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Caetano Veloso O estrangeiro

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Filme do Dia: Os Agentes do Destino (2011), George Nolfi

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Os Agentes do Destino ( The Adjustment Bureau , EUA, 2011). Direção: George Nolfi. Rot. Adaptado: George Nolfi, a partir do romance The Adjustment Team , de Philip K. Dick. Fotografia: John Toll. Música: Thomas Newman. Montagem: Jay Rabinowitz. Dir. de arte: Kevin Thompson & Steven H. Carter. Cenografia: Susan Bode. Figurinos: Kasia Walicka-Maimone. Com: Matt Damon, Emily Blunt, Michael Kelly, Anthony Mackie, John Slattery, Lisa Thoreson, Florence Kastriner, Phyllis MacBride. David Norris (Damon) é um forte candidato a uma brilhante carreira política que vê sua vida subitamente transformada ao encontrar no banheiro masculino a bela Elise (Blunt). David descobre a existência de uma corporação subterrânea que direciona os destinos das pessoas e faz de tudo para que os dois permaneçam separados, pois só assim Elise se tornará um das mais brilhantes coreógrafas e bailarinas de seu tempo e Norris chegará a assumir a Casa Branca. Com  a ajuda de Harry Mitchell (Mackie), David conseg

Filme do Dia: Crac! (1981), Frédérick Back

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Crac! (Canadá, 1981). Direção: Frédérick Back. O que parece ser a história de uma família se trata na verdade da história de uma cadeira que pertenceu a um inspirado pintor e, por ironia, acabará seus dias, muitos anos após, em um museu de arte moderna, aonde se torna sucesso entre as crianças e, no escuro, relembra seus dias de glórias em animadas festas. O mais interessante dessa animação são seus traços simples mas bem definidos e seu expressivo uso de cores compondo um visual semelhante ao dos desenhos com lápis de cores. Entre seus defeitos se encontra em parte alguns momentos de sua trilha sonora que podem soar por demais adocicados ou mesmo pouco apropriados, como a música que acompanha os créditos finais.  Não possui diálogos. Ganhador do Oscar da categoria. Societé-Radio-Canada. 15 minutos.

A Classe Média Vai ao Paraíso

Os jornais fazem nesta segunda-feira (16/3) o balanço das manifestações realizadas no domingo em todos os Estados. A data coincide com os trinta anos da posse do primeiro presidente civil após a ditadura, e a imprensa usa esse fato para comparar os eventos de 2015 com os de 1985. Jornalistas gostam de datas redondas. Não há qualquer relação possível entre o período da redemocratização após os anos da ditadura militar e o protesto contra um governo eleito democraticamente, mas a comparação serve para legitimar a adesão à campanha produzida pela mídia. As divergências quanto ao número de participantes superam a casa das centenas de milhares: o  Globo  e o  Estado de S. Paulo  aceitam a avaliação da Polícia Militar, que viu 1 milhão de pessoas na região da Avenida Paulista, enquanto o Datafolha calculou a multidão em 210 mil. A curiosa dança dos números já havia acontecido na sexta-feira, quando centrais sindicais levaram à mesma avenida 40 mil pessoas, segundo o Datafolha, e
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Filme do Dia: Levanta-te, Meu Amor (1940), Mitchell Leisen

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Levanta-te, Meu Amor ( Arise, My Love , EUA, 1940). Direção: Mitchell Leisen. Rot. Original: Charles Brackett, Billy Wilder & Jacques Théry sob o argumento de Benjamin Glazer & Hans Székely. Fotografia: Charles Lang. Música: Victor Young. Montagem: Doane Harrison. Dir. de arte: Hans Dreier & Robert Usher. Figurinos: Irene. Com: Claudette Colbert, Ray Milland, Dennis O`Keefe, Walter Abel, Dick Purcell, George Zucco, Frank Puglia, Esther Dale. Augusta “Gusto” Nash (Colbert) é uma ousada fotógrafa que consegue libertar o piloto Tom Martin (Milland) que combatia ao lado dos revolucionários em uma prisão fascista. Eles partem para Paris. Dividida entre sua carreira profissional e o crescente sentimento por Martin, Augusta resiste a sua paixão e aceita o cargo de correspondente estrangeira em Berlim, o mais cobiçado pelas repórteres de todo o mundo. Porém, é seguida por Tom, que faz com que desçam em meio a um bosque francês, onde passam alguns dias de amor. Após o idí
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Filme do Dia: Madonna and Child (1980), Terence Davies

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Madonna and Child (Reino Unido, 1980). Direção e Rot. Original: Terence Davies. Com: Terry O´Sullivan, Sheila Raymor. Robert Tucker (O´Sullivan) possui uma existência sofrida e culpada com relação a sua homossexualidade vivida clandestinamente e a qual procura se redimir se confessando na igreja.  Vivendo com sua idosa mãe (Raymor), pega a balsa diariamente para ir a um trabalho burocrático e repleto de pessoas tão pouco motivadas quanto ele. Davies apresenta de modo ainda mais conciso o seu personagem (que já havia apresentado em Children e que será retomado, fechando a trilogia, em Death and Transfiguration ). Já desde os planos inicias, os cantos católicos, em angelicais vozes infantis, provocam surpreendente efeito pois geralmente ilustram imagens da mais completa frieza, solidão ou esterilidade humanas – sendo a exceção a cena no interior de uma igreja. Assim é através de tal canto que se observa sejam os solitários passeios de balsa, os tipos absurdamente convencionais do

A História de Elza - Série da TV, dublado, imagem boa, 1974 - 1 DVD

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Filme do Dia: Gosto de Cereja (1997), Abbas Kiarostami

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Gosto de Cereja ( Ta’m e guilass , Irã, 1997) Direção: Abbas Kiarostami. Rot.Original: Abbas Kiarostami. Fotografia: Homayun Payvar. Montagem: Abbas Kiarostami. Com: Homayon Ershadi, Abdolrahman Bagheri,  Afshin Khorshid Bakhtiari, Safar Ali Morad, Mir Hossein Noori.            Baddi (Ershadi), homossexual atormentado por sua condição, decide que a vida não vale mais a pena ser vivida. Seu plano é tomar uma overdose de soníferos e pedir que alguém vá no dia seguinte no local combinado - um buraco em uma região afastada da cidade -  ver como se encontra. Caso apresente sinais de vida, deve ser retirado e socorrido. Caso não, quer que a pessoa coloque areia sobre seu cadáver. A primeira pessoa que escolhe para fazer o “serviço”, como chama, é um jovem que presta serviço militar, que acaba abandonando o carro, assustado com a proposta. Posteriormente a mesma proposta é feita a um seminarista (Noori) afegão, que diz ser contra a sua religião auxiliar alguém a pôr fim a própria vida
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Filme do Dia: O Grito da Mocidade (1936), Raul Roulien

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O Grito da Mocidade (Brasil, 1936). Direção: Raul Roulien. Rot. Original: Raul Roulien, sob argumento de Henrique Pongetti. Fotografia: William Gericke. Montagem: Raul Roulien. Com: Raul Roulien, Conchita Montenegro, Jaime Costa, Orlando Brito, Manoel Pêra, Conchita de Moraes, Jorge Murad, Manoel Rocha. Raul Melo (Roulien), mais conhecido como Gaiola, é um frívolo e desinteressado acadêmico de medicina, apaixonado pela dedicada enfermeira Estela (Montenegro). Vive em meio aos amigos, também acadêmicos, Gonçalves, Adalberto, Marca-Passo e Ramos. Uma amiga de Estela, a também enfermeira Laurinha se apaixona e fica grávida de Adalberto, que não demonstra interesse em assumir o compromisso. Preocupado com a tosse incessante de Estela, Raul marca a festa de casamento, porém Estela piora no dia da festa de formatura. Internada e cercada por amigos, Estela abençoa a união entre Adalberto e Laurinha. Um acidente de trem que trazia a mãe de Raul, faz que esse, com a ajuda de uma Estela aca

The Film Handbook #14: Akira Kurosawa

Akira Kurosawa Nascimento : 23/03/1910, Tóquio, Japão Morte : 06/09/1998, Setagaya, Tóquio, Japão Carreira  (como diretor): 1943-1993 Desde que Rashomon  introduziu o cinema japonês às plateias ocidentais no Festival de Cinema de Veneza de 1951, o status de Akira Kurosawa como o mais famoso diretor do país tem sido assegurado. Seu sucesso reside no fato que sua obra, invulgarmente acessível, é imbuída de um humanismo, embora algumas vezes corriqueiro,  frequentemente provocadora de emocionalidade profunda. Educado como pintor no estilo ocidental, Kurosawa adentrou a indústria do cinema  como assistente de diretor para a companhia Toho. Em 1943 realizaria sua própria estreia como diretor  com A Saga do Judô  ( Judo Saga ), memorável sobretudo por focar na relação entre mestre e aprendiz, motivo recorrente ao longo de sua carreira. Ao longo da década a característica marcante de sua obra foi a variedade, tanto de escolha do objeto (um clássico nô em Os Homens Que Pisaram na Cauda
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Filme do Dia: O Criado (1963), Joseph Losey

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O Criado ( The Servant , Reino Unido, 1963). Direção: Joseph Losey. Rot. Adaptado: Harold Pinter, baseado no romance homônimo de Robin Maugham. Fotografia: Douglas Slocombe. Música: John Dankworth. Montagem: Reginald Mills. Dir. de arte: Richard MacDonald. Cenografia: Ted Clements. Figurinos: Beatrice Dawson. Com: Dirk Borgarde, James Fox, Sarah Miles, Wendy Craig, Catherine Lacey, Richard Vernon, Anne Firbank, Patrick Magee.                Tony (Fox) é um jovem aristocrata ocioso que contrata o criado Hugo Barett (Bogarde), para auxiliar na decoração de sua casa, além de fazer faxina, comida e as compras. Formal e responsável, ele conquista a confiança do patrão. O mesmo não ocorre com a noiva de Tony, Susan (Craig), que reclama de sua onipresença. Barett pede para Tony para trazer sua irmã, Vera (Miles). Logo, Tony perceberá mudanças como a presença de Vera em seu banheiro pela manhã   cedo ou flagrará Barett com Vera na cama, após retornar de uma viajem. Barett é despedido e su

Filme do Dia: A Um Passo da Eternidade (1953), Fred Zinnemann

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A Um Passo da Eternidade ( From Here to Eternity , EUA,1953). Direção:  Fred Zinnemann. Rot. Original: Daniel Taradash, baseado no romance de  James Jones. Fotografia: Floyd Crosby & Burnett Guffey. Música: George Dunning. Montagem: William A. Lyon. Dir. de arte: Cary Odell. Cenografia: Frank Tuttle. Figurinos: Jean Louis. Com:  Burt Lancaster, Montgomery Clift, Deborah Kerr, Donna Reed,  Frank Sinatra,  Philip Ober,  Mickey Shaughnessy, Ernest Borgnine, John Dennis,  George Reeves.             1941. Base americana de Pearl Harbour. Transferido para a unidade comandada pelo Capitão Dana Holmes (Ober), o soldado Robert E.Lee Prewitt (Clift)  é pressionado para lutar boxe no campeonato interno, que premia os vencedores inclusive com ascensão hierárquica. Porém, Prewitt abandonou as lutas desde que um amigo seu acabou acidentalmente cego, quando lutava com ele. Passa então a ser discriminado por todo o Comando, principalmente pelos Sargentos Leva (Shaughnessy) e Galovitch (Dennis

Filme do Dia: Olhar Estrangeiro (2006), Lucia Murat

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Olhar Estrangeiro (Brasil, 2006). Direção: Lucia Murat. Rot. Adaptado: Murat, a partir do livro de Tunico Amâncio. Fotografia: Dudu Miranda. Música: Zé Paulo Becker. Montagem: Júlia Murat. Documentário que recenseia as produções internacionais que tiveram o Brasil como motivação central, ambientação ou pano de fundo para suas tramas. É construído sobretudo a partir dos depoimentos de atores ou – e principalmente – realizadores norte-americanos e franceses e trechos das produções aos quais participaram. As descrições e mistificações não são muito diversas das presentes no cinema clássico, sendo que a selva agora é parte muitas vezes de uma trama que demonstra preocupações “ecologicamente corretas” e a nudez já pode ser aceita sem maiores problemas. O painel, que apresenta uma postura primordialmente  de cenário para fantasias neo-colonialistas acaba deixando de fora ou sequer fazendo menção a produções que, por razões diversas, não podem ser enquadradas dentro do figurino padrão

Filme do Dia: A Renegada (1941), Esodo Pratelli

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A Renegada ( Pia De’ Tolomei, Itália, 1941). Direção: Esodo Pratelli. Rot.Adaptado: Luigi Pratelli, Pier Maria Rosso di San Secondo & Gugliemo Usellini, a partir do conto de Luigi Bonelli. Fotografia: Arturo Gallea.  Montagem: Ignazio Ferronetti. Dir. de arte: Virgilio Marchi. Figurinos: Marina Arcangeli. Com: Germana Paolieri, Carlo Tamberlani, Nino Crisman, Lauro Gazzolo, Cesco Beseggio, Dina Perbellini, Carlo Romano, Nando Tamberlani. Seculo XIV. A Condessa Pia De’ Tolomei (Paolieri) é injustamente acusada de adultério e mantida isolada em um castelo por seu marido Nello della Pietra (Tamberlani). Quem arma toda a farsa é Ghino (Crisman), apaixonado por Pia e primo de seu marido, que afirma que a vira em colóquio amoroso com um homem que, na verdade, era seu irmão, Piero (Marietti). Benquista e querida pelo povo próximo ao castelo onde se encontra aprisionada, Pia recebe a visita de Ghino que, ao tentar seduzi-la à força, provoca sua queda do alto do castelo. Ele foge e é

Roberta Flack - Killing Me Softly ( 1973 )

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Filme do Dia: Ingmar Bergman Completo: Bergman e o Cinema; Bergman e o Teatro; Bergman e a Ilha de Farö (2004), Marie Nyereröd

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Ingmar Bergman Completo: Bergman e o Cinema; Bergman e o Teatro; Bergman e a Ilha de Farö ( Ingmar Bergman – 3 Dokumentärer om Film, Teater, Faro och livet av Marie Nyreröd , Suécia, 2004). Direção: Marie Nyreröd. Fotografia: Arne Carlsson. Compilação de três documentários exibidos separadamente na tv sueca, em que Bergman se detém tanto sobre sua carreira quanto sobre sua vida pessoal. Sem maiores sofisticações em termos estilísticos, talvez a maior atração desse documentário seja conseguir compartilhar de momentos da intimidade do recluso cineasta em sua propriedade particular na ilha de Farö. Ainda que demonstre um apreço pelos filmes Persona e Gritos e Sussurros , que considera suas obras não só mais acabadas, mas em que ele foi mais longe, Bergman afirma que sente uma paixão maior pelo teatro, que considera difícil de abandonar, embora sinta que seja necessário. Nesse sentido, não é gratuita que sua maior influência, evidenciada em diversas passagens, seja a de Strindberg,