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Filme do Dia: Hawaii (2013), Marco Berger

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  H awaii (Argentina, 2013). Direção, Rot. Original, Montagem e Dir. de arte: Marco Berger. Fotografia: Tomás Pérez Silva. Música: Pedro Irusta. Com: Manuel Vignau, Mateo Chiarino, Luz Palazón, Antonia De Michelis, Manuel Martínez Sobrado. Martín (Chiarino) é um jovem sem morada, que retorna à Argentina após não possuir mais residência no Uruguai depois da morte da avó que o criou. Ele retorna ao seu local de infância e lá consegue trocados fazendo pequenos serviços aos moradores. Certo dia aproxima-se de Eugenio (Vignau), com quem brincara na infância e hoje possui um sítio que herdou da família, tendo sido comprado por um tio seu. Esse o contrata no dia seguinte e uma proximidade crescente se transforma em amizade, de colorações constantes de tensão sexual. Eugenio escreve um romance sobre uma criança que percebe instintivamente as injustiças e desigualdades do mundo, sendo de uma família de latifundiários. Quando finalmente Martín tenta beijar Eugenio, esse o rechaça, acreditando

Filme do Dia: Artful Kate (1911), Thomas H. Ince

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  A rtful Kate (EUA, 1911). Direção Thomas H. Ince. Fotografia Tony Gaudio. Com Mary Pickford, Owen Moore, Charles Arling. Hammond (Moore) é o amor de sua ‘queridinha’ (Pickford), se despedindo dela fardado, pois irá guerrear em Cuba. Kate se desmancha em lágrimas. Na última conversa antes da partida, o rapaz mostra o medalhão com a foto de Kate que carregará consigo.   Ela o faz jurar algo (que não a esquecerá?). Um tio de Kate, Manuel José, que mora em Havana, convida-a para uma grande festa. Esta se entusiasma com o convite e mesmo comemora com a criada, pois antevê a possibilidade de reencontrar seu amado. Ao chegar é recepcionada por seus tios. Kate se sente em casa. E planeja testar Hammond. Veste-se como espanhola e é assediada por ele, refutando seus avanços.   Ela é apresentada para ele por seus tios como uma senhorita hispânica. Um flerte se inicia, mas a garota parece contrariada. E o abandona. De volta aos Estados Unidos. O rapaz vem repleto de carinhos e mimos. E inve

Filme do Dia: Os Iniciados (2017), John Trengove

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  O s Iniciados ( Inxeba , África do Sul/Alemanha/Holanda, França, 2017). Direção: John Trengove. Rot. Original: Malusi Bengu, Thando Mgqolozona & John Trengove. Fotografia: Paul Ozgur. Música: João Orecchia. Montagem: Matthew Swanepoel. Dir. de arte: Bobby Cardoso & Solly Sithole. Figurinos: Lehasa Mollohyi. Com: Nakhane Touré, Bongile Montsai, Niza Jay, Thobani Mseleni, Gabriel Mini, Zwelakhe Mtsaka, Menzeleli Majola, Gamehlile Bovana. Xolani (Touré), um operário fabril, parte mais um ano para uma montanha onde ocorrem rituais de iniciação em que ele será um dos homens responsáveis por um pequeno grupo de iniciados. Ele aceita a tarefa para agradar o pai do garoto rico, Kwanda (Jay), que nutre profundo desprezo por toda a situação, mas igualmente para encontrar o amante Vija (Mantsai), que é casado. Embora o filme trabalhe relativamente bem a forte dualidade entre machismo/homofobia por um lado e homoerotismo a partir da mesma situação, inclusive em um ritual no qual a ge

O Dicionário Biográfico de Cinema#258: Jean Gabin

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Jean Gabin   (Jean-Alexis Gabin Moncorgé) (1904-1976), n. Paris N enhum outro ator de cinema francês pareceu aos franceses incorporar tantas de suas mais admiráveis características. Como os melhores atores americanos foi subjugado pela exaustão, um conhecido ouvinte mais que falante, antecipador mais que ativo. Ainda que em seus últimos anos tenha representado o apelo duradouro de um mais que fleumático burguês, no final dos anos 30 Gabin foi a perfeita expressão de uma figura da classe trabalhadora, odiando seu ambiente esquálido em fábricas ou alojamentos - mas atraído por uma mulher perigosamente inocente e consequente violência fatal, como o único meio para a dignidade. E é um tema que retornou em Pierrot le Fou [ O Demônio das Onze Horas ], e é o que André Bazin viu na alegada insistência de Gabin em uma cena de morte em seus filmes: "Gabin então estava bastante certo ao demandar de seus roteiristas uma cena de crise de fúria homicida. Ele constitui o momento significativo e

Filme do Dia: A Besta Humana (1938), Jean Renoir

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  A  Besta Humana ( La Bête humaine , França, 1938) Direção: Jean Renoir. Rot. Adaptado: Jean Renoir, baseado no romance de Émile Zola. Fotografia: Curt Courant. Música: Joseph Kosma. Montagem: Marguerite Renoir & Suzanne de Troeye. Dir. de arte: Eugène Lourié. Com: Jean Gabin , Simone Simon, Fernand Ledoux, Blanchette Brunoy, Gérard Landry, Jenny Hélia, Colette Régis, Germaine Clasis, Jacques Berlioz, Jean Renoir. Jacques Lantier (Gabin) é maquinista e trabalha com o amigo Pecqueux (Carette). Como o motor de sua querida locomotiva pifou, ele aproveita a ocasião para visitar sua madrinha (Clasis), que mora à margem da estação. Essa lhe pergunta sobre as crises repentinas que sempre costumara ter na infância e Lantier se diz curado. Logo, no entanto, encontra a filha de sua madrinha, Flore (Brunoy), que conhecera criança, e dominando-a, tenta estrangulá-la, sua atenção se desviando com a passagem do trem. Envergonhado, afirma para Flore que tudo seu comportamento bestial se deve as

Guia Crítico de Diretores Japoneses#12: Ryūichi Hiroki

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 HIROKI, Ryūichi n. 1 de janeiro de 1954 廣木隆一 Um dos diretores que se graduou do "cinema rosa" (1) para o cinema comercial, Hiroki tem permanecido talvez o mais fiel a suas origens: continua a realizar filmes sobre temáticas sexuais, ainda que o sensacionalismo tenha cedido lugar à análise. Nos anos 80, após ser assistente ao prolífico diretor "rosa" Genji Nakamura, realizou filmes pornográficos para públicos tanto hétero quanto gay; da mesma forma, seu primeiro longa-metragem para público mais amplo, 800: Two Lap Runners  (1994), explorou sentimentos tanto hétero quanto homossexuais em sua história de uma relação entre um corredor adolescente e a antiga namorada de um colega de trilha com quem havia vivido uma experiência sexual.  O filme seguinte de Hirkoki, Shojô Tsubaki: Chika Gentô Gekiga  ( Midori , 1996*) foi outro drama sobre emoções adolescentes, focando em uma garota ginasial insatisfeita que finge se encontrar doente para passar o tempo com seu namorado.

Filme do Dia: The Masseurs and a Woman (1938), Hiroshi Shimizu

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  T he Masseurs and a Woman ( Anma to Onna , Japão, 1938). Direção e Rot. Original Hiroshi Shimizu. Fotografia Masao Saito. Música Senji It ō. Dir. de arte Minoru Esaka. Cenografia Shintar ō Mishima. Figurinos Tetsuz ō Shibata. Cabelos Sueko End ō . Com: Mieko Takamine, Shin Tokudaiji, Shin’ichi Himori, Jun Yokoyama, Shin Saburi. Dois massagistas cegos, Toku (Tokudaiji) e Fuku (Himori) vão prestar seus serviços em uma localidade que possui uma concorrida pousada, onde se encontra uma garota solitária de Tóquio (Takamine), por quem Toku se sente atraído. Quem também se sente enlevado pela garota é Shintar ō , um homem solteiro de Tóquio que chega na pousada com seu sobrinho. Começa a ocorrer uma onda de furtos, e Toku, temendo que a garota venha a ser presa, pois acredita ser ela a autora, a ajuda a fugir e vem a descobrir que ela está apenas tentando fugir de um patrão ao qual não gosta. Há uma construção visual verdadeiramente excêntrica em relação a um cinema mais feijão