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Filme do Dia: America (1924), D.W. Griffith

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  A merica (EUA, 1924). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Robert W. Chambers, baseado em seu próprio argumento. Fotografia: G.W.Bitzer, Marcel Le Picard, Hendrik Sartov & Harold S. Sintzenich. Música: Joseph Carl Breil & Adolph Fink. Montagem: James & Rose Smith. Dir. de arte: Charles M. Kirk. Cenografia: Charles E. Boss. Com: Neil Hamilton, Erville Alderson, Carol Dempster, Charles Emmett Mack, Lee Baggs, John Dunton, Arthur Donaldson, Charles Bennett, Lionel Barrymore , Sydney Deane. Nathan Holden (Hamilton) é pobre fazendeiro, mas honesto e possui duas grandes paixões: a independência americana da Inglaterra e o amor da aristocrata Tory,   Nancy Montague (Dempster), filha de Sir Ashley Montague (Deane), apaixonado contra-revolucionário. Do lado das forças britânica, o vil e tirano Walter Butler (Barrymore), fiel apenas a seus próprios interesses. Sir Ashley, discutindo com os revolucionários, inclusive Nathan, acaba acidentalmente sendo morto pelo mesmo. Com a inv

Filme do Dia: A Águia Azul (1926), John Ford

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  A   Águia Azul ( The Blue Eagle , EUA, 1926). Direção: John Ford. Rot. Adaptado: Gordon Rigby & Malcolm Stuart Boylan, a partir do conto The Lord’s Referee , de Gerald Beaumont. Fotografia: George Schneiderman. Figurinos: Sam Benson. Com: George O’Brien, Janet Gaynor, William Russell, Margaret Livingston, Robert Edeson, Philip Ford, David Butler, Lew Short. Dois marinheiros, George Darcy (O’Brien) e “Big” Tim Ryan (Russell) disputam os mimos da jovem Rose Kelly (Gaynor), seja na marinha, seja na vida civil após a guerra, quando Padre Joe (Edeson), leva a termo a luta de boxe que havia sido interrompida por um ataque inimigo durante a guerra. No intervalo entre as lutas, George e Big Tim se tornam amigos, a partir do momento que unem as forças para combater os traficantes que tanto mal fazem à sociedade. Esse trabalho rotineiro de Ford para o estúdio do qual era então contratado, que sobreviveu quase completo mas em estado não muito bom de conservação – os poucos lapsos que e

Filme do Dia: O Homem Que Caiu na Terra (1976), Nicolas Roeg

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  O   Homem Que Caiu na Terra ( The Man Who Fell to Earth , Reino Unido, 1976). Direção:  Nicolas Roeg. Rot. Adaptado: Paul Mayersberg, baseado no romance de Walter Tevis. Fotografia: Anthony B. Richmond. Música: John Phillips. Montagem: Graeme Clifford. Dir. de arte: Brian Eatwell. Figurinos: May Routh. Com: David Bowie, Rip Torn, Candy Clark, Buck Henry, Bernie Casey, Jackson D. Kane, Rick Riccardo, Tony Mascia, Linda Hutton. Thomas Jerome Newton (Bowie) é, na verdade, um alienígina que finge passar-se por milionário excêntrico e casa-se com a camareira do hotel em que se hospeda, Mary Lou (Clark), porém logo as intenções de Newton de levar água para seu planeta são frustradas pela ganância terrena em se apossar de seus negócios e sua própria incapacidade de retornar. Nesse delirante filme de Roeg, realizado no auge de sua carreira, a construção de uma atmosfera estranha através da montagem e de um enredo esquizóide, podem ser tanto perturbadores, em seus melhores momentos, como fr

Filme do Dia: Nothing Special (2005), Helena Brooks

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  N othing Special (Nova Zelândia, 2005). Direção: Helena Brooks. Rot. Original: Helena Brooks & Jaquie Brown. Fotografia: Dale McCready. Montagem: Margot Francis. Figurinos: Georgie Hill. Com: Liam Powell, Geraldine Brophy, Kip Chapman, Greg Johnson, Gerard Johnstone, Alison Routledge. Narra a história de uma possessiva e louca mãe (Brophy) que vê no filho a imagem do Cristo renascido. Para fugir da obsessão materna, Billy (Chapman) cresce determinado a ser um homem sem atributos especiais. Porém, sua mãe o encontra no trabalho. Trata-se de uma produção que apresenta a faceta mais perversa, a busca do humor através de uma idéia aparentemente criativa somada a uma produção “eficiente”. O resultado não poderia ir muito além do próprio título. 9 minutos e 53 segundos.

Filme do Dia: Anjos Selvagens (1966), Roger Corman

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  A njos Selvagens ( The Wild Angels , EUA, 1966). Direção: Roger Corman. Rot. Original: Charles B. Griffith. Fotografia: Richard Moore. Música: Mike Curb. Montagem: Monte Hellman. Dir. de arte: Richard Beck-Meyer & Leon Ericksen. Figurinos: Polly Platt. Com: Peter Fonda, Nancy Sinatra, Bruce Dern, Diane Ladd, Buck Taylor, Norman Alden, Michael J. Pollard. Grupo de Hell’s Angels, cujo líder é Heavenly Blues (Fonda), vive se deslocando em busca de prazer ou de ajustar contas com grupos rivais, sempre monitorado pela polícia. Numa dessas fugas, um policial atira contra Joey (Dern), que vai hospitalizado. O grupo decide retirar Joey do hospital, pois ele será encaminhado para a prisão quando se recuperar. Conseguem o tento, com ajuda da namorada de Blues, Mike (Sinatra). Porém, ele não suporta e morre pouco depois.           É curioso se observar já em seus créditos iniciais a presença de um Peter Fonda ainda mais magérrimo em sua motocicleta 3 anos antes do mítico Sem Destino -

Filme do Dia: O Menino e a Garça (2023), Hayao Miyazaki

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  O  Menino e a Garça ( Kimitachi wa   dô Ikiru ka , Japão, 2023). Direção e Rot. Original Hayao Miyazaki. Fotografia Atsushi Okui. Música Joe Hisaishi. Montagem Rie Matsubara, Takeshi Seyama & Akane Shiraishi. Dir. de arte Y ōji Takeshige. Mahito é um garoto que perde a mãe e, finda a Segunda Guerra, parte com o pai de Tóquio, mudando-se para o campo. Seu pai se uniu a irmã da mulher morta, Setsuko, e desde o momento que chega, o garoto percebe uma forte interação de uma grande garça real. Curioso, mesmo acamado por conta de um ferimento provocado em sua cabeça por ele próprio, Mahito vai contra as orientações das velhas que tomam conta do castelo (e dele), avançando sobre um castelo abandonado, guiado pela garça, adentrando em um mundo fantástico, a envolver vivos e mortos, e tempos distintos. O traço de Miyazaki é absurdamente sedutor. Mesmo que se saia confuso e decepcionado da longa – e confusa – experiência aos quais somos convidados a interagir, duplicando a experiê

Filme do Dia: Little Blabbermouse (1940), Friz Freleng

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  L ittle Blabbermouse (EUA, 1940). Direção: Friz Freleng. Rot.Original: Ben Hardaway. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Um rato serve de guia a um grupo de semelhantes em uma visita a uma drugstore. A um determinado momento, todos os produtos da mesma começam a cantar e dançar. Produto típico da série Merrie Melodies , concorrência direta  e menos bem sucedida às Silly Simphonies da Disney. A mesma situação, incluindo o ratinho pequeno que não para de falar que dá nome ao título, foi adaptada sem qualquer dose de criatividade em Shop Look & Listen , produzido no mesmo ano. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 8 minutos e 11 segundos.

Filme do Dia: The Bitter Bit (1899), James Bamforth

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  T he Bitter Bit (Reino Unido, 1899). Direção James Bamforth. Homem pressiona a mangueira com a mão, impedindo o fluxo de água de circular. O homem que regava o jardim estranha e observa a saída da mangueira, quando o homem retira o pé da mesma, esguinchando água sobre. O brincalhão se encontra escondido atrás de uma árvore e quando o alvo de sua brincadeira percebe tudo vai atrás dele, que utiliza a própria árvore para tentar fugir do outro, mas é capturado pelo mesmo que o molha com a mangueira. Bamforth não parece alguém propriamente criativo. Das três produções sobreviventes de sua autoria, ao menos duas são cópias de filmes alheios – no caso de The Kiss in the Tunnel , de um homônimo com enredo similar. E, pior que isso, consegue piorar seus copiados. No caso deste. Com mais tempo para apresentar sua “história” que o célebre O Regador Regado , de quatro anos antes, dos Lumière, uma boa parte do seu tempo é gasta em uma inverossímil brincadeira no estilo pega-pega entre os do

Filme do Dia: 1971: O Ano em Que a Música Mudou o Mundo - Starman (2021)

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  1 971: O Ano em Que a Música Mudou o Mundo ( 1971: The Year That Music Changed Everything - Starman , EUA, 2021). Montagem Sam Blair. Em um movimento que ocorre ao longo da série em 8 partes, do qual esse é o último episódio, parece haver idas e vindas como em uma onda. Aqui se retorna novamente a discutir uma Inglaterra que arrisca voltar aos tempos pré-Beatles, em termos de conservadorismo – e observamos os senhores andando com seus chapéus coco típicos, e um deles sendo ofensivo a um repórter que busca indagar algo nesse sentido dele. E também o retorno a Bowie e John & Yoko.   E quando se utiliza uma canção de Yoko para auxiliar a ilustrar o tema do conservadorismo, parece também se buscar uma valorização que vá contra o apagamento da figura feminina, como ela vivenciou à época, independente da qualidade de sua música. E movimentos de cunho fascista reivindicam uma Inglaterra para os brancos. E escutamos Bob Marley, que também contribuiu com o fantástico repertório do ano,

Filme do Dia: A Victorian Lady in Her Boudoir (1896), Esme Collings

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  A   Victorian Lady in Her Boudoir (Reino Unido, 1896). Fotografia Esme Collings. A composição algo roliça da mulher a se despir é tão testemunho de padrões de beleza distintos dos olhos que observam esta produção com a distância de bem mais de um século, e tão recorrentes nas imagens da época quanto a inescapável função voyeurística do cinema, em termos mais propriamente libidinosos, desde o início das imagens em movimento. Ela se despe em meio a duas cadeiras, que servirão como cabides improvisados onde depositará suas extensas vestes,  e um cenário que busca emular o quarto íntimo ( boudoir para os franceses) da senhora. O fato de ser uma dama da era vitoriana traz um sabor a mais. Como boa stripper , valoriza seu passe, ao sugerir mais que se expor por completo, detendo-se na última peça, uma camisola a qual se pode adivinhar, mais pelos seios que propriamente pelo sexo, que se encontra nua depois deste último obstáculo. A estratégia de se despir, no entanto, emula o naturalis

Filme do Dia: Perdi Meu Corpo (2019), Jérémy Clapin

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  P erdi Meu Corpo ( J’ai Perdu Mon Corps , França, 2019). Direção: Jérémy Clapin. Rot. Adaptado: Jérémy Clapin & Guillaume Laurant, a partir do romance de Laurant. Música: Dan Levy. Montagem: Benjamin Massoubre. Naoufel sonha em ser pianista e astronauta, algo incentivado respectivamente pela mãe e pelo pai, quando criança. Porém, ele se torna, na adolescência, um entregador de pizzas, diante de um pai desinteressado dele e da vida, e de um irmão mais velho irritante e pouco sensível às demandas do jovem. E para piorar, enquanto entregador não possui o menor talento. Certa noite ao ir entregar o produto para uma garota, Gabrielle, que mora no trigésimo quinto andar e após uma demora de quarenta minutos, dado um acidente que vivenciara, Naoufel descobre que a pizza já se encontra completamente destroçada. Ele conversa um longo tempo com Gabrielle pelo interfone. Ela o convida para passar a noite em seu apartamento, mas ele vai embora, após ter comido ele próprio a pizza. Porém, v

Filme do Dia: Sobre Nós (2016), Miguel Moura

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  S obre Nós (Brasil, 2016). Direção, Dir.de Fotografia e Montagem: Miguel Moura. Rot. Original: Chandelly Braz, Samuel Toledo & Miguel Moura. Dir. de arte: Juliana Esquenazi. Figurinos: Julia Souza. Com: Chandelly Braz, Samuel Toledo. Dois amigos de longa data (Braz e Toledo) se reencontram após certo tempo. Dentre eles, à espera do horário para saírem para algum evento, ao fumarem um cigarro, o tempo, algumas memórias compartilhadas de alguém morto, silêncios constrangidos. Sensível e tocante em sua simplicidade, filmado em p&b e a partir de um recorte temporal praticamente o mesmo do tempo em curso durante a ação, trabalha de forma interessante essa dupla interatividade com o tempo – ao mesmo tempo que se move em tempo praticamente real, incluindo silêncios e pausas na fala, há o peso resistente de um tempo ausente-presente, do passado.  Rebuliço e Mãe Joana Filmes. 14 minutos e 49 segundos.

Filme do Dia: Alemanha, Ano Zero (1948), Roberto Rossellini

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  A lemanha, Ano Zero ( Germania, Anno Zero , Itália/França/Alemanha, 1948). Direção : Roberto Rossellini. Rot. Original: Roberto Rossellini, Sergio Amidei, Carlo Lizzani, Max Kolpé, a partir de uma ideia de Basilio Franchina. Fotografia: Robert Juillard. Música: Renzo Rossellini. Montagem: Eraldo Da Roma. Dir. de arte: Piero Filippone. Com: Edmund Moeschke, Ernst Pittschau, Ingetraud Hinze, Franz-Otto Krüger, Erich Gühne, Jo Herbst, Barbara Hintz, Karl Krüger, Hans Sangen. Alemanha do imediato pós-guerra. Edmund (Moeschke) vive de pequenos furtos e biscates, assim como os que lhe dá um pedófilo, que havia sido seu professor (Gühne), para ajudar a família que passa por sérias necessidades, com o pai (Pittschau) bastante enfermo, o irmão Karl-Heinz (Krüger) se escondendo da polícia por ter desertado e a irmã Eva (Hinze). Perturbado pela recorrência do pai em querer morrer para não mais ser um peso para a família, reforçado pela irritação do proprietário com o atraso dos aluguéis e a p

Filme do Dia: The Tail of the Monkey (1926), Walter Lantz & David Hand

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  T he Tail of the Monkey (EUA, 1926). Direção: Walter Lantz & David Hand. Nesse filme em particular, a mescla entre animação e ação ao vivo, uma constante na produção inicial de Lantz, dá-se de forma diferenciada de sua série Dinky Doodle, sendo que a separação respeita o que se convencionalizaria durante o cinema clássico como o universo da fantasia mais associado com a animação e o da realidade com ação ao vivo, mesmo que algumas inserções de animação se fazam nas cenas de ação ao vivo. Um tocador de realejo para tentar consolar uma garota que teve seu pirulito surrupiado pelo rabo do macaco, conta uma fábula em que o rabo do macaco é fundamental para que ele efetive todas as suas ações. Mesmo que a fábula não responda convincentemente a perda sofrida pela garota, o curta é construído de forma interessante. Foi co-dirigido por Hand, uma das futuras estrelas dos estúdios Disney (responsável pela direção de clássicos como Branca de Neve e os Sete Anões e Bambi ).  J. R. Bray St

Filme do Dia: The Brave Hunter (1912), Mack Sennett

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  T he Brave Hunter (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Fotografia: Percy Higginson. Com: Mack Sennett, Dell Henderson, Mabel Normand, Fred Mace, Kate Bruce. Fanfarrão (Sennett) fala sobre seus feitos de caçador na África e apresenta as peles dos animais caçados. A garota (Normand) fica ligeiramente impressionada por seus relatos. Logo, no entanto, ele subirá numa árvore em desespero quando avista um grande urso preto que, na verdade, é um animal amestrado que segue docilmente a garota. Roteiro bastante previsível e não dos mais inspirados em um dos momentos mais profícuos da carreira do realizador-ator Sennett. Para complicar ainda mais o filme não desenvolve exatamente a rivalidade da fórmula “triângulo amoroso” que o próprio cineasta fora um expert em trabalhar de forma criativa ( A Spanish Dilemma , A Dash Through the Clouds ) e que as referências dos créditos sinalizam, sendo aqui não apenas a personagem feminina dada um nome genérico como habitual. E, se a coleira no urso p

Filme do Dia: Course en Sacs (1896), Louis Lumière

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  C ourse en Sacs (França, 1896) Direção: Louis Lumière. Uma corrida de sacos, evento comum nos festejos da época. Os competidores (e muito provavelmente a própria assistência que os ladeia) são operários das fábricas dos Lumière. É interessante a idéia progressiva da multidão que se fecha e goza do desastrado último competidor, que tem seu avanço indiscriminado que ameaça a própria câmera que os registra;   alertado pelo realizador, dos quais se observa as mãos gesticulando para que algumas pessoas se desviem da câmera, numa primeira aparição do realizador em seu próprio filme, intervenção que se tornará comum no cinema autoral dos anos 60. Lumière. 35 segundos.

Filme do Dia: A Lenda da Estátua Nua (1957), Jean Negulesco

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  A   Lenda da Estátua Nua ( Boy on a Dolphin , EUA, 1957). Direção: Jean Negulesco. Rot. Adaptado: Ivan Moffat & Dwight Taylor, baseado no romance de David Divine. Fotografia: Milton R. Krasner. Música: Hugo Friedhofer. Montagem: William Mace. Dir. de arte: Fivos Anoyakis, Jack Martin Smith & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Bruno Avesani & Ugo Pericoli. Figurinos: Anna Gobbi & Franco Salvi. Com: Sophia Loren , Alan Ladd, Clifton Webb, Alex Minotis, Jorge Mistral, Laurence Naismith, Piero Giagnoni, Gertrude Flynn. Pescando esponjas no mar grego, a simplória Phaedra (Loren) acaba descobrindo uma relíquia arqueológica de valor inestimável. A partir daí, sua vida se transforma. Parte para Atenas, onde busca auxílio do internacionalmente reconhecido Dr. James Calder (Ladd). Porém, é manipulada pelo maior contrabandista de relíquias gregas, Victor Parmalee (Webb), a colaborar com ele e se tornar uma mulher rica, proporcionando igualmente uma educação de valor para   o irmão m

Filme do Dia: Together (1956), Lorenza Mazzetti & Denis Horne

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  T ogether (Reino Unido, 1956). Direção: Lorenza Mazzetti & Denis Horne. Rot. Original: Denis Horne. Fotografia: Hamed Hadari. Música: Daniele Paris. Montagem:  John Fletcher. Com: Michael Andrews, Eduardo Paolozzi, Valy, Denis Richardson, Cecilia May. Com equipe técnica um pouco diferenciada da média dos realizadores do Free Cinema – a exceção do montador Fletcher – e uma abordagem também distinta, Mazzetti efetiva uma incursão talvez mais próxima de On the Bowery , em sua quase indistinção entre documentário ou ficção, ainda que seja praticamente encenado do início ao final e conte com atores que eram amigos próximos da realizadora. Acompanhamos o cotidiano errante de uma dupla de surdos-mudos no soturno East End londrino. Discriminados pelas crianças – e também pelos adultos, como a família em que alugam um quarto ou o caminhoneiro que perde a paciência por não escutarem a buzina – eles trabalham como estivadores de cargas no porto. A fuga do cotidiano sombrio se dá através d

Filme do Dia: Ester (2005), Pernilla Johansson

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  E ster (Suécia, 2005). Direção: Pernilla Johansson. Rot. Original: Petra Elmquist & Pernilla Johansson. Fotografia: Michael Palmgren. Música: Harry Warren & Al Dubin “Dames”. Com: Monica Petersen, Katarina Larke-Skedung. Tentativa de comicidade em curta-metragem a partir de uma mulher balofa que se realiza tal e qual Esther Williams numa piscina. Tinroof Produktion. 3 minutos.

Filme do Dia: Colectiv (2019), Alexander Nanau

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  Colectiv (Romênia/Luxemburgo/Alemanha, 2019). Direção Alexander Nanau. Rot. Original Alexander Nanau & Antoaneta Opris. Fotografia Alexander Nanau. Música Kyan Bayani. Montagem Dana Bunescu, George Cragg & Alexander Nanau. Há um determinado momento, uma médica escuta a interrogação do novo ministro da saúde de o que terá acontecido para que se tenha chegado a situações tão absurdas quanto a de se ter larvas visíveis na nuca de um paciente internado ou que se cubra os rostos de pacientes internados, para simplesmente não se encarar as deformações que lhe foram causadas pelas queimaduras. Essa, responde que talvez tenham perdido a humanidade. E  essa consideração da médica deve não só ser levada em conta como observada em sua recorrência ao redor do mundo, em situações distintas, por mais temores que se tenha de generalizações vazias – uma delas poderia ser a criminosa atuação repressiva da polícia francesa em relação aos manifestantes no contemporâneo O Monopólio da Viol