiz Sayad. Homem que passa o dia dormindo, descobre que a galinha que voou para a vizinha, tornou-se o meio de ganhar ovos quando foi buscá-la. Passa a aplicar sistematicamente o mesmo golpe, até o ponto de todas as portas e janelas se fecharem para ele, quando se aproxima com sua galinha. Animação em claymation , atrativa por si só por trazer elementos da cultura visual iraniana, que nos acostumamos a ver em imagens de ação ao vivo, e que ganharia proeminência nos festivais de cinema mundo afora, e no público dos cinemas de arte, mais ou menos por esta época deste curta. Inicia com uma visão aérea da pequena vila onde se sucede a história e a curiosidade em se assistir algo desse modo cinematográfico de tal nacionalidade passa por cima da cópia em questão se encontrar sem lege...

Filme do Dia:A Casa é Escura (1963), Forugh Farrokhzad

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  A   Casa é Escura ( Khanehn Siah Ast , Irã, 1963). Direção,  Rot. Original e Montagem: Forugh Farrokhzad. Fotografia: Soleiman Minasian. Embora o aspecto degredado, por vezes de maneira radical, de seus corpos possam sugerir um olhar voyeurístico-sensacionalista da realizadora, ao mesmo tempo se observa um registro das atividades cotidianas – e geralmente em grupo – dos enfermos de um leprosário no país. O ritmo, em que música e montagem se aliam na conformação de  uma rica tessitura formal, que mesmo não abdicando da expressão autoral da realizadora, não deixa de apresentar a realidade do objeto que ressalta, assim como a ausência de voz over convencional (aqui substituída eminentemente por leituras de poemas) influenciariam grandemente toda uma geração de realizadores conterrâneos. Infelizmente Farrokhzad, ela própria poeta, não assinaria outra produção até o final precoce de sua vida, quatro anos após. A diversão com que as crianças se entregam a uma diversão ...