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Filme do Dia: Minding the Baby (1931), Dave Fleischer

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M inding the Baby (EUA, 1931). Direção: Dave Fleischer. Música: George Steiner. Animação em que Betty Boop se torna apenas coadjuvante para Bimbo, seu namoradinho que se vê com a presença do irmão mais novo chorando no berço. A ironia, uma das marcas registradas da série, já se inicia com o canto de ninar que dá título ao filme. O apelo erótico, outra característica típica, também se faz presente, na chamada ladina de Betty para que Bimbo a vá visitar porque sua mãe saiu. O bebê, bastante precoce, fuma charuto às escondidas e chacoalha o seu leito como uma taça de barman. Fleischer Studios para Paramount Pictures.7 minutos e 8 segundos.

Filme do Dia: Small Fry (1939), Dave Fleischer

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Small Fry (EUA, 1939). Direção: Dave Fleischer. Música: Sammy Timberg. Peixe ainda garoto quer entrar no universo dos adultos fumando e freqüentando clubes noturnos, onde joga sinuca, perdendo aulas na escola e deixando sua mãe preocupada. Após uma prova de fogo imposta pelos adultos, ele retorna correndo para a segurança do ambiente doméstico. Mesmo que não seja dos mais inspirados desenhos que Fleischer realizou para a série Color Classics , há de se destacar a inventividade do reino submarino, assim como a adoção do mote das fábulas - no caso aqui o do reconhecimento do devido lugar do pequeno protagonista sem fazer menção direta a uma, seja para reproduzi-la como nos desenhos da Disney ou para escrachá-la como nas animações de Avery – associado a temas comuns ao universo da ação ao vivo. A canção aqui não chega a ser um momento de interrrupção da narrativa como em alguns números da série (tais como Dancing on the Moon ). Fleischer Studios para Paramount Pictures. 8 minuto

Filme do Dia: Jack and the Beanstalk (1931), Dave Fleischer

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Jack and the Beanstalk (EUA, 1931). Direção: Dave Fleischer. Um certo tom “primitivista” imperante na animação produzida por Fleischer, destituída de sua maior criatividade no período mudo, pode ser aqui observada nessa que é mais uma de dezenas de adaptações que a história recebeu do cinema ao longo dos anos, notadamente no universo da animação, faz-se presente logo ao início quando o pretenso “plano ponto de vista” do personagem que arranca um corno de sua vaca para observar de onde caíra o gigantesco charuto do gigante sobre seu telhado é seguido por um plano que pretensamente seria o correspondente de seu olhar, só que de um ângulo totalmente distinto. Embora faça parte da série Betty Boop, esta só surge pela metade da animação, encarnando a personagem da harpista, aqui transformada em mera criada, sendo Bimbo o protagonista. Rapidamente, e sem muitos protocolos, Bimbo passa do status de estranho ao de salvador de Betty, tascando-lhe um beijo na boca. Destaque para a cena em

Filme do Dia: Ko-Ko's Big Sale (1929)

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Ko-Ko’s Big Sale (EUA, 1929). Direção: Dave Fleischer. Por mais que o próprio Fleischer tenha se poupado do nível de auto-exposição de surgir como um animador que negocia bebidas com um vendedor, a determinado momento, esse curta da série com o Palhaço Koko apresenta encanto o suficiente  na habitual interação entre desenhista e desenhados. No caso aqui, o vendedor, antes de ser brutalmente jogado pelo animador porta à fora – e deixar sua marca na parede enquanto animação – deita bebida justamente no tinteiro que irá servir como material para os desenhos do palhaço. Se aparentemente se pode imaginar que algum partido seria tirado dessa mescla entre álcool e tinta nos desenhos de colorações surrealistas como são os da série, serve antes como pretexto para que Koko e seu fiel cão Fritz afirmem que se sairiam melhores vendedores. O desenhista aceita o desafio e desenha uma valise de vendas e o suporte necessário para que ambos viajem. Há uma referência paródica, que talvez se perca c

Filme do Dia: Bedelia (1930), Dave Fleischer

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Bedelia (EUA, 1930). Direção: Dave Fleischer. Apaixonado por Bedelia, a garota que faz menção a canção-título (faz parte dos anos iniciais da série Screen Songs ) vai fazer uma serenata para ela. Essa, no entanto, encontra-se dormindo e não o recebe de bom grado, lançando ora um vaso sobre sua cabeça, ora  enchendo seu estomago de algo que o deixa extremamente barrigudo. No ínterim, que na verdade resulta na parte mais longa desse curta animado, observa-se a composição seguida da letra como era regra na série. Aqui se procura uma mínima interação entre o momento da canção e a narrativa em si mesma, com um dos estilhaços do vaso jogado servindo como o marcador que seguirá a canção, da mesma forma que é uma parte da letra da canção que faz com que o herói se aproxime do terraço a la Romeu e Julieta (como em La Paloma , do mesmo ano) onde se encontra sua cruel amada. Fleischer Studios para Paramount Pictures. 6 minutos e 49 segundos.

Filme do Dia: Baby Be Good (1935), Dave Fleischer

Baby Be Good (EUA, 1935). Direção: Dave Fleischer. Música: George Steiner. Betty Boop põe Little Jimmy para dormir, mas ele se demonstra grandemente reativo. Então, a pedido dele próprio, ela conta uma história infantil na qual um jovem garoto – “just like you” como ela própria canta – acaba sendo ameaçado, após inúmeras traquinagens, por um leão que estressara quando se encontrava em sua jaula e sendo salvo por sua fada madrinha, vivida por ninguém menos que a própria Betty, que afirma que se ele agir desfazendo suas traquinagens, tudo será resolvido.  O garoto age e seu duplo, Little Jimmy, acaba concordando em ir para a cama. De longe, a maior atratividade desse que é o trigésimo-quinta curta produzido com a personagem é o uso das imagens em reverso para as ações que são desfeitas, evocativo de um período de maior experimentação na animação que foi o da década anterior, sendo o próprio Fleischer talvez seu nome mais brilhante. Produzido em p&b e sem os mesmos recursos que a

Filme do Dia: Dancing on the Moon (1935), Dave Fleischer

Dancing on the Moon (EUA, 1935).  Direção: Dave Fleischer. Música: Murray Mencher & Charles Tobias. Grupos diversos de casais de animais vão festejar sua lua-de-mel literalmente com uma viagem espacial à Lua. O gato é o único que fica solitário, já que sua noiva cai no momento do embarque. Essa animação da série  Color Classics   calcada na bela canção-título, composta especialmente para a mesma, possui inspirados momentos como o dos casais evoluindo ao som da música em solo lunar ou na Terra tendo a Lua ao fundo ou – de modo mais divertido – o momento de melancolia vivido pelo gato após se desencontrar de sua noiva ao observar a terra se distanciando. Situação que é ressaltada pelo  enternecimento que toma conta de todos os casais dessa espécie de Arca de Noé futurista. Algo que a panorâmica que se segue irá ressaltar, não restando outra alternativa para o gato que jogar solitariamente paciência. Na banda sonora, por sua vez, escuta-se miados bastante realistas de um felino c