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Filme do Dia: A Mulher na Lua (1929), Fritz Lang

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A Mulher na Lua ( Frau im Mond , Alemanha, 1929). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Thea Von Harbou, baseado em conto dela própria. Fotografia: Curt Courant, Oskar Fischinger, Konstantin Irmen-Tschet & Otto Kanturek. Dir. de arte: Joseph Danilowitz, Emil Hasler, Otto Hunte, Karl Vollbrecht. Com: Klaus Pohl, Willy Fritsch, Gustav von Wangenheim, Gerda Maurus, Gustl Gstettenbaur, Fritz Rasp. Wolf Helius (Fritsch) se encontra disposto a empreender uma viagem à Lua a partir das informações do desacreditado cientista excêntrico Georg Manfeldt (Pohl), vivendo na miséria desde que foi escorraçado pela classe científica que não levou à sério suas teorias. Porém, os planos de Manfeldt são furtados das mãos de Helius pelo ambicioso Walt Turner (Rasp), que faz questão de integrar a missão. Juntam-se a eles o melhor amigo de Helius, o engenheiro Hans Windegger (Wangenheim) e sua destemida noiva Gerda Friede Velten (Maurus). A bordo igualmente vai, clandestino, o garoto Gustav (Gstet

Filme do Dia: Turksib (1929), Victor A. Turin

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Turksib (URSS, 1929). Direção: Victor A. Turin. Rot. Original: Yakov Aron & Victor Shklovski. Fotografia: B oris Frantsisson & Yevgeni Slavinski. Esse documentário, mesmo que possua pontos tangenciais em comum com Nanook, o Esquimó (1922),  como o flagrante do contato de povos “primitivos” com maravilhas tecnológicas, aqui ainda mais enfatizado do que no filme de Flaherty, e o gosto pela encenação e reconstituição,  na verdade segue uma estratégia diametralmente oposta. Enquanto o filme do realizador canadense busca criar estratégias próximas das ficcionais e um senso de identificação com seu protagonista, o objetivo aqui é apresentar um obstáculo, apresentar uma estratégia para driblar esse obstáculo, edificá-lo e pô-lo em prática. O obstáculo é a inexistência de transportes que favoreçam o comércio entre o Turquistão e a Sibéria. A estratégia é o planejamento para a construção de uma ferrovia e posteriormente como será edificada. Por fim, a sua utilização. E é justa

Filme do Dia: Skyscraper Symphony (1929), Robert Florey

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Skyscraper Symphony (EUA, 1929). Direção: Robert Florey. Em chave bastante distinta das suas incursões vanguardistas que ainda remontavam traços narrativos demarcados ( The Love of Zero , The Life and Death of 9413,A Hollywood Extra ), Florey se aproxima e se distancia ao mesmo tempo  das sinfornias urbanas, que viviam seu auge no período. Aproxima-se no sentido de sua explícita adoção da imagem, sem cartelas, com evidentes preocupações formais mais do que narrativas. Distancia-se quando prefere particularizar em um único tema – o dos arranha-céus – mais do que traçar um panorama mais amplo,e para o público, palatável, de uma metrópole como eram comum nas sinfonias urbanas. Por conta de suas preocupações formais e da ausência da veia épica de um Flaherty ( The Twenty-Four-Dollar Island ), a inexistência de pessoas na imagem mais auxilia do que atrapalha seu propósito, sendo que os últimos planos em que se vislumbra essas, assim como alguns veículos, acabam  por surtirem um efei

Filme do Dia: Ko-Ko's Big Sale (1929)

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Ko-Ko’s Big Sale (EUA, 1929). Direção: Dave Fleischer. Por mais que o próprio Fleischer tenha se poupado do nível de auto-exposição de surgir como um animador que negocia bebidas com um vendedor, a determinado momento, esse curta da série com o Palhaço Koko apresenta encanto o suficiente  na habitual interação entre desenhista e desenhados. No caso aqui, o vendedor, antes de ser brutalmente jogado pelo animador porta à fora – e deixar sua marca na parede enquanto animação – deita bebida justamente no tinteiro que irá servir como material para os desenhos do palhaço. Se aparentemente se pode imaginar que algum partido seria tirado dessa mescla entre álcool e tinta nos desenhos de colorações surrealistas como são os da série, serve antes como pretexto para que Koko e seu fiel cão Fritz afirmem que se sairiam melhores vendedores. O desenhista aceita o desafio e desenha uma valise de vendas e o suporte necessário para que ambos viajem. Há uma referência paródica, que talvez se perca c

Filme do Dia: The Opry House (1929), Walt Disney

The Opry House (EUA, 1929). Direção: Walt Disney . Música: Carl W. Stalling. Mickey acaba participando de uma apresentação musical em um teatro (uma corruptela das casas de ópera comuns na passagem do século é o que faz menção o título), na qual a apresentação serve apenas como pretexto para que os movimentos e os sons articulados a esse pela música sejam a motivação central e praticamente única. Enquanto evocação da época do vaudeville, o mais convencional Nifty Nineties (1941) é de longe mais interessante. Embora uma certa dimensão anárquica acompanhe o personagem nessa sua primera fase (aqui se trata da primeira animação na qual surge com luvas), não se encontra à par da série com o   Gato Félix. Walt Disney Prod. para Celebrity Prod. 6 minutos.

Filme do Dia: Rotaie (1929), Mario Camerini

Rotaie (Itália, 1929). Direção: Mario Camerini. Rot. Adaptado: Mario Camerini & Corrado D’Errico, baseado no conto do último. Fotografia: Ubaldo Arata. Montagem: Mario Camerini. Dir. de arte: Umberto Torri. Com: Käthe von Nagy, Maurizio D’Ancora, Daniele Crespi, Giacomo Moschini, Mario Camerini, Carola Lotti. Giorgio (D’Ancora) e sua amada (von Nagy) se refugiam em um hotel para passar uma noite. O plano de ambos é o do suicídio duplo, mas um trem acaba passando ao lado do quarto, e sua estridência faz com que o copo com o veneno caia no chão. Giorgio parece pressentir no acaso um sinal de que devem continuar vivos. Eles saem sorrateiramente do hotel, para não terem a necessidade de pagá-lo e vão até a estação ferroviária. Lá, Giorgio recolhe a carteira que um homem deixa cair, com uma boa quantidade de dinheiro. Ele parte com sua companheira para Monte Carlo, onde ganha uma boa quantia de dinheiro com o jogo. Obsessivo com o jogo, perde tudo em pouco tempo. Decide partir com a

Filme do Dia: "Aleluia!" (1929), King Vidor

Aleluia! ( Hallelujah , EUA, 1929). Direção: King Vidor. Rot. Original: Wanda Tuchok, Ransom Rideout, Richard Schayer & Marian Ainsle (entretítulos), a partir do argumento de Vidor. Fotografia: Gordon Avil. Montagem: Hugh Winn. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Figurinos: Henrietta Fraser. Com: Daniel L. Haynes, Nina Mae McKinney, William Fountaine, Harry Gray, Fanny Belle DeKnight, Everett McGarrity, Victoria Spivey, Milton Dickerson. Zeke Johnson (Haynes) acaba perdendo todo o dinheiro que a família arduamente conquistara na colheita de algodão após se envolver com uma mulher, Nina (McKinney) e seu parceiro Hot Shot (Fountaine). Pior de tudo, sentindo-se lesado Zeke atira a esmo no bar e mata acidentalmente o irmão mais novo Spunk (McGarrity), que viera atrás dele. Completamente desconsolado, ele ouve, com ajuda de seu velho pai (Gray) um clamor do céu e se transforma em pastor. No meio de sua peregrinação reencontra Nina, que se converte e acaba se transformando em sua esposa. Te