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Filme do Dia: Le Pas (1975), Piotr Kamler

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  L e Pas (França, 1975). Direção: Piotr Kamler. Música: Bernard Parmegiani. Aborrecido curta que parece se render a experimentações que se assimilam as que ocorrem quando novas tecnologias surgem (super-8, vídeo, imagem digital). Aqui, no caso, um maço de folhas, ou folhas individuais voam de um bloco maciço para formarem um outro bloco próximo. A  música eletrônica de Parmegiani (co-realizador da trilha de A , de dez anos antes) possui um papel fundamental nessa produção premiada em Annency, inclusive enquanto marcador fundamental da edição – e de “planos repetidos” a determinado momento. Em um dos poucos momentos interessantes o balé de duas filhas simula algo como a corte e o sexo. 7 minutos.

O Dicionário Biográfico de Cinema#111: Forest Whitaker

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  Forest Whitaker , n. Longview, Texas, 1961 1 993: Strapped  [ À Mão Armada ] (TV). 1995: Waiting to Exhale  [ Falando de Amor ]. 1998: Hope Floats  [ Quando o Amor Acontece ]. 2004: First Daughter  [ A Filha do Presidente ]. F orest Whitaker traz bagagem estranha para grande parte de seu trabalhe, e nos pede para decifrar. Ele é grande, ainda que não pareça como o jogador de futebol que um dia foi. Pois ele é gentil, um pouco desajeitado, e vacilante, ou é isso é apenas o que ele faz de vez em quando? Não há respostas, e não há muitos limites, para o que ele está disposto a tentar. Você tem que manter seu juízo sobre você, quando ele aparece - mais uma vez sua presença encoraja nossa confiança (ou atenção).  Seu melhor filme, naturalmente, é Bird  (88, Clint Eastwood ). Não se duvida do quanto ele trabalhou nisso. No entanto, os poucos pedaços de Charlie Parker no filme, não faz ninguém pensar em Whitaker. Parker, suspeito, era mais rude, mais duro, e menos caloroso com as pessoas -

Filme do Dia: Quando uma Mulher Sobe as Escadas (1960), Mikio Naruse

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  Q uando uma Mulher Sobe as Escadas ( Onna Ga Kaidan wo Agaru Toki , Japão, 1960). Direção: Mikio Naruse. Rot. Original: Ryuzo Kikushima. Fotografia: Masao Tamai. Música: Toshirô Mayuzumi. Dir. de arte: Satoshi Chuko. Figurinos: Hideko Takamine. Com: Hideko Takamine, Masayuki Mori, Reiko Dan, Tatsuya Nakadai, Daisuke Katô, Ganjiro Nakamura, Eitarô Ozawa, Keiko Awaji. Keiko Yashiro (Takamine), jovem víuva, conhecida como Mama,    leva para frente um clube no bairro boêmio de Ginza. Os negócios se tornam difíceis com a concorrência de uma mulher que trabalhara para ela e que conquista a maior parte de seus clientes. Mama não dessiste, no entanto. Sua idéia é de montar um novo bar. Enquanto isso, a jovem que fora sua concorrente lhe afirma que se encontra cheia de dívidas e pouco tempo depois se suicida. O rico homem que propõe a Mama seu próprio negócio é o mesmo que pressionara a jovem morta com as dívidas, e ela recusa. Sendo corteja por Keiko (Katô), um gentil homem que lhe propõe ca

Diretoras de Cinema#6: Jacqueline Audry

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  AUDRY, JACQUELINE (1908-77). França. A França tem tido mulheres trabalhando ativamente desde a aurora da história do cinema, quando Alice Guy dirigiu um dos primeiros filmes narrativos do mundo, em 1896, na Gaumont. As diretoras de cinema  tem florescido na França tanto nos cinemas comercial quanto de vanguarda. Nos dias pioneiros da vanguarda francessa, a realizadora lésbica Germaine Dulac ajudou a forjar uma versão feminista do cinema artístico. Os filmes silenciosos franceses foram dirigidos por Renée Carl, Rose Lacau-Pansini e Marie-Louise Iribe. Nos anos 1930 Marie Epstein, Solange Térac ( La Vagabonde , 1931) e Marguerite Viel ( Le Bauque Némo , 1932) dirigindo longas ficcionais. No período do pós-guerra, muitas mulheres começaram a dirigir curtas, documentários e filmes experimentais, incluindo Nicole Védrès ( Paris 1900 , 1942) e Yannick Bellon ( Góemons , 1948). Os protestos estudantis de maio de 1968 e a ascensão da revista crítica Cahiers du Cinéma  estimularam uma nova on

Filme do Dia: Farsa Trágica (1963), Jacques Tourneur

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    F arsa Trágica ( The Comedy of Terrors , EUA, 1963). Direção: Jacques Tourneur. Rot. Adaptado: Richard Matheson, a partir do romance de Matheson & Elsie Lee. Fotografia: Floyd Crosby. Música: Les Baxter. Montagem: Anthony Carras. Dir. de arte: Daniel Haller. Cenografia: Harry Raif. Figurinos: Marjorie Corso. Com: Vincent Price, Peter Lorre, Boris Karloff, Joyce Jameson, Basil Rathbone, Joe E. Brown, Beverly Powers, Alan DeWitt, Orangey. O falido agente funerário Waldo Trumbull (Price), devendo um ano de aluguel e prestes a ser despejado, decide arranjar novos “clientes” para saldar suas dívidas, com o apoio do desastrado assistente Felix Gillie (Lorre). A primeira vítima que conseguem, Riggs (DeWitt) tem sua fortuna rapidamente surrupiada por sua viúva. Enquanto o segundo, o próprio proprietário da residência onde vivem Trumbull e Gillie, o ator shakesperiano e megalomaníaco, Sr. Black (Rathbone) sofre de catalepsia, aparentando se encontrar morto quando de fato não o está.

Filme do Dia: Visões do Império (2020), Joana Pontes

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  V isões do Império (Portugal, 2020). Direção Joana Pontes. Rot. Original Joana Pontes, Miguel Bandeira Jerónimo & Filipa Lowndes Vicente. A imagem inicial que apresenta uma exorbitante quantidade de publicações, fotos e outros documentos que remetem aos tempos do Império português na África, já bem sintetiza o que nos aguarda. Seguidas visitas, inicialmente a feiras públicas e colecionadores, depois a toda sorte de arquivos públicos do país, que trazem ilustrações da época. E que são comentadas, via de regra, por especialistas. Sobretudo os dois que colaboraram no roteiro. Em alguns momentos pela própria realizadora, da qual somente temos acesso a voz. E ao passear por tantos temas vinculados ao regime, que a fotografia teve algum protagonismo (a inexistência de ocupação territorial efetiva x imagens que passavam a segurança de um oficial português de seus subordinados africanos, a exploração do corpo feminino anônimo das nativas x o tratamento visual que é expresso às coloni

Filme do Dia: Hammerfest (1903), Robert W. Paul

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  H ammerfest (Reino Unido, 1903). Direção: Robert W. Paul. Um deslumbrante “panorama” do porto norueguês que dá nome ao filme, impregnado por casas de formato bastante similar e depois pelo movimentado porto em si próprio, onde o fervilhar de pessoas, barcos ancorados e uns poucos em movimento demonstram a dinâmica social e econômica do local. O panorama consistia de uma lenta panorâmica (geralmente horizontal) descritiva do ambiente ou monumento a ser observado, em lógica mais próxima talvez de diversos sistemas similares que se davam em ambientes de feiras e exposições que do cinema narrativo posterior. Robert W. Paul. 1 minuto e 21 segundos.