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Filme do Dia: Amargo Triunfo (1957), Nicholas Ray

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A margo Triunfo ( Bitter Victory , EUA, 1957). Direção: Nicholas Ray . Rot.Adaptado: René Hardy, Gavin Lambert, Nicholas Ray & Paul Gallico, a partir do romance de René Hardy. Fotografia: Michel Kelber. Música: Maurice Leroux. Montagem: Léonide Azar. Dir. de arte: Jean d’Eaubonne. Com: Richard Burton , Curd Jürgens, Ruth Roman, Raymond Pellegrin, Anthony Bushell, Alfred Burke, Sean Kelly, Christopher Lee. Uma missão praticamente suicida é enviada do Cairo a Bengasi. Os dois oficiais que comandarão o grupo são Capitão Leith (Burton), mas experiente no contato com o deserto e amigo de um nativo, Mekrane (Pellegrin), que conhece bastante o deserto e o oficial de carreira, Major Brand (Jürgens), que se torna o comandante da operação. Leith e Brand possuem algo em comum. Leith foi a grande paixão de Jane (Roman), atual mulher de Brand. As hostilidades entre ambos são patentes desde o início da ação, quando no ataque à fortaleza nazista, embora bem sucedida, Brand não possui cora

Filme do Dia: Grandma and the Bad Boys (1900), James H. White

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G randma and the Bad Boys (EUA, 1900) Comparado com produções do ano anterior, tais como Cripple Creek Bar-Room Scene já se consegue percebe o avanço em termos de narrativa. Aqui uma situação é apresentada em toda sua consecução – observamos uma situação cotidiana banal, as crianças montarem a armadilha e o resultado da operação, no caso lesando a própria avó ao colocarem farinha na lamparina que sabem que ela fará uso. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 1 segundo.

Dusan Makavejev (1932-2019)

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Dusan Makavejev (1932-2019) O mundo do cinema está um pouco mais pobre, perdendo um de seus gênios criativos (ainda que por um período de tempo relativamente curto e com filmes que nem todos envelheceram com a mesma força). Cheguei a escrever um artigo acadêmico sobre um documentário dele a partir de um filme de ficção de mesmo nome e é o filme de Makavejev que talvez tenha maior apreço dos que conheço, chamado em português " Inocência Desprotegida ".

Filme do Dia: Daffy - The Commando (1943), Friz Freleng

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D affy – The Commando (EUA, 1943). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Patolino embaraça as baterias anti-aéreas dos soldados nazistas – na verdade um comandante tirano e um atrapalhado soldado, antropormifizados devidamente como gaviões. Utilizando truques e saídas espirituoso-sádicas mais aproximadas da caracterização de seu rival, Pernalonga,   a animação, de evidente propaganda de guerra tem como um de seus maiores trunfos as falas em alemão dos personagens nazistas, e a composição clichê de seu oficial, com direito a monóculo e um tom de voz extremamente arrogante, assim como Patolino fazendo uso de cartelas na própria mão para traduzir para o inglês o que fala em alemão para o oficial numa cabine telefônica. Assim como um telegrama timbrado em que ocorre mais uma alusão irônica a Vinhas da Ira , romance de Steinbeck há um punhado de anos levado às telas. O telegrama é assinado pelos “Apes of Wrath”, título o

The Film Handbook#192: Sergei Einsenstein

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Sergei Eisenstein Nascimento: 23/01/1898, Riga, Latvia, URSS Morte: 11/02/1948, Moscou, URSS Carreira (como diretor): 1924-1946 Há muito tempo considerado um dos mais importantes artistas cinematográficos que o mundo já conheceu, Sergei Mikhailovich Eisenstein foi um gigante entre os realizadores e teóricos, suas contribuições ao cinema definidas pelo seu enorme intelecto e comprometimento com a arte política. Ainda assim, sua influência no desenvolvimento do cinema comercial parece ter sido negligenciada com o passar dos anos. A vida e pensamento de Eisenstein estão inextrincavelmente associados com a sociedade em que viveu. Quando jovem, ele parecia seguir seu pai na carreira de engenheiro de obras, mas após servir o Exército Vermelho, encontrou trabalho como cenógrafo para o teatro. Estudando sob os auspícios de Meyerhold, tornar-se-ia crescentemente interessado em criar uma forma revolucionária de drama proletário no qual as massas, em oposição ao indivíduo, fossem o herói

Filme do Dia: Coelho Cadente (1943), Robert Clampett

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Colho Cadente ( Falling Hare , EUA, 1943). Direção: Robert Camplett.  Rot. Original: Warren Foster. Música: Carl W. Stalling. Alistando-se no Exército, Pernalonga sofrerá o pão que o diabo amassou no avião que divide com um gremlin.Os elementos básicos da animação associada aos estúdios Warner e seu personagem mais famoso, encontram-se aqui presentes. O tom  blasée  de seu protagonista somente se sustenta ao início pois logo apanhará bastante do gremlin coadjuvante que faz ele passar pela maior parte das torturas que Pernalonga pratica em outros personagens. Assim como a interação com o espectador – a certo momento Pernalonga se volta para a câmera e faz uma pergunta. Uma certa ironia com o  establishment , particularmente com a censura, mais uma vez parodiada na cartela inicial ou com o próprio milatarismo do momento – sua atuação no Exército é um tanto quanto desanimadora. E, evidentemente, uma forte dose de humor surreal – a súbita parada do avião a um palmo do chão sem

Filme do Dia: 500 Almas (2004), Joel Pizzini

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5 00 Almas (Brasil, 2004). Direção: Joel Pizzini. Rot. Original: Joel Pizzini, Sérgio Medeiros & Ide Lacreta. Fotografia: Mário Carneiro. Música: Lívio Tragtenberg. Montagem: Ide Lacreta. Sensível busca de tradução do universo mito-poético da comunidade índia Guató, resultando em trabalho de extrema delicadeza e acuidade visual e rítmica, onde a montagem e a composição de imagens buscam traçar uma possível tradução da própria sensibilidade estética e percepção do tempo vivenciados pela comunidade. O resultado final, apresentando o convívio discreto entre a memória e o esquecimento da cultura Guató, tampouco esquece de fazer referência às relações conflitivas no que diz respeito à posse da terra e a morte até hoje não de todo resolvida de uma das maiores lideranças da comunidade. Não é bem sucedido, no entanto, ao optar pelo recurso das dramatizações (com Paulo José e Matheus Nachtergaale) para abordar tais temáticas, que apenas reforçam de modo rasteiro e redundante   aquil