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Filme do Dia: From the Submerged (1912), Theodore Wharton

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F rom the Submerged (EUA, 1912). Direção e Rot. Original: Theodore Warton. Com: E.H. Calvert, Ruth Stonehouse, William Walters, Joseph Allen Sr.,  Mildred Weston, Fred Wulf, Charles Hitchock, Dolores Casinelli, Bryant Washburn, Billy Mason. Charlie (Calvert) que vaga pelas ruas se encontra disposto a se jogar nas águas de um rio, quando é demovido da ideia por uma mulher (Stonehouse). Certo dia, numa fila de comida para desabrigados, descobre através do anúncio de um jornal que o pai (Allen Sr.), que se encontra moribundo, perdoa-o.   Charlie leva sua noiva consigo para conhecer partes da cidade povoadas por miseráveis, como ele fora um dia. Ela parte com outro e Charlie percebe sua insensibilidade ao ambiente. Ele sente saudades da garota que o salvara da morte, após rasgar o retrato da noiva esnobe. Poucos dias depois ele passa a procura-la. Encontra-a em situação similar a sua de outrora, e a chama para si, para morar consigo, logo após prontamente casarem junto a um juiz de p

Filme do Dia: A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965), Roberto Santos

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A   Hora e a Vez de Augusto Matraga (Brasil, 1965). Direção: Roberto Santos. Rot. Adaptado: Roberto Santos & Gianfrancesco Guarnieri, baseado no conto de João Guimarães Rosa. Fotografia: Hélio Silva. Música: Geraldo Vandré. Montagem:  Sílvio Reinoldi. Figurinos: Assis A. Horta. Com: Leonardo Villar, Jofre Soares, Maria Ribeiro, Maurício do Valle, Flávio Migliaccio, Antonio Câmera, Ivan de Souza, Emmanuel Cavalcanti. Augusto Matraga (Villar) é um cruel fazendeiro que é traído pela mulher (Ribeiro) e por seus capatezes, enfrentando sozinho o seu rival, Major Consilvo (Câmera), quase morrendo. Dado como morto é acolhido por um casal de lavradores e se influencia pelo misticismo deles. Um dia, com a chegada do jagunço Joãozinho Bem Bem (Soares), Matraga se sente na obrigação de partir guiado apenas pelo próprio cavalo. O cavalo lhe traz de volta a sua cidade, no momento em que Bem Bem se encontra em conflito aberto com o padre (do Valle), atrás de vingar a morte de um de seus h

Filme do Dia: Riacho do Sangue (1966), Fernando de Barros

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R iacho do Sangue (Brasil, 1966). Direção: Fernando de Barros. Rot. Original: Fernando de Barros & Luiz Marinho, a partir do argumento de Walter G. Mota. Fotografia: Özen Sermet. Música: Guerra Peixe. Montagem: Glauco Mirco Laurelli. Dir. de arte: Zulano Pessoa. Cenografia: Apolo Monteiro. Com: Alberto Ruschel, Maurício do Valle, Gilda Medeiros, Turíbio Ruiz, Jacqueline Myrna, Ivan de Souza, José Pimentel, José Carlos Cavalcanti Borges. Ponciano (Ruschel) é um tropeiro que chega e provoca reação dos homens do Coronel Pereira (Borges), por ter matado um dos seus. Enquanto isso, uma verdadeira cidade começa a ser criada em torno da figura visionária do Divino (Ruiz). Ponciano, que se apaixonara pela filha do Coronel, Branca (Myrna), leva uma surra dos capangas do Coronel, sob a liderança de Floro (do Valle) e, acamado, é acolhido por Rita (Medeiros), que passa a ser sua companheira. O casal se junta na defesa do Divino. O Coronel, que não consegue andar, acredita ser o moment

Filme do Dia: Copacabana Me Engana (1968), Antônio Carlos Fontoura

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C opacabana me Engana (Brasil, 1968). Direção: Antônio Carlos Fontoura. Rot. Original: Antônio Carlos Fontoura, Armando Costa & Leopoldo Serran. Fotografia: Affonso Beatto & Jorge Bodanzky. Montagem: Mário Carneiro. Com: Odete Lara, Carlo Mossy, Paulo Gracindo, Lícia Magna, Ênio Santos, Joel Barcellos, Cláudio Marzo, Yolanda Cardoso, Maria Gladys, Luiz Marinho. Marquinhos (Mossy) é um jovem sem maiores perspectivas de vida que passa o tempo a se divertir com amigos igualmente inconsequentes. Apaixona-se pela vizinha do apartamento da frente, que já havia sido observada por ele e seus amigos, Irene (Lara). Certo dia, andando pelas ruas do centro com a mãe (Magna), flagra o pai (Santos) com outra mulher, e sua mãe faz um verdadeiro escândalo. O romance com Irene fica abalado quando ele conhece um ex-amante seu mais maduro, sofisticado e rico (Gracindo), que lhe leva para almoçar, demonstra não se encontrar nenhum pouco preocupado com Marquinhos enquanto rival e lhe deixa n

The Film Handbook#193: Louis Malle

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Louis Malle Nascimento: 30/10/1932, Thumeries, Nord, França. Morte:  23/11/1995, Beverly Hills, Los Angeles, Califórnia, EUA Carreira (como diretor): 1954-1994 A diversidade e contenção estilística dos filmes de Louis Malle tem levado alguns críticos a desconsiderá-lo como um diretor oportunista com pouco a dizer. No entanto, sua versatilidade pode ser uma virtude, sua descrição uma força, e a simpatia não sentimental de Malle por seus personagens e sua atração por detalhes aparentemente banais, mais repletos de significado da vida cotidiana, estabelecem-no como um talento criativo, mesmo que errático. Após estudar cinema, Malle trabalhou com Bresson  e o documentarista marinho Jacques-Yves Costeau, com quem co-dirigiria O Mundo Silencioso / Le Monde du Silence . Sua estreia solo, Ascensor para o Cadafalso / Ascenseur pour l'Échafaud  foi um thriller  impressionantemente filmado e estruturado, cuja precisão de ritmo e enredo não conseguiu esconder um coração frio. Amantes

Filme do Dia: O Médico e o Monstro (1941), Victor Fleming

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O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll and Mr. Hyde, EUA, 1941). Direção: Victor Fleming . Rot. Adaptado: John Lee Mahin baseado no romance de Robert Louis Stevenson. Fotografia: Joseph Ruttenberg. Música: Franz Waxman. Montagem: Harold F. Kress. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Cenografia: Edwin B. Willis. Figurinos: Adrian & Gil Steele.  Com: S pencer Tracy , Ingrid Bergman, Lana Turner, Donald Crisp, Ian Hunter, Barton MacLane, C. Aubrey Smith, Peter Godfrey, Sara Algood, Frances Robinson, Dennis Green. O respeitado Dr. Jekyll (Tracy), noivo da bela Beatrix Emery (Turner), consegue pôr em prática suas experiências sobre a divisão da personalidade humana entre o bem e o mal em regiões do cérebro. Após testar suas experiências com animais e com um doente mental que morre, Jekyll consegue transformar sua própria personalidade, autodenominando-se Sr. Hyde. É na pele de Hyde que ele passa a infernizar a vida da prostituta Ivy Peterson (Bergman), a quem descarrega toda sua animalidade

Filme do Dia: Antoine e Colette (1962), François Truffaut

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A ntoine e Colette ( Antoine e Colette , França, 1962). Direção: François Truffaut. Rot. Original: François Truffaut. Fotografia: Raoul Coutard. Música: GeorgesDelerue . Montagem: Claudine Bouché. Com: Jean-Pierre Léaud , Marie-France Pisier, François Darbon, Rosy Varte, Patrick Auffray.                                                     Antoine Doinel (Léaud), trabalhando em uma fábrica de discos, apaixona-se por Colette (Pisier), jovem que encontra constantemente nos concertos de música clássica, enquanto o amigo de infância   Rene (Auffray), apaixona-se por uma prima. Colette não vê em Antoine,   no entanto, mais que um amigo. Doinel, em sua paixão, acaba mudando-se para um apartamento em frente ao que Colette vive com sua família. Ainda assim, Colette teima em tratá-lo como amigo. Enquanto isso, Rene progride com a prima, que corresponde a seu amor com cartas apaixonadas.   A decepção de Antoine aumenta com um encontro frustrado no cinema, em que Colette o rejeita. O golpe

Filme do Dia: The Trio's Engagements (1937), Yasujirô Shimazu

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T he Trio’s Engagements ( Konyaku Sanbagarasu , Japão, 1937). Direção e Rot. Original: Yasujirô Shimazu. Fotografia: Shôgirô Sugimoto. Com: Ken Uehara, Masami Morikawa, Kazuko Komaki, Shûji Sano, Shin Saburi, Mieko Takamine, Hideo Takeda. Três rapazes que passam a trabalhar em uma loja de luxo e todos, o pouco polido Kin (Saburi), o galanteador Ken (Uehara) e o gentil e tímido Shûji (Sano) se atraem pela filha do dono da empresa, Reiko (Takamine). Todos, portanto, pretendem se afastar de suas noivas. Quando Kin conta a Ken o passeio e jantar que teve com Reiko e sua família, a inimizade se estabelece entre os outrora companheiros de moradia. Logo, no entanto, os três perceberão que as intenções de Reiko são bem outras. Quando o mal entendido é desfeito, a animosidade entre os três desaparece, assim como a hostilidade para com suas noivas. Decepcionantemente mais convencional e próximo de mimetizar as então chamadas “comédias sofisticadas” americanas, esse filme de Shimazu se

Filme do Dia: Inki and the Minah Bird (1943), Chuck Jones

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I nki and the Minah Bird (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Os encontros e desencontros entre um leão, um jovem pigmeu e um pássaro preto – ainda que o leão tenha sido esquecido no título original (a determinado momento, e por um curto espaço de tempo, o pigmeu é inclusive esquecido e a interação se dá apenas entre o pássaro e o leão). O estilo menos perfeccionista e seus cenários menos realistas já antecipam o caminho que a animação posteriormente enveredará – sobretudo através da forte influência do grafismo dos estúdios UPA. Seu surrealismo acede que um jovem pigmeu africano ao caçar uma borboleta e quase acerta-la tenha como revide, após uma olhada sintomaticamente cúmplice ao espectador,   um brado de leão que o faz correr desesperado.   E o soturno pássaro negro de andar cadenciado é um de seus maiores atrativos. Leon Schelesinger Studios para Warner Bros. 7 minutos e 28 segundos.

Filme do Dia: Amargo Triunfo (1957), Nicholas Ray

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A margo Triunfo ( Bitter Victory , EUA, 1957). Direção: Nicholas Ray . Rot.Adaptado: René Hardy, Gavin Lambert, Nicholas Ray & Paul Gallico, a partir do romance de René Hardy. Fotografia: Michel Kelber. Música: Maurice Leroux. Montagem: Léonide Azar. Dir. de arte: Jean d’Eaubonne. Com: Richard Burton , Curd Jürgens, Ruth Roman, Raymond Pellegrin, Anthony Bushell, Alfred Burke, Sean Kelly, Christopher Lee. Uma missão praticamente suicida é enviada do Cairo a Bengasi. Os dois oficiais que comandarão o grupo são Capitão Leith (Burton), mas experiente no contato com o deserto e amigo de um nativo, Mekrane (Pellegrin), que conhece bastante o deserto e o oficial de carreira, Major Brand (Jürgens), que se torna o comandante da operação. Leith e Brand possuem algo em comum. Leith foi a grande paixão de Jane (Roman), atual mulher de Brand. As hostilidades entre ambos são patentes desde o início da ação, quando no ataque à fortaleza nazista, embora bem sucedida, Brand não possui cora

Filme do Dia: Grandma and the Bad Boys (1900), James H. White

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G randma and the Bad Boys (EUA, 1900) Comparado com produções do ano anterior, tais como Cripple Creek Bar-Room Scene já se consegue percebe o avanço em termos de narrativa. Aqui uma situação é apresentada em toda sua consecução – observamos uma situação cotidiana banal, as crianças montarem a armadilha e o resultado da operação, no caso lesando a própria avó ao colocarem farinha na lamparina que sabem que ela fará uso. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 1 segundo.

Dusan Makavejev (1932-2019)

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Dusan Makavejev (1932-2019) O mundo do cinema está um pouco mais pobre, perdendo um de seus gênios criativos (ainda que por um período de tempo relativamente curto e com filmes que nem todos envelheceram com a mesma força). Cheguei a escrever um artigo acadêmico sobre um documentário dele a partir de um filme de ficção de mesmo nome e é o filme de Makavejev que talvez tenha maior apreço dos que conheço, chamado em português " Inocência Desprotegida ".

Filme do Dia: Daffy - The Commando (1943), Friz Freleng

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D affy – The Commando (EUA, 1943). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Patolino embaraça as baterias anti-aéreas dos soldados nazistas – na verdade um comandante tirano e um atrapalhado soldado, antropormifizados devidamente como gaviões. Utilizando truques e saídas espirituoso-sádicas mais aproximadas da caracterização de seu rival, Pernalonga,   a animação, de evidente propaganda de guerra tem como um de seus maiores trunfos as falas em alemão dos personagens nazistas, e a composição clichê de seu oficial, com direito a monóculo e um tom de voz extremamente arrogante, assim como Patolino fazendo uso de cartelas na própria mão para traduzir para o inglês o que fala em alemão para o oficial numa cabine telefônica. Assim como um telegrama timbrado em que ocorre mais uma alusão irônica a Vinhas da Ira , romance de Steinbeck há um punhado de anos levado às telas. O telegrama é assinado pelos “Apes of Wrath”, título o

The Film Handbook#192: Sergei Einsenstein

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Sergei Eisenstein Nascimento: 23/01/1898, Riga, Latvia, URSS Morte: 11/02/1948, Moscou, URSS Carreira (como diretor): 1924-1946 Há muito tempo considerado um dos mais importantes artistas cinematográficos que o mundo já conheceu, Sergei Mikhailovich Eisenstein foi um gigante entre os realizadores e teóricos, suas contribuições ao cinema definidas pelo seu enorme intelecto e comprometimento com a arte política. Ainda assim, sua influência no desenvolvimento do cinema comercial parece ter sido negligenciada com o passar dos anos. A vida e pensamento de Eisenstein estão inextrincavelmente associados com a sociedade em que viveu. Quando jovem, ele parecia seguir seu pai na carreira de engenheiro de obras, mas após servir o Exército Vermelho, encontrou trabalho como cenógrafo para o teatro. Estudando sob os auspícios de Meyerhold, tornar-se-ia crescentemente interessado em criar uma forma revolucionária de drama proletário no qual as massas, em oposição ao indivíduo, fossem o herói

Filme do Dia: Coelho Cadente (1943), Robert Clampett

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Colho Cadente ( Falling Hare , EUA, 1943). Direção: Robert Camplett.  Rot. Original: Warren Foster. Música: Carl W. Stalling. Alistando-se no Exército, Pernalonga sofrerá o pão que o diabo amassou no avião que divide com um gremlin.Os elementos básicos da animação associada aos estúdios Warner e seu personagem mais famoso, encontram-se aqui presentes. O tom  blasée  de seu protagonista somente se sustenta ao início pois logo apanhará bastante do gremlin coadjuvante que faz ele passar pela maior parte das torturas que Pernalonga pratica em outros personagens. Assim como a interação com o espectador – a certo momento Pernalonga se volta para a câmera e faz uma pergunta. Uma certa ironia com o  establishment , particularmente com a censura, mais uma vez parodiada na cartela inicial ou com o próprio milatarismo do momento – sua atuação no Exército é um tanto quanto desanimadora. E, evidentemente, uma forte dose de humor surreal – a súbita parada do avião a um palmo do chão sem

Filme do Dia: 500 Almas (2004), Joel Pizzini

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5 00 Almas (Brasil, 2004). Direção: Joel Pizzini. Rot. Original: Joel Pizzini, Sérgio Medeiros & Ide Lacreta. Fotografia: Mário Carneiro. Música: Lívio Tragtenberg. Montagem: Ide Lacreta. Sensível busca de tradução do universo mito-poético da comunidade índia Guató, resultando em trabalho de extrema delicadeza e acuidade visual e rítmica, onde a montagem e a composição de imagens buscam traçar uma possível tradução da própria sensibilidade estética e percepção do tempo vivenciados pela comunidade. O resultado final, apresentando o convívio discreto entre a memória e o esquecimento da cultura Guató, tampouco esquece de fazer referência às relações conflitivas no que diz respeito à posse da terra e a morte até hoje não de todo resolvida de uma das maiores lideranças da comunidade. Não é bem sucedido, no entanto, ao optar pelo recurso das dramatizações (com Paulo José e Matheus Nachtergaale) para abordar tais temáticas, que apenas reforçam de modo rasteiro e redundante   aquil

Filme do Dia: Retratos de Identificação (2014), Anita Leandro

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R etratos de Identificação (Brasil, 2014). Direção e Montagem: Anita Leandro. Fotografia: Marcelo Brito. A partir de fotos produzidas pelos próprios órgãos de repressão se tece uma teia de prisões, torturas e mortes diretas ou indiretas provocadas pelo regime ditatorial brasileiro. Dois dos retratados, Antônio Roberto Espinosa e Reinaldo Guarany, continuam vivos no momento dessa produção e é através do fio das memórias dos dois, assim como de imagens de documentários do período ( Brazil: A Report on Torture ) e o áudio e/ou audiovisual da jovem Maria Auxiliadora “Dora” Lara Barcellos que se suicidaria em 1976 que é entretecido esse digno documentário, que não apela para sentimentalismos ou heroicização dos envolvidos em questão.   Destituído de uma moldura   contextualizadora convencional, ou seja, qualquer informação adicional surge em eventuais legendas,   ficamos com a própria voz de quem sofreu a violência, e pode se tornar uma testemunha moral do horror que matou seus comp

Filme do Dia: Cidade da Perdição (1952), Luigi Zampa

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C idade da Perdição ( Processo alla Città (Itália, 1952). Direção: Luigi Zampa. Rot. Original: Suso Cecchi D’Amico, Diego Fabbri, Ettore Giannini, Turi Vasile & Luigi Zampa, sob o argumento de Ettore Giannini & Francesco Rosi. Fotografia: Enzo Serafin. Música: Enzo Masetti. Montagem: Eraldo Da Roma. Cenografia: Ugo Bloettler. Figurinos: Maria De Matteis. Com: Amedeo Nazzari, Silvana Pampanini, Paolo Stoppa, Dante Maggio, Franco Interlenghi, Irène Galter, Gualtiero Tumiati, Tina Pica. Nápoles, meados do século XIX. O assassinato de um casal, cujos corpos são encontrados em locais distintos, atiça suspeitos de um crime que diz respeito à Camorra, organização criminosa local. As investigações envolvem boa parte da sociedade local e são levadas a cabo pelo diligente juiz Spicacci (Nazzari), com a cobertura do delegado Perrone (Stoppa). As investigações induzem a suspeição e morte de um jovem inocente, o que leva à crença de que a investigação deve se tornar ainda mais ri

Filme do Dia: Ride on the Tramcar through Belfast (1901)

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R ide on the Tramcar through Belfast (Reino Unido, 1901). A fascinante descoberta do travelling – habitualmente chamado de panoramas na época (a exemplo do semelhante Panorama of Ealing from a Moving Tram ) se soma aqui ao ritmo do trotar dos cavalos que guiam o bonde pelas ruas provavelmente mais movimentadas de Belfast, colhendo preciosas minúcias de seu cotidiano, como uma criança, em trajes típicos da época, a observar o movimento da rua antes de voltar à segurança da calçada ou a procissão de homens anunciando espetáculos (dentre eles o do próprio cinematógrafo) em um carrinho móvel que ampara os cartazes. Ou ainda a postura blasée dos passageiros dos bondes que cruzam rapidamente o espaço focal da câmera em direção oposta. Parte da coleção dos produtores Mitchell & Kenyon, dada como perdida por cerca de 7 décadas. Mitchell & Kenyon. 2 minutos e 15 segundos.

Filme do Dia: The Rookie Bear (1941), Rudolf Ising

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T h e Rookie Bear (EUA, 1941). Direção: Rudolf Ising. Música: Scott Bradley. Os ursos se encontravam no auge de seu sucesso junto ao universo da animação e não por acaso um deles é o protagonista deste curioso curta de propaganda de guerra. Ao mesmo tempo que o cartaz do Tio Sam conclamando ao alistamento militar pode sugerir uma menção positiva ao mesmo, o curta como um todo parece resistir a adesão irrestrita, através de estratégias que apresentam uma ironia por vezes pouco sutil – enquanto o narrador over , afirma   sobre a existência de alojamentos exemplares, observa-se não mais que uma quantidade imensa de barracas de lona montadas; do mesmo modo é muito pouco confortável a forma massacrante com que o urso é sabatinado durante o exame médico por uma diversidade de profissionais, todos falando ao mesmo tempo. E por aí vai. Posição que é selada definitivamente, quando o urso descobre aliviado que sonhara e recebe,   logo após, uma real conclamação ao alistamento menos com