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Filme do Dia: O Princípio do Prazer (1979), Luiz Carlos Lacerda

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O Princípio do Prazer (Brasil, 1979). Direção: Luiz Carlos Lacerda. Rot. Original: Luiz Carlos Lacerda, Raimundo Higino & Luiz Antônio Magalhães. Fotografia: Gilberto Otero. Música: Jaceguay Lins. Montagem: Raimundo Higino. Dir. de arte e Figurinos: Júlio Paraty. Com: Paulo Villaça, Odete Lara, Ana Maria Miranda, Luiz Antônio Magalhães, Nuno Leal Maia, Carlos Alberto Ricelli, Nildo Parente, Lígia Diniz, Maria Theresa Freire, José Kléber, Gabriel Archanjo. Anos 30. Numa fazenda em uma ilha em que foram morar se afastando do Rio de Janeiro, encontra-se uma família em dificuldades econômicas. O dono da casa, Otávio (Villaça), Norma (Lara), Ana (Miranda) e Mário (Magalhães). Otávio contrata um novo empregado, Álvaro (Ricelli), que se torna amante de Ana, para os ciúmes de Mário, assim como igualmente é seduzido por Otávio. A família recebe a visita de uma prima, Sônia (Freire), que após ter uma noite de amor com Otávio, é violentada e morta por um empregado da fazenda, aparent

Filme do Dia: Nina (2013), Elisa Fuksas

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N ina (Itália, 2013). Direção: Elisa Fuksas. Rot. Original: Elisa Fuksas & Valia Santella. Fotografia: Michelle D’Attanasio. Montagem: Eleonora Cao & Natalie Cristiani. Dir. de arte: Carmine Guarino. Figurinos: Grazia Colombini. Com: Diana Fleri, Luca Marinelli, Ernesto Mahieux, Luigi Cattani, Marina Rocco, Andrea Bosca, Claudio Della Seta. Nina (Fleri) é uma jovem ainda nem mesmo balzaquina, que já tem consciência de sua estranheza com relação ao mundo “normal”. Ela passa alguns dias no apartamento de um amigo, para tomar conta de seu cão depressivo e seu hamster. Aos poucos surge uma amizade com o garoto solitário Ettore (Catani), que se encontra bem consciente das peculiaridades de Nina. Ela estuda caligrafia japonesa com o Professor De Luca (Mahieux), dá lições de canto a uma garota (Rocco) e se envolve emocionalmente com um músico, Fabrizio (Marinelli). Há uma sensibilidade evidente na forma como o filme expõe seu personagem, na contracorrente dos cacoetes maneiris

Filme do Dia: Os Idiotas (1998), Lars von Trier

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O s Idiotas ( Idioterne , Dinamarca/Suécia/França/Itália/Holanda, 1998). Direção:   Lars von Trier. Rot. Original:   Lars von Trier. Fotografia: Casper Holm,   Jesper Jargil, Kristoffer Nyholm &   Lars von Trier. Montagem: Molly Marlene Stensgård. Com: Bodil Jørgensen, Jens Albinus, Anne Louise Hassing, Troels Lyby, Nikolaj Lie Kaas, Henrik Prip, Luis Mesonero, Louise Mieritz, Knud Romer Jorgensen, Anne-Grethe Bjarup Riis, Paprika Steen, Erik Wedersøe, Michael Moritzen, Anders Hove.              Um grupo de amigos, cujo líder é Stoffer (Albinus), decidem passar a viver pondo para fora o idiota que vive em cada um deles. Assim, Stoffer finge-se de débil mental em um restaurante, para o constrangimento de convidados e empregados. Quando sai do restaurante, leva consigo Karen (Jorgensen), que lá se encontrava almoçando. Porém todos se desmancham em gargalhadas quando pegam um táxi, para o susto de Karen, que dorme com o grupo. Aos poucos, Karen se inicia nos princípios do g

Filme do Dia: Deixa Ela Entrar (2008), Tomas Alfredson

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D eixa Ela Entrar ( Lat den Rätte Komma In , S uécia, 2008). Direção: Tomas Alfredson. Rot. Adaptado: John Ajvide Lindqvist, baseado em seu próprio romance. Fotografia: Hoyte Van Hoytema. Música: Johan Soderqvist. Montagem: Tomas Alfredson & Dino Jonsäter. Dir. de arte: Eva Nören. Figurinos: Maria Strid. Com: Kare Hedebrandt, Lina Leandersson, Henrik Dahl, Karin Bergquist, Per Ragnar, Peter Carlberg, Ika Nord, Mikael Rahm. Oskar (Hedebrandt) é um garoto de 12 anos que vive nos subúrbios de Estocolmo e é constantemente vítima de colegas de classes. Ele aos poucos se aproxima de uma estranha e arredia menina que mora em seu prédio, Eli (Leandersson). Alguns assassinatos são cometidos na região. Oskar descobre que Eli é uma vampira e que ele consegue, através de sua força, tornar-se forte diante de seus inimigos. O que se torna um diferencial nesse filme de horror de enredo relativamente banal e sem maiores reviravoltas é o modo como Alfredson consegue emoldurar de forma orig

Filme do Dia: Filmando a Segunda Guerra (2000), Richard Shickel

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F ilmando a Segunda Guerra ( Shooting War , EUA, 2000). Direção e Rot. Original: Richard Schickel. Fotografia: Nancy Schreiber. Música: Arthur B. Rubinstein. Montagem: Bryan McKenzie & Steven Spielberg . Dir. de arte: Doug J. Meerdink. Documentário que mescla cenas de guerra com alguns dos realizadores das mesmas. Entre os fotógrafos e cinegrafistas que dão seu depoimento encontram-se o célebre fotógrafo Walter Rosenblum e os cinegrafistas Don Honeyman, Stephen Ambrose, Jim Bates, Arthur Mainzer e Russ Meyer. Também são apresentadas as imagens dos documentários realizados por nomes reconhecidos do universo de ficção como os cineastas John Ford , John Huston (que não se esquivam em fazerem reconstituições para dar maior apelo visual às cenas, no caso do primeiro inclusive utilizando-se de maquetes para reconstituir cenas da batalha de Midway) e Richard Brooks. Entre as mais impressionantes imagens encontram-se a da japonesa que suicida-se após jogar o filho do despenhadeiro

Filme do Dia: Scarlet Sails (1961), Aleksandr Ptushko

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S carlet S ails (Alye Parusa, União Soviética, 1961). Direção: Aleksandr Ptushko. Rot. Adaptado: Aleksei Nagornyi & Aleksandr Yurovski. Fotografia: Gennadi Tsekavyi & Viktor Yakushev. Montagem: I. Moronov. Dir. de arte: Levan Shengeliya. Figurinos: Olga Kruchinina. Com: Anastasiya Vertskaya, Vasili Lanoyov, Yelena Cheremshanova, Aleksandr Lupenko, Ivan Pereverzev, Serguei Martinson, Nikolai Volkov. Assol (Cheremshanova) é uma garota que cresce sob o estigma dos moradores de ser uma criança diferente das outras e bastante devotada ao seu próprio universo particular, que inclui um Príncipe Encantado que mudará sua vida segundo a profecia de um mago. Arthur (Lupenko) é um garoto que vive em um castelo, que abdica de sua vida como nobre para viver (Lanoyov) sua fantasia da vida no mar, seguindo os sonhos de infância. Certo dia, ele acaba acidentalmente conhecendo Assol. Essa fantasia escapista, produzida no auge da Guerra Fria, consegue se evadir aparentemente de qualqu

Filme do Dia: As Lágrimas Amargas de Petra von Kant (1972), Rainer Werner Fassbinder

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A s Lágrimas Amargas de Petra von Kant ( Die Bitteren Tränen der Petra von Kant , Alemanha, 1972). Direçã: R ainer Werner Fassbinder . Rot. Adaptado: Rainer Werner Fassbinder, baseado em sua própria peça. Fotografia: Michael Ballhaus. Montagem: Thea Eymész. Dir. de arte: Kurt Raab. Figurinos: Maja Lemcke. Com: Margit Carstensen, Hanna Schygulla, Katrin Schaake, Eva Mattes, Gisela Fackelday, Irm Hermann. Petra von Kant (Carstensen) é uma estilista de sucesso, porém sente um enorme vazio dentro de si. Tudo parece mudar quando sua amiga Sidonie (Schaake) lhe apresenta a estrangeira Karin (Schygulla), por quem ela se apaixona perdidamente. Karin, a convite da própria Petra, passa a morar com ela. Porém, a relação está longe de ser simétrica. Karin não se dobra à ânsia de Petra por ser amada, enquanto essa a acusa de oportunismo. O golpe de misericórdia ocorre quando Karin, após revelar que dormira com um homem negro e desenvolto na cama,   decide ir de encontro ao marido em Frankf

The Film Handbook#131: Abraham Polonsky

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Abraham Polonsky Nascimento : 05/12/1910, Nova York, Nova York, EUA Morte : 26/10/1999, Beverly Hills, Los Angeles, EUA Carreira (como diretor): 1948-71 A braham Lincoln Polonsky merece atenção como provavelmente o exemplo mais extremado de um realizador talentoso cuja carreira foi arruinada pela perniciosa lista negra macarthista que seguiu a caça às bruxas anticomunista dos idos dos anos 50. De fato, ele passou a maior parte de sua vida ativa em forçada obscuridade, escrevendo anonimamente roteiros para o cinema e para a TV. Após uma diversidade de empregos, Polonsky - que já havia escrito para o rádio, para não mencionar diversos romances - foi contratado pela Paramount como roteirista. Seu trabalho para Cigana Feiticeira / Golden Earrings , de Leisen , foi reescrito ao ponto de se tornar irreconhecível, mas Corpo e Alma , dirigido por Robert Rossen , foi uma incomumente cínica saga de boxe, na qual os sonhos de sucesso do herói do cortiço levam-no não somente a rejeitar

Filme do Dia: The Lesser Evil (1912), D.W. Griffith

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L esser Evil (EUA, 1912). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: George Hennessy. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Blanche Sweet, Edwin August, Mae Marsh, Alfred Paget, Charles Hill Mailes, Charles West, Robert Harron, Harry Hide. Jovem garota (Sweet), apaixonada por um pescador (August) simples e de bom coração é raptada por um grupo de contrabandistas quando involuntariamente flagra suas atividades e carregada junto para o barco pesqueiro. O pescador percebe o rapto e imediatamente vai em busca de socorro da guarda costeira. Enquanto isso, no barco, o capitão (Paget), sob o risco de sua própria vida, protege a jovem de uma turba incontrolada que a quer em suas mãos, chegando inclusive a assassinar um dos homens. Quando a situação se encontra em vias de ser dominada pelo grupo de contrabandistas, a guarda costeira faz a abordagem e a jovem permite que o capitão consiga fugir pulando no mar. Esse filme, que segue tipicamente as estratégias do realizador com relação a apresentaçã

Filme do Dia: Jogo das Decapitações (2013), Sérgio Bianchi

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J ogo das Decapitações (Brasil, 2013). Direção: Sérgio Bianchi. Rot. Original: Sabina Anzuategui, Eduardo Benaim, Sérgio Bianchi, Aimar Labaki & Francis Vogner. Fotografia: Rodolfo Sánchez. Música: Manuel Lima. Montagem: André Finotti. Dir. de arte: Ana Rita Bueno. Figurinos: André Simonetti. Com: Fernando Alves Pinto, Clarissa Kiste, Sílvio Guindane,   Sérgio Mamberti, Paulo César Pereio, Maria Manoella, Germano Haiout, Antônio Petrin, João Velho, Renato Borghi. Leandro (Pinto) é um estudante de mestrado de 30 anos, sem emprego fixo e sustentado pela mãe, Verônica (Kiste), ex-prisioneira política que aguarda sua indenização do Estado. Leandro é próximo do sarcástico Rafael (Guindane) e, numa salada perturbadora, observa tanto as cruéis mortes por decapitação de detentos nos presídios, um atropelamento filmado por sua irmã, Vera (Manoella) e a morte do pai, Jairo (Pereio). O próprio Leandro, no entanto, vem a se envolver com um episódio que o faz sair de si. Bianchi com

Filme do Dia: The Little Match Seller (1902), James Williamson

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T he Little Match Seller (Reino Unido, 1902). Direção: James Williamson. Talvez a primeira das diversas adaptações para o cinema tanto de ação ao vivo quanto de animação de um dos mais célebres contos de Andersen. Dirigido por Williamson, mais lembrado merecidamente por excentricidades do que ficou conhecido como Escola de Brighton, tais como as que põe em questão o próprio dispositivo de filmagem ( The Big Swallow , How It Feels to Be Run Over ). Quando envereda pelo plano da adaptação, que parece ter como premissa uma maior habilidade com questões no que concerne à narrativa, seu filme nem de longe consegue se aproximar de empreitadas como a do francês Zecca (com seu contemporâneo História de um Crime ) ou mesmo de alguns conterrâneos contemporâneos (como é o caso de Scrooge; or Marley’s Ghost , de Booth). Aqui, não se envereda pelo terreno das cenas, ficando praticamente com uma única, a dos últimos minutos da protagonista. Se a modéstia torna a história mais compreensível q

Filme do Dia: Science Friction (1959), Stan Vanderbeek

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S cience Friction (EUA, 1959). Direção: Stan Vanderbeek. Anárquica colagem que se por um lado se atém de forma obsessiva aos temas que povoavam o imaginário da época como poucos (hecatombe nuclear, conquista espacial, lideranças universais), por outro se apresenta como vanguardista em relação a seu uso bem humorado da movimentação de fotos fixas que transformam, em alguns momentos, quase todos os motivos (do Empire State a Torre de Pisa) em bólides voadores (naves espaciais ou mais propriamente mísseis?), numa antecipação ao uso da colagem, que se tornaria comum, ainda que de uma maneira geral menos inventiva do que a aqui apresentada, em produções alternativas da década seguinte. Ao início se apela para clichês do universo da ficção científica, como a pretensa situação de suspense sobre se tocar o botão que provocará a destruição atômica, que justificam o título paródico, ainda que esse já se encontrasse justificado pelo próprio aspecto áspero, de fricção, mais do que simplesm

Cartas Elizabeth Bishop#6

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Ouvimos muitos os discos lá na serra. A Joan Sutherland é boa demais, não é? Estou também com um disco maravilhoso de blues - Robert Johnson. Recomendo com entusiasmo - ele foi assassinado aos vinte anos de idade por uma das namoradas dele. Se você gosta de blues , vai adorar, é realmente autêntico. (Carta a Robert Lowell, 11 de outubro de 1963)

Filme do Dia: A Child Went Forth (1942), Joseph Losey

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A Child Went Forth (EUA, 1942). Direção: Joseph Losey. Rot. Original: Joseph Losey & Munro Leaf. Música: Hans Eisler. Uma das primeiras realizações dirigidas por Losey (que assina apenas como produtor), este curta documental apresenta um grupo de crianças urbanas vivenciando uma experiência de um dia na fazenda. Talvez o que exista digno de nota é que, mesmo lidando com uma dimensão da infância por demais convencional, algo acentuado pela trilha musical assinada por ninguém menos que Hans Eisler, o filme apresenta uma construção visual relativamente arrojada para sua época.   Dentre os segmentos apresentados, que inclui óbvios encontros com animais e brincadeiras habituais, um momento que hoje soaria “politicamente incorreto”, no qual as crianças fazem uso de serras, machados e carregam pedras. Narrado em quase toda a sua extensão pelo ator Lloyd Gough, com exceção de um raro momento onde se escuta a voz de uma mulher que narra uma história para as crianças. National Ass

Filme do Dia: Os Vivos e os Mortos (1987), John Huston

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O s Vivos e os Mortos ( The Dead , Reino Unido/Irlanda/EUA, 1987). Direção: John Huston. Rot. Adaptado: Tony Huston, baseado no conto The Dubliners , de James Joyce. Fotografia: Fred Murphy. Música: Alex North. Montagem: Roberto Silvi. Dir. de arte: Stephen B. Grimes & J. Dennis Washington. Cenografia:   Josie MacAvin. Figurinos: Dorothy Jeakins. Com: Anjelica Huston, Donal McCan, Dan O’Herlihy, Donal Donnelly, Helena Carroll, Cathleen Delany, Ingrid Craigie, Rachael Dowling, Kate O’Toole. Grupo de amigos e parentes próximos vai jantar e se divertir na noite de natal na casa de duas velhas solteiras, as Tias Kate (Carroll) e Julia (Delany), que vivem com uma sobrinha, Mary Jane (Craigie). Dentre os convidados se encontram   o alcóolatra Freddy Malins (Donnelly) e sua velha mãe (Kean), e o casal Gretta e Gabriel Conroy (Huston e McCan). Após danças, cantos e recitações, e do jantar, os convidados se despedem. Gabriel percebe que Gretta se emociona com uma canção cantada na

Filme do Dia: A Morte de um Burocrata (1966), Tomás Gutierrez Aléa

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A Morte de um Burocrata ( La Muerte de un Burocrata , Cuba, 1966). Direção: Tomás Gutierrez Aléa. Rot. Original: Alfredo L. Del Cueto & Ramón F. Suárez, sob argumento de Aléa. Fotografia: Ramón F. Suárez. Música: Leo Brouwer. Montagem: Mario González. Dir. de arte: Luiz Márquez. Figurinos: Elba Pérez. Com: Salvador Wood, Silvia Planas, Manuel Estanillo, Omar Alfonso, Elsa Montero, Gaspar De Santelices, Richard Suarez, Luis Romay. Após o enterro do tio, sobrinho (Wood) procura exumar o corpo, pois com ele se encontra a carteira de trabalho, objeto indispensável para dar entrada a pensão da viúva (Planas). Após uma série de fracassos junto aos órgãos competentes, o próprio sobrinho resolve exumar o caixão, com ajuda de alguns coveiros, e consegue a carteira de trabalho. O problema agora consiste em conseguir voltar a enterrar o mesmo. Essa precoce sátira ao crescente caráter estatista e burocratizante que se transformou rapidamente a revolução cubana é, amparada por d

The Film Handbook#130: Satyajit Ray

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Satyajit Ray Nascimento: 02/05/1921, Calcutá, Índia Morte : 23/04/1992 Carreira  (como diretor): 1951-1991 Q uase sozinho, Satyajit Ray , levou que o cinema indiano chamasse a atenção do Ocidente. Ao adotar um estilo realista, quase literário, demasiado distante das exóticas fantasias musicais que tem sido a dieta básica das plateias indianas, ele estabeleceu a si próprio como a liderança no cinema de Bengali e enquanto artista de grande estatura internacional, sua habilidade para tocar as emoções humanas complexas tem sido rivalizada por poucos. Nascido em uma proeminente família de artistas em Bengali, Ray trabalhou como ilustrador comercial depois de estudar economia e pintura. Ao mesmo tempo, no entanto, desenvolveu um forte interesse pelo cinema e, apos uma visita a Londres, durante a qual ia frequentemente ao cinema, começou a filmar A Canção da Estrada / Pather Panchali , o primeiro do que viria a se tornar a Trilogia de Apu > 1 . O filme, realizado ao longo de quat

Filme do Dia: Lu tempu di lu Pisci Spata (1955), Vittorio De Seta

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L u Tempo di li Pisci Spata (Itália, 1955). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Vittorio De Seta. Como nos outros curtas que realizará no período, esse sendo o primeiro, De Seta faz uso de recursos estilísticos similares, abdicando da voz over que impregna o documentário clássico e buscando um estilo mais próximo do observacional com maior ou menor grau de encenação – evidentemente sem atores profissionais e realizada no local de moradia e ação dos mesmos – para a câmera. Os primeiros letreiros já anunciam que todos os sons registrados o foram no local e em seu ambiente verídico de realização. Os enquadramentos – como   o que flagra apenas a cabeça e chapéu de um homem a observar um barco a determinada distância, com a imensidão azul das águas do Estreito de Messina, a separar não apenas o objeto de olhar de quem o observa, duplicando o olhar do espectador, mas igualmente a Calábria da Sicília – são deslumbrantes e grandemente criativos. Os cantos de pesca já se anunc