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Filme do Dia: Olmo e a Gaivota (2015), Petra Costa & Lea Glob

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  O l mo e a Gaivota (Brasil/Dinamarca/França/Portugal/Suécia, 2015). Direção e Rot. Original Petra Costa & Lea Glob. Fotografia Muhammad Hamdy. Montagem Tina Baz & Marina Meliande. Costa  e Glob tiram partido de ter como personagem principal de seu documentário uma atriz. O que serve bem a seus propósitos de passear entre o registro mais tipicamente próximo do que se convencionou chamar de documentário e outros nos quais há uma visível elaboração fabular em cima da situação vivida pelo par central.  Olívia tem seu sonho, alentado de muito, de participar da encenação da peça A Gaivota ,  de Ibsen, naufragar quando se descobre grávida e, ainda mais, numa gravidez de risco, a demandar muito pouco esforço e movimento por parte dela. E Serge, seu companheiro, havia sido originalmente elencado para contracenar com ela, também como casal, sendo o diretor da montagem. Como observamos poucas interações sonoras da realizadora, ficamos a par que a situação de tensão entre o casal,

Filme do Dia: Fins de Semana (2017), Trevor Jiminez

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  F ins de Semana ( Weekends , EUA, 2017). Direção e Rot. Original: Trevor Jiminez. Música Andrew Vernon. Montagem: Trevor Jimenez. Na Toronto dos anos 80, um garoto se divide entre a casa, na qual vive com a mãe, e os finais de semana com o pai, assim como os pesadelos que eventualmente tem, sobretudo com a figura do amante da mãe. Bem dosado em suas estratégias de dissimular o excessivo sensibilismo bastante comum em filmes com temática similar, sem tampouco cair no escracho cético ou niilista. Equilíbrio que também é conquistado pelo seu traço, em formato algo de garatujas, e pela banda sonora que oscila entre as Gymnopédias de Satie no ambiente materno ao Money for Nothing com Dire Straits no caso do pai, traduzindo sensibilidades bem distantes e demarcadas por gênero e, nas quais, a criança trafega sem maiores problemas aparentemente, apesar de sua solidão se apresentar manifesta nos momentos em que ambos os pais vivenciam momentos de intimidade com seus parceiros. Por que o

Filme do Dia: O Segredo Íntimo de Lola (1969), Jacques Demy

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  O   Segredo Íntimo de Lola ( Model Shop , EUA, 1969). Direção e Rot. Original: Jacques Demy. Fotografia: Michel Hugo. Montagem: Walter Thompson. Dir. de arte: Kenneth A.Reid. Cenografia: Antony Mondello. Figurinos: Gene Ashman & Rita Riggs. Com: Gary Lockwood, Anouk Aimée, Alexandra Hay, Carol Cole, Tom Fielding, Severn Darden, Neil Elliott. George (Lockwood), 26 anos, estudante californiano de arquitetura, tenta lidar com o fato de sua relação com Gloria (Hay) acabou, seu carro se encontra em vias de ser rebocado por falta de pagamento e seus pais afirmam que ele deve se apresentar para o Exército, tendo em vista a Guerra do Vietnã. Em meio a tudo, ele vê uma tábua de salvação temporária em uma mulher que encontra casualmente no estacionamento. Aos poucos sabe que se chama Lola (Aimée), aliás Sissi, e trabalha numa espelunca erótica, onde é fotografada por ele. George retorna e consegue convencê-la de encontrarem-se. Ela o chama para casa onde mora e conta-lhe algo sobre sua v

Filme do Dia: A Rainha Diaba (1974), Antônio Carlos Fontoura

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  A   Rainha Diaba (Brasil, 1974). Direção Antônio Carlos Fontoura. Rot. Adaptado Antônio Carlos  Fontoura, a partir do conto de Plínio Marcos. Fotografia José Medeiros. Música Guilherme Magalhães Vaz. Montagem Rafael Justo Valverde. Cenografia e Figurinos Ângelo de Aquino. Com Milton Gonçalves, Odete Lara, Stepan Nercessian, Nelson Xavier, Yara Cortes, Wilson Grey, Edgar Gurgel Aranha, Lutero Luiz. Dos fundos de um prostíbulo popular, cuja Madame, Violeta (Cortes), é sua aliada, Diaba (Gonçalves) comanda os negócios do tráfico de drogas no Rio. Ao saber que um de seus favoritos se encontra na mira da polícia, Diaba procura desviar o foco da mesma, fazendo uso do jovem gigolô Bereco (Nercessian), como isca. Bereco é amante da prostituta e cantora decadente Iza (Lara). Porém, um dos homens da rainha Diaba, Catitu (Xavier), tem planos de passa-la para trás e se tornar o novo senhor das drogas. E os planos de Bereco não são outros. O que resultará num encontro final fatídico entr

O Dicionário Biográfico de Cinema#234: Eric Rohmer

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  Eric Rohmer (Jean-Marie Maurice Scherer) (1920-2010), n. Nancy, França 1 950: Journal d'un Scélérat  (c). 1952: Les Petites Filles Modèles  (co-dirigido com P. Guilband, incompleto); Presentation  [ Charlotte e Seu Bife ] (c). 1954: Bérénice  (c). 1956: La Sonate à Kreutzer  (c)*. 1958: Véronique et son Cancre  (c). 1959: Le Signe du Lion  [ O Signo do Leão ]. 1962: La Boulangère de Monceau  [ A Padeira do Bairro ]. 1963: La Carrière de Suzanne [ A Carreira de Suzane ]. 1964: Nadja à Paris (c). "Place de l'Etoile", episódio de Paris Vu Par... 1966: Une Étudiante d'Aujourd'hui  (c); La Collectionneuse  [ A Colecionadora ]. 1968: Fermière à Montfauçon (c); Ma Nuit Chez Maud  [ Minha Noite com Ela ]. 1970: Le Genou de Claire [ O Joelho de Claire ]. 1972: L'Amour, L'Après-Midi  [ Amor à Tarde ]. 1976: Die Marquise von O. [ A Marquesa d'O ]. 1978: Perceval le Gallois  [ Perceval, o Galês ]. 1980: La Femme de l'Aviateur  [ A Mulher do Aviador ]. 19

Filme do Dia: Amor à Tarde (1972), Eric Rohmer

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  Amor à Tarde ( L´Amour l´aprés-midi , França, 1972). Direção e Rot. Original: Eric Rohmer . Fotografia: Néstor Almendros. Montagem: Cécile Decugis. Dir. de arte: Nichole Rachline.  Figurinos: Daniel Hecther-Vog. Com: Bernard Verley, Zouzou, Françoise Verley, Daniel Ceccaldi, Malvine Penne, Babette Ferrier. Frédéric (Verley), casado com Hélène (Verley), fantasia ser amante de todas as mulheres embora prefira persistir fiel a sua esposa. A situação muda de figura quando surge a provocante Chloé (Zouzou), ex-amante de um amigo. Frédéric se interessa por ela, mas quando ela finalmente cede aos seus desejos, ele prefere retornar para a esposa e declarar o quanto a ama. Sexto e último dos  Contos Morais  de  Rohmer  que, com sua habitual sensibilidade e sofisticação, transforma temas aparentemente banais em uma intensa investigação sobre a alma humana, em que tal intensidade surge da inversa apropriação dos habituais recursos com que é representada pelo cinema convencional: comedimento nas

Filme do Dia: O Jovem Tataravô (1936), Luiz de Barros

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  O   Jovem Tataravô (Brasil, 1936). Direção Luiz de Barros. Rot. Adaptado Gilberto de Andrade & Luiz de Barros. Fotografia Alberto Botelho & Edgar Brasil. Montagem Ruy Costa & Luiz de Barros. Dir. de arte Luiz de Barros. Com Marcel Klass, Darcy Cazarré, Dulce Weytingh, Luíza Fonseca, Manuel F. Araújo, Alfredo Silva, Gina Bianchi, Louie Cole, Arnaldo Coutinho, Carlos Frias. Através de um pequeno cofrinho que compra em um leilão, Eduardo (Cazarré) consegue, não sem certa dificuldade, abri-lo e descobre uma mensagem nele que é o passaporte, através de uma sessão espírita, para o acesso ao seu tataravô quando jovem, Victor Eulálio (Klass), que passa a conviver com a sociedade carioca de um século após. E a conquistar várias mulheres com seu charme, dentre elas sua bisneta Dora (Weytingh), que se encontra noiva de um rapaz (Frias). Infelizmente, como boa parte da produção do estúdio, para não dizer da época como um todo, sobreviveu em sua maior parte, mas com qualidade