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Filme do Dia: As Damas do Bosque de Boulogne (1945), Robert Bresson

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As Damas do Bosque de Boulogne ( Les Dames du Bois de Boulogne , França, 1945). Direção: Robert Bresson. Rot. Adaptado: Robert Bresson &  Jean Cocteau, baseado no romance Jacques le Fataliste et Son Maitre , de Denis Diderot. Fotografia: Philippe Agostini. Música: Jean-Jacques Grünenwald. Montagem: Jean Feyte. Dir. de arte: Robert Lavallée, Robert Clavel & Max Douy. Com: Maria Casarès , Elina Labourdette, Jean Marchat, Lucienne Bogaert, Paul Bernard,  Yvette Étiévant.        Agnes (Labourdette), jovem estrela de cabaré, consegue trocar os atrativos da vida mundana que a insatisfazem por uma vida digna com a mãe (Bogaert), aos cuidados da aristocrata Helene (Casarés). Vivendo agora reclusas em sua nova moradia, junto ao Bosque de Boulogne, encontram no mesmo dia Helene e o amigo Jacques (Marchat), que se apaixona perdidamente, a primeira vista, por Agnes. Disposto a conquistá-la a todo custo, sofre recusas seguidas, que apenas abrasam ainda mais o seu desejo, ao ponto d

Filme do Dia: Um Punhado de Bravos (1945), Raoul Walsh

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Um Punhado de Bravos ( Objective, Burma! , EUA, 1945). Direção: Raoul Walsh. Rot. Adaptado: Ranald MacDougall, baseado no livro de Alvah Bessie. Fotografia: James Wong Howe. Música: Franz Waxman. Montagem: George Amy. Dir. de arte: Ted Smith. Cenografia: Jack McConaghy. Com: Errol Flynn, James Brown, William Prince, George Tobias, Henry Hull, Warner Anderson, John Alvin, Mark Stevens. Grupo de paraquedistas liderado pelo Capitão Nelson (Flynn) é enviado as florestas da Birmânia sob o controle do exército japonês em missão secreta, cujo objetivo é ignorado deles próprios. Apesar de conseguirem atingir um dos objetivos com relativa facilidade, a destruição de um radar numa base de operações, o grupo é indicado a prosseguir na inóspita floresta, tendo que enfrentar inúmeras adversidades, como as doenças provocadas pelas condições adversas, as ciladas preparadas pelos inimigos e a perda de contato com o grupo de apoio, após a destruição do rádio que os mantinha conectados, provoca

Filme do Dia: Amarga Ironia (1945), John Farrow

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Amarga Ironia ( You Came Along , EUA, 1945). Direção: John Farrow . Rot. Original: Ayn Rand & Robert Smith sob o argumento do ultimo. Fotografia: Daniel L. Fapp. Música: Victor Young. Montagem: Eda Warren. Dir. de arte: Hans Dreier & Hal Pereira. Cenografia: Bertram C. Granger. Figurinos: Edith Head. Com: Robert Cummings, Lizabeth Scott, Don DeFore, Charles Drake, Judith Bishop, Kim Hunter, Robert Sully, Helen Forrest. O trio de heróis de guerra, Major Bob Collins (Cummings), Capitão “Shakespeare” Anders (DeFore) e tenente Janoschek (Drake) é surpreendido ao saber que quem os irá ciceronear em sua turnê pelos Estados Unidos é a bela Ivy Hotchkiss (Scott). Sofisticada e independente, Hotchkiss agenda todos os encontros secretos do trio com inúmeras garotas por todas as cidades que passam. Aos poucos, no entanto, o trio começa a ficar cada vez mais interessado por Ivy. Quem consegue realmente conquista-la, no entanto, é o Maj. Collins que, no entanto, é portador de um

Filme do Dia: Vida Difícil (1945), Gennaro Righelli

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Vida Difícil ( Abbasso la Miseria! , Itália, 1945). Direção: Gennaro Righelli. Rot. Original: Mario Monicelli, Nicola Fausto Neroni & Gennaro Righelli, sob argumento do último. Fotografia: Rodolfo Lombardi. Música: Umberto Mancini. Montagem: Duilio A. Lucarelli.  Dir. de arte: Gino Brosio. Cenografia: Alfredo Manzi. Com: Anna Magnani, Nicola Besozzi, Virgilio Riento, Marisa Vernati, Vito Chiari, Sandro Ruffini, Lauro Gazzolo, Aldo Silvani, Vittorio Mottini. Giovanni Straselli (Besozzi) vive escutando a indignação de sua desbocada mulher, Nannina (Magnani) por viver em dificuldade financeira, trabalhando honestamente como motorista de caminhão, enquanto seu melhor amigo, vizinho e companheiro de viagens, Gaetano (Riento), ganha bastante comerciando produtos ilegais. Certo dia, Giovanni recolhe na estrada o garoto Nello (Chiari), que acredita ser órfão, abrigando-o em sua casa, com seu cão, que sempre provoca a indignação de Nannina. Aos poucos, no entanto, sua esposa também s

Filme do Dia: Laços Humanos (1945), Elia Kazan

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Laços Humanos ( A Tree Grows in Brooklyn , EUA, 1945). Direção: Elia Kazan. Rot. Adaptado: Tess Slesinger, Frank Davis & Anita Loos, a partir do romance de Betty Smith. Fotografia: Leon Shamroy. Música: Alfred Newman. Montagem: Dorothy Spencer. Dir. de arte: Lyle R. Wheeler. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: Bonnie Cashin. Com: Dorothy McGuire, Joan Blondell, James Dunn, Peggy Ann Garner, Lloyd Nolan, James Gleason, Ted Donaldson, Ruth Nelson, John Alexander. Os Nolan são uma família que vive com dificuldades no Brooklyn na virada do século. Katie (McGuire), esforça-se por economizar, enquanto o marido, Johnny (Dunn), simpático e querido de todos, não consegue emplacar sua carreira de artista e ganha alguns trocando, bebendo boa parte deles. Johnny é o modelo para sonhadora Francie (Garner), que consegue se abstrair de toda a brutal realidade que a cerca através da literatura. Incentivada pelo pai, em oposição a mais objetiva mãe, Francie é aceita em uma escola de a

Filme do Dia: African Diary (1945), Jack Kinney

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African Diary (EUA, 1945). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Bill Peet. Música: Oliver Wallace.        Pateta vai a África e embarca em um safári que somente acaba, de forma radical, com a presença de uma furiosa especime de rinoceronte, que os expulsa não apenas da expedição como do próprio continente africano.       Narrado, ao menos inicialmente, sob um formato que faz evidente menção aos exploradores africanos do século XIX e seus célebres diários, o filme tampouco deixa de reforçar imageticamente clichês associados a tais expedições como revisitados, igualmente, pela produção cinematográfica de ação ao vivo, sobretudo em sua primeira metade. Assim, os nativos africanos são representados enquanto uma versão idêntica do Pateta porém trajando adereços e sendo demasiado subservientes em relação ao norte-americano, observados tais como pulgas atravessando as montanhas. Com relação a essa última representação, pode-se atenuar tal traço quando se observa uma certa massificaçã

Filme do Dia: Lo Sbaglio di Essere Vivo (1945), Carlo Ludovico Bragaglia

Lo Sbaglio di Essere Vivo (Itália, 1945). Direção: Carlo Ludovico Bragaglia.  Rot. Adaptado: Aldo De Benedetti, a partir de sua própria peça homônima. Fotografia: Arturo Gallea. Música: Nino Rota. Montagem: Fernando Tropea. Dir. de arte e Cenografia: Gianni Mazzocca. Com: Isa Miranda, Vittorio De Sica, Gino Cervi, Dina Galli, Luigi Almirante, Edda Soligo, Giuseppe Pierozzi, Liliana Laine. Adriano Lari (De Sica) procura tirar partido de ter sido dado como morto, planejando com a esposa Maria (Miranda), manter em segredo entre eles o fato, para receberem uma rica apólice de seguro. Quando viajam de trem, no entanto, Maria encontra casualmente o engenheiro Gugliemi (Cervi), que passa a cortejá-la. Quando ele vê Adriano, esse inventa na verdade ser irmão do falecido. E, como cunhado, passa a observar a corte e futura união de sua esposa com o rico Gugliemi. Fazendo uso de longos planos que tiram o melhor partido do trio principal, pois é de fato esse que interessa ao filme – e, sobret

Filme do Dia: A Diary for Timothy (1945), de Humphrey Jennings

A Diary for Timothy (Reino Unido, 1945). Direção: Humphrey Jennings. Rot. Original: E.M. Forster. Fotografia: Fred Gamage. Música: Richard Addinsell. Até mesmo em um gênero tão insípido como o do filme de propaganda os britânicos tentaram aplicar uma coloração humanista mais do que de apenas explícita propaganda. Jennings e sua equipe o fizeram através do recurso de apresentar fatos, dados e expectativas sobre o futuro a partir do prisma de um diário visual para o infante Timothy, nascido em setembro de 1944. A música atenua parcialmente a postura empertigada e pomposa, algo ainda mais ressaltada por se lidar com “atores naturais”, ao contrário do naturalismo que se extraiu de postura semelhante nos filmes neo-realistas contemporâneos. Como a maior parte dos documentários britânicos de guerra se evita o melodrama, embora certos momentos sejam de evidente manipulação emocional, como o do canto natalino sobre a imagem em close do pequeno e inocente bebê, alheio a todas as vitórias e v