Postagens

Filme do Dia: Os Dois Mundos de Charly (1968), Ralph Nelson

Imagem
Os Dois Mundos de Charly ( Charly , EUA, 1968). Direção: Ralph Nelson. Rot. Adaptado: Stirling Silliphant, a partir da peça Flowers for Algernon . Fotografia: Arthur J. Ornitz. Música: Ravi Shankar. Montagem: Fredric Steinkamp. Dir. de arte: John DeCuir&Charles Rosen. Figurinos: Hazel Roy. Com: Cliff Robertson , Claire Bloom, Lilia Skala, Leon Janney, Ruth White, Dick Van Patten, Edward McNally, Barney Martin. Charly Gordon (Robertson), possui uma deficiência mental que o transforma em vítima das pilhérias de seus colegas de trabalho em uma panificadora. Sua educadora, Alice (Bloom), torna-se bastante interessada em seu caso e acredita que ele possa ser utilizado nas experiências que os cientistas, Dra. Anna Straus (Skala) e Dr. Nemur (Janney), a partir dos primeiros resultados da ativação cerebral provocada em ratos de laboratório. Charly se submete a cirurgia e desenvolve uma capacidade cerebral bastante avançada e também se envolve emocionalmente com Alice. Porém,

The Animals We've Gotta Get Out Of This Place

Hora de Descalçar as Chuteiras

Imagem
A vitória da Alemanha na final fechou com justiça poética e prosaica a Copa do Mundo no Brasil. Quem venceu foi a equipe mais organizada e coesa, com jogadores versáteis e em constante movimentação, que controla o ritmo das partidas, acelerando no momento do bote fatal. O golaço de Götze no finzinho mostrou que a disciplina tática não basta: é preciso engenho e arte para superar um adversário aguerrido. A simpatia e o jogo de cintura dos alemães fora de campo também surpreenderam brasileiros e visitantes. Só os mais casmurros viram nisso uma estratégia fria para conquistar o apoio da torcida nacional. Mas e nós, brasileiros, o que tiramos desse grande evento? Do ponto de vista estritamente futebolístico, que talvez nem seja o mais importante, a derrota por 3 a 0 para a Holanda, depois da acachapante goleada sofrida diante da Alemanha, confirmou uma impressão que os mais lúcidos já tinham desde o início do torneio: o Brasil foi rebaixado para uma espécie de segunda divisão do fute

Dear Neymar: an open letter from Henry Winter to Brazil's biggest star of its bittersweet World Cup

Imagem
Dear Neymar, We visitors to your country feel like we’re intruding on private grief. Brazil seems in mourning after your cruelly timed, cynically inflicted injury, the damage wrought on the Selecao by Germany, and the harm to your proud footballing nation’s self-esteem. To compound your misery, Argentines now swarm through Rio towards Maracana, chanting “in your house, in your face”. Any attempt at consoling words from a neutral observer can bring little comfort at a time of such sorrow but please consider this. The sheer depth of the hurt felt by the Brazilian people at events in this World Cup tournament show why you belong to a truly great sporting nation. The sun does not always shine, even for those who have won five World Cups. Sometimes it is when the heavens weep and the tears flow that the size of a country’s love for the sport is revealed. One English supporter present in the Rio fans fest during the semi-final compared the reaction to the humiliation beamed in from B

Kenji Mizoguchi: A Cinema of Totality

Imagem
opresented by The Japan Foundation “The great thing about Mizoguchi was his tireless effort to imbue every scene with reality.”—Akira Kurosawa Between the early 1920s and the year of his death, Kenji Mizoguchi (1898–1956) made more than seventy-five films (though many of the films are lost), moving easily across genres from samurai tales to contemporary melodramas. His mature style is evident beginning with his 1936 classic, Sisters of the Gion. A master of marrying form and content, Mizoguchi often employs elegant long takes and sequence shots. Well known for the one scene/one take method, his aesthetic is based largely on a strategy that gives each shot equal weight, in which the camera often moves in intricate relationship to its subject, kept at a distance from the actors without the use of close-ups. His thematic concerns deal famously with the subjugation of women in society, but also with the transience of life. Mizoguchi has the extraordinary ability to create worlds that

Filme do Dia: Bonitinha, mas Ordinária (1981), Braz Chediak

Bonitinha, mas Ordinária (Brasil, 1981). Direção: Braz Chediak. Rot. Adaptado: Gilvan Pereira, Sindoval Aguiar, Jorge Leclette & Doc Comparato, baseado em peça homônima de Nélson Rodrigues. Fotografia: Hélio Silva. Música: John Neschling. Montagem: Rafael Justo Valverde. Cenografia: Arthur Maia & Neyd Benasconi. Figurinos: Marisa Massari. Com: Lucélia Santos, Vera Fischer, José Wilker, Milton Morais, Carlos Kroeber, Monah Delacy, Mirian Pires, Sônia Oiticica, Xuxa Lopes, Cláudia Ohana, Henriette Morineau. Edgar (Wilker) é escolhido por Maria Cecília para seu marido. Ele trabalha na firma do rico Werneck (Kroeber), que busca o casamento como forma de redimir socialmente a filha estuprada por cinco negros. Edgar aceita o “contrato”, apesar de seu interesse pela vizinha Ritinha (Fischer), arrimo de família e guardiã moral de três irmãs mais novas (Oiticica, Lopes, Ohana) que vivem com a mãe (Pires) senil. Chocado com a falta de escrúpulos de Peixoto (Morais), genro de We

Na Casa Defronte

Na casa defronte de mim e dos meus sonhos, Que felicidade há sempre! Moram ali pessoas que desconheço, que já vi mas não vi. São felizes, porque não sou eu. As crianças, que brincam às sacadas altas, Vivem entre vasos de flores, Sem dúvida, eternamente. As vozes, que sobem do interior do doméstico, Cantam sempre, sem dúvida. Sim, devem cantar. Quando há festa cá fora, há festa lá dentro. Assim tem que ser onde tudo se ajusta — O homem à Natureza, porque a cidade é Natureza. Que grande felicidade não ser eu! Mas os outros não sentirão assim também? Quais outros? Não há outros. O que os outros sentem é uma casa com a janela fechada, Ou, quando se abre, É para as crianças brincarem na varanda de grades, Entre os vasos de flores que nunca vi quais eram. Os outros nunca sentem. Quem sente somos nós, Sim, todos nós, Até eu, que neste momento já não estou sentindo

Pat Metheny Group - "Phase Dance" (1977)

Scannavino responde a desabafo do índio Karo sobre visita de Luciano Huck e Ronaldo

Quando até mesmo Ronaldo e Galvão Bueno parecem incomparavelmente mais inteligentes, tem-se noção da imbecilidade de um sujeito chamado Luciano Huck. Tive o desprazer de ligar a TV para assistir a disputa de terceiro lugar da Copa e dei de cara com uma matéria sobre comunidades indígenas que finalizava com o comentário de Huck sobre o cuidadoso critério da FUNAI sobre quem tem acesso as mesmas. Algo que a matéria evidentemente desmente, ao deixar que fosse produzida essa peça audiovisual repleta de clichês sobre a importância da diversidade cultural representada por tais comunidades, tendo como pretexto fútil a Copa do Mundo que não resiste, minimamente, as joias disparadas por Huck, que resumiriam tudo sem necessidade do desperdício de retórica superficial, como é o caso de sua referência à “civilização normal” de onde veio. Raramente abro a TV e quando a abro escuto essas barbaridades que me fazem pensar em aposentá-la de vez. ***** "Voces sabiam que o apresentador gl

Un giorno dopo l'altro - Luigi Tenco

Imagem

Mascherano confessa que rasgou "o ânus" na meia-final

Imagem
Sem querer "ser mal-educado", o argentino Javier Mascherano explicou que as dores que sentiu na parte final do desafio frente à Holanda se deveram ao facto de ter "rasgado o ânus" após uma disputa de bola com Arjen Robben. "Com aquele movimento, rasguei o ânus. É por isso que tinha tantas dores. Não quero ser mal-educado, mas foi isso que aconteceu", explicou o Javier Mascherano, um dos destaques da vitória argentinos na vitória da alviceleste ante a Holanda. Explicações à parte, Mascherano aproveitou ainda para repartir o mérito do apuramento para a final do Campeonato do Mundo com os jogadores que ficaram fora da convocatória de Alejandro Sabella: "Estar na final é algo que acontece uma vez na vida. Temos que aproveitar esta oportunidade. O mérito é da equipa e do staff técnico. Há também muitos jogadores que não estão connosco mas que estão no nosso pensamento. Este momento também lhes pertence", vincou o jogador do Barcelona.
Imagem

Filme do Dia: O Sonho Azul (1993), Tian Zhuangzhuang

Imagem
O Sonho Azul ( Lan feng zheng , China, 1993). Direção: Tian Zhuangzhuang. Rot. Original: Mao Xiao. Fotografia: Yong Hou. Música: Yoshihide Otomo. Montagem: Lengleng Qian. Dir. de arte: Liansheng Wang & Xiande Zhang. Cenografia: Zhu Baosheng & Geng Li. Figurinos: Juying Dong. Com: Wenyao Zhang, Tian Yi, Xiaoman Chen, Liping Lu, Quanxin Pu, Xuejian Li, Baochang Guo, Yanjin Liu           A infância (Zhang, Yi) e a adolescência de Tiehou (Chen), desde seu nascimento em 1953, que foi adiado pela morte de Stálin, já que seus pais tiveram que adiar o casamento, passando pelo Grande Salto Para Frente, de 1958, e a Revolução Cultural de meados dos anos 60. Nesse ínterim Tietou presenciou o envio do pai Shaolong (Pu) para um campo de trabalhos forçados, onde morrerá, oficialmente vítima da queda de uma árvore. Sua mãe, Chen Shujuan (Lu)   voltará a se casar, porém o novo marido, que Tiehou tratará como tio, morrerá repentinamente, de causas naturais. O terceiro casamento de Shujuan

How Many People Need to Die? The Manipulation of Grief to Incite War

Imagem
On July 2, I published an article in Haaretz arguing that governments manipulate our grief in order to push forward political agendas. On July 3, my theory came to life when news broke of 16-year-old Palestinian Mohammed Abu Khdeir's murder. Tragically for the Israeli nation, it was all but confirmed that the murder was a revenge killing by Jewish extremists. Major media outlets including the the New York Times rushed to interpret the escalating violence, the riots, and the alleged revenge killing as an ancient 'blood feud' between Israelis and Palestinians. This is misleading and incorrect. The violence sweeping across the country and in Gaza is predictable, though absolutely inexcusable. It is the result of government's manipulation of our emotions. This is not the first time this has happened. The manipulation of grief for political purposes has a long history. Consider the Vietnam War and the rhetoric around the violent brutality that transpired there. During
Imagem
Imagem