Meu Caro Diário, 05/09/2006
Terça. Ontem foi my birthday. Nothing
special, mas guardo com certo carinho. Lia me chamou para almoçar em um
restaurante que tem uma vista privilegiada do Trianon e adjacencias – aliás, já
tinha almoçado nesse local priscas eras, mas no terréo, não sabia que possuía
esse andar em cima. Depois tentei assistir Estamira,
mas não deu tempo. Vim então para casa. Desci para a cozinha maior e lá encontrei
Roberto que estava acabando seu repasto. Falei que era meu aniversário. Ele me
deu um abraço. Disse que a
gente tinha que sair sim para comemorar. Descobrimos, a noite, super por acaso,
que também era aniversário de Josué. Ele foi com Lindomar e Carmen traçar uma
pizza. Ficamos de nos encontrar depois na Maison du Nord, mas o frio tava tão
intenso que resolvemos mesmo ficar por aqui. Lindomar cedeu a chave para
Roberto que foi comigo comprar vinho para fazer e tomar quente com maçã, que
nem Juliana fizera uma vez. Compramos também queijo e alguns tira-gostos. Tudo
terminou rápido, pois o vinho acabou logo – e é porque o Roberto só queria
trazer uma garrafa. Carmen, Fernando, Astrid (a alemã maluquete que chegou
semana passada e já está toda amiga de Carmen), Nádia, Lindomar (que chegou
quase no final pois tava estudando Weber) e os retardatários Juliana, Omar e o
antipático namorado da Nádia foram os convivas. Além, é claro, de Robert.
Meia-noite e pouco já havia acabado tudo e vim para o quarto soçobrar sobre
minha cama. Dormi bem e cheguei no bandejão da USP quase já na hora de fechar.
Essa semana espero que cumpra a promessa de avanços na tese, que não toquei nos
últimos dias, com a Carmen viajando e deixando seu quarto livre para eu ver e
ver ad nauseum os filmes e com a tal Semana da Pátria da USP que proporcionou
duas semanas com os livros de Elseasser e Ben Singer. O segundo não sei se
terei tempo para ler, (sic) maa o primeiro é simplesmente fenomenal, sobre o cinema
de Weimar. Essa semana também fui buscar o livro de (sic) Nèlson Pereira dos Santos
de Darlene e enviei uma mensagem bem sincera sobre o que havia conversado com
Ismail a respeito da possibilidade de sua tradução. Segue a mensagem enviada:
Oi Darlene,
recebi seu livro
em mãos hoje, pois havia enviado para
o endereço de um
irmão meu que mora também aqui em São
Paulo. O livro
chegou acho que na quarta-feira.
conversei com
Ismail semana passada e ele me falou que
infelizmente o
mercado editorial brasileiro (sic) nao é tao
receptivo para
análises sobre cinema brasileiro
efetuadas por
autores de fora do país. ele me disse
que levou tempo
para que o livro de Robert Stam fosse
traduzido. De
todo modo ele me citou umas 3 ou 4
editoras que eu
poderia tentar contato. Aqui e no Rio.
Qualquer novidade
eu lhe aviso. Eu ainda continuo
otimista, no
entanto. Acho até que poderiam ser
traduzidos mais
títulos da série que também aborda
outros
realizadores interessantes (claire danes, wong
kar-wai, coen brothers, kiarostami, edward yang,
etc.). Minha
conversa com Ismail foi no intervalo de
um curso que
Laura Mulvey deu aqui na USP durante duas
semanas. Eu só
pude ir um dia, em que ela falou sobre
melodrama em
Sirk. Achei-a bem simpática.
best wishes
do seu amigo
"retirante" em São Paulo
Cid
E sua breve resposta, que recebi ontem:
Oi Cid,
Obrigada pelas
informações sobre o livro/tradução. Que
tenha sorte com
o inquérito
porque Nelson realmente merece mais atenção.
É bom ouvir
que melodrama
continua assunto corrente. (sic) Deveria ter
sido uma
palestra
bem interessante.
um abraço,
Darlene
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