Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Looney Tunes

Filme do Dia: Gonzales' Tamales (1957), Friz Freleng

Imagem
G onzalez Tamales’ (EUA, 1957). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Warren Foster. Música: Milt Franklin & Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Nessa que é uma das primeiras animações com o personagem Ligeirinho, criado 4 anos antes,  encontra-se tanto o humor fortemente fincado na caricatura de motivos associados à cultura mexicana quanto o habitual dilema cão-caça-gato (no caso aqui, gato caça rato), a partir da situação em que Frajola adentra a narrativa. Existe dois momentos de fato, o que ocorre somente no ambiente “entre mexicanos”, no qual Gonzales é tido como o grande rival de todos os outros “homens” do local, por sua rapidez se encontrar em completa inversão com a malemolência local e, quase Deus Ex Machina , o momento no qual Frajola é “alertado” pelos rivais mexicanos de Ligeirinho através de uma maliciosa carta escrita por eles próprios de desafio ao gato,como tendo sido escrita por aquele. A partir de então, o que ocupa a maior parte do desenho passa a ser a

Filme do Dia: Bugs Bunny Nips the Nips (1944), Friz Freleng

Imagem
B ugs Bunny Nips the Nips (EUA, 1944). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. M ontagem: Tregg Brown.       Pernalonga navegando solitário em uma caixa pelo oceano acaba aportando numa ilha do Pacífico Sul, onde terá que lidar com o exército japonês, matando quase todos ao se disfarçar de sorveteiro, sendo os sorvetes disfarces para bombas.      Mesmo com toda sua crueldade, que aliás era extensiva ao universo da série de personagens animados como um todo do estúdio, e sua alusão a uma certa idiotia por parte senão dos japoneses como um todo, de um deles que se torna mais particularizado - ele pede um novo picolé, pois o seu foi premiado - encontra-se a uma distância abismal de um curta de propaganda anti-nipônico dirigido por alguém do próprio exército como é o caso de Tokio Jokio , tanto na sua concepção de narrativa, quanto na qualidade do desenho e até mesmo ao apresentar traços de humanidade ao inimigo que inexistem no outro. Faz parte d

Filme do Dia: The Weakly Reporter (1944), Chuck Jones

Imagem
T he Weakly Reporter (Estados Unidos, 1944). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown . Três fortes características chamam a atenção nesse produto de exceção da   habitual parceria Maltese-Jones. Primeiro (e daí vem a exceção) se trata de um filme de propaganda, sendo que seu humor consegue ser mais bem sucedido do que alguns exemplares semelhantes dirigidos por Avery. Depois, apresenta visualmente elementos de traços modernos de animação no estilo UPA pouco habituais para a produção do período. Por fim, concentra a maior (e talvez melhor) parte do seu humor em piadas infames em sua misoginia como na sua ironia ao apresentar as mulheres ocupando postos de trabalho na guerra antes reservados somente aos homens, na figura de uma hiper-masculinizada motorista de táxi, guardando os traços habituais da figura masculina   de extrato popular que é marca registrada do animador. Ou ainda quando as soldadas são dispensadas e correm

Filme do Dia: Foney Fables (1942), Friz Freleng

Imagem
F oney Fables (EUA, 1942). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Uma paródia concentrada de diversas fábulas, boa parte delas com a habitual ironia que se contrapõe ao tom infinitamente mais adocicado que Disney as visualizaria, sendo que em vários casos já o havia visualizado ( João e o Pé de Feijão ) e outras viria a fazê-lo ( A Bela Adormecida ). Como em outras produções do gênero, as páginas do livro demarcam a passagem de um trecho – bastante reduzido – de um conto, assim como, ao mesmo tempo, e de forma mais clássica e menos anárquica, evidenciam o caráter de fabulação do próprio desenho-animado. E, como seria ainda mais enfatizado por Avery, boa parte do humor ou pretensão ao mesmo advém da mescla entre os elementos mágicos e desistoricizados dos contos de fadas e situações típicas do mundo moderno, como o gênio que se recusa a sair da lâmpada por se encontrar de greve. Não faltam referências ao esforço d

Filme do Dia: Shop Look & Listen (1940), Friz Freleng

Imagem
S hop Look & Listen (EUA, 1940). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Dave Monahan. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Longe do espírito mais afiado de humor caústico que passará a dominar as animações do estúdio na mesma década, um rato mais velho e experiente apresenta-se e se torna um guia para um passeio panorâmico sobre uma loja de departamentos. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros.   7 minutos e 55 segundos.

Filme do Dia: Curtain Razor (1949), Friz Freleng

Imagem
C urtain Razor (EUA, 1949). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Gaguinho é um empresário que não se abala com os supostos dotes artísticos de seus candidatos, dentre eles uma astuta raposa que irrompe ocasionalmente em seu escritório, dizendo-lhe que possui um número que somente pode ser executado uma única vez. Gaguinho finalmente acede ao desejo da raposa e essa acaba por ingerir vários venenos e explosivos, acendendo um fósforo em seguida. Torna-se mais interessante pela sucessão de gags que apresenta partindo de uma situação única, algo longe de incomum na animação contemporânea, diga-se de passagem, do que propriamente pela elaboração de uma linha narrativa mais convencional. Destaque para o momento em que uma tartaruga apresenta o dom de imitar inúmeras vozes, incluindo a de Pernalonga. O ápice da radicalidade da busca de convencimento através do sensacional, aqui referente ao próprio suicídio do artista, seria

Filme do Dia: Ding Dog Daddy (1942), Friz Freleng

Imagem
D i ng Dog Daddy (EUA, 1942). Direção: Friz Freleng. Rot.Original: Ted Pierce. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. O clima é propício a paixão. Um cachorro observa dois pássaros se amando até ser invocado a respeitar a privacidade do casal. Logo depois ele fica vidrado em uma cadela de porte aristocrático que o esnoba e, por fim, cai de paixão pela esguia estátua de uma cadela que adorna o jardim de uma mansão. Porém, em meio aos seus festejos delirantes, não percebe que a casa possui um cão de guarda feroz. E, após vários enfrentamentos com o mesmo, observa seu objeto de amor ser levado pelo caminhão para uma fábrica em que será reciclada em material de guerra, no caso bombas. O cão consegue em meio a milhares de bombas encontrar a sua Daisy O jovem tolo e enamorado não apenas remete satiricamente aos excessos românticos como ainda, a seu modo, replica, na figura de um cão que é o suprassumo do amor não correspondido, ao eleger para objeto de seu amor mais ardoro

Filme do Dia: Inki and the Minah Bird (1943), Chuck Jones

Imagem
I nki and the Minah Bird (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Os encontros e desencontros entre um leão, um jovem pigmeu e um pássaro preto – ainda que o leão tenha sido esquecido no título original (a determinado momento, e por um curto espaço de tempo, o pigmeu é inclusive esquecido e a interação se dá apenas entre o pássaro e o leão). O estilo menos perfeccionista e seus cenários menos realistas já antecipam o caminho que a animação posteriormente enveredará – sobretudo através da forte influência do grafismo dos estúdios UPA. Seu surrealismo acede que um jovem pigmeu africano ao caçar uma borboleta e quase acerta-la tenha como revide, após uma olhada sintomaticamente cúmplice ao espectador,   um brado de leão que o faz correr desesperado.   E o soturno pássaro negro de andar cadenciado é um de seus maiores atrativos. Leon Schelesinger Studios para Warner Bros. 7 minutos e 28 segundos.

Filme do Dia: Daffy - The Commando (1943), Friz Freleng

Imagem
D affy – The Commando (EUA, 1943). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Patolino embaraça as baterias anti-aéreas dos soldados nazistas – na verdade um comandante tirano e um atrapalhado soldado, antropormifizados devidamente como gaviões. Utilizando truques e saídas espirituoso-sádicas mais aproximadas da caracterização de seu rival, Pernalonga,   a animação, de evidente propaganda de guerra tem como um de seus maiores trunfos as falas em alemão dos personagens nazistas, e a composição clichê de seu oficial, com direito a monóculo e um tom de voz extremamente arrogante, assim como Patolino fazendo uso de cartelas na própria mão para traduzir para o inglês o que fala em alemão para o oficial numa cabine telefônica. Assim como um telegrama timbrado em que ocorre mais uma alusão irônica a Vinhas da Ira , romance de Steinbeck há um punhado de anos levado às telas. O telegrama é assinado pelos “Apes of Wrath”, título o

Filme do Dia: A Day at the Zoo (1939), Tex Avery

Imagem
A   Day at the Zoo (EUA, 1939). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Melvin Millar. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. A verve ultra-irônica de Avery se detém sobre o universo do zoológico. Como era habitual nas animações do período do estúdio, não existem personagens fixos e aqui tampouco propriamente uma narrativa no sentido mais convencional, antes sketches frouxos, nos quais a o único arremedo de costura é proporcionado pelas gags . Avery e seu roteirista investem em clichês conhecidos, como o de não alimentar ou perturbar animais (no último caso, através de da recorrência a imagem de um homem que se divide entre troçar do leão e se sentir arrependido quando flagrado pelo narrador, acabando no estômago do mesmo), mas tampouco deixa de pensar a inversão de papéis, literalmente negociada por um macaco, que convence um funcionário do zôo a enjaular o homem, nitidamente parecido com ele, que o observava. Leon Schelsinger Studios para Warner Bros. Pictures. 7 minutos e

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng

Imagem
Q uem é a Bruxa? ( Which is Witch , EUA, 1949). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Pernalonga se depara na África com um médico-curandeiro pigmeu que o importuna em um primeiro momento e depois o leva para cozinhar. Ele consegue fugir e embarcar numa barcaça do estilo que navega pelos rios do delta do Mississipi. O pequenino, como o chama, nada até a barcaça, mas é engolido por um jacaré que se nega a devolvê-lo, sendo necessária a intervenção de Pernalonga. Produção rotineira e não das mais inspiradas do estúdio, com sua habitual dose de etnocentrismo como era habitual então, mas sem os excessos talvez de representações contemporâneas sobre a África dos estúdios Disney. Aqui, como em boa parte das animações da Looney Tunes , a tribo se torna, assim como duas “extras” que surgem, não mais que um pano de fundo para a ação centrada apenas na dupla principal. Pernalonga chega a enfiar uns pratos na boca e argolas no p

Filme do Dia: Em Hollywood (1938), Tex Avery

Imagem
E m Hollywood ( Daffy Duck in Hollywood , EUA, 1938). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Dave Monahan. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Num momento eminentemente de transição entre dois estilos distintos, esta animação demonstra que o talento habitual de Avery aqui se encontra ainda mais prejudicado do que o caso de Chuck Jones em semelhante situação (seu Patolino e o Dinossauro , realizado ano seguinte é bem mais interessante e próximo do estilo que se definirá com a série Looney Tunes ). Aqui se parodia, como em muitas animações do período, o universo de Holllywood, através do processo de filmagem e de seu diretor-vedete que é   rebaixado após uma montagem maluca efetivada por seu astro,   Patoliino evidentemente, a partir de material do acervo do estúdio (há uma longa cena que faz uso de imagens de filmes de ação ao vivo, recurso que também seria utilizado posteriormente com maior virtuosidade e efeito cômico por Avery). Hollywood Steps Out (1941), também de Ave

Filme do Dia: Porky and Teabiscuit (1939), Cal Dalton & Ben Hardaway

Imagem
P orky and Teabiscuit (EUA, 1939). Direção: Cal Dalton & Ben Hardaway. Rot. Original: Melvin Millar. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Este animação tardia em preto&branco, quando praticamente todo o universo da animação norte-americano, incluindo o de estúdios ainda menores, já fazia uso das cores, apresenta inusitadas tiradas que acabam tornando seu humor mais divertido do que a média de produção do estúdio na década. Gaguinho “compra” sem querer um pangaré de um espertalhão e, para compensar o prejuízo, inscreve-se numa corrida de cavalos. Destaques para a cena em que ele segue a corda e acha que comprou um garboso cavalo, logo descobrindo a verdade e para a corneta que reproduz o som de uma vitrola. Leon Schlesinger Studios para Warner Bos. 7 minutos e 27 segundos. 

Filme do Dia: Concerto Sem Dó (1946), Friz Freleng

Imagem
C oncerto Sem Dó ( Rhapsody Rabbit , EUA, 1946). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce & Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Pernalonga, pianista virtuoso excentrico se apresenta em um teatro e acaba se deparando com um minúsculo rival à altura que acaba obscurecendo seu brilho, um rato, que ele tenta literalmente destruir sem sucesso. É curioso perceber o quão distinto por vezes é o estilo de Freleng tanto em termos de narrativa quanto de traço dos desenhos com o mesmo personagem efetivados por Chuck Jones ou Robert Camplett. Com relação ao último, os traços mais despojados e menos detalhistas acabariam por derivar numa produção efetivamente empobrecida posteriormente, como é o caso de Shishkabugs (1962), realizado para a TV e assinado pelo mesmo Freleng. A relação entre música e animação é bastante intensa em todo o período clássico, podendo servir o desenho como mera ilustação (como é o caso da série Screen Songs ) para a canção, se tornar um importante

Filme do Dia: A Wild Hare (1940), Tex Avery

Imagem
A Wild Hare (EUA, 1940). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Rich Hogan. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Nessa primeira incursão do personagem de Pernalonga, em sua forma que se tornou convencional (ainda que de traços levemente distintos de produções posteriores), também surge o personagem de Hortelino, deliciosamente dirigindo-se para a câmera e sendo tripudiado por Pernalonga. Talvez um dos traços que o diferencie da produção posterior do estúdio, seja a dos planos bem mais longos, investindo fortemente no efeito da dilatação do tempo para a construção da gag, de modo ainda mais demorado. Assim como para a ausência da utilização de efeitos fáceis ou excessivamente inverossímeis ao estilo das bombas e explosões habituais.  Destaque para os dois beijos na boca de Hortelino pelo malandro coelho e por também ter sido a primeira vez que surgiu a célebre expressão “what´s up, doc?” (traduzida para o português, como “o que é que há, velhinho?”), que acabaria se tornand

Filme do Dia: Coal Black and de Sebben Dwarfs (1943), Robert Clampett

Coal Black and de Sebben Dwarfs (EUA, 1943). Direção: Robert Clampett. Rot. Adaptado: Warren Foster, baseado na história dos Irmãos Grimm. Música: Eddie Beale, Milt Franklyn & Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Essa pérola do anti-politicamente correto demonstra que o  preconceito contra os negros e a sexualidade enquanto temas explícitos não eram restritos somente ao mais renomado Tex Avery. Aqui, Clampett conta em ritmo tão alucinadamente frenético quanto os das várias versões de Chapeuzinho Vermelho exploradas por Avery, e notadamente influenciado por este, uma versão “negra” da história da Branca de Neves completamente ritmada pelo swing da música negra. Da velha negra na cadeira de balanço até as voluptuosas ancas da protagonistas passando por anões que sopram como saxofones vivos, entre inúmeros outros detalhes menores, nada é gratuito nessa sátira que se tornou banida da exibição pública desde 1957. Curiosamente sobra preconceito até contra os japoneses, então no au

Filme do Dia: Easter Yeggs (1947), Robert McKimson

Imagem
Easter Yeggs (EUA, 1947). Direção: Robert McKimson. Rot. Original: Warren Foster. Música: Carl W. Stalling. Pernalonga aceita se tornar o “Coelho da Páscoa” após encontrar um aparentemente esgotado coelho que não pretende mais seguir sua profissão.  Vivendo seu novo papel com alegria e satisfação, logo ele compreenderá os motivos que fizeram o coelho desistir de sua carreira ao se deparar com uma criança sádica e Hortelino, dispostos a maltratá-lo sob todas as formas. Mais uma vez se parodia com um dos valores sagrados da sociedade norte-americana, a Páscoa, pois ao invés das açucaradas produções que desenvolveriam histórias bastante moralistas a partir desse tema, como os da Disney ou da série Color Classics de Fleischer, aqui não existe basicamente vítimas ou heróis, todos os três personagens principais buscando se sair melhor que o outro e Pernalonga rindo descaradamente ao final da derrota que ele impôs ao coelho da páscoa veterano por tê-lo envolvido em tal empreitada des

Filme do Dia: A Tale of Two Kitties (1942), Robert Clampett

Imagem
A Tale of Two Kitties (EUA, 1942). Direção: Robert Clampet. Rot. Original: Warren Foster. Música: Carl W. Stalling. Essa clássica animação sobre dois gatos que pretendem capturar um pássaro foi a estréia de Piu-Piu nas telas, aqui com outro nome e sem ainda a coloração que lhe tornaria característica  (aqui ele é rosado) e já apresentando seu famoso bordão (“Acho que vi um gatinho”), sem ter ainda Frajola como adversário. Da dupla de gatos, um faz o papel do mais experiente e coloca o outro para trabalhar. Alguns dos momentos mais hilários são justamente os da desventuras do gato mais tolo e gordo. O título, uma evidente sátira com o romance de Dickens ( A Tale of Two Cities ) já havia sido utilizado pela primeira série de desenhos do Gato Félix duas décadas antes. Entre algumas das mais espirituosas tiradas do filme, existe uma que troça com o rígido código de censura americano da época – um dos gatos após ter sido pressionado para lhe entregar o pássaro, afirma que o fará se o

Filme do Dia: Pernalonga Ataca de Novo (1948), Friz Freleng

Imagem
Pernalonga Ataca de Novo ( Bugs Bunny Rides Again , EUA, 1948). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce & Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Numa vila do Velho Oeste, todos fogem apavorados com a chegada de Eufrasino ao saloon. O único que fica é Pernalonga que trava um combate com ele em várias modalidades que vão do tradicional duelo a pistola, passando pela divisão do espaço e chegando ao carteado. O espírito anárquico de um Tex Avery anima os momentos iniciais dessa animação, na cena do corredor de balas, sendo os traços do desenho superiores a boa parte do que era produzido então. A sátira, evidentemente, é ao gênero western, inclusive no título original que faz menção ao de um western que deve ter feito bastante sucesso à época – Romeu a Cavalo / Buck Benny Rides Again (1940), de Mark Sandrich . A melhor tirada aqui é da intervenção nonsense de Pernalonga que começa a dançar em meio ao tiroteiro desferido por Eufrasino contra el

Filme do Dia: Falling Hare (1943), Robert Clampett

Imagem
Falling Hare (EUA, 1943). Direção: Robert Camplett. Rot. Original: Warren Foster. Música: Carl W. Stalling. Alistando-se no Exército, Pernalonga sofrerá o pão que o diabo amassou no avião que divide com um gremlin.Os elementos básicos da animação associada aos estúdios Warner e seu personagem mais famoso, encontram-se aqui presentes. O tom blasée de seu protagonista somente se sustenta ao início pois logo apanhará bastante do gremlin coadjuvante que faz ele passar pela maior parte das torturas que Pernalonga pratica em outros personagens. Assim como a interação com o espectador – a certo momento Pernalonga se volta para a câmera e faz uma pergunta. Uma certa ironia com o establishment , particularmente com a censura, mais uma vez parodiada na cartela inicial ou com o próprio milatarismo do momento – sua atuação no Exército é um tanto quanto desanimadora. E, evidentemente, uma forte dose de humor surreal – a súbita parada do avião a um palmo do chão sem qualquer motivação plausív