The Miner's Daughter (1950), Robert Cannon & John Hubley




The Miner’s Daughter (EUA, 1950). Direção: Robert Cannon & John Hubley. Rot. Original: Bob Russell, Phill Eastman & Bill Scott. Música: Gail Kubik.

Clementina trabalha incansavelmente com seu pai em uma mina em local ermo até observarem a presença de um forasteiro, um almofadinha louro de Boston que também parece interessado em explorar o ouro. Clementina imediatamente se apaixona pelo rapaz, não sendo correspondida. Esse possui tecnologia moderna incomparavelmente avançada em relação as meras picaretas de pai e filha e rapidamente extrai uma literal montanha de ouro das montanhas. Resta a família tentar fisga-lo pelo estômago agora.

Brincando com o anacronismo de forma ligeiramente distinta da que foi utilizada por nomes como Tex Avery, Cannon (que seria um dos nomes que traria maior reconhecimento aos curtas da série Jolly Frolics, aqui em seu quinto exemplar, com filmes como Gerald McBoing-Boing) traça  um interessante “estereótipo as avessas”, já que a animação comercial de então se esmerava em tornar motivo de riso sobretudo negros pretos e pobres, indígenas e qualquer tipo de “outro” mais fácil de ser estereotipado. Não que sua contraparte mais convencional, na representação misógina da garota solteira e desajeitada representada pela Clementina da célebre música (e presente igualmente em vários títulos homônimos de ação ao vivo durante o Primeiro Cinema e primórdios do cinema narrativo) tampouco deixe de estar presente. Porém, aqui chama mais a atenção o musculoso e vaidoso jovem de porte empinado, proveniente de Boston, trajando um agasalho universitário de Harvard e portador de toda a engenhosidade prática que se associou a cultura norte-americana, como é o caso da casa pré-fabricada de borracha que constrói apenas com alguns sopros e com muito menos esforço que o Lobo Mau tivera para demolir as casas dos porquinhos ou a brincadeira de criança que se transforma a caça ao ouro. UPA para Columbia Pictures. 7 minutos e 14 segundos.





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