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Filme do Dia: Olympia Parte II - Festa da Beleza (1938), Leni Riefensthal

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O lympia  Parte II – Festa da Beleza ( Olympia 2 – Fest der Scönheit , Alemanha, 1938). Direção e Rot. Original: Leni Riefensthal.  Música: Herbert Windt & Walter Gronostay Inicia com um prólogo menos demorado que o da primeira parte mas ainda mais marcadamente de potencial homoerótico, com atletas finlandeses entrando nus e realizando brincadeiras entre eles em uma sauna. Nas competições de vela, os barcos são ora observados de longe (quando mais parecem pequenas maquetes), ora bastante próximos. A brancura das altas velas de uma das categorias contra os céus carregadamente pumbleos provocam uma das imagens mais contrastantemente belas. A edição e a música, por sua vez, pouco após, encarrega-se de provocar o efeito de suspense. Da esgrima Riefensthal prefere ao início observar as sombras dos competidores. Após as provas do pentatlo se observa um grupo de jovens mulheres executando movimentos que lembram os entrevistos no início da primeira parte do documentário. Logo se p

Filme do Dia: El Cuarto de Leo (2009), Enrique Buchichio

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E l Cuarto de Leo (Uruguai/Argentina, 2009). Direção e Rot. Original: Enrique Buchichio. Fotografia: Pedro Luque. Música: Sebastián Kramer. Montagem: Guillermo Casanova & Julián Goyoaga. Dir. de arte: Paula Villalba. Com: Martín Rodriguez, Cecilia Cósero, Gerardo Begérez, Arturo Goetz, Mirella Pascual, Rafael Soliwoda, Carolina Alarcón, César Troncoso, Sylvia Murninkas. A namorada de Leo (Rodriguez) rompe com ele, já  que ele não consegue fazer sexo com ela e indica um psicólogo, Juan (Goetz), que ele passa a frequentar durante um tempo. Participando de encontros furtivos com homens que mantém contato pela internet, Leo conhece o também jovem e atraente Seba (Begérez), gay assumido e procura reatar o contato com uma ex-colega da escola primária, Caro (Cósero), que sempre anda deprimida. Após vários encontros no quarto de Leo, Juan se cansa da indecisão desse quanto a tomar uma atitude efetiva sobre sua vida afetiva e o abandona. Leo finalmente comenta o nome desse “alguém” p

Filme do Dia: Kashtanka (1952), Mikhail Tsekhanovskiy

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K ashtanka (União Soviética, 1952). Direção: Mikhail Tsekhanovskiy. Rot. Adaptado: Boris Brodsky & Mikahil Papava, a partir de um conto de Anton Tchecov. Fotografia: Mikahil Druyan. Música: Yuri Levitin. Montagem: Lidiya Kyaksht. Dir. de arte: Leonid Aristov & Aleksandr Belyakov. Kashtanka é uma pequena e esperta cadela semelhante a uma raposa que vive com um marceneiro e seu filho Fedyushka. Certo dia Fedyushka vai a cidade e bebe. Algo desorientado, não percebe que Kashtanka se afasta. Ela se perde e sofre com os rigores da fome e da neve, deitada na soleira de uma porta. O morador que a encontra é Monsieur Georges, que trabalha como palhaço no circo com seus animais amestrados, um gato, um ganso e um porco. Com a morte do ganso, ele descobre o talento de Kashtanka, que passa a integrar a trupe. No dia de sua estreia no picadeiro, a cadela é reconhecida por Fedyuska que a chama. Inicialmente dividida, pois Monsieur Georges também a chama por seu novo nome, decide ir de e

Filme do Dia: As Aventuras de um Paraíba (1982), Marco Altberg

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A s Aventuras de um Paraíba (Brasil, 1982). Direção: Marco Altberg. Rot. Original: Antonio Calmon & José Gonçalves do Nascimento, a partir do argumento do último. Fotografia: Carlos Egberto Silveira. Música: Dominguinhos, Amilton Godoy & Guadalupe. Montagem: Raimundo Higino. Dir. de arte: Carlos Assunção & Clovis Bueno. Figurinos: Clovis Bueno. Com: Caíque Ferreira,  Lourival Félix,  Cláudia Ohana, Tamara Taxman, Paulo Villaça, Paulão, Íris Bruzzi, Guará Rodrigues. Zé (Ferreira), retirante nordestino recém-chegado ao Rio, é acolhido pelo amigo Zé Preto (Félix). Porém, logo o destino os apartará. Enquanto Zé passa a ganhar a vida a partir do sexo e amizades, sobretudo com uma namorada de classe média, Débora (Taxman), Zé Preto envereda pelo mundo do crime. Mesmo se tornando uma figura inserida em meio a zona sul carioca, e vivendo uma relação aberta com Débora, Zé jamais esquece a cega Branca (Ohana), que salvou de ser atropelada e é vítima de Miguel (Villaça), polici

The Film Handbook#160: Alan Parker

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Alan Parker Nascimento : 14/02/1944, Londres, Inglaterra Carreira (como realizador): 1974 - Apesar de óbvio, nunca é demais dizer que os filmes de Alan Parker traem suas origens na publicidade para a TV e o cinema. O estilo tende a dominar o conteúdo, com a lógica do enredo, as personagens e a consistência moral fragilizadas diante dos fáceis efeitos emocionais. Um crítico sem rodeios da tradição britânica de realismo comportado e cinza, Parker realizou sua estreia em longa-metragem com o inócuo e eminentemente digno de esquecimento Bugsy Malone: Quando as Metralhadoras Cospem / Bugsy Malone , no qual crianças em trajes dos anos 30 alegremente disparam armas munidas de sorvetes umas contra as outras. Mais sério, o roteirizado por Oliver Stone O Expresso da Meia-Noite / Midnight Express > 1  retrata as horrendas e brutais atribulações sofridas por um traficante de drogas americano em uma prisão turca: o ritmo e iluminação de sua cinematografia destacavam-no como um técnico s

Filme do Dia: Underground (1976), Emile de Antonio, Haskell Wexler & Mary Lampson

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U nderground (EUA, 1976). Direção: Emile de Antonio, Haskell Wexller & Mary Lampson. Fotografia: Haskell Wexler. Montagem: Mary Lampson. Documentário no qual se escuta integrantes do Weather Underground, organização radical de esquerda que havia praticado vários atentados (e também tema do posterior The Weather Underground , que faz uso de material aqui também utilizado e de imagens dele próprio). Mais entrevistos que efetivamente vistos, embora se credite seus nomes, pois ainda em situação ilegal, eles contam sobre suas trajetórias, sendo essas narrativas entremeadas por uma relativamente rica presença de imagens que se referem ao que está sendo tematizado. Se o ambiente da sala, de onde o grupo não sai, pode se assemelhar a alguns dos mais aborrecidos filmes do Grupo Dziga Vertov (como é o caso, principalmente, de Um Filme como os Outros , onde as intervenções autorais parecem se subsumir, como aqui,  à fala dos depoentes ), a presença das imagens de arquivo vem se contrap

Filme do Dia: Let There Be Light (1946), John Huston

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L et There Be Light (EUA, 1946). Direção: John Huston. Podridão. Original: John Houston & Carlos Kaufman. Fotografia: Stanley Cortez, John Doran, Lloyd Fromm, Joe Jackman & Jorge Smith.  Música: Dimitri Tiomkin. A suntuosidade de seu estilo visual, marcado por elegantes e fluidos movimentos de câmera muito dificilmente entra em acordo com o que uma cartela inicial afirma sobre nada ser encenado nesse documentário sobre vítimas de traumas psicológicos da Segunda Guerra Mundial que, segundo o próprio Huston , jamais teria exibição pública. Muito menos ainda quando apresenta “flagrantes” dos incômodos sonhos noturnos que acompanham os soldados internos no hospital.  As sessões de verdadeiros interrogatórios diante de ao menos duas câmeras (pois é utilizado um sistema de plano-contraplano) que se sucedem com os soldados certamente não parecerão um primor em termos de abordagem do universo sensível dos mesmos – um soldado negro chora, levanta-se e diz que não se encontra em

Filme do Dia: Arroz Amargo (1949), Giuseppe De Santis

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A rroz Amargo ( Riso Amaro , Itália, 1949). Direção: Giuseppe De Santis. Rot. Original: Corrado Alvaro, Carlo Lizzani, Carlo Musso, Ivo Perilli, Giani Puccini & Giuseppe De Santis. Fotografia: Otello Martelli. Música: Goffredo Petrassi. Montagem: Gabriele Varriale. Dir. de arte: Carlo Egidi. Figurinos: Anna Gobbi. Com: Vittorio Gassman, Doris Dowling, Silvana Mangano, Raf Vallone, Checco Rissone, Nico Pepe, Adriana Sivieri, Lia Corelli. Quando um grupo de mulheres parte para a colheita sazonal do arroz, o meliante e foragido da polícia Walter (Gassman) consegue despistar à polícia e fugir com sua comparsa e amante, Francesca (Dowling), com um colar roubado. A ação dos dois, no entanto é observada por Silvana (Mangano), que se aproxima de Franscesca e chega a surrupiar o seu colar. O soldado Marco (Vallone), interessado pelo amor de Silvana, a repreende por se intrometer na vida de Francesca. Silvana lhe devolve o colar e se torna próxima de Franscesca que, no entanto, percebe

Filme do Dia: Esperando Gordão (2015), Thiago B. Mendonça

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E sperando Gordão (Brasil, 2015). Direção: Thiago B. Mendonça. Fotografia: André Moncaio. Dir. de arte: Bira Nogueira & Cris Pereira. Com: Alex Rocha, Ieltxu Martinez Ortueta & Renan Rovida. Uma versão de Beckett trasladada para uma tríplice crucifixação em uma comunidade brasileira. Tudo apresentado em um único cenário estilizado com branco neutro ao fundo e através, aparentemente ao menos, de plano único. 9 minutos.

Filme do Dia: A Queda (1962), Kon Ichikawa

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A  Queda ( Hakai , Japão, 1962). Direção: Kon Ichikawa. Rot. Adaptado: Natto Wada, a partir do romance de Tôson Shimazaki. Fotografia: Kazuo Miyagawa. Música: Yasushi Akutagawa. Dir. de arte: Yoshinobu Nishioka. Com: Raizô Ichikawa, Rentarô Mikuni, Shiho Fujimura, Eiji Funakoshi, Keiko Kishida, Ganjiro Nakamura, Seiji Miyaguchi, Hiroyuke Nagato. Yoshi Katô, Haruko Sugimura. Segawa Ushimatsu (Ichikawa) se torna órfão de pai, quando da súbita morte desse após enfrentar um touro. Seu tio (Katô)  lhe aconselha fortemente a esconder-se e fazer parte  de uma família de burakumins , segmento social tido como impuro por tradicionalmente ter exercido profissões impopulares. Ushimatsu é ávido leitor de Inoko Rentaro, escritor e defensor dos direitos dos burakumins, a quem conhece pessoalmente. Segawa possui forte atração por Oshiho (Fujimura), filha de um professor alcóolatra caído em desgraça.  Segawa se torna professor primário. Aos poucos, fortes boatos se espalham a respeito dele se

Filme do Dia: Sob o Sol de Satã (1987), Maurice Pialat

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S ob o Sol de Satã ( Sous lê Soleil de Satan , França, 1987). Direção: Maurice Pialat . Rot. Adaptado: Sylvie Danton & Maurice Pialat, baseado no romance de George Bernanos. Fotografia: Willy Kurant. Música: Henri Duttileux. Montagem: Yann Dedet. Dir. de arte e Cenografia: Kátia Vischkof. Figurinos: Gil Noir. Com: Gérard Depardieu, Sandrine Bonnaire, Maurice Pialat, Alain Arthur, Yann Dedet, Brigitte Legendre, Jean-Claude Bourlat, Jean-Cristophe Bouvet. Donissan (Depardieu) é um jovem padre atormentado que o padre mais velho Menou-Segrais (Pialat) pretende ajudar, mas que acaba sendo tentado pelo demônio. Demonstra-se disposto a salvar a alma da jovem Mouchette (Bonnaire), assassina de seu amante, o Marques de Cardignan (Arthur). Ao mesmo tempo, sua fama de homem miraculoso se torna grande quando traz de volta à vida uma criança dada como morta. Sua força espiritual lhe consome fisicamente e morre pouco depois. Adaptação que não esconde a aridez de sua fonte literária ou

Filme do Dia: A Besta da Caverna Assombrada (1959), Monte Hellman

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A  Besta da Caverna Assombrada ( Beast from Haunted Cave , EUA, 1959). Direção: Monte Hellman. Rot. Original: Charles B. Griffin, a partir de seu próprio argumento. Fotografia: Andrew M. Costikyan. Música: Alexander Laszlo.  Montagem: Anthony Carras. Com: Michael Forest, Sheila Noonan, Frank Wolff, Wally Campo, Richard Sinatra, Linné Ahlstrand, Chris Robinson, Kay Jennings. A gangue comandada por Alexander Ward (Wolff) e sua secretária-namorada Gypsy (Noonan) decide aplicar um golpe e roubar lingotes de ouro de uma pequena reserva em Deadwood, Dakota do Sul. Eles procuram o treinador de esqui Gil Jackson (Forest) para camuflar sua ação, assim como a explosão de uma bomba na mina local para despistar a investigação policial. O que eles não contavam era com a Besta que vive na Caverna Assombrada e frequentemente sai a cata de vítimas. O filme, evidente produto sensacionalista produzido por alguém próximo do mestre no setor, Roger Corman , inicia-se com uma bossa evocativa muito

The Film Handbook#159: James Ivory

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James Ivory Nascimento : 07/06/1928, Berkeley, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1963- Cedo em sua carreira, James Ivory ganhou reputação enquanto diretor de filmes independentes de baixo custo de rara sensibilidade. Porém, com o passar do tempo, sua ênfase em um discreto bom gosto e seu pendor para qualidades literárias tem se petrificado em embotamento e previsibilidade. Após realizar uma série de trabalhos estudantis durante os anos 50, Ivory desenvolveu uma paixão pela Índia, um país que incluía o choque entre culturas que se tornaria seu tema permanente; de fato, desde 1963 ele tem trabalhado consistentemente com o produtor Ismail Merchant e, quase tão frequentemente, com a romancista polonesa-indiana Ruth Prawer Jhabvala. Seu primeiro filme digno de nota, Shakespeare-Wallah > 1 , analisando o imperialismo britânico através da viagem de um trupe de atores ingleses, saudado por sua modesta e cuidadosamente equilibrada narrativa de um romance inter-racial e seus

Filme do Dia: L'Uomo dalla Croce (1943), Roberto Rossellini

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L ’Uomo dalla Croce (Itália, 1943). Direção: Roberto Rossellini. Rot. Original: Alberto Consiglio, Giovanni D’Alicandro, Asvero Gravelli & Roberto Rossellini sob argumento de Graveli. Fotografia: Guglielmo Lombardi. Música: Renzo Rossellini. Montagem: Eraldo Da Roma. Dir. de arte: Gastone Medin. Com: Alberto Tavazzi, Roswita Schmidt, Attilio Dottesio, Doris Hild, Zoia Weneda, Antonio Marietti, Piero Pastore, Aldo Capacci, Franco Castellani, Gualtiero Isnenghi. Na frente de batalha soviética, um capelão italiano (Tavazzi) se recusa a partir com seu pelotão, para auxiliar um soldado (Dottesio) com concusão. Ele é capturado pelos soviéitcos, porém em meio a batalha consegue fugir e se refugia em uma casa em meio ao fogo cruzado do exército soviético e italiano. Lá ajuda um soldado russo ferido no rosto, Beyrov (Pastore), uma mulher que acaba de ter o filho, um soldado antibolchevique (Isnengui). Na casa também se encontram camponeses civis. Irina (Schmidt), miliciana comunista

Movie of the Week#6: The Golem (1920), Paul Wegener & Carl Boese

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The Golem (Germany, 1920). Directed by Paul Wegener & Carl Boese. Written by Henrik Galeen & Paul Wegener. Cinematography by Karl Freund. Music by Hans Landsberger. Production Design by Hans Poelzig & Kurt Richter. Costume Design by Rochus Gliese. Cast: Paul Wegener, Albert Steinrück, Lyda Salmonova, Ernst Deutsch, Hans Stürm, Max Kronert, Otto Gebühr, Lothar Müthel.  In Prague, sixteenth century, Rabbi Loew (Steinrück) hereby built a monster, the Golem (Wegener), to stop the persecution that the tyrannical Emperor Luhois (Gebühr) commits the Jewish people. Initially calling for the magic to try to move the court of Jewish suffering, Loew invokes the very destruction of the tyrant's castle, which is only held by the force of the Golem. Loew discovers, however, that the conjunction of the stars will make the monster turns against its creator. His assistant, Famulus (Deutsch), in love with his daughter, Miriam (Salmonova), Count Florian's lover (Müthel

Filme do Dia: Brooklyn, Fulton Street (1896), Alexandre Promio

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B rooklyn, Fulton Street (França, 1896). Essas imagens, provavelmente de uma das artérias seminais do Brooklyn, dado o relativamente intenso movimento e o fato de ser lugar-comum se filmar os traços de modernidade nos grandes centros urbanos mundo afora – uma das tarefas, aliás,  aos quais o cinegrafista dessa obra, Alexandre Promio, dedicou-se com afinco. Aqui obtém-se imagens de um elevado e de toda a movimentação de pedestre e veículos abaixo dele. Lumière. 40 segundos.

Filme do Dia: My Motherland (1933), Iosif Kheifits & Aleksandr Zarkhi

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M y Motherland ( Moya Rodina , União Soviética, 1933). Direção: Iosif Kheifits & Aleksandr Zarkhi. Rot. Original: Mikhail Bleiman, Iosif Kheifits & Aleksandr Zarkhi. Fotografia: Moisei Kaplan. Música: Gavriil Popov. Dir. de arte: Nikolai Suvorov. Com: Bari Haydarov, Gennadiy Michurin, Aleksandr Melnikov, Yanina Zhejmo, Yun Fa-shu, Konstantin Nazarenko, Lyudmila Semyonova, Oleg Zhakov. O exército chinês inicia  uma invasão do território soviético a partir de uma ponte situada na fronteira. Vários soldados soviéticos se mantem cumprindo o seu dever de resguardar a fronteira mesmo sob o custo de suas vidas ou de sua integridade física. Dentre os muitos chineses capturados se encontra Van (Haydarov). Alguns homens do Exército Vermelho como Vaska (Melnikov) e Malyutka (Nazarenko) aprendem algumas palavras em chinês. Um dos líderes da frente soviética, Vasily, é capturado e torturado por um grupo de militares chineses unido aos brancos russos. O jovem Van é testemunha da covar

Filme do Dia: New York, Arrivée d’un train à Battery Place (1896), Alexandre Promio

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N ew York, Arrivée d’un Train at Battery Place (França, 1896). Da perspectiva em que é filmado, por Alexandre Promio, esse filme em tudo evoca seu congênere de longe mais célebre L´Arrivée d´un Train à La Ciotat . Mesmo a partir de um ângulo muito próximo da produção do ano anterior, que já devia talvez ter conquistado alguma fama à época, também se pode perceber algumas dessemelhanças. O trem aqui cruza a imagem em sentido oposto ao filme anterior e parece ter sido preservado um espaço menor para a plataforma, e enquanto a maior parte dos que embarcam o fazem a uma distância razoável da lente da câmera, um homem mais afoito corre e embarca ao lado dessa, com o trem já praticamente em movimento (terá sido algo combinado com o cinegrafista ou um mero flagrante do cotidiano?). Lumière. 40 segundos.

Filme do Dia: Adolfo & Marlene (1973), Ulli Lommel

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A dolfo & Marlene ( Die Zärtlichkeit der Wölfe ,  Alemanha, 1973). Direção: Ulli Lommel. Rot. Original: Kurt Raab. Fotografia: Jürgen Jürges. Montagem: Thea Eymèsz & R.W. Fassbinder. Dir. de arte: Kurt Raab. Cenografia: El Hedi Ben Salem.  Com: Kurt Raab, Jeff Roden, Margit Cartensen, Ingrid Caven, Wolfgang Schenck, Brigitte Mira, Rainer Hauer, Rainer Werner Fassbinder, El Hedi Ben Salem. Na Alemanha dos anos da Segunda Guerra, Fritz Haarman (Raab) é um homossexual que comete assassinatos em série de jovens rapazes e serve a carne dos rapazes mortos para seu círculo de amigos antropófagos. Tido pela polícia apenas como contrabandista e corruptor de menores, é flagrado, após a denúncia de uma vizinha vigilante, Frau Lindner (Cartensen). Ainda que possa equivocadamente ser confundido com um Fassbinder menor, dada à extrema semelhança estilística, que vai dos créditos inicias, passa pela montagem (não por acaso efetuada pelo próprio Fassbinder e sua montadora da época

Filme do Dia: A Hipótese do Quadro Roubado (1979), Raoul Ruiz

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A  Hipótese do Quadro Roubado ( L'Hipothèse du Tableau Volé ,   França, 1979). Direção: Raoul Ruiz. Rot. Original: Raoul Ruiz & Pierre Klosowski. Fotografia: Sacha Vierny. Música: Jorge Arriagada. Montagem:  Patrice Royer. Dir. de arte: Bruno Beaugé. Figurinos: Rosein Venin. Com: Jean Rougeoul, Carlos Asorey, Corinne Berjot, Bernard Daillencourt, Daniel Grimm, Dominique Lambertini, Daniel Musa, Jean Narboni. Jean Reno. Um critico e colecionador de arte (Rougeoul) passeia por uma série de quadros polêmicos, que chegou a ser banida em sua época, procurando resolver um enigma que ela propõe. Ruiz efetivou uma das mais interessantes incursões ao universo da pintura já efetivados pelo cinema. Aqui tal enigma não somente serve de pretexto para que o protagonista, com auxílio de um narrador off , emita arguciosos comentários sobre as obras em questão, como ao mesmo tempo passeie por entre elas, revividas como tableau vivants . Ruiz ao mesmo tempo apresenta a própria influênci