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Eric Clapton- Wonderful Tonight

Posso eu? resolvendo coisas super chatas e mandando para as cucuias a minha operadora de internet e contratando outra em uma lan house e toca essa música...chega me arrepiei!

Morte de um Miliciano Legalista, 1936

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Pontos Focais: 1) Mão e Rifle : O rifle cai da mão do homem enquanto seu corpo desaba no chão. A imagem de Capa mostra o momento da morte e surpreende os observadores com sua proximidade assustadora. A ausência de sangue torna a imagem mais chocante, por ilustrar poderosamente quão súbita a morte pode ser. 2) Montanhas : Peritos examinaram as montanhas para esclarecer o local exato. O debate reflete nosso interesse nas fotografias como registros históricos visuais, bem como as dúvidas em torno de sua autenticidade. As fotos de guerra podem servir de propaganda e como documentos históricos. 3)  Indistinção do Movimento : As câmeras não eram automáticas na época, e o fotografado está ligeiramente fora de foco. A ligeira indistinção aumenta a tensão e o impacto da imagem. A foto marca o momento em que o fotojornalista Capa se torna um fotógrafo de combate: ele opta por tirar a foto apesar das circunstâncias trágicas. 4) Sombra : A longa sombra atrás do soldado legalista

Filme do Dia: A Sala de Música (1958), Satyajit Ray

A Sala de Música ( Jalsaghar , Índia, 1958). Direção: Satyajit Ray . Rot. Adaptado: Satyajit Ray, baseado no romance de Tarashankar Bannerjee. Fotografia: Subrata Mitra. Música: Ustad Vilayat Khan, Asis Kumar, Robin Majumder & Dakhin Mohan Takhur. Montagem: Dulal Dutta. Dir. de arte: Bansi Chandragupta. Com: Chhabi Biswas, Padma Devi, Pinaki Sem Gupta, Gangapada Basu, Tulsi Lahiri, Kali Sarkar, Roshan Kumari, Sardar Akhtar. Nas primeiras décadas do século XX, Huzur Biswambhar (Biswas) é um membro da realeza indiana em franco declínio. Velho e decadente,  ao escutar o som de uma música e saber que se trata da inauguração da sala de música de um novo rico da região, Mahin Ganguly (Basu), passa a recordar os últimos dias de sua riqueza. Sem o menor tino para os negócios e preocupado apenas com a música e com os cavalos, Huzur organiza uma festa, enquanto sua esposa Mahamaya (Devi), preocupada com as extravagâncias do marido, prefere visitar o pai adoecido, levando consigo o filho a

nota de rodapé de um texto porreta

Iniciando a revisão da tradução de uma indiana porreta, Ira Bashkar, que faz a crítica mais sistemática que até hoje meus olhos pousaram, sobre a "poética histórica" e o "neo-formalismo" defendidos por David Bordwell, autor que finalmente começa a ser traduzido no Brasil. Havia registrado que iniciara a tradução do mesmo num artigo que foi publicado no mínimo dois anos atrás...o que era meia-verdade, pois mal havia iniciado...era mais uma carta de intenções. Bashkar não escreve um inglês fácil e fluido como seu criticado e peca pela redundância, mas os argumentos são muito bem defendidos e não destituídos de uma verve apaixonada em sua crítica. Fica aqui a nota de rodapé, última que traduzi, embora seja uma das primeiras  (e, por sinal, ainda não revisei, rs) do texto: É intrigante que Bordwell não se refira a Bakhtin em nenhum dos dois textos nos quais define e discute a “poética histórica”, particularmente quando se leva em conta que uma de suas críticas mai

George Washington, Retrato de Vaughan, 1795

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Gilbert Stuart foi exclusivamente um retratista; em sua carreira de cinco décadas, produziu mais de mil e cem quadros, menos de dez dos quais não foram assemelhados . Dos retratados, um décimo de seus quadros foi de George Washington, a quem foi introduzido pelo amigo em comum, o Chefe do Departamento de Justiça, John Jay. Os similares 104 quadros conhecidos do primeiro presidente se encontram divididos em categorias elaboradas após a compra dos originais de Stuart, das quais ele fez suas próprias réplicas: o George Washington [retrato de Vaughan] foi adquirido por Samuel Vaughan, um comerciante de Londres que era amigo do presidente. Um conservador charmoso, Stuart podia conversar enquanto pintava, assim entretendo seus retratados para manter o frescor de suas expressões durante as longas horas em  que posavam. Para o sério e taciturno Washington, entretanto, a sagacidade loquaz era entediante. "Uma apatia parecia aprisiona-lo, e uma vacuidade parecia se disseminar sobre se

The Beatles - I Will (2009 Stereo Remaster)

Meu Caro Diário, 06/05/2004

Vi um cartaz no posto próximo do metrô onde estava escrito “encontrei cão preto com coleira marrom” e o número do celular. Fiquei imaginando como o bichano estaria sendo tratado. Com o mesmo desprendimento que são os reféns ricos em casas de pobres? Ou com o mesmo apreço que o cartaz de letras vermelhas sobre fundo amarelo havia sido confeccionado? Qual o interesse de quem pôs o anúncio? Receber uma régia – e o termo me faz lembrar Ismail ontem, afirmando que fora muito bem pago pela Globo para oferecer palestras no Projac, mas não “regiamente”, como reproduzira um aluno – recompensa ou apenas ou apenas fazer o bem ser ver a quem? O bichano teria pose de aristocrata? Agora escuto Chet Baker no CCSP em uma canção que não reconheço. Esta manhã saí de minha letargia afásica quando percebi a complicação no qual me vi envolvido com a babaquice de um termo de contrato da CAPES que não pode reconhecer firma aqui e tive que importunar o povo lá de casa. Tentei Van Carder e Cris, mas eles ficar
Al verla, él se deteve y sonrió. (Nueva York, Edward Rutherfurd, p. 20)

Take Five - The Dave Brubeck Quartet (1959)

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Filme do Dia: Um Caso de Amor ou O Drama de uma Empergada da Compania Telefônica (1967), Dusan Makavejev

Um Caso de Amor ou O Drama de uma Empregada da Companhia Telefônica ( Ljubvani Slucaj ili Tragedija Sluzbenice P.T.T. , Iuguslávia, 1967). Direção: Dusan Makavejev. Rot. Original: Dusan Makavejev & Branko Vucicevic. Fotografia: Aleksandar Petkovic. Montagem: Katarina Stojanovic. Dir. de arte: Vladislav Lasic. Figurinos: Jelisaveta Gobecki. Com: Eva Ras, Slobodan Aligrudic, Ruzika Sokic, Miodrag Andric, Aleksander Kostic, Zivojin Aleksic, Dragan Obradovic, Rade  Ljubivasavljevic. Izabela (Ras) é uma telefonista que após várias relações inconseqüentes decide se unir ao inspetor sanitário Ahmed (Aligrudic). A união, que parecia tranqüila, começa a se deteriorar com os períodos de permanência fora de Ahmed, em que Izabela acaba mantendo um contato fortuito com um carteiro (Andrig) em seu trabalho. Grávida, ela busca apoio em Ahmed que a evita e prefere buscar refúgio no álcool. Sua insistência provoca uma reação violenta de Ahmed, que ao empurrá-la faz com que caia em um poço profun

Annie Lennox - No More I Love You's Video

Dan me lembrou a pouco dessa canção, que certamente não lembraria de cabeça, pois não é uma das minhas favoritas de Lennox,
Si tuviera que salvar del fogo una sola de las novelas que he escrito, salvaría ésta [ Conversación en la Catedral ] (Mario Vargas Llosa)

Neil Sedaka...la terza luna

Filme do Dia: A Década que Mudou o Cinema (2003), Ted Demme & Richard LaGravanese

A Década que Mudou o Cinema ( A Decade Under the Influence , EUA, 2003). Direção: Ted Demme & Richard LaGravanese. Fotografia: Tony C. Jannelli & Clyde W. Smith. Montage: Meg Reticker. Documentário que revisita o final dos anos 1960 e, principalmente, a década seguinte, enquanto sinônimo de mudança radical no panorama cinematográfico americano. Apresenta mais do que o desejável em termos de convencionalismo formal, sobretudo se pretende destacar justamente um cinema original – mesmo que essa distinção aqui se faça pelo viés mais popular, onde é a dimensão temática que ganha quase completamente a atenção do mesmo. De todo modo, consegue demonstrar sua afeição pelo tema no modo quase exaustivo com que devassa a produção do período, pagando o preço da evidente falta de profundidade, que, de todo modo, não é exatamente o requisito exigido para uma proposta tão panorâmica. Nem muito menos perceber o quanto há de diferente não apenas entre Spielberg , Lucas e os outros, mas entre

Coleman Hawkins, Django Reinhardt - STARDUST

José Acusado pela Esposa de Potifar

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A aspiração primordial de Rembrandt enquanto artista foi se tornar um grande pintor histórico. No século XVII, a pintura histórica, que significava a descrição de cenas bíblicas, mitológicas e alegóricas, encontrava-se no mais alto escalão da arte. Os teóricos a priorizavam antes de outros temas como paisagens, retratos ou naturezas-mortas por conta do papel da imaginação do artista ser tão crucial para uma interpretação bem sucedida da história e sua moral. Rembrandt extraiu as interpretações de seus temas de três fontes básicas: textos escritos, imagens pictóricas anteriores das cenas e uma análise cuidadosa das emoções humanas tal como ele as observava na vida cotidiana. Ele emprestou então as suas cenas um sentido peculiar através de um sugestivo uso de acentuações de luz e sombras, riqueza de cores e aplicações ousadas de tinta. Rembrandt era particularmente orgulhoso da história de José. Esta cena, extraída do livro do Gênesis, capítulo 39, descreve o momento em que a espo

Filme do Dia: The Mystery of the Third Planet (1981), Roman Kachanov

The Mystery of the Third Planet ( Tayna Tretey Planety , URSS, 1981). Direção: Roman Kachanov. Rot. Adaptado: Kir Bulychyov, baseado em seu próprio livro. Fotografia: Teodor Bunimovich & S vetlanda Kashcheeva. Dir. de arte: Natalya Orlova. Nessa média-metragem de animação, a garota Alisa, seu pai cientista e o piloto da aeronave partem numa missão espacial para buscar animais raros para o zoológico de Moscou e acabam se enolvendo numa conspiração liderada pelo dr. Verhotsev. Talvez o que exista de mais curioso nela, à parte inevitáveis referências ao universo simbólico concreto do momento no qual foi produzido – Alisa admira estátuas gigantes que possuem menos feições futuristas do que a mesma estética dos monumentos inspirados pelo Realismo Socialista – é o involuntário senso de estranhamento provocado pela mescla entre suas imagens e a trilha musical. Se a narrativa em si própria se torna um tanto labiríntica para ser acompanhada sem atenção redobrada seus traços não soam muit
“O estilo [...] é a forma do artista dar a sua expressão do material[ ...].  Através do estilo, ele leva os outros a ver o material através de seus olhos” (Carl Th. Dreyer)