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O Dicionário BIográfico de Cinema#242: Emily Blunt

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Emily Blunt , n. Londres, 1983 G anhou um Globo de Ouro como coadjuvante em Gideon's Daugther  [ A Filha de Gideon ] (06, Stephen Poliakoff) e foi capaz de roubar as atenções o suficiente de The Devil Wears Prada  [ O Diabo Veste Prada ] (06, David Frankel) a instigar Meryl Streep a descrevê-la como a melhor atriz jovem que já havia visto - não a homenagem mais gentil a Anne Hathaway, que supostamente possui o papel mais rico na dissecação do mundo da moda. Mas no geral sabemos o que Ms. Streep quis dizer e Emily Blunt ainda não havia proporcionado uma atuação ruim ou falhado em aproveitar as oportunidades limitadas. O fato é que as câmeras cinematográficas tendem a se concentrar em pessoas como Anne Hathaway e a inteligência ácida de Ms. Blunt requer mais engenhosidade e nitidez do que são prováveis em The Young Victoria [ A Jovem Rainha Vitória ] (09, Jean-Marc Vallé). Uma Hathaway pode parecer apelativamente indefesa; mas uma Blunt nasceu sem esse gene recessivo. Fazia muito tem

Filme do Dia: Os Agentes do Destino (2011), George Nolfi

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  Os Agentes do Destino ( The Adjustment Bureau , EUA, 2011). Direção: George Nolfi. Rot. Adaptado: George Nolfi, a partir do romance  The Adjustment Team , de Philip K. Dick. Fotografia: John Toll. Música: Thomas Newman. Montagem: Jay Rabinowitz. Dir. de arte: Kevin Thompson & Steven H. Carter. Cenografia: Susan Bode. Figurinos: Kasia Walicka-Maimone.  Com: Matt Damon, Emily Blunt , Michael Kelly, Anthony Mackie, John Slattery, Lisa Thoreson, Florence Kastriner, Phyllis MacBride. David Norris (Damon) é um forte candidato a uma brilhante carreira política que vê sua vida subitamente transformada ao encontrar no banheiro masculino a bela Elise (Blunt). David descobre a existência de uma corporação subterrânea que direciona os destinos das pessoas e faz de tudo para que os dois permaneçam separados, pois só assim Elise se tornará um das mais brilhantes coreógrafas e bailarinas de seu tempo e Norris chegará a assumir a Casa Branca. Com  a ajuda de Harry Mitchell (Mackie), David conseg

Diretoras de Cinema#15: Anja Breien

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  BREIEN, Anja (1940). Noruega . "Uma diretora mulher é automaticamente pensada como dominadora (...) dominação e poder tradicionalmente proporcionam ao homem sensualidade, mas destituem a mulher dela", Anja Breien falou em uma entrevista (Hoaas, p. 334). O comentário de Breien expõe o senso comum que desencoraja as mulheres de tomarem posições de poder. O melhor "velho mito" (como posto por Breien) é tão difundido em Hollywood, como em outros países, talvez uma atitude que desafie fronteiras, com a exceção, talvez, da União Soviética. Os filmes da diretora norueguesa Anja Breien são cerebrais, e mesmo difíceis. Mas Breien se interessa pela ideia de almejar o mínimo denominador comum. Decididamente política, reconhece que é frequentemente "perigoso dar sentido a qualquer coisa" (Hoaas, p. 389) no atual clima político.  Anja Breien estudou em uma escola de cinema francesa (IDHEC) e passou a realizar curtas no final dos anos 60. Jostedalsrypa  (1967) é um fi

Filme do Dia: Scènes de Lit (1998), François Ozon

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  S cènes de Lit (França, 1998). Direção, Rot. Original e Montagem: François Ozon. Fotografia: Yorick Le Saux & Mathieu Vadepied. Com: Valérie Druguet, François Delaive, Camille Japy, Philippe Dajoux, Evenlyn Ker, Loïc Even, Lucia Sanchez, François Genty, Pascalle Arbillot, Régine Mondion, Margot Abascal, Bruno Slagmulder, Sébastien Charles, Jérémie Elkaïm.    O Buraco Negro. Homem (Delaive) contrata prostituta (Druguet) cuja principal façanha seria cantar o hino da França enquanto o favorece sexualmente. Porém, existe um segredo inusitado que é tocado de forma inesperada. Sr. Limpeza. Homem (Dajoux) faz com que sua companheira de cama (Japy) mude de ideia a partir de sua conversa obsessiva sobre o quanto a limpeza é um ideal proveniente de uma conduta capitalista dominante. Madame. Uma senhora de 52 anos (Ker) resolve fazer sexo com um jovem de 19 (Even). Cara ou Coroa. Um casal (Sanchez e Genty) brinca com os números até que um específico lhe desperte de imediato a imaginação.

Filme do Dia: O Intrépido (2013), Gianni Amelio

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  O  Intrépido ( L’Intrepido , Itália, 2013). Direção: Gianni Amelio. Rot. Original: Gianni Amelio & Davide Lantieri. Fotografia: Luca Bigazzi. Montagem: Simona Paggi. Dir. de arte: Claudia Bagordo & Giancarlo Basili. Cenografia: Benedetta Brentan. Figurinos: Cristina Francioni. Com: Antonio Albanese, Livia Rossi, Gabriele Rendina, Toni Santagata, Sandra Ceccarelli, Giuseppe Antignati, Gianluca Cesale, Fabio Zulli. Milão. Antonio Pane (Albanese), homem de meia-idade, sobrevive como o substituto de trabalhadores que por algum motivo não podem comparecer ao trabalho. Nessa função participa de atividades das mais distintas, de operário da engenharia civil a entregador de pizza, de colador de cartazes a massagista. Quando presta um concurso, conhece uma garota, Lucia (Rossi), a quem passa a cola das questões. A espera após o final das provas, mas ela passa por ele, sem o menor sinal de reconhecimento. Tempos depois, a reencontra e ficam relativamente próximos, mesmo que mantendo

Filme do Dia: Joyride (1995), Jim Gillespie

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  J oyride (Reino Unido, 1996). Direção: Jim Gillespie. Rot. Original: Jim Gillespie, a partir da ideia de Ramsey Campbell. Fotografia: Denis Crossan. Montagem: Elen Pierce Lewis. Dir. de arte: Ben Scott.  Figurinos: Joanna Macklin & Leila Ransley. Com: Christopher Fulford, Frank Gallagher, David MacKay, Carolyn Bonnyman, Stevie Hannan, Paul Featherstone. Homem (Fulford) é capturado por dois homicidas maníacos e posto no porta-malas do carro desses. A polícia consegue perceber algo estranho e quando para o carro escuta os gritos por socorro do homem. Os maníacos atacam os policias e continuam sua escapada até perderem o controle da direção e saíram da pista se chocando contra uma árvore. Policiais se aproximam do carro enquanto um dos maníacos ameaça matar o homem. Esse curta, inspirado em ideia de   autor-roteirista associado ao gênero horror, possui sim algo da dimensão desse gênero, por mais que não fuja do realismo estritamente em nenhum momento, apenas através de certa con

Filme do Dia: Simpan (1999), Chan-wook Park

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  S i mpan (Coréia do Sul, 1999). Direção e Rot. Original Chan-wook Park. Fotografia Hyeon-cheol Park. Com Hak-rak Choi, Jub-bong Gi, In-bae Ko, Myeong Sun-mi. O corpo de uma jovem em um morgue, vítima de um desabamento de grandes proporções, provocado por um terremoto, é reivindicado por duas famílias. Mesclando, de modo engenhoso, cacoetes do filme noir (inclusive sua fotografia sendo em p&b) com  tragicomédia familiar, este curta de início de carreira do realizador coreano de maior destaque nas duas décadas iniciais do século seguinte, já demonstra a que veio, a partir de muito pouco – em termos de locação e provavelmente produção – mas generoso em termos de criatividade.  E o golpe de mestre do realizador é traduzir em sua ficção a motivação original, a maior tragédia ocorrida no país no mesmo ano, a do desabamento de uma loja de departamentos, através da ganância de quem pretende receber a quantia vultosa em dinheiro que é prometida pelo governo às vítimas do desabamento