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Filme do Dia: El Hijo del Crack (1953), Leopoldo Torres Ríos & Leopoldo Torre Nilsson

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El Hijo del Crack (Argentina, 1953). Direção: Leopoldo Torres Ríos & Leopoldo Torre Nilsson. Rot. Original: Leopoldo Torres Ríos, Leopoldo Torre Nilsson & Rafael Garcia Ibañez. Fotografia: Enrique Wallifisch. Música: Alberto Gnecco & José Rodríguez Faure. Montagem: Rosalino Caterbeti. Com: Armando Bo, Óscar Rovito, Miriam Sucre, Francisco Pablo Donadio, Pedro Laxalt, Héctor Armendáriz, Alberto Rinaldi, Roland Dumas. Em vias de se aposentar, o ídolo do futebol Balazo (Bo), acaba sendo demovido da ideia pelo amado filho, Mario (Rovito), que chega a deixar na casa da ex-esposa, Maria del Carmen (Sucre). Seu retorno, no entanto, provoca-lhe a morte. Essa pérola da pieguice na forma como retrata o amor entre pai e filho apresenta ainda cenas de futebol constrangedoramente amadoras para fazerem crer serem parte de jogos de times de grande destaque no cenário nacional – nas cenas apresentadas em planos mais próximos, de fato, os jogadores parecem vir do nada e se dirigire

Filme do Dia: Banditi a Orgosolo (1961), Vittorio De Seta

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Banditi a Orgosolo (Itália, 1961). Direção: Vittorio De Seta. Rot. Original: Vittorio De Seta & Vera Gherarducci. Fotografia: Vittorio De Seta, Marcello Gallinelli & Luciano Tovoli. Música: Valentino Bucci. Montagem: Jolanda Benvenuti. Figurinos: Marilú Carteny. Com: Michele Cossu, Pepeddu Cossu, Vittorina Pisano. Pastor de ovelhas que vive numa pobre região da Sardenha chamada Orgosolo, Michele (Michele Cossu) sofre uma reviravolta na sua vida quando um grupo de criminosos se hospeda temporariamente em sua choupana com um bando de porcos roubados. Com a polícia em seu encalço, Michele prefere partir com o irmão mais novo, Pepeddu (Pepeddu Cossu) para um outro local carregando seu rebanho. Quando se encontram próximos de lá chegar, o irmão começa a passar mal e o rebanho todo não aguenta a sacrificada trajetória. Michele retorna a cidade e sabe que a sua situação é crítica, pois além da polícia, ele deve pagar o que empenhou no rebanho ou perderá a própria casa. Desesp

Filme do Dia: Relatório de um Homem Casado (1974), Flávio Tambellini

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Relatório de um Homem Casado (Brasil, 1974). Direção: Flávio Tambellini. Rot. Adaptado: Flávio Tambellini & Rubem Fonseca, a partir do conto O Relatório de Carlos , de Fonseca. Fotografia: Fernando Amaral & Carlos Egberto. Música: Luiz Eça. Montagem: Leon Cassidy. Com: Nery Vitor, Françoise Forton, José Lewgoy, Cláudia Fontenele, Fábio Sabag, Paulo César Pereio, Otávio Augusto, Haydée Miranda, Fernando Amaral, Lícia Magna. Carlos (Vitor), advogado bem sucedido, é um homem casado que leva um vida relativamente normal com a esposa, até que é procurado por uma jovem, Norma (Forton), que ao ganhar sua causa, convida-o para almoçar e passam a viver um tórrido relacionamento. Ela o abandona a partir do momento que ele não se separa da esposa, e vai viver com um rico homem na Bahia. Ele entra em crise, buscando outras amantes e até prostituas, sem conseguir se satisfazer. Busca os conselhos de seu amigo e colega de escritório (Augusto), que afirma que ela voltará para ele em

Filme do Dia: Constantino (2011), Otávio Cury

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Constantino (Brasil/Irã/Líbano/Turquia/Síria, 2011). Direção e Rot. Original: Otávio Cury. Fotografia: Raquel Burst & Otávio Cury. Numa viagem da família a Damasco, em pleno setembro de 2001, o realizador se depara com um livro com as obras completas de seu bisavô, figura renomada no mundo das artes e da religião ao final do século XIX. A partir daí passa a investigar sobre o seu bisavô e avô, traduzindo para o português as obras de Daud Constantino Al-Khoury. Prejudicado pela forma conscientemente atravessada e confusa com que constrói sua narrativa, entremeando tempos e acontecimentos, o filme se torna uma aborrecida e auto-complacente incursão a algo que não parece representar nada nem mesmo para o próprio realizador, quanto mais ao espectador. Reúne desde as imagens filmadas pelos percursos traçados por Cury e algumas entrevistas,  evidentemente pela própria equipe, até em menor escala fotos fixas, imagens de arquivo e encenações de trechos de peças de Khoury que tampo

The Film Handbook#66: Ernst Lubitsch

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Ernst Lubitsch Nascimento : 28/01/1892, Berlim, Alemanha Morte : 29/11/1947, Hollywood, C a lifórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1914-47 Muito elogiado pela aparência de uma inteligente sofisticação européia que trouxe aos musicais e comédias americanas, Ernst Lubitsch se tornou uma força de destaque em Hollywood durante os anos 30. É digno de ser questionado, no entanto, que os filmes dessa década, louvados como apresentando os melhores exemplos do "toque de Lubitsch" sejam, em última instância, rasos em seu cinismo e alusões sutis, enquanto que sua obra posterior, frequentemente observados como relativamente inferiores, exibem uma maior pungência. Na Alemanha Lubitsch deixou de atuar para Max Reinhardt para dirigir ele próprio vários curtas de comédia pastelão como um herói chaplinesco. Em 1918 iniciou uma série de longas que ofereciam evidências de um talento mais ambicioso, combinando comédias românticas destacando intrigas íntimas com dramas históricos ext

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Filme do Dia: Ettore Fieramosca (1938), Alessandro Blasetti

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Ettore Fieramosca (Itália, 1938). Direção: Alessandro Blasetti. Rot. Adaptado: Alessandro Blasetti, Cesare Ludovici, Augusto Mazzetti & Vittorio Nino Novarese, baseado no romance de Massimi D’Azeglio. Fotografia: Mario Albertelli & Václav Vich. Música: Alessandro Cicognini. Montagem: Alessandro Blasetti & Ignazio Ferronetti. Dir. de arte: Guisseppe Porcheddu, Ottavio Scotti & Umberto Torri. Cenografia: Mario Vucefich. Figurinos: Marina Arcangeli & Vittorio Nino Novarese. Com: Gino Cervi, Mario Ferrari, Elisa Cegani, Osvaldo Valenti, Lamberto Picasso, Corrado Racca, Clara Calamai, Umberto Sacripante. 1500. O sul da Itália se encontra dominado por espanhóis. Um exército francês liderado por Graiano d’Asti (Ferrari) procura dominar a região. Um dos franceses, Guy de la Motte (Valenti) põe em xeque a bravura dos soldados italianos e é convidado para uma peleja por Ettore Fieramosca (Cervi), o mais destemido dos combatentes de sangue italiano, que despertou a pa

Filme do Dia: Blow-Up-Depois Daquele Beijo (1966), Michelangelo Antonioni

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Blow-Up- Depois Daquele Beijo ( Blowup , Reino Unido/Itália/EUA, 1966). Direção: Michelangelo Antonioni. Rot. Adaptado: Michelangelo Antonioni & Tonino Guerra, baseado em conto de Julio Cortázar. Fotografia: Carlo di Palma. Música: Herbie Hancock. Montagem: Frank Clarke. Dir. de arte: Assheton Gordon. Figurinos: Jocelyn Rickards. Com: David Hemmings, Vanessa Redgrave, Sarah Miles, John Castle, Jane Birkin, Gillian Hills, Peter Bowles, Veruschka von Lehndorff. Thomas (Hemmings) é um jovem e bajulado fotógrafo de modelos que tem encontro inesperado com Jane (Redgrave), de quem tirara fotos no parque, ao lado de um aparente amante. Jane vai atrás de Thomas em seu apartamento, mas ele finge lhe entregar o negativo. Quando revela as fotos fica obcecado por um detalhe que revela ser o de um cadáver no parque, assim como alguém mirando uma arma no meio das folhagens. A noite ele vai até o parque e encontra o corpo de um homem. Thomas tem seu estúdio vasculhado e o negativo desapa

Filme do Dia: Parágrafo 175 (1999), Rob Epstein & Jeffrey Friedman

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Parágrafo 175 ( Paragraph 175 , EUA/Reino Unido/Alemanha, 1999). Direção: Rob Epstein & Jeffrey Friedman. Fotografia: Bernd Meiners. Música: Tibor Szenzö. Montagem: Dawn Logsdon. Documentário que narra a perseguição aos homossexuais masculinos na Alemanha Nazista. De paraíso homossexual nos anos 20, Berlim passa por uma repressão, intensificada após a denúncia de que um membro do alto comando nazista. Ernst Röhm, era homossexual. Embora inicialmente apoiado por Hitler, Röhm logo será assassinado, a mando do líder nazista, sob a acusação de homossexualismo. Com algumas parcas imagens de arquivo – numa delas aparece o célebre médico Magnus Hirschfeld retratado no ficcional O Einstein do Sexo – o filme apóia-se, sobretudo, nos relatos dos poucos sobreviventes (sete homens, uma mulher, dois resolveram não conceder entrevistas) da lista oficial de homossexuais perseguidos pelo regime nazista, assim como nas fotos que os retratam em sua juventude. Um dos depoimentos mais contun

Filme do Dia: Janela da Alma (2001), Walter Carvalho & João Jardim

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J anela da Alma (Brasil, 2001). Direção e Rot. Original: Walter Carvalho & João Jardim. Fotografia: Walter Carvalho. Música: José Miguel Wisnik. Montagem: Karen Harley & João Jardim. Documentário que procura registrar algumas interpretações sobre o olhar a partir de referenciais diversos (artistas ou  pessoas com  algum grau de dificuldade de visão ou as duas atribuições simultaneamente). O resultado final, embora com eventuais momentos de boas leituras sobre o olhar, seja no caso de percebe-lo como intrinsecamente ligado às emoções (Oliver Sacks), como um testemunho pessoal sobre o que Sacks refere-se (caso de Varda, relembrando a filmagem do ente querido que perdeu, o cineasta Jacques Demy ) ou como uma leitura social de fundo pessimista sobre o excesso das imagens no mundo dito pós-moderno (Saramago, Wenders ), soa um tanto quanto vago e pouco estimulante. Entre os momentos do mais fino humor, encontra-se Saramago fazendo referência ao fato de se possuímos uma acuidad

Filme do Dia: Mousquetaire au Restaurant (1920), ?

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Mousquetaire au Restaurant (França, 1920). Com: Mme. Jesuce, Mme. Enculée, Mr. Biteraide. Fotografia: La Pine. Esse filme silencioso pornográfico com rara apresentação de créditos para o elenco e fotografia, mesmo que jocosos, apresenta um mosqueteiro que vai se banquetear em um restaurante, porém com sexo. Como em praticamente toda a produção pornográfica do período cenas de sexo envolvem tanto relações heteresexuais quanto lesbianismo, aqui simultaneamente. Compartilha igualmente com a produção do período da apresentação de cenas curtas apresentando posições diversas que são ilustradas por entretítulos “artísticos” que fazem as vezes do menu de um restaurante, com desenhos eróticos e de apelo cômico – a segunda garota é literalmente trazida como um prato. É evidente nesse filme a tentativa de maximizar em cima das fantasias de momentos históricos passados – no caso aqui, de linhagem romanesca, os romances de mosqueteiros – que espelham, de certo modo, a mesma curiosidade que

Filme do Dia: Um Rosto na Multidão (1957), Elia Kazan

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Um Rosto na Multidão ( A Face in the Crowd , 1957, EUA). Direção: Elia Kazan. Rot. Adaptado: Budd Schulberg, baseado no próprio conto The Arkansas Traveler. Fotografia: Harry Stradling Sr. Música: Tom Glazer. Montagem: Gene Milford. Dir. de arte: Paul & Richard Sylbert. Figurinos: Anna Hill Johnstone. Com: Andy Griffith, Patricia Neal, Anthony Franciosa, Walter Matthau, Lee Remick , Percy Waram, Paul McGrath, Marshall Neilan, Rip Thorn.         Marcia Jeffries (Neal) visita uma cadeia de uma cidadela do Arkansas, em busca de talentos para apresentar em seu programa de rádio. Conhece Rhodes, a quem ela batiza de Lenosome Rhodes (Griffith), tornando-se rapidamente famoso não só em sua cidade, como em Memphis. De Memphis, após se dar mal ao ironizar com o próprio patrocinador de seu programa,  sua fama estende-se para o país como um todo, passando a ser contratado por uma rede nacional de televisão em Nova York, agenciado por Joey Kiely (Franciosa), sendo garoto-propaganda de

Filme do Dia: Filhas, Esposas e uma Mãe (1960), Mikio Naruse

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Filhas, Esposas e uma Mãe ( Musume Tsuma Ha Ha , Japão, 1960). Direção: Mikio Naruse. Rot. Original: Toshirô Ide & Zenzo Matsuyama. Fotografia: Jun Yasumoto. Música: Ishirô Saitô. Dir. de arte: Satoshi Chuko. Com: Setsuko Hara, Heideko Takamine, Akira Takarada, Hiroshi Koizumi, Tatsuya Nakada, Reiko Dan, Mitsuko Kusabue, Keiko Awaji. Sanae (Hara) é a filha de uma extensa família cuja matriarca a recebe em casa pois se encontra temporariamente brigada com o marido. Esse morre em um acidente na estrada e agora Sanae mesmo com a pequena fortuna de sua herança  volta a morar com sua mãe. Sua pequena fortuna desperta a cobiça de vários familiares com aspirações diversas. Um homem mais jovem e atraente, Kuroki (Nakada), passa a se interessar por ela. Nessa filme colorido e e em tela larga, Naruse parece se centrar menos na afetividade de suas habituais protagonistas femininas do que, de modo mais incisivo, nas relações econômicas que se destacam cada vez mais no ambiente outror
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MANIFESTO “Em defesa de direitos conquistados” Não pensamos, no entanto, a democracia apenas como um regime de apuração da vontade da maioria ou como o regime da lei e da ordem para a garantia dos direitos individuais e das condições de seu exercício por Coletivo em Defesa de Direitos Conquistados Em um país de formação social oligárquica, autoritária e violenta – moldado por desigualdades e discriminações produzidas por sua dominação colonial absolutista, a escravidão e ditaduras perversas em períodos mais recentes --, é preciso defender firmemente as conquistas republicanas e democráticas, os significativos, ainda que limitados, avanços dos direitos civis, políticos e sociais. No Brasil, sabemos bem do valor do estado de direito, das garantias constitucionais e de um efetivo ‘governo das leis’, que dissolve os vínculos de dependência pessoal, protege os mais fracos e vulneráveis e constitui nossa liberdade e dignidade de cidadãos. Não pensamos, no entanto, a democracia

The Film Handbook#65: Sergio Leone

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Sergio Leone Nascimento : 03/01/1929, Roma, Lazio, Itália Morte : 30/04/1989, Roma, Lazio, Itália Carreira  (como diretor): 1959-1989 Frequentemente observado como um oportunista que plagiava gêneros do cinema americano para efeito cínico e sensacionalista, Serio Leone foi, na verdade, um realizador altamente pessoal. Ao mesmo tempo pessimista e romântico, foi um europeu fascinado e crítico pela/da mitologia heroica perpetrada pelos americanos. Nos anos 60 deu um novo sopro de vida no moribundo western e nos anos 80 dirigiu o definitivo filme de gangster moderno. Leone foi assistente de direção de vários realizadores italianos, assim como de Walsh , Wyler e Mervin LeRoy. Ao final dos anos 50 escrevia roteiros para épicos de gladiadores, gênero no qual ganharia sua primeira experiência como realizador tomando o comando de Os Últimos Dias de Pompéia/Gli Ultimi Giorni di Pompei quando o diretor adoeceu  antes de dirigir sozinho O Colosso de Rodes / Il Colosso di Rodi.

Filme do Dia: Kabloonak (1994), Claude Massot

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Kabloonak ( Kabloonak , Canadá, 1994) Direção: Claude Massot. Rot.Original: Claude Massot &Sebastian Regnier. Fotografia:  Jacques Loiseleux & François Protat. Música: Sebastian Regnier. Montagem:  Joëlle Hache. Com: Charles Dance, Adamie Quasiak Inukpuk, Seporah Q. Ungalaq, Bernard Bloch, Natar Ungalaq, Peter Hudson, Matthew Saviakjuk-jaw, Georges Claisse, Nikolai Aipin Grigorievitch, Lyla Kootoo.         Nova York.  Flaherty (Dance) se encontra deprimido em um bar, após recusar um pedido da Paramount para continuar sua saga de esquimós.  Passa a relembrar sua viagem ao Alasca. É recepcionado na aldeia esquimó onde passará os meses seguintes. Procura se inteirar sobre quem seria o caçador mais corajoso do grupo, para filmá-lo em ação. Encontra-o na figura de Nanook (Inukpuk), que acaba de chegar trazendo caça e é festejado por toda a comunidade. Logo, o cineasta  combina seguir a caçada que Nanook empreenderá com seus companheiros Aviuk (Saviakjuk-jaw) e Mukpullu (Ung

Filme do Dia: Mal dos Trópicos (2004), Apichatpong Weerasethakul

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Mal dos Trópicos ( Sud Pralad , Tailândia/França/Alemanha/Itália,  2004). Direção e Rot. Original: Apichatpong Weerasethakul. Fotografia: Jaring Pengpanitch, Vichit Tanapanitch & Jean-Louis Vialard. Montagem: Lee Chatammetikool & Jacopo Quadri. Dir. de arte: Akekarat Homlaor. Figurinos: Pilaitip Jamniam. Com: Banlop Lomnoi, Sakda Kaewbuadee, Huai Dessom, Sirivech Jareonchon, Udom Promma.           O soldado Keng (Lomnoi) e o jovem, ingênuo e analfabeto Tong (Kaewbuadee) vivem uma singela história de amor em meio a floresta tailandesa. Certo dia, uma mulher leva-os para conhecer uma gruta onde existe um templo budista. Na mesma floresta, há uma tradição a respeito de um espírito encarnado em um tigre que mata homens e animais.  Um xamã (Lomnoi) pretende capturar o espírito, que também é personificado na figura de um homem nu (Kaewbuadee). Essa incomum produção, praticamente conta duas narrativas em uma, sem qualquer ligação evidente entre ambas. Ocorre sim, não apenas
Não há um realismo, mas vários realismos. Cada período procura o seu, a técnica e a estética que  capturará, reterá e melhor traduzirá o que se quer da realidade. André Bazin

Filme do Dia: Gente dell'Aria (1943), Esodo Pratelli

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Gente dell’Aria (Itália, 1943). Direção: Esodo Pratelli. Rot. Original: Amadeo Castellazzi, Aldo De Benedetti, Giorgio Pastina, Esodo Pratelli, Renato Simoni, Gugliemo Usellini, sob argumento de Bruno Mussollini. Fotografia: Carlo Montouri. Música: Enzo Masetti. Montagem: Mario Serandrei. Dir. de arte & Cenografia: Alfredo Montori. Figurinos: Marina Arcangeli & Luciana De Reutern. Com: Gino Cervi, Antonio Centa,  Antonio Gandusio, Paolo Stoppa, Adriana Benetti, Elisa Cegani, Aldo Silvani, Virgilio Riento. Pietro Sandri (Cervi) é um admirado capitão da aeronáutica que se enamora de Maria Bossi (Benetti), também objeto de paixão de seu irmão, o playboy inconseqüente Raimondo (Centa). Ambos são filhos do industrial Francesco (Silvani). Raimondo ingressa na força aérea, pois se sente inferiorizado em relação a Pietro e também para conquistar as graças de Maria. Inconformado com a demora para conseguir pilotar um avião, ele voa sem nenhuma ordem superior e demonstra toda sua

Filme do Dia: India Song (1975), Marguerite Duras

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India Song (França, 1975). Direção e Rot. Original: Marguerite Duras. Fotografia: Bruno Nuytten. Música: Carlos D´Alessio. Montagem: Solange Leprince. Com: Delphine Seyrig , Michael Londsale, Matthieu Carriére, Claude Mann, Vernon Dohtcheff, Didier Flemand, Claude Juan. Os amores da esposa do embaixador francês na  Índia, Anne-Marie Stretten (Seyrig) são um mero pretexto para a expressão de uma estética bastante afinada com o noveau roman , cuja transposição mais célebre para o cinema é O Ano Passado em Marienbad , com o qual compartilha dos mesmos vícios e virtudes. Ao mesmo tempo em que elabora uma relação de rara complexidade, por exemplo, entre som e imagem, com narradores que comentam a ação de personagens ou mesmo eventos que se situam in off , há um interminável desfile dos atores enquanto verdadeiros semi-autômatos, que fazem questão de enfatizar a desdramatização buscada, ainda que sob o peso de contaminar o próprio filme com sua anemia. Nesse sentido, até mesmo os raro