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Filme do Dia: Dr. Fantástico (1964), Stanley Kubrick

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  Dr. Fantástico ( Dr.Strangelove or How I Learned to Stop Worrying and Loving the Bomb , Reino Unido/EUA, 1964). Direção: Stanley Kubrick. Rot. Adaptado: Stanley Kubrick, Terry Southern & Peter George, basedo no romance  Red Alert , de George.   Fotografia: Gilbert Taylor. Música: Laurie Johnson. Montagem: Anthony Harvey. Dir. de arte: Ken Adam & Peter Murton.  Figurinos: Bridget Sellers. Com: Peter Sellers, George C. Scott, Sterling Hayden, Keenan Wynn, Slim Pickens, Peter Bull, James Earl Jones, Tracy Reed. O paranoico brigadeiro Jack Ripper (Hayden) envia uma missão secreta para atacar com ogivas nuclears a União Soviética sem o conhecimento do presidente americano (Sellers). Uma crise político-diplomática se instaura. Enquanto Ripper atira contra soldados americanos e não consegue ser tranqüilizado por seu ajudante, o Capitão Mandrake (Sellers), uma reunião de emergência se dá entre a cúpula do exército e o presidente, com a presença do General Buck Turgidson (Scott), o em

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#73: Sérgio Bianchi

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 BIANCHI, SÉRGIO . (Brasil, 1945). O principal realizador a continuar o legado do Cinema Novo , no cinema brasileiro de hoje, Sérgio Bianchi é talvez ainda mais "político" e controvertido que os realizadores das gerações prévias. Começou a trabalhar em cinema em 1968 e estudou Comunicação Social na Universidade de São Paulo. Dirigiu seu primeiro curta, Omnibus , em 1972, que foi exibido em Cannes e posteriormente no Festival de Londres. Seu segundo filme, A Segunda Besta  (1977), baseado em um conto de Julio Cortázar . Seu primeiro longa, Maldita Coincidência  (1979), foi saudado como uma revelação quando estreou na primeira Trienal de Fotografia do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, em 1980. Em 1982 Bianchi realizou seu primeiro filme controvertido, o média-metragem Mato Eles? , que observava as terríveis consequencias do desenvolvimento descontrolado da região amazônica sobre sua população nativa. Com seu título provocativo, o filme critica severamente as políticas p

Filme do Dia: Terra Sem Pão (1932), Luis Buñuel

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  T erra Sem Pão ( Las Hurdes , Espanha, 1932). Direção: Luis Buñuel. Rot. Original: Luis Buñuel, Rafael Sánchez Ventura & Pierre Unik. Fotografia: Eli Lotar. Montagem: Luis Buñuel. Narração: Abel Jacquin. Documentário que pretende apresentar uma sofrida região no nordeste da Espanha que dá título ao mesmo. Ainda que contenha imagens fortes (um bebê recém-morto, um homem vítima da málaria, a queda de um burro penhasco abaixo) que podem sugerir uma certa tendência ao voyeurismo mórbido do cinema sensacionalista estilo mundo cão, não é o que ocorre, já que o filme não deixa de acentuar as belezas naturais e a resistência digna dos homens que sobrevivem no local. Sem sentimentalismo ou pieguice e, ao mesmo tempo, constatando a riqueza contrastante da Igreja. No prólogo, letreiros afirmam que provavelmente em nenhum outro lugar do mundo as condições de sobrevivência exigem tanto do ser humano, conclusão que não deixa de ser apressada quando lembramos de outro documentário célebre: Na

Filme do Dia: The Last Day (2020), Dalibor Rajninger

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  T he Last Day ( Posledjni Dan , Bulgária, 2020). Direção Dalibor Rajninger. Música Dalibor Rajninger & Mihail Yosifov. Montagem Linda Rousseva. Mulher além de lidar com a ausência de seus entes queridos, ainda necessita enfrentar o árduo cotidiano, que se torna visível sobretudo quando seu pássaro de estimação sai do apartamento, o que se dá todos os dias. Há uma efervescência poética na forma como Rajninger apresenta seu mundo naturalmente distópico. Isso se encontra nas palavras ditas (extraídas de um poema de Maria Doneva), mas também na forma nada absurda com que lida com o absurdo. O absurdo pulsa no próprio cotidiano, em meio a mãe que sobe a escada com seu filho. E o forte ruivo dos cabelos de Rapunzel da protagonista contrastam com o quão furtivamente tímidas as mesmas são observadas no mundo. |Compote Collective. 5 minutos

Filme do Dia: Last Days of Coney Island (2015), Ralph Bakshi

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  L ast Days of Coney Island (EUA, 2015). Direção e Rot. Original: Ralph Bakshi. Música: Mark Taylor. Montagem: Zak Wittstruck. Uma memorabilia alucinada compreende esse curta de uma das referências da animação independente norte-americana, e aparentemente, mais que nunca, produzida quase artesanalmente (por ele e o irmão). A história se passa no Brooklyn dos anos 60 que, engenhosamente, é evocado numa mescla entre edifícios e revistas e imagens de ação ao vivo – como o momento do assassinato de Kennedy em que sua cabeça é explodida por uma bala, ou, próximo do final, o assassinato de seu pretenso assassino -, demonstrando o quão a mídia também repercute na elaboração dessa memória. Como característico em boa parte das obras de Bakshi, aqui existe um tema animado com um pano de fundo pintado na maior parte das cenas. E o seres humanos parecem um tanto insignificantes diante da opressão da informação e das estruturas urbanas que se encontram inseridos. E há escatologia. Com Max se tra

Filme do Dia: The Good Loser (1953), Herk Harvey

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  T he Good Loser (EUA, 1953). Direção: Herk Harvey. Rot. Original: Margaret Travis. Fotografia: Norman Stuewe. Montagem: Chuck Lacey. Com: Gene Hardtarfer. Ray Medford (Hardtarfer), Jovem estudante acostumado a vencer todas as disputas oratórias em que se envolve, treina uma recém-ingressa aluna, Marilyn Jackson, que se torna a vencedora em um concurso de oratória, com Ray em segundo, após ter ganho em dois anos consecutivos, gerando ressentimento por parte dele e uma sensação de derrota para Marilyn. Pateticamente encenado, como a maior parte dos curtas “educacionais” do realizador, com pausas do orador no momento em que uma dupla na plateia comenta ou no modo pouco natural com que os “atores” adentram em cena como, por exemplo, os que vão cumprimentar o orador que venceu a disputa do grêmio colegial. As ações encenadas não dispensam ocasionais comentários over ou mesmo a presença “didática” de um comentador que se dirige diretamente à câmera, ele próprio também parte da ação en

Filme do Dia: Anochecer (2012), Lucas Mac Dougall

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  A nochecer (Argentina, 2012). Direção e Rot. Original: Lucas Mac Dougall. Fotografia: Mireya Golstein. Música: Jorge Obeaga. Montagem: Lucas Mac Dougall. Dir. de arte: Lucía Mendivil. Com: Leandro Gauto, Juan Yarcho. Um jovem acomoda outro em seu quarto. O visitante dorme em um colchão, que põe colado a cama do amigo.   Um deles terá atividade pela manhã cedo e o outro marca o despertador no celular. Enquanto um adormece, o outro, que irá realizar a atividade de manhã cedo não. E passeia seus dedos pelas roupas do amigo. O outro acorda. Suas mãos se tocam. O que se encontrava no colchão passa à cama. Em um minimalismo que poderia, tal como o Polanski de Um Assassinato , de longe ainda mais sintético, esse curta poderia se chamar Uma Abordagem ou algo do tipo. Pois tudo está posto em cena para isso, sem necessidade quase de diálogos e com uma desnecessária trilha musical em piano, talvez por pura insegurança que a forma como a situação descrita em si ou seus atores, dessem conta