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Filme do Dia: Obsessão (1943), Luchino Visconti

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Obsessão ( Ossessione ,  Itália, 19433). Direção: Luchino Visconti. Rot. Adaptado: Luchino Visconti, Mario Alicata, Giuseppe De Santis, Antonio Pietrangeli & Gianni Puccini, baseado no romance The PostmanAlways Rings Twice , de James M. Cain. Fotografia: Domenico Scala & Aldo Tonti. Música: Giuseppe Rosati. Montagem: Mario Serandrei. Dir. de arte: Gino Franzi. Figurinos: Maria De Matteis. Com: Clara Calamai, Massimo Girotti, Juan de Landa, Dhia Cristiani, Elio Marcuzzo, Vittorio Duse.       Giovanna Bragana (Calamai) vê sua modorrenta rotina de cuidar dos afazeres domésticos e do marido Giusseppe (Landa) se transformar com a chegada do forasteiro errante Gino (Costa), por quem se sente instantaneamente atraída. O marido aceita a proposta de Gino de permanecer alguns dias na propriedade, após esse consertar rapidamente seu caminhão. Enquanto esse se encontra afastado, Gino começa a viver uma tórrida relação com Giovanna. Num dia em que Giusseppe parte prá pescar, Giovanna

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The Film Handbook#44: Charles Chaplin

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Chaplin - de modo tipicamente sentimental - como o vagabundo que adota O Garoto , interpretado por Jackie Coogan Charles Chaplin Nascimento: 16/04/1889, Londres, Inglaterra Morte : 25/12/1977, Corsier sur Vevey, Suiça Carreira  (como diretor): 1914-67 A popularidade uma vez universal de Charles Spencer Chaplin - durante sua vida foi um dos homens mais famosos que o mundo jamais conheceu - é facilmente compreensível pela simples análise de seus filmes. Mais conhecido como "o pequeno vagabundo" (Carlitos), ele extraiu de suas experiências de infância de pobreza e perda sua descrição da quintessência do oprimido, uma visão requintada e sentimental do Homem Comum eternamente às turras com os fortes e os ricos, os poderosos e injustos. Para as massas que se amontoavam nos cinemas, Carlitos era uma figura a qual se identificar comovente e hilariamente vingativa. Tendo sido levado ao teatro quando criança, Chaplin se tornou um talento de destaque na trupe de vaud

Filme do Dia: À Beira do Cadafalso (1958), Ralph Thomas

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À Beira do Cadafalso ( A Tale of Two Cities , Reino Unido, 1958). Direção:  Ralph Thomas. Rot. Adaptado: T.E.B. Clarke, baseado no romance de Charles Dickens. Fotografia: Ernest Steward. Música: Richard Addinsell. Montagem: Alfred Roome. Dir. de arte: Carmen Dillon. Figurinos: Beatrice Dawson. Com: Dirk Bogarde,  Dorothy Tutin,  Cecil Parker,   Stephen Murray, Athene Seyler,  Paul Guers, Marie Versini,  Ian Bannen, Ernest Clark, Rosalie Crutchley,  Freda Jackson, Duncan Lamont,  Christopher Lee ,  Donald Pleasence.       Lucie Manette (Tutin), após anos,  reencontra na França, com a ajuda de Jarvis Lorry (Parker),  o pai, Dr. Manette (Murray), que havia sido tornado prisioneiro na Bastilha durante 18 anos, por ter desacatado a ordem do nobre Marques de St. Evremonde (Lee), de silenciar sobre os maus tratos que a nobreza infligia sobre os camponeses. Lucie leva seu pai, que se encontra próximo da completa prostração, de volta à Inglaterra, onde ele volta a se sociabilizar e retom

Filme do Dia:Um Mundo Quase Possível (2012), Michel Deville

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Um Mundo Quase Possível ( Un Monde Presque Paisible , França, 2002). Direção: Michel Deville. Rot. Adaptado: Rosalind & Michel Deville, baseado no romance Quoi de Neuf sur la Guerre , de Robert Bober. Fotografia: André Diot. Música: Giovanni Bottesini. Montagem: Andrea Sedlácková. Dir. de arte: Arnaud de Moleron. Figurinos: Madeline Fontaine. Com: Simon Abkarian, Lubna Azabal, Zabou, Clotilde Courau, Vincent Elbaz, Julie Gayet, Stanislas Merhar, Denis Podalydés, Malik Zidi. Paris, 1946. O universo de relações que trafega pela casa do alfaiate judeu, M. Albert (Abkarian): sua esposa Lea (Zabou), que flerta com Charles (Podalydés), que permanece fiel a memória de sua mulher, morta  em um campo de extermínio nazista; o casal Léon (Elbaz) e Jacqueline (Azabal); o desajeitado aprendiz Joseph (Zidi), que sonha ser escritor, contratado juntamente com Maurice (Merhar), que vai atrás de prostitutas nas horas vagas, até que decide manter uma relação com uma, Simone (Courau); a solte

Morre aos 65 anos a cineasta belga Chantal Akerman

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A cineasta belga Chantal Akerman, nascida em Bruxelas em 1950, decidiu terminar com sua vida na segunda-feira  em Paris . Essa pioneira do cinema experimental, frequentemente interessada em descrever a alienação feminina, se suicidou na capital francesa, onde morava, encerrando uma longa trajetória que a transformou em uma das principais figuras do cinema autoral no continente europeu. Seu cinema muitas vezes tomou a forma de uma série de intermináveis planos sequência, tão áridos como a própria vida, com os quais descreveu  a condição da mulher  e o trauma ligado à identidade judaica, rompendo com noções inerentes à linguagem cinematográfica como a narração linear e a elipse temporal. Em seu primeiro curta-metragem, Saute Ma Ville (1968), filmado quando tinha somente 17 anos, Akerman já dava mostras de seu estilo. A protagonista, fechada em sua cozinha, terminava explodindo sua casa e toda a cidade, ao colocar a cabeça no forno e acender um fósforo. O mundo doméstico voltar

Filme do Dia: O Guardião da Floresta (1996), Volker Schlöndorff

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O Guardião da Floresta ( Der Unhold , Alemanha/França, 1996). Direção: Volker Schlöndorff. Rot. Adaptado: Jean-Claude Carrière & Volker Schölondorff, baseado no romance Le Roi des Aulnes, de Michel Tournier. Fotografia: Bruno de Keyzer. Música: Michael Nyman. Montagem: Nicolas Gaster & Peter Przygodda. Dir. de arte: Ezio Frigerio, Susanne Hein, Heinz Röske & Didier Naert. Cenografia: Bernhard Henrich &  Heinz Röske. Figurinos: Anna B. Sheppard. Com: John Malkovich, Gottfried John, Marianne Sägebrecht, Volker Spengler, Heino Ferch. Dieter Laser, Sasha Hanau, Ilja Smoljanski, Armin Mueller-Stahl, Caspar Salmon, Daniel Smith .         Abel (Salmon) desde criança é tido como diferente das outras. Considerado bobo, passa a ser protegido por um garoto (Smith) que possui certas liberdades na escola. Sempre bode expiatório de todas as indisciplinas escolares, acredita possuir poderes secretos quando se concretizara o que ansiara, um incêndio na escola. Passa a ser fotógraf

Filme do Dia: Orfeu (1950), Jean Cocteau

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Orfeu (Orphée , França, 1950). Direção e Rot. Original: Jean Cocteau. Fotografia: Nicolas Hayer. Música: Georges Auric. Montagem: Jacqueline Sadoul. Dir. de arte: Jean d' Eaubonne. Figurinos: Marcel Escoffier. Com: Jean Marais, François Périer, Maria Casarès, Marie Déa, Edouard Dermithe, Henri Crémieux, Juliette Gréco, Roger Blin.       Orfeu (Marais) é um poeta reverenciado que desperta paixões intensas, tanto de seus admiradores quanto de seus detratores. Em meio a uma briga generalizada que ocorre em um bar freqüentado por artistas de vanguarda, ele se sente atraído por uma senhora (Casàres) que leva um jovem poeta de 18 anos, Cegeste (Dermithe), atropelado, em seu carro, que o chama. Dentro do carro, ele não consegue que ela responda nada sobre o que acontece e constata que o jovem se encontra morto. O que ele não sabe é que tal mulher é, na verdade, a Morte, que conta com dois asseclas seus, Heurtebise (Périer) e o recém-falecido Cegeste. A Morte, apaixonada por Orfeu,

Filme do Dia: Cantando na Chuva (1952), Stanley Donen & Gene Kelly

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Cantando na Chuva ( Singin´in the Rain , EUA, 1952). Direção: Stanley Donen & Gene Kelly. Fotografia: Harold Rosson. Montagem: Adrianne Fazan. Dir. de arte: Randall Duell & Cedric Gibbons. Cenografia: Jacques Mapes & Edwin B. Willis. Figurinos: Walter Plunkett. Com: Gene Kelly, Donald O´Connor, Debbie Reynolds , Jean Hagen, Millard Mitchell, Cyd Charisse, Douglas Fowley, Rita Moreno. O impacto da mudança para o filme sonoro protagonizado pelo sucesso de O Cantor de Jazz e da nova técnica introduzida pela Warner faz com que a angústia e o nervosismo se abatam sobre elenco e técnicos da Monumental Pictures de R.F. Simpson (Mitchell), sobretudo a estrela Lina Lamont (Hagen), de dicção sofrível e par do galã Don Lockwood (Kelly). A idéia de realizar um musical, novo gênero emergente, encontra o obstáculo de Lamont. Outro astro da companhia, Cosmo Brown (O´Connor) tem a idéia de fazer uso da voz da jovem Kathy Selden (Reynolds), namorada de Don, para dublar Lina. A es
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Filme do Dia: Tepeyac (1917), Carlos E. González, José Manuel Ramos & Fernando Sáyago

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Tepeyac (México, 1917). Direção: Carlos E. González, José Manuel Ramos & Fernando Sáyago. Rot. Original: Carlos E. González & José Manuel Ramos. Fotografia: Ladislao Cortés. Com: Roberto Arroyo Carillo, Pilar Cota, Gabriel Montiel, Emilia Otaza, Beatriz de Córdova, José Manuel Ramos, Luis García Carrilo, Carlos E. González. Noiva de Carlos (Carillo), Lupita vê com bastante pesar sua partida. Pouco tempo depois, observa desesperada que o navio no qual se encontrava, de bandeira francesa, foi afundado por um submarino alemão. Aflita, deprimida e consolada por sua mãe (Otaza), Lupita tenta conciliar o sono lendo a história do índio Juan Diego (Montiel), a quem a Virgem de Guadalupe (de Córdova) aparecia com frequência. Preocupado com a saúde agravada do tio, Juan Diego busca se desvencilhar da aparição, temendo recriminações e vai por outro caminho, novamente a encontrando. Ela pede que ele colha flores em cima de um despenhadeiro e as leve ao bispo (Ramos). Quando esse as le

Filme do Dia: Cinco Centímetros por Segundo (2007), Makoto Shinkai

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Cinco Centímetros por Segundo ( Byôsoku 5 Senchimêtoru , Japão, 2007). Direção, Fotografia, Montagem e Dir. de arte: Makoto Shinkai. Rot. Original: Makoto Shinkai, a partir de seu próprio argumento. Música: Tenmon. O sensível adolescente Takaki se torna completamente cúmplice de sua colega de classe Akari. Os dois se aproximam e quando esboçam uma relação, Takaki recebe a notícia de que deverá mudar de cidade, por conta da mudança de empregos dos seus pais. A dolorosa separação provoca um impacto na vida de ambos. Eles ainda tentam manter a amizade, mas a própria vida se encarrega de separá-los. Uma nova colega de classe de Takaki, Kanae se apaixona por ele, mas Takaki ainda se encontra visivelmente vinculado ao passado e a Akari. Mais velho e já trabalhando Takaki se sente inadequado no universo profissional. Embora sua narrativa tenha aspectos interessantes, é sobretudo suas magníficas imagens que chamam a atenção, com seus halos de luz, objetos profusamente táteis e floco
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The Film Handbook#43: Busby Berkeley

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A coreografia caracteristicamente caleidoscópica de Busby Berkeley de um plano extraído da sequencia de By the Waterfall em Belezas em Revista / Footlight Parade B usby Berkeley Nascimento: 29/11/1895, Los Angeles, Califórnia, EUA Morte : 14/03/1976,  Palm Springs, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1930-62 Se William Berkeley Enos não foi o melhor diretor de musicais dos anos 30, foi certamente o mais original diretor de sequencias musicais. A maior parte de sua carreira, sua imaginação fantástica foi chamada simplesmente para inventar os mais espetaculares números de dança que iriam animar ou distrair dos enredos mornos e batidos. Nascido em uma família de teatro - sua mãe foi trabalhar na noite quando seu pai morreu, incutindo-o com a ideia que "o show deve continuar" - Berkeley passou boa parte da I Guerra Mundial coreografando desfiles e shows encenados para os acampamentos do exército. Os tempos de paz o encontraram-no produzindo musicais da Bro

Filme do Dia: A Vila Santo-Sospir (1952), Jean Cocteau

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A Vila Santo-Sospir ( La Villa Santo-Sospir , França, 1952). Direção: Jean Cocteau. Nessa rara experiência do cineasta com cores e em 16 mm, Cocteau descreve a vila que dá nome ao curta, propriedade da amiga Francine Weisweiler, em Saint-Jean-Cap-Ferrat, na paradisíaca Côte D´Azur. Engenhoso e cheio de espirituosidade, refletindo a própria personalidade do cineasta, o filma se centra, sobretudo, nas obras do Cocteau pintor e desenhista, explicadas por ele próprio, que tomam conta de todos os espaços da residência e acabam se expandido para os quadros que pinta em um ateliê improvisado. Porém, apresenta igualmente o talento manual de Cocteau na confecção de rosas (que como a proprietária e quase tudo do filme, seriam integradas ao universo de seu último filme, O Testamento de Orfeu , de oito anos após). Talvez seu único pecadilho, um mal menor diante de tantas imagens deslumbrantes, seja sua excessiva metragem. 36 minutos.

Filme do Dia: A Família do Barulho (1970), Júlio Bressane

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A Família do Barulho (Brasil, 1970). Direção e Rot. Original: Júlio Bressane. Fotografia: Lauro Escorel & Renato Laclete. Música: Guilherme Magalhães Vaz. Montagem: Mair Tavares & Amaury Alves. Dir. de arte: Guará Rodrigues. Com: Maria Gladys, Wilson Grey, Helena Ignez, Grande Othelo, Poty, Guará Rodrigues, Kleber Santos. Uma “família” no qual um malandro e um mais frágil se relacionam com uma mulher debochada (Ignez). Os dois homens buscam, através de um homossexual (Othelo) conseguirem uma odalisca (Gladys) que irá resolver a vida deles. Porém, a odalisca se entende com a mulher debochada e partem ambas, voltando a situação inicial. Sem maiores preocupações narrativas, Bressane apresenta uma série de situações, a maioria das quais se repete ao longo do filme, fazendo uso de recursos diversos como a luz estourada semelhante ao efeito em negativo (explorada por Gláuber em sequências de Terra em Transe ), tela escura, fotos fixas que não possuem qualquer relação direta