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Cristiano Burlan, um relato de vida – 1

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Entrevista realizada dia 30/01/14 na minha casa. Moro no Copan. Uma primeira tentativa feita na véspera não tinha funcionado por motivos ténicos. JC – Continuemos, a pergunta inicial é essa , você nasceu, onde, em que família? CB - Nasci em Porto Alegre em 1975, dia 21 de agosto, numa família de proletários da zona norte num bairro chamado Sarandi. Sou primogênito de uma família de 5 filhos, meu pai se chamava Vânio e minha mãe Isabel. Meu pai já faleceu e minha mãe também e um dos meus irmãos, Rafael, também morreu. Agora de uma família de sete somos em 4. JC – Como era a vida em Porto Alegre? CB - Sempre foi dura. Minha mãe era empregada doméstica e meu pai pedreiro, fazia serviços gerais. Muito cedo foi vitimado pelo alcoolismo e isso o tornou uma pessoa violenta e dura. JC – Ele batia na sua mãe? CB - É, um pouco sim, bastante na verdade. Mas ela reagia, porque ele era menor que ela, ele era baixinho e ela, uma mulher alta, então a porrada comia solta, de

Bette Davis Interview by Barbara Walters Pt1

A Conversation with Pat Metheny

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Mike Ragogna : Pat, your new album Kin (←→) with your Unity Band seems to have you stepping out a little more on solos, et cetera. Pat Metheny : Well, you know, it's funny. We had this incredible experience in 2012 with this band. We made a record that was really fun and then we did a tour, which was even more fun and the record got all this recognition. It won the Grammy that year for Best Jazz Record and a bunch of other awards around the world, but the main thing was just the rapport that we had as a band. I really wanted to keep that going. Everybody did. We were really sad as the tour was wrapping up, so I said, "Okay, 2014, everybody down?" and everybody was ready to do it. When you do a successful record, I think there's a tendency to just want to go back into the studio and make the same record again. I really didn't want to do that. I thought, "If we're going to do another round, let's try to take it someplace else." Als

Entrevista a Karim Ainouz

Pós-proletariado, a nova classe social das ruas

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O precariado desconcerta a direita e a esquerda, diz Guy Standing, ex-diretor da OIT Guy Standing é PhD pela Universidade de Cambridge e professor de Estudos do Desenvolvimento da Escola de Estudos Oriental e Africano da Universidade de Londres. O ex-diretor da Organização Internacional do Trabalho veio ao Brasil a convite da União Geral dos Trabalhadores e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp para falar sobre a nova classe produzida pelo neo-liberalismo, o pós-proletariado. Standing recorre a um neologismo, precariado ( precariat em inglês) para sintetizar a dupla condição de proletários e precários dessa parcela da população. Com uma agenda de reivindicações surpreendente mesmo para governos progressistas, partidos de esquerda e sindicatos, ocupa as ruas e praças das metrópoles mundiais e se manifesta, no Brasil, nos movimentos espontâneos de rua desde junho. O autor do livro  Precariado – A nova classe perigosa  concedeu esta entrevista à 

John Wayne 1976 Interview

Sobre a paixão

Foucault:  De uma maneira mais precisa, penso que se fala da mesma coisa. Em primeiro lugar, não se pode dizer que estas mulheres se amam. Não se pode dizer também, em Maria Malibran, que haja amor. O que é a paixão? É um estado, é algo que te toma de assalto, que se apodera de você, que te agarra pelos ombros, que não conhece pausa, que não tem origem. Na verdade, não se sabe de onde vem. A paixão simplesmente vem. É um estado sempre móvel, mas que não vai em direção a um ponto dado. Há momentos fortes e momentos fracos, momentos em que é levada à incandescência. Ela flutua. Ela balanceia. É uma espécie de instante instável que se persegue por razões obscuras, talvez por inércia. Ela procura, ao limite, manter-se e desaparecer. A paixão se dá todas as condições para continuar e, ao mesmo tempo, para se destruir a si própria. Na paixão, não se é cega. Simplesmente, nestas situações de paixão não se é quem se é. Não tem mais sentido de ser quem se é. Vê-se as coisas muito diferentement